Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
transparência
19 de setembro de 2023 14:05
Sumário
Aula nº 4 de 2023/09/19
Continuação da aula anterior.
Sumário introduzido por Glória Teixeira (232927).
De <https://sigarra.up.pt/fdup/pt/sumarios_geral.ver?pv_ocorrencia_id=524055&pv_turma_id=15880
&pv_tipo_aula=T&pv_per_aula=2>
Relacionar os vários artigos da Constituição e o enquadramento das diferentes leis (LEO [Lei de
Enquadramento Orçamental; "Lei Estável" porque é a lei reguladora do Orçamento do Estado,
disciplinando-o]; LO [Lei anual onde se faz a previsão das receitas e das despesas]).
Falamos de um orçamento que foi aprovado, que foi publicado (tem de o ser até 31 de
dezembro) e o Orçamento começa a ser executado a 01 de janeiro (execução é a concretização
da arrecadação das receitas e efetuação das despesas).
Existe um DL de execução (não vamos tratar nas Finanças Públicas) é um decreto executório;
vai pormenorizar as medidas previstas no Orçamento (as receitas e despesas; operacionaliza a Lei
do Orçamento). É um Decreto anual e acompanha sempre o Orçamento.
Como é que deve ser executado o OE? Nos arts.º 52.º a 61.º define-se as regras de execução do
Orçamento: respeitantes às receitas e às despesas. Princípio da legalidade (as receitas e despesas
têm de estar previstas no Orçamento); tem de haver uma correta inscrição orçamental (temos de
identificar a sua inscrição correta; em que capítulo, em que secção, etc.); falando apenas das
despesas; tem de estar classificada e têm de satisfazer os requisitos da economia, da eficiência e
da eficácia; por último, relativamente às despesas, não pode haver nenhum pagamento de uma
despesas se esta não estiver inscrita, classificada, no Orçamento. Se forem cumpridos estes
requisitos temos um Orçamento equilibrado.
Estas operações de execução do Orçamento estão sujeitos ao princípio de segregação das função
de liquidação e cobrança. Significa isto que tanto no campo das receitas como no das despesas
temos de identificar as entidades que estão a executar as receitas e as despesas (segregação de
funções de liquidação e cobrança).
O orçamento vai ser executado; vão ser arrecadas receitas e realizadas despesas; no fim do ano
económica (coincide com o ano civil) e pode haver três situações: situação de equilíbrio ou deficit
ou estamos com um excedente. No caso de excedente orçamental o que fazer com o excedente?
Deve ser usado, diz o legislador, para amortizar (não dizemos pagar porque o pagamento é
integral) a dívida pública; podem ser usados para a constituição de uma reserva para fazer face a
riscos financeiras, no caso de não termos dívida. NO caso de excedente da SS revertem a favor
do fundo de estabilização financeira da SS. A entidade que regula a SS é o Instituto de Regulação
Financeira da SS e este gere um fundo de estabilização da SS. Neste fundo de estabilização está o
O regime dos duodécimo está previsto no art.º 58.º da LEO (Lei de Enquadramento
Orçamental).
Não estando num regime excecional terá o Governo uma liberdade absoluta para executar o
Orçamento? Nos termos do art.º 68.º da LEO a execução do Orçamento está sujetio: ao
controlo jurisdicional, político e administrativo.
Jurisdicional é efetuado pelo Tcontas. Diz o art.º 214.º da CRP que o Tcontas é o órgão supremo
da legalidade das receitas e das despesas, sem prejuízo que temos também outros Tribunais a
serem chamados para outras vertentes (judiciais e administrativos).
Estes controlos são necessário para ver se o Governo é fiel à sua palavra. Pode haver quebra de
receitas (é preciso ver as despesas).
Chegando ao dia 31 de dezembro houve uma execução completa das despesas e receitas. O
Governo, terminada a execução do Orçamento, no dia 01 de janeiro do ano seguinte, vai ter de
elaborar a Conta Geral do Estado que tem de ser apresentada na Assembleia da República até ao
dia 25. A Conta já é o rebate (todas as despesas que realizou e todas as receitas que efetivou); o
orçamento é uma previsão.
A Conta Geral do Estado, nos termos do art.º 41.º da LPTC (Lei de organização e Processo do
Tribunal de Contas), que o Governo tem de apresentar na AR até 15 de maio tem de ser
acompanha de parecer e relatório do Tribunal de Contas. A Conta Geral do Estado tem de ser
enviada uns meses antes para o Tribunal de Contas para que os juízos, analisarem, fazerem o
respetivo relatório e darem o parecer (não pode seguir [a Conta] sem o parece do Tcontas).
A competência do Tcontas é compreensiva; vai fiscalizar todos os Orçamentos (os que foram
anteriormente mencionados) inclusive o dos particulares que utilizem fundos públicos.
Quanto à transparência (dos arts.º 53.º a 76.º do LEO). Não só o Tcontas ou a AR mas também
é muito importante a questão da transparência. Existe uma plataforma eletrónica onde são
publicados os programas, o Orçamento, e outros desenvolvimentos. Transparência para os
cidadãos em geral.
Feito isto, ficamos na página 23 (terminamos o capítulo I); vamos prosseguir para o Capítulo II;
na próxima semana vamos ver PowerPoint.