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DIREITO ADMINISTRATIVO

1
OBJETIVOS
1 - Identificar os princípios que regem o Direito
Administrativo

2 - Identificar o conceito e abrangência do


Direito Administrativo; o ato administrativo, a
licitação, e o contrato administrativo

3 - Identificar a responsabilidade civil do Estado


decorrente de comportamentos administrativos

4 –LEI Nº 14.133, DE 1º DE ABRIL DE 2021

2
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CFB, Art. 37
A administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...)

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Princípios explícitos
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Art. 5º, II, da CFB


ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Art. 5º, XXXV, da CFB


a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito.
(garantia da legalidade)

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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Direito Privado: Pode fazer tudo o que a lei


não veda.

Direito Administrativo: Só pode atuar onde


a lei autoriza.

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Resumindo:

Assim, enquanto aos particulares é


conferida a possibilidade de fazer, na
defesa de seus interesses e do seu
patrimônio, tudo aquilo que a lei não
proíbe, a Administração, na defesa dos
interesses da coletividade, só poderá
fazer aquilo que a lei expressamente
autoriza.
Atuar impessoalmente significa ter sempre a
finalidade de satisfazer os interesses
coletivos, mesmo que, nesse processo,
interesses privados sejam beneficiados ou
prejudicados.

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PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
O que se veda é a atuação administrativa com o
objetivo de apenas beneficiar ou prejudicar pessoas
ou grupos específicos.
Estabelece a imparcialidade na defesa do interesse
público, excluindo preferências ou aversões pessoais ou
partidárias. Tal princípio surge com o objetivo de
manter a igualdade no tratamento de todos os
indivíduos que compõem a sociedade.
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“Publicidade de atos governamentais. Princípio da
impessoalidade. Art. 37, parágrafo 1º, da Constituição
Federal. 1. O caput e o parágrafo 1º do artigo 37 da
Constituição Federal impedem que haja qualquer tipo de
identificação entre a publicidade e os titulares dos cargos
alcançando os partidos políticos a que pertençam. O rigor
do dispositivo constitucional que assegura que o
princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao
caráter educativo, informativo ou de orientação social é
incompatível com a menção de nomes, símbolos ou
imagens, aí incluídos slogans, que caracterizem
promoção pessoal ou de servidores públicos. A
possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o
partido político a que pertença o titular do cargo público
mancha o princípio da impessoalidade e desnatura o
caráter educativo, informativo ou de orientação que
constam do comando posto pelo constituinte dos oitenta.
2. Recurso extraordinário desprovido” (RE 191.668-RS).
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Comportamento ético adequado. Está
associado à honestidade. Veda condutas
eticamente inaceitáveis e transgressoras do
senso moral da sociedade, a ponto de não
comportarem condescendência.

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LXXIII — qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e ônus da sucumbência

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em


linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

➢ Ampla divulgação, transparência, para


possibilitar o controle da legalidade da
conduta dos agentes. É condição de
eficácia dos atos administrativos.
➢ Art. 5º, incisos LX, XIV e XXXIII

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“se a ninguém é lícito alegar
desconhecimento da lei, os
comportamentos com base nela
só poderão ser cobrados a partir
do instante em que se der
conhecimento de sua existência”
(LENZA)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos


processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e


resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;
Conforme a Lei n. 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informações
Públicas)

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de


acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art.
1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido
conter a identificação do requerente e a especificação da
informação requerida

Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam


responsabilidade do agente público ou militar:

I — recusar-se a fornecer informação requerida nos termos


desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou
fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou
imprecisa
Conforme Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de
atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4º do art. 37 da
Constituição Federal; e dá outras providências:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os
deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por
uma das seguintes condutas:

IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua


imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado ou de outras
hipóteses instituídas em lei
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

Prática dos atos administrativos com o maior


e melhor resultado possível para a
consecução do bem comum, utilizando o
mínimo de recursos.

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Conforme art. 39 da CF.

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão


escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-
se a participação nos cursos um dos requisitos para a
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração
de convênios ou contratos entre os entes federados.
Exemplos::
CASOS PRÁTICOS
Princípios implícitos
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

➢Administração possui posição privilegiada na


relação com os particulares.
➢Impor aos administrados, de maneira
unilateral, o cumprimento de determinados
comportamentos
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PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE

➢ Administrador não pode dispor livremente do interesse público,


pois não representa seus próprios interesses quando atua,
devendo assim agir segundo os estritos limites impostos pela lei.

