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MAGIS 8 EXTREME

QUESTÕES – ADMINISTRATIVO I

1- Segundo José dos Santos Carvalho Filho: “As atividades administrativas são desenvolvidas
pelo Estado para benefício da coletividade. Mesmo quando age em vista de algum interesse
estatal imediato, o fim último de sua atuação deve ser voltado para o interesse público. E se,
como visto, não estiver presente esse objetivo, a atuação estará inquinada de desvio de
finalidade.”(Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de direito administrativo – 32. ed. rev.,
atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2018. p. 87).
No trecho acima o autor se refere ao princípio:
a) da indisponibilidade do interesse público.
b) da moralidade.
c) da eficiência.
d) da supremacia do interesse público
e) da impessoalidade.

Gabarito: D
Segue o referido autor:
“Desse modo, não é o indivíduo em si o destinatário da atividade administrativa, mas sim o grupo
social num todo. Saindo da era do individualismo exacerbado, o Estado passou a caracterizar-se
como o Welfare State (Estado/bem-estar), dedicado a atender ao interesse público. Logicamente,
as relações sociais vão ensejar, em determinados momentos, um conflito entre o interesse público
e o interesse privado, mas, ocorrendo esse conflito, há de prevalecer o interesse público.
Trata-se, de fato, do primado do interesse público. O indivíduo tem que ser visto como integrante
da sociedade, não podendo os seus direitos, em regra, ser equiparados aos direitos sociais. Vemos
a aplicação do princípio da supremacia do interesse público, por exemplo, na desapropriação, em
que o interesse público suplanta o do proprietário; ou no poder de polícia do Estado, por força do
qual se estabelecem algumas restrições às atividades individuais.”

2 – Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do regime jurídico administrativo.

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a) A supremacia do interesse público traz como efeito uma relação de verticalidade, uma relativa
preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou gerais,
daqueles interesses defendidos por particulares.
b) Sempre que a administração pública estiver envolvida em relações jurídicas, sejam elas de
direito público ou de direito privado, o interesse da administração pública deverá imperar, pois ele
sempre se sobrepõe ao interesse privado.
c) Celso A. B. de Mello sugere que o regime jurídico-administrativo é formado por princípios
magnos, em função dos quais se originariam todos os demais princípios que conformam a
atividade administrativa.
d) A indisponibilidade do interesse público traz como efeito a impossibilidade de livre transigência,
por parte do Administrador, dos interesses públicos tutelados. De acordo com o princípio da
indisponibilidade, os bens e interesses públicos não pertencem ao gestor ou mesmo à
Administração, cabendo aos agentes administrativos geri-los e conservá-los, em prol da
coletividade.

Gabarito: B
O conceito de interesse público envolve duas concepções, o interesse público primário (interesse
da coletividade) e o interesse público secundário (interesse do Estado, enquanto sujeito de
direitos). Tal dicotomia se fundamenta na constatação de que não há necessária coincidência
entre o interesse público (relacionado a um conceito maior, de sociedade como um todo) e o
interesse do Estado (relacionado a um conceito mais restrito, de Administração Pública).
Em princípio, somente o interesse público primário se apresenta com status superior, em relação
ao interesse do particular. Conforme explica Luis Roberto Barroso, eventuais colisões entre o
interesse público secundário (interesse da Administração) e o interesse do particular, são
solucionadas concretamente, mediante a ponderação dos princípios e dos elementos normativos
e táticos do caso concreto.
(BALTAR NETO e TORRES. Fernando Ferreira e Ronny Charles Lopes de. DIREITO ADMINISTRATIVO
– 8ª Ed. Juspodivm, 2018. p. 59)

