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CONHECIMENTO ESPECÍFICO

1- Regime de Competência x de Caixa:

Regime de competência é um método de registro de lançamentos contábeis. Ele é realizado no


período de competência da receita ou despesa realizada. Caso uma empresa tenha feito uma
despesa no mês de julho para pagar apenas em setembro, por exemplo, o registro contábil será
efetuado em julho, sendo esse o mês de competência da despesa. O termo regime de competência
significa que independente da data do pagamento ou recebimento dos valores monetários, de uma
receita ou despesa, a mesma será registrada na data e no mês exato da transação efetuada.

No Regime de Competência, o registro do documento se dá na data que o evento aconteceu.


Este evento pode ser uma entrada (venda) ou uma saída (despesas e custos). A contabilidade
define o Regime de Competência como sendo o registro do documento na data do fato gerador (ou
seja, na data do documento, não importando quando vou pagar ou receber). A Contabilidade
utiliza o Regime de Competência, ou seja, as Receitas ou Despesas tem os valores contabilizados
dentro do mês onde ocorreu o fato Gerador, isto é, na data da realização do serviço, compra do
material, da venda, do desconto, não importando para a Contabilidade quando vou pagar ou
receber, mas sim quando foi realizado o ato.

Já o Regime de Caixa é diferente do regime de competência. No Regime de Caixa,


consideramos o registro dos documentos na data que foram pagos ou recebidos, como se fosse
uma conta bancária.

2 - Conceitos:

Receitas - As receitas consideram-se realizadas:


Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso
firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à
Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; Quando da extinção, parcial ou total, de
um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de
valor igual ou maior; Pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de
terceiros; No recebimento efetivo de doações e subvenções.

Despesas ou Custos - Consideram-se incorridas as despesas ou custos:

Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade;
Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; Pelo surgimento de um passivo,
sem o correspondente ativo.

As Variações Patrimoniais e o Princípio da Competência

O fulcro (ponto de apoio) está na qualificação das variações diante do Patrimônio Líquido, isto é,
na decisão sobre se estas o alteram ou não. A compreensão do cerne do Princípio da
COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais e sua
natureza. Nestas encontramos duas grandes classes:

A daquelas que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem
repercutirem no montante do Patrimônio Líquido, e a das que o modificam.

As primeiras são denominadas de “qualitativas”, ou “permutativas”, enquanto as segundas são


chamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”. Cumpre salientar que estas últimas sempre
implicam a existência de alterações qualitativas no patrimônio, a fim de que permaneça inalterado
o equilíbrio patrimonial.

O Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos (regime de


caixa), mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período.

3 – Orçamento Publico:

Plano Plurianual (PPA): Esse é o documento que traz as diretrizes, objetivos e metas de médio
prazo da administração pública. Prevê, entre outras coisas, as grandes obras públicas a serem
realizadas nos próximos anos. Ele tem vigência de quatro anos, portanto deve ser elaborado
criteriosamente, imaginando-se aonde se quer chegar nos próximos quatro anos. O PPA inclui
uma série de programas temáticos, em que são colocadas as metas (expressas em números) para os
próximos anos em diversos temas. Para ilustrar melhor isso, vamos usar um exemplo: o governo
federal elencou como objetivo no PPA do período 2012-2015 promover a implantação de novos
projetos em áreas com potencial de ampliação da agricultura irrigada. Para atingir tal objetivo,
estipulou uma meta: ampliar a área irrigada em 200 mil hectares até 2015.

Os constituintes atribuíram grande importância ao PPA, como podemos ver no parágrafo 1o do


artigo 167 da Constituição, que determina que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro (um ano) poderá ser iniciado sem ser incluído antes no PPA, sob pena de
crime de responsabilidade. Um PPA sempre começa a vigorar a partir do segundo ano do mandato
presidencial, terminando no primeiro ano do mandato seguinte.

Lei de Diretrizes Orçamentaria (LDO): A LDO é elaborada anualmente e tem como


objetivo apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei
Orçamentária Anual, baseando-se no que foi estabelecido pelo Plano Plurianual. Ou seja, é um elo
entre esses dois documentos. Pode-se dizer que a LDO serve como um ajuste anual das metas
colocadas pelo PPA. Algumas das disposições da LDO são: reajuste do salário mínimo, quanto
deve ser o superávit primário do governo para aquele ano, e ajustes nas cobranças de tributos. É
também a LDO que define a política de investimento das agências oficiais de fomento, como o
BNDES (Enquanto o PPA é um documento de estratégia, pode-se dizer que a LDO delimita o que
é e o que não é possível realizar no ano seguinte).