➢Restrição a alienação de bens públicos, necessidade de


licitação, concurso público, renúncia de receita.

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PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

➢Administração possui posição privilegiada na


relação com os particulares.

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Em nome do princípio da supremacia do
interesse público, o legislador pátrio previu
diversos mecanismos de intervenção do Estado
na propriedade e no domínio econômico.

São exemplos:
➢A desapropriação para fins de necessidade ou
utilidade pública ou interesse social,
➢ Requisição da propriedade no caso de
iminente perigo público
➢Tombamento para resguardar o patrimônio
histórico e cultural etc
 Quando a administração pública possui o poder
de controlar os seus próprios atos, anulando-
os quando ilegais ou revogando-os quando
inconvenientes ou inoportunos .
 Súmula 346 do STF: “a administração pública
pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos”.
 Súmula 473 do STF: “ a administração pode
anular os seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornem ilegais, porque deles
não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial”. 33
DÚVIDAS?

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CONCEITO

Ramo do direito público que tem por objeto


os órgãos, agentes e pessoas jurídicas
administrativas que integram a
Administração Pública, a atividade jurídica
não contenciosa que exerce e os bens de
que se utiliza para a consecução de seus
fins, de natureza pública.
(Maria Sylvia Zanella Di Pietro).
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ABRANGÊNCIA

É a Administração Pública, seja


entendida como função administrativa
ou como organização administrativa,
órgãos públicos, pessoas jurídicas.

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CONCEITO e ABRANGÊNCIA

DÚVIDAS?

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ATO ADMINISTRATIVO

“Ato administrativo é toda manifestação


unilateral de vontade da administração
pública que, agindo nessa qualidade,
tenham por fim imediato adquirir,
resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.”
(MEIRELLES, 2006. p. 149)
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ATO X FATO ADMINISTRATIVOS

O fato administrativo surge como uma


realização material da administração. É a
materialização do ato administrativo,
somente considerado pelo direito no que se
refere às consequências que dele resultam
no mundo dos fatos

39
https://www.youtube.com/watch?v=GmX57
rhmq2Q
ATO ADMINISTRATIVO

Requisitos

Competência
Objeto
Motivo
Finalidade
Forma

41
ATO ADMINISTRATIVO

Competência

Entende-se por competência administrativa o


poder atribuído ao agente da Administração para
o desempenho específico de suas funções. A
competência resulta da lei e por ela é delimitada.

O ato administrativo, para ser considerado válido,


deve ser editado por quem detenha legitimidade
para tanto.
43
ATO ADMINISTRATIVO
Requisitos
Competência
...Todo ato emanado de agente
incompetente, ou realizado além do limite de que
dispõe a autoridade incumbida de sua prática, é
inválido por lhe faltar um elemento básico de sua
perfeição, qual seja, o poder jurídico para
manifestar a vontade da Administração.”
(MEIRELLES, 2006. p. 151)

44
ATO ADMINISTRATIVO
Forma
Maneira pela qual o ato se apresenta,
revela sua existência. A princípio, deve ser
escrito.
Sua importância está na garantia contra
arbitrariedades do administrador, contra um
eventual abuso de poder.
Formalidades que serão observadas.
Ex: Lei 9784/99, art. 22.

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A forma é a exteriorização do ato, determinada por
lei. Sem forma não pode haver ato.

Logo, a ausência de forma importa a inexistência


do ato administrativo, isso porque a forma é
instrumento de projeção do ato, fazendo parte do
seu próprio ciclo de existência, sendo elemento
constitutivo da atuação.
 É o resultado mediato que a Administração quer
alcançar com a prática do ato.
 É o escopo do ato. É tudo aquilo que se busca
proteger com a prática do ato administrativo.
 O elemento do ato administrativo “pelo qual
todo ato administrativo deve estar dirigido
ao interesse público.

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Por exemplo, na aplicação da
penalidade de demissão a um
determinado servidor, a finalidade
é punir o agente pelo cometimento
de determinada infração
administrativa
ATO ADMINISTRATIVO
Requisitos
Motivo
Fundamento do ato administrativo, é o
pressuposto de direito e de fato que serve
para tal. É o que leva a administração a
praticar o ato. Como pressuposto de direito
deve remeter ao dispositivo legal que
ampara o ato.
Motivação e a exposição de motivos.

