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Direito Administrativo

Princípios básicos da Administração Pública.

- O art. 37, CF/88 apresenta os princípios EXPLÍCITOS do Direito Administrativo. É o


famoso LIMPE.
princípio da legalidade;
princípio da impessoalidade;
princípio da moralidade;
princípio da publicidade;
princípio da eficiência (inserido com a Emenda Constitucional nº 19).

Regime Jurídico Administrativo - designa o conjunto de regras e princípios que constituem


prerrogativas e restrições à Administração Pública, preservando os interesses da
coletividade.
O conjunto formado por todos os princípios e regras pertencentes ao Direito Administrativo
denomina-se tecnicamente regime jurídico-administrativo. Já a expressão regime jurídico da
Administração designa os regimes de direito público e de direito privado aplicáveis à
Administração.

Princípio da supremacia do interesse público

● Cria relações verticai perante os particulares


● assegura prerrogativas especiais
● a supremacia de respeitar o direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada

Princípio da indisponibilidade do interesse público


● impõe sujeições para a administração pública
● alienação de bens públicos deve respeitar a lei

Princípios são os pilares,Os princípios são o início de tudo, proposições anteriores e


superiores às normas, que traçam vetores direcionais para os atos do legislador, do
administrador e do aplicador da lei ao caso concreto.

Princípios Expressos
Não há hierarquia entre os princípios da Administração Pública.
Eventual colisão entre princípios é solucionada pelo princípio da ponderação.

CF/88. Art 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da
União , dos Estados , dos Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e , também, ao
seguinte(Redação dada pela Emenda Constituinte nº19, de 04/06/98).

Lei 9.784/99, Art 2º (lei Federal - São expressos apenas para a União)A administração
Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,finalidade , motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade , ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência

Princípio da Legalidade -
1. administração pública (cf/88, art, 37, caput)
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
2. Particulares (CF/88, art 5º, II)
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
- Exceções provisórias e excepcionais

A legalidade deve sempre ser tratada como a regra, porém, em casos excepcionais, a
própria Constituição Federal autoriza que o administrador público atue fora dessa
imposição, ou seja, atuando mesmo que inexista uma lei autorizadora.
Alguns doutrinadores entendem que não se tratam efetivamente de exceções, tendo em
vista que a legalidade em sentido amplo ainda seria respeitada, mas para a sua prova, leve
o entendimento mais aceito pelas bancas, que afirma que existem três exceções a esse
princípio, sendo elas:
As Medidas Provisórias ( CF, art. 62);
A vigência do Estado de Defesa ( CF, art. 136); e
A vigência do Estado de Sítio ( CF, art. 137).

- Apenas a lei pode inovar no ordenamento jurídico (criar deveres e obrigações).

Princípio da impessoalidade

impessoalidade = isonomia / impessoalidade = finalidade

proibição de autopromoção (CF/88, art 37,inciso 1º)

Art. 37, §1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos.

Princípio da moralidade
Se relaciona com a atuação dos agentes públicos de acordo com valores como
probidade (honestidade administrativa), necessidade de agir, lealdade, boa-fé,
honestidade.

Moralidade interna X Moralidade externa

Vedação nepotismo
regra que proíbe a nomeação para cargos da Administração pública de cônjuge,
companheiro ou parente de linha reta, colateral ou por afinidade, até terceiro grau
da autoridade que nomeia, está na Súmula Vinculante (SV) 13 do STF.

Nepotismo cruzado é vedado


O nepotismo cruzado, por sua vez, é aquele em que o agente público nomeia cônjuge,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
inclusive, de outro agente público, enquanto o segundo (agente público) nomeia uma
pessoa ligada por tais vínculos ao primeiro, como troca de favores, …

Princípio da Publicidade

-Instrumento de divulgação oficial - diário oficial


- Condição de eficácia e moralidade
O princípio da publicidade é requisito da eficácia e da moralidade. Sendo assim, todo ato
administrativo deverá ser publicado, com exceção dos que possuem sigilo nos casos de
segurança nacional, investigações policiais ou de interesse superior da Administração,
conforme previstos na lei.

-Exceções aos princípio da publicidade


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)

Princípio da Eficiência - redimento profissional, produtividade, perfeição

- EC 19/1998
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”
Dentre os princípios supramencionados, cabe destacar o da Eficiência que não é muito
abordado nos dias atuais. Eficiência significa, poder, capacidade de ser efetivo; efetividade,
eficácia, agir com produtividade e competência. No âmbito da gestão pública é fundamental
ser eficiente, pois os serviços públicos devem atender de maneira satisfatória a coletividade.

- Abrangência
- Eficiência e economicidade
O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração
Pública brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação da Emenda Constitucional nº
19, de 1998 – Reforma Administrativa.

Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve
gerir a coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando
cumprir as metas estabelecidas.

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