Lei Orçamentaria Anual ( LOA) : É o orçamento anual propriamente dito. Prevê os


orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. Todos os gastos do
governo para o próximo ano são previstos em detalhe na LOA. Você encontrará na LOA a
estimativa da receita e a fixação das despesas do governo. É dividida por temas, como saúde,
educação e transporte. Prevê também quanto o governo deve arrecadar para que os gastos
programados possam de fato ser executados. Essa arrecadação se dá por meio dos tributos
(impostos, taxas e contribuições). Se bem-feita, a LOA estará em harmonia com os grandes
objetivos e metas estabelecidos pelo PPA.

No caso da União, a LOA também deve ser enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto de cada
ano. Deve ser aprovada pelos parlamentares até o fim do ano (22 de dezembro), mas não chega a
adiar o recesso parlamentar se não for aprovada até lá.

Princípio Orçamentário: O orçamento federal é elaborado todos os anos e nele estão previstos
os cortes e os gastos que o país terá naquele ano. Esse orçamento é muito importante e pode conter
medidas que afetam diretamente nosso dia a dia, é nele que se encontram os cortes de dinheiro a
programas públicos, redução ou aumento de verbas para determinados setores e a previsão
de quanto deve ser gasto naquele ano. Mas para sua aprovação o orçamento deve seguir
algumas regras básicas, chamadas de princípios orçamentários. Sem esses princípios, um
orçamento não pode sequer ser aprovado.

Os princípios orçamentários são regras básicas que todo orçamento federal deve seguir estando
previsto na constituição federal desde 1964 e funciona como uma forma de padronizar e garantir
que o dinheiro público seja usado de maneira correta. Eles foram criados para garantir a
racionalidade, a transparência e a eficiência na elaboração de um orçamento e são eles que são
levados em conta na hora da avaliação de um orçamento público. Eles são válidos para qualquer
órgão e estado do nosso país, sendo aplicados não somente no orçamento geral, mas em todos os
orçamentos individuais de estado.

Conheça os Seis Princípios Orçamentários e o que Eles Garantem:


Com estes princípios são garantidos que o orçamento esteja de acordo com a nossa constituição
federal e que a transparência com os gastos de dinheiro público seja executada. Desta forma
qualquer coisa presente no orçamento que desrespeite os princípios é retirada do documento ou
mandados para análise, garantindo que o dinheiro público seja gasto de forma correta e que atenda
as necessidades básicas do nosso país.

Cada princípio também permite a elaboração de um orçamento organizado, padronizado e de fácil


entendimento. E através dos princípios básicos que podem apontar uma falha, erro ou
inconstitucionalidade presente em um orçamento interferindo na sua aprovação.
4 - DESPESAS PUBLICAS:

Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos a fim de saldar
gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao funcionamento
dos serviços públicos. A despesa faz parte do orçamento e corresponde às autorizações para
gastos com as várias atribuições governamentais (JUND, 2008). Também pode ser definida como
o conjunto de gastos realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas
correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital).

As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, através do ato administrativo
chamado orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extra orçamentarias.

Classificação das Despesas:


A- Quanto à natureza:
A.1- Despesas orçamentárias: correspondem ao desembolso de recursos que não possuem
correspondência com ingressos anteriores, fixados na lei orçamentária e que serão utilizados
para pagamento dos gastos públicos (JUND, 2008). Em outras palavras, são fixadas e
especificadas na lei do orçamento e/ou na lei de créditos adicionais. A classificação por
categoria econômica em despesas correntes e de capital, que será vista adiante, faz parte das
despesas orçamentárias, isto é, daquelas que fazem parte do orçamento.
A.2- Despesas extra orçamentárias: saída de recursos transitórios anteriormente obtidos sob
a forma de receitas-extra-orçamentárias. Exemplo: restituição de depósitos, restituição de
cauções, pagamento de restos a pagar, resgate de operações de crédito por Antecipação da
Receita Orçamentária (ARO), entre outros. Estas despesas não precisam de autorização
orçamentária para se efetivarem, pois não pertencem ao órgão público, mas caracterizam-se
por um serem uma devolução de recursos financeiros pertencentes a terceiros.