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ATO ADMINISTRATIVO
Requisitos
Objeto

O ato administrativo tem por objeto criar,


modificar ou comprovar fatos e atos que
envolvem atividades, pessoas ou coisas
sujeitas a ação do Poder Público.
O objeto deve ser lícito, certo e moral.

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Espécies de atos normativos
ATRIBUTOS DO ATO
ADMINISTRATIVO
Presunção de veracidade

Trata-se de prerrogativa presente em todos os atos


administrativos. Até prova em contrário - uma vez
que a presunção é relativa ou juris tantum - o ato
administrativo estampa uma situação de fato real, ou
seja, o ato goza de fé pública e os fatos
apresentados em sua prática presumem-se
verdadeiros.
Legitimidade

No que tange à presunção de


legitimidade, trata-se de presunção
jurídica, portanto, até prova em
contrário, o ato foi editado em
conformidade com a lei e com o
ordenamento jurídico.
Imperatividade

Todo ato administrativo que cria obrigação ao


particular (os chamados atos restritivos),
encerra um poder dado à administração
pública de, unilateralmente, estabelecer uma
obrigação aos particulares - desde que,
obviamente, dentro dos limites da lei.
Exigibilidade

Não sendo cumprida a obrigação imposta


pelo ato administrativo, o poder público
terá que, valendo-se de meios indiretos de
coação, executar indiretamente o ato
desrespeitado.
Tipicidade

Atributo criado pela doutrina de Maria


Sylvia Zanella de Pietro. Nada mais é
senão a exiigência de que todo ato
administrativo esteja previsto em lei, ou
seja, corresponda a um tibo legal
previamente definido.
Autoexecutoridade

A auto-executoriedade é atributo segundo o


qual a Administração Pública pode praticar os
atos administrativos sem precisar recorrer
previamente ao Poder Judiciário. Com a auto-
executoriedade o Estado pode se valer de
meios indiretos de coerção.

Resumindo: Produz efeitos imediatos,


indepente de autorização judicial.
ATO ADMINISTRATIVO

Extinção dos atos administrativos

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Anulação
Anulam-se atos ilegais, com defeitos ou vícios.

A anulação tem como fundamento a ilegalidade


do ato, podendo ser promovida, como visto,
pela própria Administração ou pelo Poder
Judiciário

A Administração Pública tem um prazo de cinco


anos para anular seus atos, salvo comprovada
má-fé por parte do beneficiário do ato.
Os efeitos da anulação são ex tunc, ou seja,
retroagem até a origem do ato
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Súmula 473 STF: "A Administração pode
anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, porque deles
não se originam direitos, ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial".
Súmula 346 STF: "A Administração Pública
pode anular seus próprios atos
Revogação

“É a retirada, parcial ou total, de um ato


administrativo válido e eficaz no
ordenamento jurídico, mediante outro ato
administrativo, por motivo de
conveniência ou oportunidade,
respeitados os efeitos produzidos
(GASPARINI, 2005. p. 103).

62
➢ A revogação, por envolver um juízo de
valores, só poderá ser realizada pela própria
Administração, não se abrindo essa
perspectiva para o Judiciário.

➢ Efeitos da decisão, são considerados ex


nunc, ou seja, a partir de então, porque,
como visto, até o momento em que a
revogação foi operada, o ato era válido,
devendo-se, pois, manter todos os efeitos
gerados por ele até aquele momento.
➢ Não há prazo
Resumindo: A anulação é o
desfazimento de ato ilegal e a revogação
é a extinção de ato válido, mas que
deixou de ser conveniente e oportuno.
Ou seja, quando se torna ilegal, a forma
de se extinguir é pela anulação e no caso
conveniência e oportunidade, seria pela
revogação.
Caducidade

A caducidade acontece quando o ato está baseado


em uma legislação e uma lei superveniente revoga a
lei anterior. Por isso, pela nova lei, aquele ato já não
faz mais sentido no mundo jurídico.

Ou seja, considera-se uma ilegalidade posterior.