3 – Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I - A prática de nepotismo configura grave ofensa aos princípios da administração pública, em
especial aos princípios da moralidade e da isonomia, enquadrando-se, dessa maneira, no art. 11
da Lei nº 8.429/92. A nomeação de parentes para ocupar cargos em comissão, ainda que
ocorrida antes da publicação da Súmula vinculante 13, constitui ato de improbidade
administrativa, que atenta contra os princípios da administração pública, nos termos do art. 11
da Lei n. 8.429/92, sendo despicienda a existência de regra explícita de qualquer natureza acerca
da proibição.
II - Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem interrupções
(princípio da continuidade do serviço público). Excepcionalmente, será possível a interrupção do
serviço público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º 8.987/95. Assim,
considera-se que a divulgação da suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por
meio de emissoras de rádio, dias antes da interrupção, não satisfaz a exigência de aviso prévio,
prevista em lei.
III - A incompatibilidade da prática enunciada na SV 13 com o art. 37 da CF/88 não decorre
diretamente da existência de relação de parentesco entre pessoa designada e agente político ou
servidor público, mas de presunção de que a escolha para ocupar cargo de direção, chefia ou
assessoramento tenha sido direcionado à pessoa com relação de parentesco com quem tenha
potencial de interferir no processo de seleção.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está incorreta.
c) Apenas II está incorreta.
d) Apenas III está incorreta.
e) Todas estão incorretas.

Gabarito: C
I - STJ. 2ª Turma. REsp 1643293/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/03/2017.
II – INCORRETA - Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem
interrupções (princípio da continuidade do serviço público). Excepcionalmente, será possível a
interrupção do serviço público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º
8.987/95: a) Em caso de emergência (mesmo sem aviso prévio); b) Por razões de ordem técnica ou
de segurança das instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; c) Por causa de
inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Se a concessionária de
energia elétrica divulga, por meio de aviso nas emissoras de rádio do Município, que haverá, daqui
a alguns dias, a interrupção do fornecimento de energia elétrica por algumas horas em virtude de
razões de ordem técnica, este aviso atende a exigência da Lei nº 8.987/95? SIM. A divulgação da
suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias
antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da Lei nº
8.987/95. STJ. 1ª Turma. REsp 1270339-SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 15/12/2016 (Info
598).
III - STF. 2ª Turma. Rcl 18564/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli,
julgado em 23/2/2016 (Info 815).

4 – Analise os itens a seguir.


I - Todos os agentes públicos, desde o que lhe ocupe a cúspide até o mais modesto deles, devem
ser instrumentos de fiel e dócil realização das finalidades normativas.
II - Objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados
que se encontrem em idêntica situação jurídica.
III – Pode ser concretizado por alguns instrumentos públicos específicos como direito de petição
e as certidões.
Referem-se respectivamente aos princípios:
a) Legalidade, Impessoalidade e Publicidade.
b) Legalidade, Impessoalidade e Isonomia.
c) Moralidade, Isonomia e Acesso à justiça.
d) Moralidade, Isonomia e Publicidade.
e) Moralidade, Impessoalidade e Acesso à justiça.

Gabarito: A
I – Princípio da legalidade - O princípio “implica subordinação completa do administrador à lei.
Todos os agentes públicos, desde o que lhe ocupe a cúspide até o mais modesto deles, devem ser
instrumentos de fiel e dócil realização das finalidades normativas”. (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA
DE MELLO, RDP nº 90, p. 57-58.) Na clássica e feliz comparação de HELY LOPES MEIRELLES,
enquanto os indivíduos no campo privado podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador
público só pode atuar onde a lei autoriza (Direito administrativo brasileiro, p. 83.)
II – Princípio da impessoalidade – A referência a esse princípio no texto constitucional, no que toca
ao termo impessoalidade, constituiu uma surpresa para os estudiosos, que não o empregavam em
seus trabalhos. Impessoal é “o que não pertence a uma pessoa em especial”, ou seja, aquilo que
não pode ser voltado especialmente a determinadas pessoas. O princípio objetiva a igualdade de
tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica
situação jurídica. Nesse ponto, representa uma faceta do princípio da isonomia.
III – Princípio da publicidade – Outro princípio mencionado na Constituição é o da publicidade.
Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os
administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de
controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. Só com a transparência dessa
conduta é que poderão os indivíduos aquilatar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência
de que se revestem.
O princípio da publicidade pode ser concretizado por alguns instrumentos jurídicos específicos,
citando-se entre eles: o direito de petição, pelo qual os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos
administrativos para formular qualquer tipo de postulação (art. 5º, XXXIV, “a”, CF); as certidões,
que, expedidas por tais órgãos, registram a verdade de fatos administrativos, cuja publicidade
permite aos administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de certas situações (art.
5º, XXXIV, “b”, CF); e a ação administrativa ex officio de divulgação de informações de interesse
público.
(Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de direito administrativo – 32. ed. rev., atual. e ampl. –
São Paulo: Atlas, 2018. p.74/80 )

