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Direito Administrativo

Thiago Camargo Comelli

 1) História do Direito Administrativo:


 Estado existe desde que o ser humano se organiza em sociedade,
porém sua regulamentação é recente;
 Direito administrativo não está codificado no Brasil;
 Marco do surgimento do direito administrativo é a Revolução Francesa e
ainda:
 1.a) Espírito das leis de Montesquieu;
 1.b) Justiça administrativa de Napoleão;
 1.c) 1808 – Separação do direito administrativo do constitucional;
 1.d) 1828 – Disciplina na universidade de Paris;
 1.e) 1873 – Um caso específico invoca os princípios publicistas em
prejuízo do código de napoleão;

 Um líder tem um poder para com a sociedade. Logo, possui o dever


de atender as demandas sociais;
 Estudo deve funcionar de acordo com as necessidades do povo:
Fato – Valor – Norma (teoria tripartida de poder de Miguel Reale);
 Saída do modelo monarquista de Estado/poder;
 Questões quanto aos limites e funcionamento do Estado;
 Surgem normas (direito administrativo) para regulamentar os limites
do Estado;
 Modelos e regras que cuidam do FUNCIONAMENTO do Estado;

 2) Evolução Histórica: Disciplina autônoma no Estado Liberal, com


as seguintes características:
 2.a) Submissão estatal à lei;
 2.b) Divisão de poderes e funções;
 2.c) Garantia dos direitos individuais;
 Com o pós 2° guerra surgem:
 2.d) Direitos e garantias individuais;
 2.e) Direitos coletivo;

 Não apenas reconhecer os direitos coletivos, mas definir quem são os


responsáveis pelos mesmos;
 Responsabilidade estatal;

 3) Constituição de 1988:
 A) Lei de Improbidade Administrativa – Visa definir/normatizar
condutas do administrador público;
 Enriquecimento ilícito as custas da Administração Pública/interesse
público;
 B) Lei de Licitações – Modo de comprar do Estado;
 Pertinente a obras, serviços, compras, alienações e locações no âmbito
dos Poderes da União, Estados, DF e Municípios;
 C) Lei de concessões e permissões no serviço público;

 4) Surgimento dos mecanismos de participação popular:


 A) Conselhos, grupos comunitários - Decidem quanto a
administração junto com o Estado:
 Discutem as mudanças ANTES das mesmas serem realizadas;
 Observa-se aqui os critérios técnicos. Pessoas segmentadas, que
pertencem a área do conselho;
 Representativa segmentada (pessoas que trabalham na área da
educação, saúde e outras áreas que compõem o conselho);
 B) PPPs/Parceria Público Privada – Natureza econômica. Estado em
parceria com a iniciativa privada;
 População sendo atendida, dinheiro sendo pago ao privado de volta
por meio de benefícios do que fora construído;
 Investimento parte do privado;

 5) Conceito de Direito Administrativo:


 Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os
agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e
imediatamente os fins desejados pelo Estado;
 Ramo do Direito Público;
 Todos os Poderes (estruturas do Estado se sujeitam ao Direito
Administrativo);
 CF/88 reorganizou o Estado, dando novas obrigações aos entes, com
obrigações custadas pelos mesmos em suas devidas áreas de atuação;
 Materialização da teoria (normatização, ações dos envolvidos, para que
seja desenvolvida a saúde, educação, dentre outros);

 6) Poderes do Estado (órgãos e funções):


 A) Legislativo – Função normativa, legislativa ou legiferante;
 B) Judiciário – Jurisdicional, judicial ou judicante;
 C) Executivo – Administrativa, executante ou remanescente

 7) Fontes do Direito Administrativo:


