Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MEIO AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE
Princípios Constitucionais
Aula 2 Profa Danielle Espezim dos Santos
Danielle.espezim@animaeducacao.com.br
Lembre!
Estado é constituído por povo (componente humano), território (base física) e governo soberano
(elemento condutor do Estado que exerce o poder de autodeterminação e auto-organização emanado
do povo).
Código Civil/2002
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito
privado.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o
Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; IV - as autarquias, inclusive as
associações públicas; V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito
público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber,
quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.
Administração Pública: deixando mais claro!
Art. 4º, II, e § 1º, e 5º, I a III, do Dec.-lei 200/67 e 29 da Lei 8.490/92, que,
neste artigo e no art. 15, faz expressa referência àquele Decreto-lei
Veremos nas próximas aulas com mais detalhes, mas fica uma dica.
Art. 37, § 6º, CF/88: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Impessoalidade – Maria Sylvia Zanella Di Pietro
explica mais ...
• Primeiro sentido [Finalidade e Isonomia] - Significa que a Administração não pode atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem
que nortear o seu comportamento. Aplicação desse princípio encontra-se, por exemplo, no artigo 100
da Constituição, referente aos precatórios judiciais; o dispositivo proíbe a designação de pessoas ou de casos
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim.
• Segundo sentido, o princípio significa, segundo José Afonso da Silva (2003:647), baseado na lição de
Gordillo que “os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas
ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que ele é o autor institucional do ato.
Ele é apenas o órgão que formalmente manifesta a vontade estatal”. Acrescenta o autor que, em consequência
“as realizações governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da entidade pública em nome de
quem as produzira. A própria Constituição dá uma consequência expressa a essa regra, quando, no § 1º do
artigo 37, proíbe que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos”.
Moralidade
Retomando no dia 14.03
▪ Submete-se à ética e aos costumes;
▪ Conceito subjetivo;
▪ Art. 37, § 4°, CF/88;: “Os atos de improbidade administrativa
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível”.
▪ Lei de Improbidade Administrativa, Lei n° 8.429/92;
▪ Comportamento ético-moral adequado.
Ver a saga do nepotismo no STF clicar
Publicidade
▪ Art. 5°, LX, CF/88: “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o
exigirem”;
▪ Concede caráter oficial ao ato administrativo;
▪ Fornece efetividade ao ato praticado pelo agente público;
▪ Possui exceções:
✔ segurança nacional;
✔ investigação policial;
✔ interesse superior da A.P.
Publicidade e o inciso II do § 3º do art. 37.
LAI - Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração
pública direta e indireta, regulando especialmente: [...]
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre
atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
Diretrizes:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de
solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;
V - desenvolvimento do controle social da administração pública. (LAI, art. 3º,)
Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento,
contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua
imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação
ou controle da informação;
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou
sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por
determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem
modificações. (LAI, art. 4º)
É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos
e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. (LAI, Art. 5º)
O DIREITO À INFORMAÇÃO relativa à pessoa é garantido
pelo Habeas Data, nos termos do inciso LXXII do artigo 5º da
Constituição: “conceder-se-á habeas data:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos São garantidos, se for o caso, por
Mandado de Segurança e não
ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (Lei de Procedimento
Habeas.
Administrativo – lei federal n. 9.784/99, art. 48 30 dias para responder)
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de Exemplo: Manual da Def. P. Fed.
direito e esclarecimento de situações pessoais. “Direito Constitucional de Petição:
[...]”, Brasília, 2016, p. 205.
Para ler mais: clique
O direito à expedição de certidão está disciplinado
pela Lei nº 9.051, de 18-5-95, que fixa o prazo de 15
dias para atendimento, a contar do registro do pedido
no órgão expedidor e exige que do requerimento
constem esclarecimentos relativos aos fins e razões do
pedido.
Eficiência Troca de Ideias
com convidado!
Discutível, mas: “[...] as normas de direito público, embora protejam reflexamente o interesse
individual, têm o objetivo primordial de atender ao interesse público, ao bem-estar coletivo. Além
disso, pode-se dizer que o direito público somente começou a se desenvolver quando, depois de
superados o primado do Direito Civil (que durou muitos séculos) e o individualismo que tomou
conta dos vários setores da ciência, inclusive a do Direito, substituiu-se a ideia do homem como
fim único do direito (própria do individualismo) pelo princípio que hoje serve de fundamento para
todo o direito público e que vincula a Administração em todas as suas decisões: o de que os
interesses públicos têm supremacia sobre os individuais.