Então, se uma autorização foi concedida para uso de
uma praça pública para uma banca de jornal, e
posteriormente existe uma lei que proíbe o uso de
praças públicas para vendas, então o ato caducará.
Contraposição

A contraposição também ocorre com a


mudança no mundo jurídico, mas através
de um novo ato que se contrapõe ao ato
anterior. Assim sendo, a diferença entre a
caducidade e a contraposição é que a
caducidade é com base em nova lei e a
contraposição com base em novo ato.

66
Cassação

A cassação é a forma de extinção do ato


por culpa do beneficiário, já que ele
descumpriu condições que deveria manter.
Portanto, a cassação funciona como uma
sanção contra o administrado por
descumprir alguma condição necessária
para usufruir de um benefício.
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LICITAÇÃO

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CRFB

Art. 37. A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:

69
CFB - Art. 37.

XXI - ressalvados os casos especificados na


legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os
concorrentes.

70
CFB - Art. 37.

XXI - ... com cláusulas que estabeleçam


obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.

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Licitação

Procedimento administrativo, prévio à


contratação, que visa escolher a proposta
mais vantajosa para a Administração, com
base em parâmetros antecipadamente
definidos.

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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS

73
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Lei nº 8.666/93

“Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a


observância do princípio constitucional da
ISONOMIA e a selecionar a proposta
mais vantajosa para a Administração e
será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios
básicos...

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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Lei nº 8.666/93
“Art. 3º. ...
da LEGALIDADE , da
IMPESSOALIDADE , da MORALIDADE ,
da IGUALDADE , da PUBLICIDADE , da
PROBIDADE ADMINISTRATIVA , da
VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO
CONVOCATÓRIO , do JULGAMENTO
OBJETIVO e dos que lhes são
correlatos.
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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Lei nº 14.133

Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os


princípios da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse
público, da probidade administrativa, da igualdade, do
planejamento, da transparência, da eficácia, da
segregação de funções, da motivação, da vinculação
ao edital, do julgamento objetivo, da segurança
jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da
proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e
do desenvolvimento nacional sustentável, assim como
as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro
de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
Lei nº 9.784/99 ( PROCESSO ADM)
“Art. 2º. A Administração Pública
obedecerá, dentre outros, aos princípios
da LEGALIDADE, FINALIDADE,
MOTIVAÇÃO, RAZOABILIDADE,
PROPORCIONALIDADE,
MORALIDADE, AMPLA DEFESA,
CONTRADITÓRIO, SEGURANÇA
JURÍDICA, INTERESSE PÚBLICO e
EFICIÊNCIA .”

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DEFINIÇÕES

78
DEFINIÇÕES
( Lei 8666/1993)

Obra
Toda construção, reforma,
fabricação, recuperação ou
ampliação, realizada por execução
direta ou indireta.

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(Lei 14.133/2021)

Obra: toda atividade estabelecida, por


força de lei, como privativa das
profissões de arquiteto e engenheiro que
implica intervenção no meio ambiente
por meio de um conjunto harmônico de
ações que, agregadas, formam um todo
que inova o espaço físico da natureza ou
acarreta alteração substancial das
características originais de bem imóvel;
Serviço ( Lei 8666/1993)
Toda atividade destinada a obter determinada
utilidade de interesse para a Administração,
tais como: demolição, conserto, instalação,
montagem, operação, conservação,
reparação, adaptação, manutenção,
transporte, locação de bens, publicidade,
seguro ou trabalhos técnico-profissionais.

81
Lei (14131/2021)

Serviço: atividade ou conjunto de atividades


destinadas a obter determinada utilidade,
intelectual ou material, de interesse da
Administração;
DEFINIÇÕES

Compra ( 8666/1993)

Toda aquisição remunerada de bens


para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente.

83
Lei (14.133/2021)

Compra : aquisição remunerada de bens


para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente, considerada imediata
aquela com prazo de entrega de até 30
(trinta) dias da ordem de fornecimento;
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

85
Lei antiga

Art. 22. São modalidades de licitação:


I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão
Lei nova

Art. 28. São modalidades


de licitação:
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
Observação: O art. 28 da Lei 14.133/2021 traz
as cinco modalidades de licitação: pregão,
concorrência, concurso, leilão e diálogo
competitivo.

Perceba que incluiu o pregão (havia lei


própria), excluiu a tomada de preços e o convite
(ainda irão permanecer até 01 de abril de 2023) e
criou uma nova modalidade: diálogo competitivo.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Convite

É a modalidade de licitação entre


interessados do ramo pertinente ao seu
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e
convidados em número mínimo de três.

