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financeiras
do Estado:
Orçamentos
Públicos
Ortigara, Janes Sandra Dinon.
SST Atividades financeiras do Estado: Orçamentos Públicos /
Janes Sandra Dinon Ortigara.
Local: 2020
nº de p. : 12
Apresentação
O Estado faz uso das receitas que arreda por meio dos tributos e das receitas
decorrentes de atividades econômicas que pode vir a realizar, inclusive, por meio
de empresas, parcerias, investimentos, etc. Os governantes devem seguir diversas
normas no uso dessas receitas.
Despesa pública
Assim como a receita, as despesas públicas são classificadas quanto à categoria
econômica em despesas correntes e despesas de capital.
Despesas correntes: são aquelas que não geram aumento do patrimônio, mas sim
a redução dele. Por exemplo: pagamento a pessoal militar, material de consumo,
serviços de terceiros e encargos diversos.
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Saiba mais
O ciclo pelo qual passa a despesa pública pode englobar diferentes
fases, o que é regulamentado pela legislação, que orienta como
realizar os empenhos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm
Orçamento público
O orçamento público, aqui tratado, é um pouco diferente daquele orçamento que
conhecemos do dia a dia doméstico: é um orçamento que engloba todo o governo.
Ele é muito mais, como coloca Fabretti (2011, p. 19): “No Estado de Direito, não
é mero documento de caráter contábil ou administrativo, mas sim poderoso
instrumento de política econômica e social que, para sua execução, depende da
correta e eficaz alocação dos recursos”. Assim, vamos ver aqui como o governo
arrecada e gasta o dinheiro.
É importante que tenhamos em mente que para que o orçamento público funcione
corretamente, é de suma importância que ele esteja de acordo com as leis
orçamentárias, previstas em nossa Constituição Federal de 1988.
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A Constituição Federal de 1988, em seu art. 165, indica a existência de três leis
orçamentárias, as quais se referem ao orçamento plurianual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e ao orçamento anual.
Orçamento plurianual
Para realizar é preciso planejar, e no orçamento público não é diferente. O
planejamento de médio prazo realizado pelo governo está consolidado no orçamento
conhecido como Plano Plurianual (PPA) e deve ser elaborado a cada quatro anos,
no primeiro ano de governo, de modo que contemple as ações governamentais
desdobradas em programas e metas, representando um importante documento no
sistema orçamentário. É no planejamento do PPA que o governo define as grandes
prioridades nacionais e regionais para cada período de quatro anos.
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Agora vamos imaginar a seguinte situação: Antônio planejou durante o ano tirar
férias com a família e viajar para o litoral para curtir o verão na praia e levar seu
filho mais novo para conhecer o mar. Durante esse período, Antônio e sua esposa
fizeram economias suficientes para ficarem uma semana em um hotel e cobrir os
gastos com comida e transporte. Mas nem sempre tudo sai como planejamos, não
é mesmo? Um dia antes da viagem, seu filho mais velho bateu o carro. Ao chegar
em casa, Antônio ficou desolado: sua prioridade, naquele momento, passou a ser a
reforma do carro e teve de deixar a viagem para outro momento. Ele sabe que, assim
que consertar o carro, a viagem de férias voltará para sua lista de prioridades.
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A LDO é elaborada no Ministério do Planejamento com o apoio técnico do Ministério
da Fazenda. Ela traz uma série de regras para elaborar, organizar e executar o
orçamento anual. Também indica o reajuste do salário mínimo e quanto o governo
precisa poupar para pagar a sua dívida.
É a LDO que diz quais são as despesas mais importantes que o governo deve fazer
a cada ano, e, conforme definido no § 2 do art. 165 da CF de 1988, ela
Assim, para efetivar as metas propostas no Plano Plurianual a partir das diretrizes
estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, é elaborado o orçamento anual.
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Orçamento anual
O orçamento anual, conhecido como Lei Orçamentária Anual (LOA), é elaborado
todos os anos pelo Poder Executivo. É um instrumento constitucional de
planejamento operacional. O orçamento anual federal envolve bilhões de reais, mas
lembra muito bem o orçamento doméstico. Ele inclui toda a programação de gastos
da Administração Pública, como pagamento de despesas com saúde, pessoal,
aposentadoria, entre outros.
Planejamento orçamentário
Você já viu até aqui que o orçamento público, de acordo com a Constituição Federal
de 1988, compreende o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Na figura a seguir você poderá observar
como as três leis orçamentárias se comportam no processo de planejamento
previsto na Constituição.
Planejamento Orçamentário
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Após o estudo sobre orçamento público, receitas e despesas, é importante que você
conheça o outro lado da moeda: o déficit orçamentário, ou seja, a dívida pública e
como ela é constituída.
Dívida pública
Dívida pública é quando o governo contrai uma dívida com entidades e com a
sociedade. O governo pega dinheiro emprestado para pagar parte dos seus gastos,
pois só a arrecadação de impostos não é suficiente.
A Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, em seu art. 29, define e classifica
dívida pública como:
Operações de crédito:
Concessão de garantia:
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A dívida pública pode ser agrupada em:
• endividamento: limites;
• gestão patrimonial;
Atenção
Em alguns aspectos, as duas leis – a de 1964 e a de 2000, que
trata sobre a responsabilidade fiscal – entram em conflito. Nesses
casos, a tendência é contemplar a Lei Complementar, porque é
mais recente.
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Com base nisso, a Lei de Responsabilidade Fiscal traz importantes avanços, entre
eles:
Fechamento
Pudemos compreender mais sobre o modo pelo qual o Estado gasta suas receitas e
sobre o conceito de despesa pública, bem como a sua categorização.
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Referências
BRASIL. Constituição Federal, de 1988. Brasília, DF. <Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: set
2020.
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