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ORÇAMENTO DO ESTADO

Elaborado por Eva Quembo


5. 1 Origem do Orçamento do Esta do

Idade média: terra pertencia ao Reis


que cobrava impostos dos usuários
menos aos nobres.
Regime feudal: senhores feudais
cobravam pesados tributos pelo aluguer
do seu feudo.
Inglaterra (1199-1216) João Sem Terra
Rei assinou a carta magna que como
principio a não cobranca de impostos
sem representação.
5.1 Origem do Orçamento do Estado

Mais tarde, com a Revolução Francesa


(1789) a cobrança de tributos passa a
ser normalizada, com a Declaração dos
Direitos, ficando os representantes do
povo com o direito de votar a cobrança
de impostos, os quais deveriam ser
pagos por todos, conforme suas posses
e possibilidades e não apenas pelo povo
de classe mais baixa, como ocorria
anteriormente, privilegiando a nobreza.
5.2 Conceito

O orçamento do estado é um
documento no qual estão fixadas
as despesas a realizar pelo Estado
e previstas as receitas necessárias
para as cobrir durante um ano no
exercício da actividade financeira
do Estado. (Artigo 12 da Lei 9/22).
5.2 Conceito
Ele representa o quadro geral básico de
toda actividade financeira pública
através do qual se procede a definição
prática das finalidades dadas aos
dinheiros do Estado. é um instrumento
programático que assume a forma de
Lei, de que se serve a administração do
Estado, autárquica e outras instituições
públicas para gerir a coisa pública de
acordo com os princípios estabelecidos.
5.3 Funções do Orçamento do Estado

Teixeira Ribeiro (2000) aponta três funções do OE:


A relacionação das receitas com as despesas. O
Estado vai fixar o montante das despesas a fim de
assegurar que as receitas serão suficientes para a
justa satisfação de necessidades públicas. As
despesas vão determinar as receitas e as receitas
vão depender das despesas.
A fixação das despesas. Porque a receita é uma
simples estimativa de cobranças. Já as verbas
inscritas no orçamento das despesas (créditos
orçamentais) são um limite que os serviços não
poderão ultrapassar.
A exposição do plano financeiro do Estado.
5.4 Dimensões do orçamento

Mais do que uma previsão das


receitas e despesas a realizar num
determinado ano, e além de ser um
documento contabilístico, o
orçamento carece de uma
autorização com conteúdo jurídico-
político, que visa garantir uma
utilização racional e adequada dos
meios obtidos através da
tributação e dos instrumentos de
ordenação e regulação da
5.4.1 Dimensões do
Orçamento
Económica: Ligada a racionalidade económica, isto é, a
eficiência e a transparência no que respeita ao fenómeno
económico, ou seja, a satisfação de necessidades publicas e
a estabilização da conjuntura económica;
Política: inerentes a garantia do equilíbrio e separação de
poderes, bem como a garantia do respeito aos direitos
fundamentais dos cidadãos e dos contribuintes em especial;
e
Jurídica: ligadas a salvaguarda concreta dos direitos
subjectivos dos cidadãos, a organização e funcionamento da
administração pública e a limitação dos poderes executivos,
a partir do respeito do princípio de consentimento. Portanto
através dele se autoriza o exercício dos poderes de
administração financeira e se fixam os seus limites.
5.5 Conteúdo do orçamento do estado

Conteúdo formal: o OE é constituído por um


articulado onde se procede a aprovação do OE, do
orçamento da segurança social, das verbas a
distribuir pelos municípios, bem como se definem
as normas sobre os orçamentos privativos dos
órgãos e serviços autónomos, politica fiscal, e
empréstimo público. Ao articulado sucedem-se
mapas sobre despesas, receitas, despesas fiscal,
programas, etc. Abaixo das dotações globais,
orgânicas, económicas e funcionais, as
especificações são feitas pelo governo, ao abrigo
das disposições respeitantes a execução
orçamental
5.5 Conteúdo do orçamento do estado

Conteúdo substancial: juridicamente a


Lei do OE e definida pela Lei de Quadro do
Orçamento, de modo que ela não pode ir
em contradição aos preceitos
constitucionais com o risco que ser
declarada inconstitucional o que a torna
ilegal. Assim ela deve ser acompanhada de
desenvolvimentos orçamentais que
fornecem informação mais detalhada
sobre serviços e fundos a que se debruça o
OE.
5.6 Composição do Orçamento do OE

