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O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988.

Antes do PPA e da CF/1988,


existiam outros precários instrumentos de planejamento, como o Orçamento Plurianual de
Investimentos (OPI), com três anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que
possui quatro anos de duração.

LDO deve anteceder a edição da LOA, independentemente da esfera federativa, em


virtude do seu caráter anual.
Como compete à LDO orientar a elaboração da LOA, em tese deve ser encaminhada antes
do envio da LOA para que o planejamento orçamentário fique coerente.

De acordo com as disposições constitucionais, compete aos entes públicos desenvolver


um adequado processo de planejamento, que auxilie no cumprimento das suas
competências institucionais. Uma das peculiaridades do processo de planejamento do
setor público é que os instrumentos de planejamento são elaborados de forma
independente.
No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de
forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.

As diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer frente às
transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas associadas ao processo
de inserção do País na economia mundial. Tais mudanças são estruturais e demandam um
amplo horizonte de tempo e perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem
ser tratadas na perspectiva do planejamento de longo prazo

As diretrizes, os objetivos e as metas são da administração pública federal, ou seja,


aqueles referentes à gestão pública no âmbito do Governo Federal. O PPA federal não
inclui diretrizes, objetivos e metas dos demais entes públicos, pois cada ente possui seu
próprio PPA.
No PPA federal 2020-2023 são divididos em Programas Finalísticos e Programas de Gestão.
O Programa Finalístico corresponde ao conjunto de ações orçamentárias e não
orçamentárias, suficientes para enfrentar problema da sociedade, conforme objetivo e
meta. Por outro lado, o Programa de Gestão reflete o conjunto de ações orçamentárias e
não orçamentárias, que não são passíveis de associação aos programas finalísticos,
relacionadas à gestão da atuação governamental ou à manutenção da capacidade
produtiva das empresas estatais.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade (art. 167, § 1º, da CF/1988).

(FGV – Especialista Legislativo – ALERJ – 2017) De acordo com as disposições


constitucionais, compete aos entes públicos desenvolver um adequado processo de
planejamento, que auxilie no cumprimento das suas competências institucionais. Uma
das peculiaridades do processo de planejamento do setor público é que as prioridades
do PPA federal devem ser refletidas nos planos dos entes estaduais e municipais.
As diretrizes, os objetivos e as metas do PPA federal não precisam ser refletidas nos planos
dos entes estaduais e municipais. O PPA municipal nem é elaborado no mesmo ano do
PPA federal e dos PPAs dos Estados, pois o período dos mandatos dos Prefeitos é diferente
do período do mandato do Presidente da República e dos Governadores.
Resposta: Errada
CESPE – Técnico de Nível Superior - ENAP - 2015) Conforme determinação da CF, o plano
plurianual deve ser elaborado em consonância com os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside no fato de que tais planos
e programas apresentam maior duração e são mais específicos.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional
(art. 165, § 4º, da CF/1988).
Resposta: Errada

A CF/1988 determina que a lei de diretrizes orçamentárias considere as alterações


na legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou
autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Também não existe regra
determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.
Além dos dispositivos referentes à lei de diretrizes orçamentárias previstos na CF/1988,
a Lei de Responsabilidade Fiscal aumentou o rol de funções da LDO. Entre elas, está a
obrigação de que o anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais integrem a LDO.
Outra obrigação, por exemplo, é que a LDO deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas
e despesas.

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração


pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em
consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, DISPORÁ sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da
CF/1988).

A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a


LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser
feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas
antes da LDO.
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a arrecadação
de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento
por excelência ou o orçamento propriamente dito.

A LOA deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação das
despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para créditos
suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
orçamentária.12 Trata-se do princípio orçamentário constitucional da exclusividade.

A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no PPA. É o


cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na
LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações
a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Atualmente, o orçamento fiscal deve contemplar as receitas e despesas do Poderes


Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas,
incluindo seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta (a qual já
inclui as fundações públicas), excetuando as receitas e despesas que estiverem no
orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.

Concluindo o tópico, a CF/1988 determina que os orçamentos fiscais e de investimentos


das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Isso foi apenas um “aperitivo”, pois tais conceitos não são constitucionais:

 Estatais NÃO dependentes Orçamento de investimento das estatais


 Estatais dependentes Orçamento fiscal e da seguridade social

A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos


Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.

Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social será


elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. No entanto, as receitas
dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios destinadas à seguridade social constarão
dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.