89
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Convite
Pode ser utilizado em situações nas
quais não exista determinação legal que
obrigue o emprego de outra modalidade
e em função dos seguintes limites, tendo
em vista o valor estimado da
contratação:

90
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Convite
Obras e serviços de engenharia:
até R$ 330 mil

Compras e demais serviços:


até R$ 176 mil

91
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Tomada de preços
Modalidade de licitação entre
cadastrados ou outros interessados que
atenderem a todas as condições
exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data fixada para o
recebimento das propostas.

92
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Tomada de preços
Obras e serviços de engenharia:
até R$ 3.300.000,00

Compras e demais serviços:


até R$ 1.430.000,00

93
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Concorrência
É a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados que comprovem
possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto.

94
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Concorrência
Obras e serviços de engenharia:
até R$ 3.300.000,00

Compras e demais serviços:


até R$ 1.430.000,00

95
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Concorrência

Compra ou alienação de bens imóveis.


Concessões de direito real de uso.
Licitações internacionais.

96
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Concurso
Modalidade de licitação para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico,
entre quaisquer interessados, por meio
da instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores, conforme
critérios constantes de edital.

97
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Leilão
É a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados para a venda de
bens móveis inservíveis para a
administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou
penhorados...

98
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Leilão
... ou para a alienação de bens imóveis
cuja aquisição haja derivado de
procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento, a quem oferecer o maior
lance, igual ou superior ao valor da
avaliação.
.
99
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

PREGÃO
Lei 10.520, 17/07/2002

10
0
PREGÃO - Lei 10.520/2002

É a modalidade de licitação para aquisição de


bens e serviços comuns, independentemente
do valor estimado da contratação, em que a
disputa pelo fornecimento é feita por meio de
propostas e lances.

10
1
PREGÃO - Lei 10.520/2002

Pode ser realizado na forma presencial, com o


comparecimento dos licitantes na sessão
pública, ou na forma eletrônica, que envolve a
utilização de recursos de tecnologia da
informação.

10
2
PREGÃO - Lei 10.520/2002

A utilização do pregão está condicionada à


contratação de bens e serviços comuns, que são
aqueles cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente definidos
pelo edital, por meio de especificações usuais
no mercado.
10
3
PREGÃO - Lei 10.520/2002

O pregão não se aplica às contratações de


obras, às locações imobiliárias e às alienações
em geral.
Pregoeiro é o servidor designado para conduzir
a licitação da modalidade pregão.

10
4
(Lei 141133)

Art.6º XLI - pregão: modalidade de licitação


obrigatória para aquisição de bens e serviços
comuns, cujo critério de julgamento poderá ser
o de menor preço ou o de maior desconto;

Art. 28 parágrafo único: O pregão não se


aplica às contratações de serviços técnicos
especializados de natureza
predominantemente intelectual e de obras e
serviços de engenharia.....
DIÁLOGO COMPETITIVO

XLII - diálogo competitivo: modalidade de licitação para


contratação de obras, serviços e compras em que a
Administração Pública realiza diálogos com licitantes
previamente selecionados mediante critérios objetivos,
com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas
capazes de atender às suas necessidades, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o
encerramento dos diálogos;
TIPOS DE LICITAÇÃO

10
7
TIPOS DE LICITAÇÃO

I – menor preço

O vencedor será o licitante que


apresentar a proposta com o menor
preço, dentre os licitantes considerados
qualificados. A classificação se dará pela
ordem crescente dos preços propostos.

10
8
TIPOS DE LICITAÇÃO

II - melhor técnica
III - técnica e preço
Esses tipos de licitação devem ser
utilizados na contratação serviços de
natureza predominantemente intelectual,
em especial na elaboração de projetos,
cálculos, fiscalização supervisão e
gerenciamento...
10
9
TIPOS DE LICITAÇÃO

II - melhor técnica
III - técnica e preço

... e de engenharia consultiva em geral


e, em particular, para a elaboração de
estudos técnicos preliminares e projetos
básicos e executivos.

11
0
TIPOS DE LICITAÇÃO

IV – maior lance ou oferta

O vencedor será o licitante que


apresentar a proposta ou lance com o
maior preço, dentre os licitantes
qualificados...