“O mesmo [revisão do primado do indivíduo] ocorreu com o poder de polícia do Estado, que
deixou de impor obrigações apenas negativas (não fazer) visando resguardar a ordem pública,
e passou a impor obrigações positivas, além de ampliar o seu campo de atuação, que passou a
abranger, além da ordem pública, também a ordem econômica e social. Surgem, no plano
constitucional, novos preceitos que revelam a interferência crescente do Estado na vida
econômica e no direito de propriedade; assim são as normas que permitem a intervenção do
Poder Público no funcionamento e na propriedade das empresas, as que condicionam o uso
da propriedade ao bem-estar social, as que reservam para o Estado a propriedade e a
exploração de determinados bens, como as minas e demais riquezas do subsolo, as que
permitem a desapropriação para a justa distribuição da propriedade; cresce a preocupação
com os interesses difusos, como o meio ambiente e o patrimônio histórico e artístico
nacional.” (DI PIETRO, 2022)
Indisponibilidade ou Poder-Dever
“significa que sendo interesses qualificados como próprios da coletividade – internos ao setor
público – não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por inapropriáveis. O
próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade sobre eles, no sentido
de que lhe incumbe apenas curá-los – o que é também um dever – na estrita conformidade do
que dispuser a intentio legis”
“as pessoas administrativas não têm portanto disponibilidade sobre os interesses públicos
confiados à sua guarda e realização. Esta disponibilidade está permanentemente retida nas
mãos do Estado (e de outras pessoas políticas, cada qual na própria esfera) em sua
manifestação legislativa. Por isso, a Administração e a pessoa administrativa, autarquia, têm
caráter instrumental”.
(Celso Antônio Bandeira de , 2019, p. 76).
• Trata da administração de um patrimônio que não pertence à A.P. e sim aos administrados;
• Vedação a acordos, existem exceções previstas em lei; (parcelamento de dívida pública pelo
administrado)
• Se o administrador deixar de praticar um ato previsto em lei, será punido por omissão.
Presunção de Legitimidade ou de Veracidade
“Esse princípio, que alguns chamam de princípio da presunção de
legalidade, abrange dois aspectos: de um lado, a presunção de verdade,
que diz respeito à certeza dos fatos; de outro lado, a presunção da
legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à lei, presume-
se, até prova em contrário, que todos os seus atos sejam verdadeiros e
praticados com observância das normas legais pertinentes.”
(Di Pietro, 2022, p. 114 – Ulife)
▪ Limita o direito de greve do servidor, previsto no art. 37, inciso VII, da C.F.88;
Isonomia ou Igualdade
Para os atos vinculados é obrigatório, mas a lei não os exige para os atos
discricionários;
Diz respeito à descrição dos motivos que levaram o agente público a praticar o ato
administrativo.
Ampla Defesa e Contraditório
Art. 5°, LV, CF/88: ”Aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes”;
Ampla defesa diz respeito aos instrumentos que podem ser utilizados
para exercer a defesa – testemunha, perícia, documentos;
Contraditório diz respeito ao momento processual determinado em
lei para exercer a defesa – contestação, impugnação, memorial ou
alegações finais;
Princípio utilizado nos processos judiciais e administrativos.
Autotutela ou auto-executoriedade
a) Poder normativo: emanação de atos com efeitos gerais e abstratos, que não podem contrariar a lei.
Expressão mais ampla que poder regulamentar (o que cabe ao Chefe do Poder Executivo de editar normas
complementares à lei, para sua fiel execução); expressa-se por meio de regulamentos, resoluções, portarias,
deliberações, instruções.
Regulamentos jurídicos ou normativos (estabelecem normas sobre relações de supremacia geral, que
atingem a todos os cidadãos) e administrativos ou de organização (contêm normas sobre a organização
administrativa ou sobre as relações da Administração com particulares em situação de submissão especial).
Medidas judiciais cabíveis em caso de omissão do poder regulamentar: mandado de injunção (art. 5º, LXXI,
da CF) e ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, § 2º, da CF).
Poderes da Administração: natureza de poderes-deveres.
(DI PIETRO, 2022)
b) Poder disciplinar: apuração de infrações e aplicação de penalidades aos servidores públicos e outras
pessoas sujeitas à disciplina interna administrativa.
Necessidade de procedimento legal para apuração de penalidade: observância do devido processo legal (art.
5º, LV, da Constituição).
Existência de certa margem de apreciação na escolha da sanção cabível: não há discricionariedade no sentido
de opção segundo critérios de oportunidade e conveniência.