Assim:
Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social independentemente da
natureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social.
Órgãos e entidades NÃO vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas
típicas da Seguridade Social integram o orçamento da seguridade social.
No caso de a União conceder benefício tributário a determinado setor da economia, o
efeito regionalizado de tal benefício deverá ser demonstrado no projeto de lei
orçamentária do exercício financeiro subsequente.
O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios
e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia (art. 165, § 6º, da CF/1988).

Os orçamentos fiscal e de investimentos, compatibilizados com o plano plurianual, terão


entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional (art. 165, § 7º, da CF/1988).

O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do


efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios
e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia (art. 165, § 6º, da CF/1988).

O projeto da Lei Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses
antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua elaboração (art.
35, § 2º, III, do ADCT)

A LOA deve conter uma ESTIMATIVA das receitas e A FIXAÇÃO DAS DESPESAS em um
exercício.

Para Chiavenato, administração significa subordinação e serviço, ou seja,


“aquele que realiza uma
função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta serviço a
outro”.1
Administrar, para Chiavenato, “não significa executar tarefas ou operações, mas
sim fazer com que
elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto. O administrador não é
aquele que faz, mas
sim o que faz fazer. A administração faz as coisas acontecerem por meio das
pessoas para conduzir
as organizações ao sucesso”.3

Maximiano, por sua vez, explica que administração é “um processo dinâmico de
tomar decisões
sobre a utilização de recursos, para possibilitar a realização de objetivos”.4
Administração é a utilização de todos os recursos organizacionais (pessoas,
equipamentos, dinheiro, etc.), de forma planejada, organizada, dirigida e
controlada,
para o alcance dos objetivos da organização, que não poderiam ser alcançados
por uma
só pessoa (de forma autônoma).

PARA HENRY MINTZBERG, OUTRO


autor que é bastante consagrado pelas bancas organizadoras.
Para ele, administração pode ser vista dentro de um triângulo no qual a arte, a
habilidade prática e
a utilização da ciência se encontram. A arte traz as ideias e a integração (o
administrador deve
interpretar cada situação, de forma criativa e inovadora); a habilidade prática
faz as conexões,
alicerçadas em experiências tangíveis (é a aplicação prática das teorias
cientificas); e a ciência utiliza
a análise sistemática do conhecimento para criar a ordem (a administração
repousa em
fundamentos científicos; analisa-se metódica e sistematicamente os fatos e
evidências; são definidas
as relações de “causa e efeito”).11
Organização é uma entidade estruturada, onde estão alocadas as pessoas e
os recursos, que
trabalham juntos para que os resultados (objetivos comuns) sejam alcançados.
De outro lado, temos a organização, que é o local onde essas pessoas e
recursos encontram-se
alocados para o desempenho das funções precípuas da administração.
A organização informal surge naturalmente e não possui objetivos claros.
Pode-se dizer que esse tipo organização transcende a organização formal. Em
outras palavras, isso
significa que a organização informal não está sujeita aos horários de trabalho,
ao local físico do
trabalho, às regras, e aos demais aspectos da organização formal.
2.1 - Ambientes Organizacionais
Os ambientes organizacionais podem ser classificados em 3 tipos:
Ambiente Geral: É o “macro ambiente”. É composto por participantes que não
sofrem interferência
da organização, mas que influenciam a organização de maneira indireta.
Exemplos: economia,
política, tecnologia e demografia.
Ambiente Operacional: Também chamado de ambiente competitivo, setorial,
ou imediato, é
formado por componentes que influenciam a organização de maneira direta.
São os participantes
que estão mais “próximos” da organização. Exemplos: clientes, fornecedores,
concorrentes,
agências reguladoras.
Ambiente Interno: É composto pelos elementos internos da organização.
Exemplos: funcionários,
administradores, equipamentos, estrutura física e cultura organizacional.
2.2 - Estruturas Organizacionais
2.3 - Níveis Organizacionais

Aspectos demográficos, políticos, legais e tecnológicos são variáveis do


ambiente geral. O ambiente
competitivo (setorial ou operacional) é formado por componentes que
influenciam a organização de maneira direta, como clientes e fornecedores, por
exemplo.
Conforme vimos, cada uma dessas funções possui suas especificidades.
Contudo, para Chiavenato14,
o processo administrativo é mais do que uma sequência cíclica, pois as funções
estão relacionadas
entre si. Portanto, pode-se dizer que o processo administrativo é cíclico,
interativo e dinâmico ou
seja, não é estático.