B- Quanto à Categoria Econômica:


B.1- Despesas Correntes:
B.1.1- Despesas de custeio: dotações destinadas à manutenção de serviços anteriormente
criados, inclusive para atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis (Art. 12,
Lei 4.320). Jund (2008) complementa com mais exemplos: pagamento de serviços terceiros,
pagamento de pessoal e encargos, aquisição de material de consumo, entre outras.
B.1.2- Transferências correntes: dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
Exemplos: tranferências de assistência e previdência social, pagamento de salário-família,
juros da dívida pública.
B.2- Despesas de Capital:
B.2.1- Investimentos: dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem
como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e
material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de
caráter comercial ou financeiro (Art. 12, § 4º, Lei 4.320)). 
B.2.2- Inversões financeiras: Conforme Art. 12, § 5º, Lei 4.320, são as dotações
destinadas para: 

Aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;  aquisição de títulos


representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas,
quando a operação não importe aumento do capital; constituição ou aumento do capital de
entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive
operações bancárias ou de seguros.

B.2.3- Transferências de capital: dotações para investimentos ou inversões financeiras


que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de
contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. 

C- Quanto à afetação Patrimonial:

C.1- Despesa efetiva: reduzem a situação líquida patrimonial (SLP) do Estado, provocando
um fato contábil modificativo diminutivo. Exemplos: pessoal e encargos; juros e encargos da
dívida interna e externa; outras despesas correntes, salvo aquelas de material de consumo para
estoque.

C.2- Despesa não efetiva (ou por mudança patrimonial): não provocam alteração na
Situação Líquida Patrimonial (SLP) do Estado. Exemplo: investimentos, inversões financeiras,
amortização da dívida interna e externa, outras despesas de capital, salvo aquelas destinadas a
auxílios e contribuições de capital bem como os investimentos em bens de uso comum do
povo; despesa corrente para formação de estoque de material de consumo.

D- Quanto à Regularidade:

D.1- Ordinárias: destinadas à manutenção contínua dos serviços públicos. Se repetem em


todos os exercícios. 

D.2- Extraordinárias: de caráter esporádico ou excepcional, provocadas por circunstâncias


especiais e inconstantes. Não aparecem todos os anos nas dotações orçamentarias.

E- Quanto À Competência Institucional:

E.1- Federal: competência da União. Atende demandas de dispositivo constitucional, leis ou


contratos.

E.2- Estadual: competência dos Estados. 

E.3- Municipal: competência dos Municípios.

5 – CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA:

5.1 – Licitação: é o processo administrativo utilizado pela Administração Pública e pelas


demais pessoas indicadas pela lei, que visa selecionar a melhor proposta e promover o
desenvolvimento nacional sustentável, por meio de critérios objetivos e impessoais, para
celebração de contratos.

Princípio da Licitação - Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Igualdade, Publicidade,


Probidade administrativa, Vinculação ao instrumento convocatório, Julgamento objetivo.

Objetivo da Licitação – Obras, Serviços, Compras, Alienações, Concessões, Permissões,


Locações.

Modalidade de Licitação:
Concorrência- A concorrência é a modalidade de licitação que possui maiores formalidades,
pois é exigida, normalmente, para contratações de grande vulto econômico, sendo estes definidos
no art. 23, I, “c”, e II, “c”, da Lei 8.666/1993. Exemplo simples seria obras e serviços de
engenharia com valores acima de R$ 1.500.000,00.
Convite- É a modalidade menos formal de licitação, exigida para contratações de menor vulto
econômico, assim definido no art. 23, I, “a”, e II, “a”, da Lei 8.666/1993. Exemplo seria obras e
serviços de engenharia no valor de até R$ 150.000,00.
Concurso- Modalidade utilizada para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico,
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
especificados no edital, publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias (art.
22, § 4.º, da Lei 8.666/1993).
Leilão- Previsto no art. 22, § 5.º, da Lei de Licitações, é a modalidade de licitação adotada para
alienação dos seguintes bens: Bens móveis inservíveis; Produtos legalmente apreendidos ou
penhorados; Alienação de bens imóveis adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dação
em pagamento (art. 19, III, da Lei de Licitações). Destaca-se que o bem a ser leiloado deve ser
avaliado previamente para definir o valor mínimo de arrematação.
Pregão- Modalidade utilizada para aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do
valor estimado do futuro contrato, estando prevista na Lei 10.520/2002.
Consulta- Esta modalidade está prevista no art. 37, caput e parágrafo único, da Lei 9.986/2000,
sendo utilizada para licitações realizadas pelas agências reguladoras. O procedimento deve
observar os arts. 55 a 58 da Lei 9.472/1997 (Lei da ANATEL).