11
1
TIPOS DE LICITAÇÃO

IV – maior lance ou oferta

A classificação se dará pela ordem


decrescente dos preços propostos. Tipo
de licitação utilizado nos casos de
alienação de bens ou concessão de
direito real de uso.

11
2
EDITAL

1.Ato convocatório da licitação.


2.Estabelece as regras do procedimento.
3.Observância obrigatória.
4.“É a lei interna da licitação”. HLM

11
3
EDITAL

O original datado, rubricado em todas as


folhas e assinado pela autoridade que o
expedir, permanecendo no processo de
licitação, e dele extraindo-se cópias
integrais ou resumidas, para sua
divulgação e fornecimento aos
interessados.

11
4
EDITAL
Anexos do edital (dele fazendo parte integrante):

⇒ o projeto básico e/ou executivo, com todas


as suas partes, desenhos, especificações e
outros complementos;

⇒ orçamento estimado em planilhas de


quantitativos e preços unitários;

11
5
EDITAL
Anexos do edital (dele fazendo parte integrante):

⇒ a minuta do contrato a ser firmado entre a


Administração e o licitante vencedor;

⇒ as especificações complementares e as
normas de execução pertinentes à licitação.

11
6
PUBLICAÇÃO

A divulgação antecipada da realização


dos procedimentos licitatórios é
obrigatória, com vistas a atender o
princípio da publicidade.

11
7
PUBLICAÇÃO
O aviso contendo o resumo do edital
deverá descrever as principais
informações relativas à licitação,
possibilitando a identificação do objeto
licitado, do órgão contratante e das
datas e prazos previstos.

11
8
PUBLICAÇÃO

Concurso / Concorrência para:


empreitada integral ou do tipo técnica ou
técnica e preço

45 dias corridos

11
9
PUBLICAÇÃO

Tomada de preços do tipo técnica ou


técnica e preço / Concorrência quando
não for: empreitada integral ou do tipo
técnica ou técnica e preço

30 dias corridos

12
0
PUBLICAÇÃO

Leilão / Tomada de preços quando não


for do tipo técnica ou técnica e preço

15 dias corridos

12
1
PUBLICAÇÃO

Pregão

8 dias úteis

12
2
PUBLICAÇÃO

Convite

5 dias úteis

12
3
DISPENSA DE LICITAÇÃO

São situações de exceção, em que,


embora possa haver competição, a
realização do procedimento licitatório
pode demonstrar-se inconveniente ao
interesse público.

12
4
DISPENSA DE LICITAÇÃO

A Lei n.º 8.666/93, estabeleceu, nos


artigos 17 e 24, de forma exaustiva, os
casos possíveis de dispensa de
licitação:

12
5
DISPENSA DE LICITAÇÃO

1 - Obras e serviços de engenharia de


valor até 10% do limite estabelecido
para convite

12
6
DISPENSA DE LICITAÇÃO

2 - Outros serviços e compras de valor


até 10% do limite estabelecido para
convite
3 - Guerra ou grave perturbação da
ordem;

12
7
DISPENSA DE LICITAÇÃO

4 - Emergência ou calamidade pública,

quando caracterizada urgência de


atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a
segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares.

12
8
DISPENSA DE LICITAÇÃO

4 - Emergência ou calamidade pública.


Contratos

Somente o que for necessário ao atendimento...

Duração máxima de 180 dias consecutivos e


ininterruptos, contados da..., vedada a sua
prorrogação.

12
9
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

São situações de exceção, caracterizadas pela


impossibilidade de competição, o que inviabiliza
a realização do procedimento licitatório.

13
0
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Ao contrário da dispensa de licitação, portanto,


em que a Lei definiu taxativamente as situações
possíveis, os casos de inexigibilidade citados na
referida norma são apenas exemplos.

13
1
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Aquisição de materiais, equipamentos, ou


gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo.

13
2
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Contratação de serviço técnico de natureza


singular, com profissionais ou empresa de
notória especialização. Nessas situações,
portanto, há necessidade de ocorrência
simultânea de notória especialização do
contratado e da natureza singular do serviço
técnico. 13
3
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Contratação de profissional do setor artístico,


diretamente ou através de empresário exclusivo,
desde que consagrado pela crítica ou pela
opinião pública.

13
4
DÚVIDAS?

13
5

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