As funções administrativas, quando consideradas um todo integrado, formam o


processo administrativo. O planejamento, a primeira dessas funções, define os
objetivos e os planos para alcançá-los. Os orçamentos são os planos
relacionados com os recursos financeiros a serem obtidos e utilizados.
1 - “Direção é a função administrativa que orienta e indica o comportamento
dos indivíduos no
sentido dos objetivos a serem alcançados”
Veja as palavras-chave: “orientar”, “indicar o comportamento”. É a direção
que conduz os trabalhos
no sentido de alcançar os objetivos propostos.
2 - “Controle é a função administrativa que busca assegurar se os objetivos
pretendidos realmente
foram alcançados”
A função controle é responsável por monitorar as atividades, a fim de manter a
organização no
caminho adequado para assegurar o alcance dos objetivos.
3 - “Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o
que se deve fazer e
quais os objetivos a alcançar”
Estabelecer os objetivos e definir os meios (o que se deve fazer) para alcançá-
los, está relacionado
à função de planejamento.
4 - “Organização é a função administrativa que consiste no agrupamento das
atividades necessárias
para realizar aquilo que foi planejado”
A função organização relaciona-se à divisão do trabalho, atribuição de
responsabilidades e
atividades. É ela que agrupa as atividades e estabelece os meios e recursos
necessários para se
alcançar os objetivos. Relaciona-se, também, à alocação dos recursos.

A primeira assertiva está correta. A tarefa principal da função planejamento é


estabelecer os
objetivos e definir os meios para alcança-los.
A segunda assertiva está correta. Imagino que você deva estar se perguntando:
“coordenação não
estaria ligada à função Direção?”
Sim, também está. Mas, na função Direção, o que se coordena são pessoas.
Aqui, a assertiva diz
“coordenação de atividades”. Ou seja, é algo mais ligado à “distribuição de
trabalho” e “atribuição
de tarefas”, o que, como sabemos, são tarefas da função Organização. Fique
atento!
A terceira assertiva está correta. Outra polêmica! Você poderia pensar que
“designar pessoas”
estaria relacionado à função Organização. Mais uma vez, preste bem atenção
no que a assertiva nos
diz: “designa pessoas”. A atividade de “coordenar pessoas” (tarefa da função
Direção), inclui a ação
de designá-las para certas atividades. Portanto, “designar pessoas” é atividade
da função Direção.
Quando falamos na função Organização, estamos diante de algo mais
“abstrato”, fala-se em
“designação de atividades”, “tarefas” e “trabalhos”. E não especificamente da
designação de
pessoas.
Sim, o examinador foi bastante maldoso nesta questão. Esta questão causou (e
ainda causa)
bastante polemica entre os concurseiros.
A quarta assertiva está correta. É isso mesmo. Tratam-se de tarefas da função
controle.

4 - Papéis do Administrador (10 papéis de Henry Mintzberg)

Henry Mintzberg16 (já falamos dele nessa aula) identificou 10 papéis específicos
do administrador
(papéis gerenciais), e os dividiu em três categorias: papéis interpessoais, papéis
informacionais e papéis decisórios.
Papéis interpessoais: são aqueles que se relacionam às relações pessoais do
administrador com
seus subordinados, chefes e clientes. Estes papéis demonstram como o
administrador interage com
as outras pessoas e como influencia seus subordinados
Papéis informacionais: Dizem respeito à coleta, ao processamento, à
disseminação e à produção de
informações. Esses papéis demonstram como o administrador processa e
“troca” as informações.
Papéis decisórios: É a forma como os administradores utilizam as informações
que possuem em suas
decisões. Se relacionam àquelas situações em que o administrador tem de fazer
uma escolha.
Papéis decisórios: É a forma como os administradores utilizam as informações
que possuem em suas
decisões. Se relacionam àquelas situações em que o administrador tem de fazer
uma escolha.
Habilidades do Administrador (Habilidades Administrativas de Katz)
Para Chiavenato, “habilidade é a capacidade de
transformar conhecimento em ação e que resulta em um desempenho
desejado”.17
Segundo Rorbert L. Katz, os administradores necessitam de três habilidades
fundamentais para
desempenharem bem os seus papéis: habilidades técnicas, habilidades
humanas e habilidades
conceituais.

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