5 – De acordo com o STF: “É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela
Administração Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes
vencimentos e vantagens pecuniárias.” A decisão do Pretório Excelso teve por base
preponderantemente qual princípio de direito administrativo?
a) Moralidade.
b) Interesse Público.
c) Publicidade.
d) Segurança Jurídica.
e) Eficiência.

Gabarito: C
O princípio da publicidade exige que, em regra, haja ampla divulgação dos atos praticados pela
Administração Pública.
O princípio da publicidade existe porque vivemos em uma República democrática, na qual o titular
do poder é o povo (art. 1º, parágrafo único, da CF/88). O administrador apenas atua em nome do
povo. Logo, ele tem o dever de prestar contas ao povo sobre todos os atos que pratica. O povo
tem que controlar socialmente o poder. Como o povo vai exercer tal controle se não sabe como o
Poder Público está agindo? Sem essas informações, não se consegue controlar a coisa pública de
uma forma adequada.
Esse princípio da publicidade também está relacionado à eficiência na gestão das contas públicas,
já que possibilita uma maior fiscalização.
Exceção:
A própria CF/88 afirma que o princípio da publicidade não é absoluto e que deverá ser assegurado
o sigilo se a informação a ser divulgada puder gerar riscos à segurança da sociedade e do Estado.
Divulgação de vencimentos dos servidores públicos:
O STF travou interessante discussão envolvendo o princípio da publicidade.
A Prefeitura de São Paulo, desde 2011, passou a divulgar, em seu site na internet, a relação
nominal de todos os servidores e, ao lado, o quanto cada um recebia de remuneração.
Diversos servidores ingressaram com ações pedindo a retirada dos nomes, afirmando que essa
publicação violaria a intimidade ou vida privada dos servidores e que os colocaria até mesmo em
risco por conta de assaltos, golpes etc. Outros ajuizaram com ações de indenização por danos
morais contra o Município.
O STF, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 652.777, decidiu, por
unanimidade, que essa publicação dos vencimentos é legítima (constitucional).
É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.
STF. Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (repercussão geral)
(Info 782)
Para a Corte, a divulgação dos vencimentos dos servidores, a ser realizada oficialmente, constitui
informação de interesse público que não viola a intimidade e a segurança deles, uma vez que
esses dados dizem respeito a agentes públicos em exercício nessa qualidade.
O âmbito de proteção da privacidade do cidadão fica mitigado quando se trata de agente público.
O servidor público não pode pretender usufruir da mesma privacidade que o cidadão comum.
Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011)
Alguns meses após o Município de São Paulo adotar essa prática de divulgar os vencimentos dos
servidores na internet, foi editada a Lei nº 12.527/2011 (conhecida como Lei de Acesso à
Informação),que determina justamente a divulgação de uma série de informações de interesse
público.
Ocorre que a referida Lei não dispõe que os órgãos e entidades são obrigados a divulgar a relação
das remunerações dos servidores públicos. Apesar disso, a União editou decreto determinando
que a remuneração dos servidores deverá ser divulgada, não havendo qualquer
inconstitucionalidade nessa prática.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Possibilidade de divulgação de vencimentos dos servidores
públicos com relação nominal. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0e01938fc48a2cfb5f2217fbf
b00722d>

6 – A respeito dos princípios da autotutela, da ampla defesa e do contraditório, assinale a


alternativa INCORRETA.
a) A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
b) A prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos dispensa a observância
do contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo.
c) A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
d) Se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se
necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a
ampla defesa.

