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Índice
Introdução...................................................................................................................................1
1.8.1. Generalidades....................................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................14
Referências Bibliográficas........................................................................................................15
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Introdução
Neste presente trabalho de Administração de Finanças Publicas, faz uma abordagem
minuciosa sobre o Orçamento do estado moçambicano.
Nesta vertente faremos uma descrição da caracterização da mesma, falando dos princípios e
regras da elaboração do orçamento do estado; tipos de orçamentos; composição do
orçamento; dimensões e funções do orçamento; realidades semelhantes; a lei de
enquadramento do orçamento do estado (LEOE); lei do orçamento do estado; processo
orçamental; plano estratégico das finanças públicas e descrição dos objectivos do plano
estratégico das finanças públicas.
De salientar que para a realização deste presente trabalho, foi o fruto de uma leitura minuciosa
das obras já existente sobre este tema em estudo.
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1.0. Orçamento do estado
Orçamento do Estado - é o documento no qual estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas
as despesas a realizar num determinado exercício económico e tem por objecto a prossecução
da política financeira do Estado, segundo o Capitulo I, Artigo 12 da Lei do SISTAFE
(Sistema de Administração Financeira do Estado)
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O Orçamento de Estado (OE) é documento único, apresentado sob forma de lei, um a que
comporta uma descrição detalhada de todas as receitas e despesas do Estado, propostas pelo
governo e autorizadas pela Assembleia da República (AR), e antecipadamente previstas para
um horizonte temporal de um ano. O OE é elemento económico, político jurídico. Enquanto
elemento económico, corresponde à actividade financeira com impacto sobre a economia e
sendo também aquela influenciada pela própria economia. Enquanto elemento jurídico,
corresponde a autorização política concedida pelo parlamento mediante aprovação da
elaborada uma a proposta submetida pelo Governo. Enquanto elemento jurídico, é
instrumento, sob forma de lei, e um a condiciona poderes financeiros do Estado, diz respeito à
realização de despesas à que os no que e obtenção de receitas.
Dimensão Função
Autorização pol5tica - Tributação e despesas dependentes da
Política do plano financeiro aprovação pela AR.
do Estado - Assegurar equilíbrio e separação
de poderes
Limitação dos - (De) limitação dos poderes políticos do
Jurídica poderes financeiros o Estado
Estado
Previsão da gestão - Gestão racional e eficiente de
Económica orçamental e uma fundos públicos.
exposição do plano -Definir e executar a política económica e
financeiro do Estado social do governo
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Balanço do Estado: Avalia e confronta o activo e passivo do Estado num
determinado momento, por forma a apurar a sua situação patrimonial.
Orçamento das pessoas privadas: Diferenciando-se do orçamento do Estado, os
orçamentos privados não detêm funções os orçamentos as política e jurídica, não são
dotadas de vinculatividade, não obstante se lhes reconheça a qualidade e estimativas
racionais.
Plano Económico: Este não abrange o universo da actividade financeira e limita-se a
algumas previsões de despesas.
Orçamentos Administrativos: Orçamentos que constituem previsões e autorizações
administrativas internas atinentes a sectores ou estruturas da Administração.
A LEOE e toda a legislação que lhe é complementar, veio criar um quadro orçamental mais
adequado às necessidades de intervenção pública moderna, eficaz eficiente, uma e que
cumpre com as exigências de uma economia de mercado funcional e uma democracia
parlamentar. A sua introdução constitui um passo preponderante para que o orçamento do
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Estado passe a cumprir de forma mais satisfatória funções lhe sejam elas de as que competem,
natureza económica lei formal, ou política. E já sabido que o orçamento tem a natureza
jurídica de posição de decorre, aliás, do n o 1 Artigo 26 da Lei do SISTAFE que estabelece que
a Assembleia da República delibera a proposta de Lei do orçamento do Estado.
A Lei SISTAFE é lei reforçada não podendo contraída orçamentais, uma ser por concretos
actos sob indirecta pena de ilegalidade ou inconstitucionalidade indirecta.
1.8.1. Generalidades
O processo orçamental tem sido, ao longo das últimas cinco décadas e um pouco por todo o
mundo, alvo de uma constante evolução, esta que é resultado de entre outros factores das
mudanças operadas nos sistemas políticos nas teorias económicas, nas abordagens de gestão
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orçamental, nos princípios contabilísticos e na conduta da Administração Publica. O processo
orçamental é continuo não se limita a cada ano económico, ou seja, não é um processo que se
esgota no próprio ano económico, mas que tem continuidade ao longo do tempo.
De acordo com BENTO (2000), podemos assim considerar dois (2) tipos de processos
orçamentais:
Contudo, há que destacar o importante papel desempenhado ao longo de todo processo pela
Direcção Nacional do Plano e Orçamento (DNPO), instituição responsável pela programação
e orçamentação e despesas, e pela monitoria do orçamento.
No nosso país, o processo orçamental tem vindo a ser alvo de profundas reformas, com vista a
aproximar a afectação de recursos dos objectivos, metas e politicas traçadas.
A começar com a elaboração da proposta de Lei do Orçamento (fase 1), que é a seguir
apresentada à AR para a sua aprovação (fase 2). De acordo com o artigo 25 lei 9/2002 de 15
de Fevereiro secção V: “O Governo submeterá até ao dia 30 de Setembro de cada ano à
Assembleia da República a proposta do Orçamento do Estado a que se refere o nº. 1 do artigo
21 desta Lei”.