Diante do exposto podemos dizer que as licitações são um processo administrativo, isonômico,
público e acessível, tendo como via de regra sua obrigatoriedade na qual a administração seleciona
a proposta mais vantajosa, menos onerosa e com melhor qualidade possível, para atender sua
necessidade, visando o interesse público.

5.2- Dispensa x inexigibilidade:

Consagrando a observância do princípio da licitação como regra imperiosa à qual devem


sujeitar-se os entes e órgãos públicos, tanto da Administração Direta quanto indireta (caso
específico da Universidade do Estado do Pará), o texto legal também admite, em caráter de
excepcionalidade, fugas a essa regra. Tais hipóteses são catalogadas no diploma licitatório sob a
denominação de DISPENSA e INEXIGIBILIDADE. Trata-se de situações distintas
justificadoras da exclusão do procedimento licitatório como a seguir se verá.
Na DISPENSA, a licitação seria em tese possível, em face de uma necessidade pública
específica e a existência de bens ou serviços disponíveis, em quantidades tais a justificarem uma
licitação. Contudo, razões de ordem superior, relacionadas à satisfação de interesse público,
também merecedor de imediata acolhida, justificam uma contratação direta, sem recurso à
licitação.

Quanto à INEXIGIBILIDADE, não. Aqui a licitação seria inteiramente descabida em face da


inviabilidade de competição, ou porque o objeto perseguido é singular, não existindo outro
similar, ou porque singular é o ofertante do serviço ou o produtor/fornecedor do bem desejado.
Em suma, um único particular está em condições de atender ao interesse público. O pressuposto
aqui é a própria impossibilidade de competição.

A inexigibilidade ocorre quando a circunstância de fato encontrada na pessoa com quem


contratar impede o certame, a concorrência, a disputa. Há inviabilidade fática de competição, de
modo que, ainda que desejasse a licitação, esta restaria inviável ante a absoluta ausência de
concorrentes.

As hipóteses de inexigibilidade elencadas no artigo 25 não são taxativas, mas meramente


enunciativas ou exemplificativas. A contratação com base nos casos de inexigibilidade necessita
de justificativa, através de exposição de motivos circunstanciada assinada pelo agente
responsável pela análise da viabilidade ou não da licitação.

Se esta restar inviável, o processo assim instruído deverá ser levado à autoridade superior para,
se for o caso, ratificar e publicar a justificativa acompanhada do ato de ratificação.
A inexigibilidade do procedimento licitatório não libera as demais exigências que se requer em
uma licitação, a saber: comprovação da capacidade jurídica, técnica, econômico-financeira e
regularidade fiscal do contratante.
Deve ainda preocupar-se com a emissão da nota de empenho, a celebração do contrato, bem
como a publicação do ato na imprensa oficial, em observância ao princípio da publicidade que
rege os atos da Administração Pública, consoante estatui o art. 37, caput, da CF/88.

5.2.1 – Hipóteses de Licitação Dispensada e Dispensável


As hipóteses de licitação dispensada estão previstas no art. 17 da Lei Federal nº 8.666/93,
Lei de Licitações e Contratos, nos casos de Doação de bens móveis para fins de interesse social. 
As hipóteses de licitação dispensável estão previstas no art. seu art. 24 e podem ser divididas em
quatro categorias, das quais merecem destaque as seguintes:

5.2.1.1 - Em Razão do Valor


 
A) Obras e Serviços de Engenharia:  
 Em síntese, no quadro abaixo estão os valores atuais que dispensam licitação:
Obras e serviços de engenharia      Þ        até R$ 15.000,00
Compras e outros serviços              Þ        até R$ 8.000,00       
Quando a contratação for efetuada por sociedade de economia mista, empresas públicas
autarquias e fundações qualificadas como agências executivas, os valores são os seguintes:
Obras e serviços de engenharia      Þ        até R$ 30.000,00
Compras e outros serviços              Þ        até R$ 16.000,00

B) Serviços e Compras de Pequeno Valor e Alienações:  


 Serviços, exceto os de engenharia, e compras de até R$-8.000,00 (OITO MIL REAIS),
correspondentes a 10% (dez por cento) do valor atribuído ao Convite, podem ser contratados
diretamente.

