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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
1. Conforme o modelo histórico de Administração
2. Conforme a separação de poderes
3. Conforme seus três elementos
REGIME JURÍDICO
1. Conceito
2. Regime jurídico da Administração vs. Regime jurídico Administrativo
3. Regime Jurídico da Administração
Sugestão de estudos:
Anotações de aula;
Leitura de manual acadêmico (José dos Santos Coelho Filho ou Maria Silvia Zanela Di Pietro);
Leitura de lei;
Confecção de resumo/fichamento pessoal (com data, em atenção a edição de novas normas);
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
São três os modelos históricos mais importantes que definiram a função desempenhada pela estrutura
administrativa:
a. Referência histórica: no mundo, o modelo patrimonialista vigorou até o inicio do século XVIII.
Coincide com o período da Europa medieval com regime absolutista.
Para corrente majoritária não houve período propriamente patrimonialista no Brasil. Há corrente
minoritária que sustenta ter existido período patrimonialista no Brasil, em 1888/República velha
(politica do café com leite).
b. Característica essencial: o soberano personifica o Estado (“O Estado sou eu”). Por este motivo, havia
confusão entre o “público” e o “particular”. A coisa pública e o interesse público pertenciam ao
soberano.
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CARREIRAS JURÍDICAS
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d. Há quatro referências/ características: um modelo patrimonialista de governo é, em regra, baseado
em:
i. Nepotismo: cargos e funções públicas mais importantes são privativos de familiares e parentes do
soberano. Portanto, não são acessíveis a mais ninguém.
iii. Clientelismo: compras e contratações feitas pelo Estado recaem sempre sobre os mesmos amigos
e familiares do soberano, independentemente de preço ou qualidade.
iv. Fisiologismo: trata-se do desvio no exercício da função pública. Manejo do cargo público apenas
para vantagens pessoais.
O Estado não responde pelos danos que der causa. O critério de soberania era exacerbado.
a. Referencia histórica: do século XVIII ao XX. Brasil: 1º governo Getúlio Vargas (1930).
b. Características: a coisa pública, o interesse público e, portanto, o poder público, passam a pertencer
ao Estado.
O modelo burocrático veio combater o patrimonialismo. O exercício do poder fica vinculado à lei.
Trata-se da introdução no direito público do princípio da estrita legalidade (Administração só poderá
fazer o que estiver autorizado em lei). Toda forma de poder decorre da lei.
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1.3. Modelo gerencial: (gerencialismo ou nova gestão)
a. Referencia histórica: 1978 – governo britânico de Margaret Thatcher (new public management).
Trata-se de nova regra de gestão e administração da coisa pública e interesse público, promovendo a
convergência da administração privada mais eficiente e focada no resultado com a Administração
pública, até então presa à modelos, formulários e processos. A administração privada foi trazida para
Administração pública.
b. Característica essencial: coisa pública e interesse público passam a pertencer ao povo e o Estado e
sua estrutura administrativa são meros gestores da coisa pública.
A Administração deverá ser mais eficiente e será cobrada/controlada conforme os resultados que
alcança.
Surgem as parcerias público-privadas (Lei 11.079), organizações sociais que promovem a gestão
provada de órgãos públicos.
Não há mais compromisso com o soberano. A prioridade também deixa de ser o Estado e passa a ser
o povo.
c. No Brasil: em 1995 foi criado o Ministério Administrativo da Reforma do Estado, que visava concluir o
Programa Nacional da Desburocratização. Deu origem à EC 19/1998 (emenda da reforma da
administração) que foi o marco de introdução oficial do gerencialismo, tanto que o art.37, caput da
CF, ganhou mais um princípio expresso, o princípio da eficiência administrativa). Inicio da criação da
Defensoria Pública.
O Estado é um ente só, composto por um determinado povo, delimitado em seu território, gozando de
soberania.
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Funções típicas de soberania: três poderes do Estado (Judiciário, Legislativo e Executivo), harmônicos e
independentes, separados e equilibrados pelo sistema de freios e contrapesos.
a. Funções típicas do Judiciário: aplicar concretamente a lei quando provocado para solucionar conflitos,
com definitividade na decisão. Exerce de forma atípica (de forma não preponderante) a função
administrativa para se auto-administrar;
b. Funções típicas do Legislativo: editar as leis e promover a fiscalização sobre o Executivo. Exerce de forma
atípica (de forma não preponderante) a função administrativa para se auto-administrar;
c. Funções típicas do Executivo: editar politicas através do governo e executar as políticas através da
administração. Exerce de forma preponderante a função administrativa (mas não é privativa);
3.1. Elemento objetivo: (o que a função faz) deve sempre atender necessidades e interesses do povo, de
forma direta pelo Executivo, e de forma indireta/reflexa pelo Judiciário e Legislativo;
3.2. Elemento subjetivo: (quem faz) exercida pelo conjunto de órgãos que integrarão a Administração direta,
e conjunto de pessoas jurídicas estatais que formam a administração indireta (autarquias, fundações,
etc.);
3.3. Elemento formal: (como faz) exercida por regime jurídico de direito público;
REGIME JURÍDICO
1. Conceito: determinado conjunto de normas e princípios jurídicos que irão reger, com exclusividade, uma
determinada relação jurídica.
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3. Regime jurídico da Administração:
3.1. Suma divisio: divisão essencial do ordenamento jurídico em dois grandes regimes:
a. Regime Jurídico de Direito Privado: conjunto de normas e princípios jurídicos comuns voltados para
o atendimento de interesses privados, que são, em regra, disponíveis, admitindo renúncia, transação
e omissão, e não decorrem/dependem de prévia lei. Prepondera a autonomia da vontade. Estão nele
inseridos todas as empresas públicas, tanto de atividade econômica como de serviços públicos,
quanto as sociedades de economia mista, independentemente do objeto;
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