Receitas: Esta componente diz respeito a todos os


recursos financeiros cujo beneficiário é o Estado, e
tem em vista o financiamento de despesas
públicas. No sentido restrito são consideradas
receitas do Estado as obtidas através do
pagamento de impostos ou de obrigações ao
Estado pela provisão de determinados bens e
serviços, vendas patrimoniais, portanto todos os
recursos resultantes da própria actividade do
Estado. No sentido mais amplo, as receitas
públicas incluem para além destes itens os
recursos provenientes de donativos e
empréstimos.
5.6 Composição do Orçamento
do Estado
Despesas: Esta é a componente dos
gastos do governo e também se designam
por “despesas públicas” ou “gastos
públicos”. Governos podem gastar seus
recursos, por exemplo, no procurement
(aquisições) de bens e provisão de
serviços, para pagar o serviço de dívidas,
fazer investimento, e outras despesas com
vista a satisfazer as necessidades públicas.
5.6 Composição do Orçamento
do Estado
Saldo Orçamental: este poderá ser um
superavit ou um deficit. O superávit
orçamental ocorre quando as receitas do
Estado são maiores que as despesas.
Um deficit no orçamento ocorre quando
as despesas do governo são maiores
que as receitas, e neste caso deverão
ser encontradas alternativas de
financiamento às despesas não
cobertas.
5.6 Composição do Orçamento
do Estado
Muitos governos, especialmente dos países em vias
de desenvolvimento apresentam défices orçamentais.
O que significa que o governo planeia gastar mais do
que espera arrecadar das receitas, dai que deve
procurar fontes adicionais de receitas para financiar
as suas despesas. Isso envolve pedir emprestado
dinheiro e, desse modo, aumentar a dívida pública. A
dívida pública é, portanto, consequência do crédito
concedido ao governo que é reportado no orçamento
anual como défice orçamental. Constitui o total do
saldo do passivo financeiro do sector público, com o
ónus sobre o governo a reembolsar o montante
emprestado, incluindo juros.
5.6 Princípios de elaboração do OE

1.Anualidade: nos termos da qual a elaboração


de um orçamento tem um período de validade
fixada em um ano. Ele é aprovado, executado
e fiscalizado anualmente. As receitas e
despesas não são passadas nem futuras mais
actuais pelo de o futuro ser incerto, torna-se
ilusório prevê-lo. Este princípio não prejudica
aqueles que são os planos a longo prazo do
governo pois reconhece a existência de
programas plurianuais que tem encargos que
ultrapassam o limite de um ano.
5.6 Princípios de elaboração do
Orçamento do Estado
2. Plenitude orçamental: este princípio carrega
dentro de si duas regras – a unidade e a
universalidade. Na base da regra da unidade o
orçamento do estado é apenas um; e na base da
regra da universalidade todas as despesas e todas
as receitas que determinam a alteração no
património do Estado devem estar
obrigatoriamente nele inscrito. Não obstante a
existência deste princípio, é legalmente
reconhecida as autarquias locais a autonomia
financeira que as permite ter um orçamento
próprio, sendo que o global das receitas e despesas
por elas fixadas se encontram inscritas no OE.
5.6 Princípios de elaboração do
Orçamento do Estado
3. Especificação: segundo a qual cada despesa e
cada receita deve ser suficientemente individualizada
no OE. Desse princípio resulta a classificação das
despesas e das receitas de acordo com a sua origem
e finalidade em orgânicas, funcionais e
programáticas com o objectivo de impedir a
existência de fundos secretos. No entanto de acordo
com o número 3 do artigo 13 da Lei do SISTAFE,
constitui excepção a este princípio a inscrição no OE
de uma dotação provisional, sob gestão do Ministério
das Finanças, de forma a permitir a sua afectação,
em momento oportuno e atempado, a realização de
despesas não previsíveis e inadiáveis.
5.6 Princípios de elaboração do
Orçamento do Estado
4. Não Compensação: segunda a qual as
receitas e despesas devem ser inscritas de
forma ilíquida e bruta no OE, sem dedução
de possíveis aumentos ou redução.

5. Publicidade: de acordo com o qual a Lei


orçamental, os mapas e tabelas de receitas
e despesas bem como as demais
informações económicas e financeiras
julgadas pertinentes devem ser publicadas
no Boletim da República.
5.6 Princípios de elaboração do
Orçamento do Estado
6. Não consignação: esse princípio estabelece que o
produto de quaisquer receitas não pode ser afectado a
cobertura de determinada despesa, especificas.
Excepções a este principio encontram-se no número 2
do artigo 13 da Lei do SISTAFE, segundo o qual
exceptuam-se do principio de não consignação receitas
que: a) por virtude de autonomia administrativa e
financeira, tenham de ser afectadas a determinado fim
específico ou a determinada instituição; b) os recursos
financeiros sejam provenientes de operações
específicas de crédito público; c) os recursos
provenientes decorrem de donativos, heranças ou
legados a favor do Estado com destino específico; d) os
recursos tenham por lei especial, destino específico.
5.6 Princípios de elaboração do
Orçamento do Estado

7. Equilíbrio Orçamental: considerado


o mais importante dos princípios
orçamentais, determina que todas as
despesas previstas no orçamento devem
ser efectivamente cobertas por receitas
nela inscritas.

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