Tendo sido aprovado, o orçamento é executado (fase 3) podendo ser sujeito a alterações
previstas na lei. “A Assembleia da República delibera sobre a proposta de Lei do Orçamento
do Estado até 15 de Dezembro de cada ano”. (Artigo 26 lei 9/2002 de 15 de Fevereiro).
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Findado o ano económico, procede-se ao enceramento das contas (fase 4), as quais são depois
fiscalizadas (fase 5).
De referir que pela sua natureza existem ainda outras instituições externas ao governo que
também participam no processo orçamental, tais como a AR (nas fases de aprovação e
fiscalização) e o Tribunal Administrativo (na fase de fiscalização).
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da Lei sobre garantias mobiliarias e regulamentação da Lei que cria o sistema de
informação de crédito de gestão provada;
Promover actividades ligadas à expansão e dinamização do empresariado nacional,
particularmente, o de pequena e média dimensão.
Reestruturar a dívida das empresas do SEE e eliminar as dívidas do Estado relativas ao
fornecimento de bens e serviço;
Promover a criação e desenvolvimento de instituições financeiras de base comunitária
que incentivem o equilíbrio do género em actividades económicas e promovam a
poupança e crédito e a sua transformação em operadores permanentes integrados no
sector financeiro formal;
Prestar assistência técnico-financeira às iniciativas de desenvolvimento económico e
social, através de instituições especializadas;
Manter e incrementar os incentivos visando promover a bancarização da economia
nacional, a poupança e alargamento dos serviços financeiros formais e informais às
zonas rurais e peri-urbanas, de modo a aumentar investimentos no país, e por via desta
aumentar o volume de negócios, circulação monetária, geração de riqueza, criação de
postos de trabalho e consequentemente aumento de receitas para o Estado.
Promover linhas de financiamento especiais orientadas para o desenvolvimento das
actividades económicas de vale do Zambeze através da implementação do Fundo
Catalítico.
Promover a captação de empresas para o Mercado Bolsista.
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Realização de citações via edital, de forma a chamar os devedores de difícil
localização devido à mudança dos seus endereços;
Redução gradual do stock e fluxo das dívidas do imposto em atraso;
Incremento de penhoras e hastas públicas de bens de contribuintes com dívidas na
fase da cobrança coerciva;
Divulgação da possibilidade de se solicitar o pagamento de dívidas em prestações;
Intensificar o saneamento de processos que pelo decurso do tempo se mostram
prescritos, com vista a concentrar esforços na dívida ainda cobrável.
Continuação da melhoria da base de dados de NUIT, procedendo a eliminação dos que
possam estar duplicados;
Melhoria da prestação do atendimento púbico.
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C. Assegurar a afectação criteriosa dos recursos
C1 - Garantir Projecções Macroeconómicas e Estudos atempados e de qualidade na
Área de Finanças Públicas
Para materialização desta acção deve-se, de entre outras, garantir:
A implementação do SPO, através de:
a. Operacionalização dos principais instrumentos de planificação conforme
definidos no SPO a todos os níveis, central e local, através de programas
específicos com objectivos e indicadores claros, alinhados com o CFMP;
b. Revisão, harmonização e alinhamento dos Planos Estratégicos Sectórias,
Províncias e Distritais, com base na planificação programática;
c. Desenvolvimento da aplicação informática – Módulo de Planificação e
Orçamento (MPO) – e o Manual de Planificação e Orçamentação (MPO);
d. Realização de capacitações e formações aos utilizadores do MPO a nível
Central, Provincial e Distrital.
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Conclusão
Orçamento de Estado é uma previsão, em regra anual, das despesas a realizar pelo Estado e
dos processos de as cobrir, incorporando a autorização concedida à Administração Financeira
para cobrar as receitas e realizar despesas e, limitando os poderes financeiros da
Administração em cada período anual.
O orçamento do estado, começar com a elaboração da proposta de Lei do Orçamento (fase 1),
que é a seguir apresentada à AR para a sua aprovação (fase 2). De acordo com o artigo 25 lei
9/2002 de 15 de Fevereiro secção V: “O Governo submeterá até ao dia 30 de Setembro de
cada ano à Assembleia da República a proposta do Orçamento do Estado a que se refere o nº.
1 do artigo 21 desta Lei”. Tendo sido aprovado, o orçamento é executado (fase 3) podendo ser
sujeito a alterações previstas na lei. “A Assembleia da República delibera sobre a proposta de
Lei do Orçamento do Estado até 15 de Dezembro de cada ano”. (Artigo 26 lei 9/2002 de 15 de
Fevereiro). Findado o ano económico, procede-se ao enceramento das contas (fase 4), as quais
são depois fiscalizadas (fase 5).
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Referências Bibliográficas
1. BENTO, Victor. (2000). A desorçamentação das despesas públicas, Revista do
Tribunal de Contas, no 34, Jul. ̸ Dez.
2. CATARINO, J. Ricardo. (2012). Finanças Públicas e Direito Financeiro, ED.
Almedina, S.A.
3. FRANCO, A. L. Sousa. (1980). Finanças Publicas e Direito Financeiro, Edição da
associação académica da faculdade de Lisboa, Lisboa.
4. Lei n'. 15/97, de 10 de Julho, de Enquadramento do Orçamento do Estado, no seu
artigo 12.
5. Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro Maputo.
6. PERREIRA, T. Paulo; AFONSO, António, ARCANJO, Manuela, SANTOS, J.
Gomes. Economia e Finanças Publicas.
7. PLANO ESTRATÉGICO DAS FINANÇAS PÚBLICAS-2016-2019. Maputo-2016.
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