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CONSTITUCIONAL I

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O dispositivo constitucional que trata dos princípios administrativos é o art. 37, caput, do texto
de 1988, verbis:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Mnômico LIMPE
L egalidade
I mpessoalidade
M oralidade
P ublicidade
E ficiência
Os princípios previstos no art. 37, caput, aplicam-se à toda administração
pública, direta e indireta (sociedade de economia mista, autarquia...). p
• Os princípios constitucionais irradiam todo o ordenamento jurídico. Os princípios são
gerais; não há exclusão entre os princípios.
• Os princípios não são absolutos. É necessário a análise do caso em concreto.
• Não há hierarquia entre os princípios constitucional, todos os princípios tem o
mesmo grau de validade; há, em verdade, uma harmonização entre todos os
princípios.
 Os princípios basilares de toda a administração pública é a supremacia do
interesse público e

• PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Se a lei não proíbe, a conduta é permitida/lícita. Art.


5, II, CF/88: II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei; O agente público só pode fazer o que a lei o autoriza.
Hodiernamente, o funcionário público não deve respeitar tão somente a lei, mas
sim o bloco de legalidade (Lei, Constituição, ADCT, Tratados internacionais, e.c...)
em sua completude.
• PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: A administração deve evitar praticar ato com
fim diverso do previsto em lei e a sua conduta deve ser impessoal. A máquina
administrativa não deve ser utilizada em benefício de determinado indivíduo em
detrimento da coletividade.
Art. 37, II e § 1º: a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
O ato praticado por servidor público representa um ato da administração pública;

• PRINCÍPIO DA MORALIDADE: A prática dos atos administrativos devem ser


realizadas de acordo com a ética, com a boa-fé e com a honestidade.
 A moral administrativa tem o mesmo conceito da moral comum?
A moralidade administrativa é compreendida como moral jurídica. Nesse
sentido, compreende o conjunto de regras extraídas de condutas internas da
Administração. Se distingue da moralidade comum.
Art. 5º, LXXIII: qualquer cidadão é parte legítima para propor
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;

• PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: Ampla publicidade dos atos praticados pela


administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na lei.
Art. 5, CF/88: XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
 Transparência: As informações devem ser prestadas com clareza e devem ser
acessíveis à toda população.
 A publicação é circunstância imprescindível para a validade do ato
administrativo.
• PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: Segundo Hely Lopes Meirelles, exige que os atos públicos
sejam realizados com presteza, perfeição, perfeição, rendimento e custo-benefício.
 A EC 19/98 acrescentou o princípio da eficiência na CF/88.
 A EC 45/04 acrescentou o princípio da eficiência dentro do processo, seja ele
administrativo ou judicial, nos ditames do art. 5º, LXXVIII, da CF, princípio da
celeridade processual: LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação.

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


 Supremacia do Interesse Público
• Interesse público primário: Interesse da sociedade; interesse que deve prevalecer.
• Interesse secundário: Interesse do Estado; financeiro; deve coincidir com o interesse
público primário.
*O interesse público é indisponível. Não cabe à autoridade abrir mão das
competências que lhe são atribuídas por lei.
• Autotutela: A administração pública pode revogar os atos que ela praticou quando
não os achar mais convenientes.
 Teoria do fato consumado:

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