5.2.1.2 - Em Razão De Situações Excepcionais

A) Emergência ou Calamidade Pública:  


Desde que caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, e somente para
os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de
obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos.

B) Quando Não Acudirem os Interessados à Licitação:


É a chamada licitação deserta, assim caracterizada no momento da apresentação das propostas.
Se a licitação anterior não pode ser realizada por falta de interessados e uma nova licitação não
puder ser feita sem prejuízo, a contratação pode ser feita sem licitação.
 Entretanto, a contratação deverá ser feita com observância das mesmas condições da licitação
havida como deserta (ex. prazo de início, de conclusão, de entrega, condições de execução e de
pagamento).

C) Propostas com Preços Manifestamente Superior aos do Mercado:  


A licitação instaurada é dispensável se as propostas apresentarem preços manifestamente
superiores aos praticados no mercado ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes. Assim, pode contratar sem licitação sempre que todas as propostas apresentadas
forem desclassificadas por conterem preços excessivos e os licitantes não apresentarem outras, no
prazo de 8 dias úteis ao ato desclassificatório.
 A contratação, nesses casos, há de ser feita por preços não superiores aos consignados no
registro de preços. Agora, a falta de registro de preços impede a dispensa, e a licitação deve ser
repetida.

D) Contratação de Remanescente de obra, Serviço ou Fornecimento: 


Pode ocorrer nos casos em que há rescisão contratual, sendo facultado convocar os demais
participantes da licitação, na ordem de classificação para verificar se têm interesse em contratar o
remanescente, nas mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao
preço, devidamente corrigido.

5.2.1.3 - Em Razão do Objeto

A) Compra ou Locação de Imóvel Destinado ao Atendimento das Finalidades Precípuas da


Administração: 
Aplica-se nos casos de as necessidades de instalação e localização condicionarem a escolha,
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, sempre precedido de avaliação prévia.

B) Aquisição e Restauração de Obras de Arte e Objetos Históricos: 


É dispensável a licitação se as obras de arte e os objetos históricos tiverem autenticidade
certificada e desde que a aquisição ou restauração seja compatível ou inerente às finalidades do
órgão ou entidade. 
A aquisição só é legítima quando contratada por órgãos ou entidades que cumpram programa
voltado à arte ou à história: museus, escolas de belas-artes, fundações culturais ou artísticas. O
bem desejado não precisa ser único ou singular.
  No caso de restauração, é cabível a declaração de inexigibilidade de licitação, desde que se
trate de serviço de natureza singular, com profissional ou empresa de notória especialização.
As demais entidades ou órgãos sem qualquer finalidade ligada às artes ou à história podem
adquirir objetos de arte ou históricos como elemento de decoração, desde que mediante licitação.

c) Aquisição de Componentes ou Peças Originais: 


Os componentes ou peças podem ser de origem nacional ou estrangeira, desde que necessários
à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica.
A aquisição deve ser feita junto ao fornecedor original do equipamento, quando tal condição de
exclusividade for indispensável para a vigência da garantia.
Terminada a garantia, a aquisição dos componentes e peças dar-se-á mediante licitação. Assim
também será se nenhuma exclusividade for exigida para a manutenção da garantia.

5.2.1.4 - Em Razão da Pessoa

A) Operação Entre Pessoa Pública e Órgão Ou Entidade Que a Integre:


Aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços
prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para
esse fim específico em data anterior à vigência da Lei nº 8.666/93, desde que o preço contratado
seja compatível com o praticado no mercado. 
Por exemplo, o governo do Estado do Pará não necessitaria abrir licitação, com base neste
dispositivo, para contratar serviços de informática se há uma empresa governamental por ele
criada que seja prestadora desses serviços somente a entidades a este pertencentes, a PRODEPA,
e não para terceiros, dado que assim foi criada especificamente para lhe prestar dito serviço, e não
para prestá-lo a quem por ele se interessar.

B) Impressão De Diário Oficial, Formulários Padronizados, Edições Técnicas Oficiais E


Prestação De Serviços De Informática: 
Desde que o serviço seja prestado à pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou
entidades que integrem a Administração Pública criados para esse fim específico.