Gabarito: B
a) Súmula 346-STF.
b) A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem ilegais. No entanto,
se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se
necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a
ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos não
dispensa a observância do contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo. STF.
2ª Turma. RMS 31661/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/12/2013 (Info 732). STF.
Plenário. MS 25399/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/10/2014 (Info 763).
c) Súmula 473-STF.
d) vide explicação da assertiva “b”
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Necessidade de garantir contraditório e ampla defesa para se
realizar a autotutela. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/48aedb8880cab8c45637abc
7493ecddd>

7 – Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I - Não é legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando a
inadimplência do consumidor decorrer de débitos pretéritos, o débito originar-se de suposta
fraude no medidor de consumo de energia apurada unilateralmente pela concessionária e
inexistir aviso prévio ao consumidor inadimplente.
II - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
III - É inconstitucional lei estadual que excepciona a vedação da prática do nepotismo,
permitindo que sejam nomeados para cargos em comissão ou funções gratificadas de até dois
parentes das autoridades estaduais, além do cônjuge do Governador.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I está incorreta.
c) Apenas II está incorreta.
d) Apenas III está incorreta.
e) Todas estão incorretas.

Gabarito: A
I - STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 211514-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 18/10/2012
(Info 508).
II- SV 13.
III - STF. Plenário. ADI 3745/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 15/5/2013 (Info 706).

8. Assinale a alternativa INCORRETA.


a) A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.
b) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão.
c) É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo.
d) A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou qualquer outro ato
aprovado pelo Tribunal de Contas, produz efeitos imediatos, mesmo antes de aprovada por aquele
tribunal, ressalvada a competência revisora do judiciário.
e) Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a
instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do
poder-dever de autotutela imposto à Administração.

Gabarito: D
a) SV 5.
b) SV 3.
c) SV 21.
d) Súmula 6-STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou qualquer
outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de aprovada por aquele
tribunal, ressalvada a competência revisora do judiciário.
e) Súmula 611-STJ

9 - Assinale a alternativa em que se encontram TODOS os princípios expressos na lei nº 9784/99


(lei de processo administrativo).
a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) Legalidade, impessoalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
c) Legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, interesse público e eficiência.
d) Legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, publicidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
e) legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Gabarito: E
Art. 2º, lei 9784/99 A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.

10 – A respeito dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, assinale a alternativa


INCORRETA.
a) A razoabilidade impõe uma tríplice exigência ao desempenho da função administrativa, de
forma que, para a realização de fins públicos, sejam adotados meios adequados, necessários e
proporcionais.
b) Alguns autores estabelecem como subprincípios da proporcionalidade ampla, os princípios da
adequação, da necessidade e da proporcionalidade em sentido estrito.
c) Quando se pretender imputar à conduta administrativa a condição de ofensiva ao princípio da
razoabilidade, terá que estar presente a ideia de que a ação é efetiva e indiscutivelmente ilegal.
d) O princípio da razoabilidade não incide apenas sobre a função administrativa, mas, ao contrário,
incide sobre qualquer função pública, inclusive a função legislativa.
e) Enquanto o princípio da proporcionalidade tem sua origem e desenvolvimento na elaboração
jurisprudencial anglo-saxônica, o da razoabilidade é oriundo da Suíça e da Alemanha, tendo-se
estendido posteriormente ao Direito da Áustria, Holanda, Bélgica e outros países europeus.

Gabarito: E
O princípio da proporcionalidade, que está ainda em evolução e tem sido acatado em alguns
ordenamentos jurídicos, guarda alguns pontos que o assemelham ao princípio da razoabilidade e
entre eles avulta o de que é objetivo de ambos a outorga ao Judiciário do poder de exercer
controle sobre os atos dos demais Poderes. Enquanto o princípio da razoabilidade tem sua
origem e desenvolvimento na elaboração jurisprudencial anglo-saxônica, o da
proporcionalidade é oriundo da Suíça e da Alemanha, tendo-se estendido posteriormente ao
Direito da Áustria, Holanda, Bélgica e outros países europeus. (Carvalho Filho, José dos Santos.
Manual de direito administrativo – 32. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2018. p. 95)

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