 7.1 – Lei: Só se pratica aquilo que se encontrar positivado em lei
(autorização tácita é necessária);
 Estado faz parte da relação jurídica. Sem leis, o Estado não pode
agir;
 Principal fonte administrativa;
 7.2 – Jurisprudência: Reiteradas decisões judiciais formam a
jurisprudência;
 7.3 – Doutrina: Conjunto de princípios e ideias de autores juristas
que servem como base para o Direito e influenciam em decisões
judiciais;
 7.4 – Costumes: Ação que se repete sem que haja regulamentação
tratando do assunto;
 Lei não estabelece uma forma, cabendo então aos órgãos como
estabelecer seu modelo;
 Processo de interpretação da mesma norma jurídica (tanto a
jurisprudência quanto os costumes);
 Fontes Organizadas – Norma jurídica, jurisprudência e doutrina;
 Fontes Inorganizadas – Costume e praxe administrativa;

 8 – Relação com outros Ramos do Direito:


 8.1 – Direito Constitucional: Nenhuma área existe por si só no Direito;
 Área que vai estudar e regulamentar a formação de um Estado
(processo constante de mudança);
 Uma área cuida da formação do Estado (constitucional) e a outra do
funcionamento (administrativo);
 Dois ramos com a função de normatizar o Estado;
 8.2 – Direito Tributário e Financeiro: Estado NÃO FUNCIONA SEM
DINHEIRO;
 Arrecadação de recursos para o funcionamento do Estado. Receitas e
despesas públicas para que o mesmo funcione;
 8.3 – Direito Penal: Definir condutas passiveis de punição. Crimes
contra a administração pública;
 Estado protegido pelo direito penal/funcionamento interno do Estado
(punição, aplicação de princípios penais);
 8.4 – Direito Processual: Atos sequenciais processuais (princípios da
boa tramitação processual). Atos rotineiros no direito administrativo;
 8.5 – Direito do Trabalho: Contratos entre as relações de serviço.
Estado é um grande empregador;
 Direito sociais/Estado respeitando os direitos do empregador;
 Ente público estabelece normas (estatutos) para legislar sobre seus
agentes/empregados;
 Não é possível estatuto que desrespeite os direitos fundamentais do
trabalhador;
 8.6 – Direito Civil e Comercial: Normas civis/empresariais, legislando
sobre os contratos;
 Como se adquire os bens. Estado precisa realizar contratos, adquirir
bens, propriedades;
 9) Administração Pública: Aparelhamento do Estado visando a
realização de serviços públicos e o atendimento das necessidades
sociais;
 A) Aspecto Formal – Conjunto de órgãos instituídos para a
concretização dos objetivos do governo;
 B) Aspecto Material – Conjunto de funções necessárias aos serviços
públicos em geral;
 C) Aspecto Operacional – Desempenho constante de serviços próprios
do Estado ou por ele assumidos;
 Logo, o órgão é CRIADO, tem seus DEVERES ESTIPULADOS e aí
então é COLOCADO EM FUNCIONAMENTO;
 As necessidades sociais dependem. Cada lugar possuirá uma distinta,
devido a fatores históricos, sociais, dentre outros;

 10) Entidades da Administração Pública:


 10.1 – Pessoas Jurídicas: Criadas por determinação constitucional
(administração direta). Entidades Estatais: União, estados membros,
municípios;
 Recebem da constituição uma função, prestar os serviços públicos e
necessidades sociais;
 Prestam de maneira DIRETA: O Estado faz;
 Processo de organização pública: aquilo que cada órgão irá realizar;
 Podem criar departamentos ou secretárias (dependendo do município
gerido) para facilitar a organização;
 10.2 – Pessoas Jurídicas: Criadas pelas entidades estatais (por meio
de leis). Administração indireta: Autarquia, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, agencias, entes cooperados;
 Entes públicos podem escolher criar outras pessoas jurídicas e atribuir a
estas responsabilidades;
 Opção do ente público de criar OU NÃO órgão/pessoa jurídica;
 Indireta no sentido de que não é o próprio ente estatal que irá gerir. O
mesmo delega competência;
 Descentralização;

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