C) Contratações Entre Empresas Governamentais E Suas Subsidiárias:


Para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com os praticados no mercado. A regra só prestigia a contratação das
subsidiárias pelas respectivas empresas públicas e sociedades de economia mista, não cabendo sua
aplicação nas contratações entre empresas estatais ou entre subsidiárias. Também não se aplica
nos ajustes da Administração Pública com as empresas governamentais ou com suas subsidiárias.

D) Contratação De Serviços Com Organizações Sociais: 


A licitação é dispensável para a celebração de contratos de prestação de serviços com as
organizações sociais qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para as atividades
contempladas no contrato de gestão.
 
E) Contratação De Instituição Nacional Sem Fins Lucrativos, Incumbida Regimental Ou
Estatutariamente Da Pesquisa, Do Ensino Ou Do Desenvolvimento Institucional, Científico
Ou Tecnológico, Desde Que A Pretensa Contratada Detenha Inquestionável Reputação
Ético-Profissional:
 De acordo com o inciso XIII, do art. 24 da Lei 8.666, de 21 de Junho de 1993, a administração
pública, através de dispensa de licitação, pode contratar instituições para dar apoio à projeto de
ensino pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, com
inquestionável reputação ético-profissional, desde que preste tais serviços com elevado grau de
competência e excelência e que não possua fins lucrativos e pratique preços compatíveis com os
serviços a serem prestados e com a realidade de mercado.
 Para tanto, a Administração Pública deve se cercar de algumas cautelas quando pretenda
utilizar tal dispositivo legal, para não utilizá-lo de forma generalizada e desprovida de critérios,
contratando instituições para a execução de serviços que não se enquadrem em ações de apoio a
projetos específicos de pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional do órgão, sob pena de o
gestor órgão incorrer em fraude à licitação e ter que suportar as sanções legais por
descumprimento do diploma legal.

5.2.2 - Hipóteses De Inexigibilidade

A) Aquisição De Materiais E Equipamentos Ou Gêneros Que Só Possam Ser Fornecidos


Por Produtor, Empresa Ou Representante Comercial Exclusivo: 
É vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de
atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes.
A exclusividade pode ser absoluta ou relativa: É absoluta quando no país só há um fornecedor
ou um único agente para prover os interesses da Administração. É relativa quando no país há
mais de um fornecedor, empresa ou representante comercial, mas na praça considerada há apenas
um. 
A exclusividade absoluta torna, de pronto, inexigível a licitação. No caso de exclusividade
relativa, a inexigibilidade vai depender da modalidade de licitação aplicável e do valor do contrato

B) Contratação De Serviços Técnicos Profissionais Especializados:


Serviços técnicos profissionais especializados, para os fins da Lei Federal nº 8.666/93, em seu
art. 13, são estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos, pareceres, perícias e
avaliações em geral, assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias,
fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços, patrocínio ou defesa de causas
judiciais ou administrativas, treinamento e aperfeiçoamento de pessoal e restauração de obras de
arte e bens de valor histórico.
Os serviços devem ser de natureza singular e os profissionais e empresas contratadas devem ser
de notória especialização, requisitos estes cumulativos para ensejar a inexigibilidade de licitação.
Por natureza singular entende-se o serviço com uma complexidade tal que o individualiza,
tornando-o diferente dos da mesma espécie e exigindo, para a sua execução, um profissional ou
empresa de especial qualificação.
Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de
sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à
plena satisfação do objeto do contrato.
O contrato firmado com base nesta hipótese de inexigibilidade é de execução personalíssima,
implicando dizer, portanto, que o licitante contratado ficará obrigado a garantir a realização
pessoal e direta dos serviços objeto do contrato.

C) Contratação De Artistas:
Profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde
que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
Se o contrato estiver dentro do limite do Convite, é suficiente a crítica especializada ou a
opinião pública local; se estiver dentro do limite da Tomada de Preços, é suficiente a regional; se
estiver dentro do limite da concorrência, é necessária a nacional.
6 – EMPENHO:

É o ato da autoridade competente ou, por delegação de competência, dos vice-presidentes, do


diretor executivo e/ou de outro designado para tal, que cria para o Conselho a obrigação do
pagamento dentro do limite dos créditos concedidos no orçamento para cada despesa.

É prévio, ou seja, precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito


orçamentário; consequentemente, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. A
emissão do empenho deduz o seu valor da dotação orçamentária, tornando a quantia empenhada
indisponível para nova aplicação.

6.1- Os empenhos são classificados em:

a) Ordinário ou Normal: utilizado pelo ordenador da despesa quando o valor do empenho é


igual ao da compra ou do serviço, e a liquidação e os pagamentos devem ser efetuados em uma
única vez.

Refere-se a um determinado fornecimento de material, à prestação de serviço ou à


execução de obra. Não há parcelamento na liquidação da obrigação, nem descontos, nem
acréscimos. São perfeitamente definidos o valor e o credor (exemplos: Aquisição de materiais;
Manutenção de veículos).

b) Estimativa: quando a obrigação financeira assumida pela entidade ainda não tem o seu
valor líquido e certo, o qual é determinado no momento da liquidação. O valor total da despesa é
estimado, podendo ser liquidado e pago em parcelas mensais (exemplos: Pessoal e seus encargos;
Obras por medição; Energia Elétrica; Suprimento de fundos; Telefones; Água e Esgoto;
Combustíveis).

a) Global: efetuado para despesas contratuais, ou outras nas quais o pagamento será de
forma parcelada e fixa, em que já se conhece o valor da obrigação até o final do contrato
(exemplos: Convênios; Serviços de limpeza; Serviços de segurança; Aluguéis).

6.2- Antes do empenho, entretanto, o executor do orçamento terá de verificar:


a) Se há necessidade ou não de efetuar a licitação por qualquer das modalidades conhecidas,
dependendo do limite estabelecido na legislação;
b)Se a despesa foi ou não incluída no orçamento. Em caso afirmativo, se a dotação é
suficiente ou não para suportá-la.
Obtidas as respostas afirmativas, ordena-se o empenho.

Sob o aspecto administrativo, o empenho é um mecanismo que permite o controle das


dotações fixadas para as despesas programadas.

6.3 Nota de Empenho


Para cada empenho, será extraído um documento denominado “Nota De Empenho”, que
indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução desta
do saldo da dotação própria, assinada devidamente pela autoridade competente e pelo emissor.

O “Pré-empenho” é utilizado para fazer bloqueio de dotações, com a finalidade de atender


às despesas que não estão em condições de serem empenhadas.

No Sistema informatizado, o Pré-empenho é denominado “Reserva de Empenho”, cujo


objetivo é o controle dos atos administrativos anteriores ao cadastro do empenho.

A “Reserva de Empenho” deverá ser impressa, previamente, quando da necessidade da


elaboração de processos licitatórios a serem realizados pelos Conselhos.

7- LIQUIDAÇÃO:

É o ato da administração que verifica o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios.

Essa verificação tem por fim apurar: A origem e o objetivo do que se deve pagar; A
importância exata a pagar; A quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

A LIQUIDAÇÃO, como verificação física da despesa, terá por base: O contrato, ajuste ou
acordo respectivo; A Nota de Empenho; Os comprovantes da entrega do material, da prestação de
serviços e outros.

Observação: Todas as despesas, de origem orçamentária ou não, passam pelo estágio da


Liquidação.

8 – PAGAMENTO:
O pagamento é o último estágio da despesa. Por ele se extinguem as obrigações assumidas
com terceiros. O pagamento é ordenado pela autoridade competente, quando a despesa for
considerada liquidada ou processada.

A Ordem de Pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelo Setor


Financeiro, tais como: emissão de cheques, DOC, TED, depósitos ou outros procedimentos
adotados pelos Conselhos, e encaminhados, posteriormente, ao Setor de Contabilidade, para as
providências sob sua responsabilidade.

9– LEI ORGÂNICA MUNICIPAL (Paulo Afonso):

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL:

- Constituem objetivos fundamentais do município de Paulo Afonso e de seus


representantes: I - Assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e
solidária;
- Garantir o desenvolvimento local e regional;
- Contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional;
- Erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais na área urbana e zona rural.
- promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

São poderes do município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

Art. 5º - São símbolos de município, a Bandeira , o Hino e o Brasão, representativo de sua


cultura e história.

Art. 6º- Incluem-se entre os bens do município os imóveis, por natureza ou acessão física,
e os imóveis que atualmente sejam do seu domínio, ou a ele pertençam, bem
assim os que lhe vierem a ser atribuídos por lei e os que lhe incorporarem ao
seu patrimônio por ato jurídico perfeito.

DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

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