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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
A administração pública pode ser definida objetivamente como a atividade
concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses
coletivos e, subjetivamente, como o conjunto de órgãos e de pessoas
jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa do
Estado.
Sob o aspecto operacional, administração pública é o desempenho perene
e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício
da coletividade.
A administração pública pode ser direta, quando composta pelas suas
entidades estatais (União, Estados, Municípios e DF), que não possuem
personalidade jurídica própria, ou indireta quando composta por entidades
autárquicas, fundacionais e paraestatais.
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração
pública divide-se em dois sentidos: “Em sentido objetivo, material ou
funcional, a administração pública pode ser definida como a atividade
concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito
público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo,
formal ou orgânico, pode-se definir
Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas
jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do
Estado”.
Assim, administração pública em sentido material é administrar os
interesses da coletividade e em sentido formal é o conjunto de entidade,
órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.
ESTADO.
O Estado é uma criação humana destinada a manter a coexistência pacífica
dos indivíduos, a ordem social, de forma que os seres humanos consigam
se desenvolver e proporcionar o bem-estar a toda sociedade. Pode ser
definido como o exercício de um poder político, administrativo e jurídico,
exercido dentro de um determinado território, e imposto para aqueles
indivíduos que ali habitam.
GOVERNO:
É o conjunto de órgãos e as atividades que eles exercem no sentido de
conduzir politicamente o Estado, definindo suas diretrizes. Não se confunde
com a Administração Pública em sentido estrito, que tem a função de
realizar concretamente as diretrizes traçadas pelo Governo. Portanto,
enquanto o Governo age com ampla discricionariedade, a Administração
Pública atua de modo subordinado.
Sistema de Governo é o modo como se relacionam os poderes; Executivo e
Legislativo. Existem os seguintes sistemas de governo:
a) Presidencialista: O Chefe de Estado também é o chefe de Governo. É o
sistema adotado no Brasil;
b) Parlamentarista: A chefia de Estado é exercida por um presidente ou um
rei, sendo que a chefia de Governo fica a cargo de um gabinete de ministros,
nomeados pelo Parlamento e liderados pelo primeiro-ministro;
c) Semi-presidencialista: Também chamado de sistema híbrido, é aquele em
que o chefe de Governo e o chefe de Estado compartilham o Poder
Executivo e exercem a Administração Pública;
d) Diretorial: O Poder executivo é exercido por um órgão colegiado
escolhido pelo Parlamento. Ao contrário do parlamentarismo, não há
possibilidade de destituição do diretório pelo Parlamento.
As formas de Governo (ou sistemas políticos) dizem respeito ao conjunto
das instituições pelas quais o Estado exerce seu poder sobre a sociedade e,
principalmente, o modo como o chefe de Estado é escolhido. Existem duas
formas:
a) Presidencialismo: Escolhido pelo voto (direto ou indireto) para um
mandato pré-determinado;
b) Monarquia: Escolhido geralmente pelo critério hereditário, sua
permanência no cargo é vitalícia - o afastamento só pode ocorrer por morte
ou abdicação. A monarquia pode ser absoluta, em que a chefia de Governo
também está nas mãos do monarca; ou parlamentarista, em que a chefia
de Governo está nas mãos do primeiro-ministro;
ELEMENTOS DO ESTADO:
1) População: Reunião de indivíduos num determinado local, submetidos a
um poder central. O Estado vai controlar essas pessoas, visando, através do
Direito, o bem comum. A população pode ser classificada como nação,
quando os indivíduos que habitam o mesmo território possuem como
elementos comuns a cultura, língua e religião. Possuem nacionalidades,
cultura, etnias e religiões diferentes.
2) Território: Espaço geográfico onde reside determinada população. É
limite de atuação dos poderes do Estado. Vale dizer que não poderá haver
dois Estados exercendo seu poder num único território, e os indivíduos que
se encontram num determinado território estão submetidos a esse poder
uno.
3) Soberania: É o exercício do poder do Estado, internamente e
externamente. O Estado, dessa forma, deverá ter ampla liberdade para
controlar seus recursos, decidir os rumos políticos, econômicos e sociais
internamente e não depender de nenhum outro Estado ou órgão
internacional.
PODERES DO ESTADO:
A existência de três Poderes e a idéia que haja um equilíbrio entre eles, de
modo que cada um dos três exerça um certo controle sobre os outros é sem
dúvida uma característica das democracias modernas. A noção da
separação dos poderes foi intuída por Aristóteles, ainda na Antiguidade,
mas foi aplicada pela primeira vez na Inglaterra, em 1653. Sua formulação
definitiva, porém, foi estabelecida por Montesquieu, na obra “O Espírito
das Leis”, publicada em 1748, e cujo subtítulo é “Da relação que as leis
devem ter com a constituição de cada governo, com os costumes, com o
clima, com a religião, com o comércio, etc.”
“É preciso que, pela disposição das coisas, o poder retenha o poder”, afirma
Montesquieu, propondo que os poderes executivo, legislativo e judiciário
sejam divididos entre pessoas diferentes. Com isso, o filósofo francês
estabelecia uma teoria a partir da prática que verificara na Inglaterra, onde
morou por dois anos. A influência da obra de Montesquieu pode ser medida
pelo fato de a tripartição de poderes ter se tornado a regra em todos os
países democráticos modernos e contemporâneos.
Executivo e Legislativo
Em primeiro lugar, pode-se citar o poder Executivo que, em sentido estrito,
é o próprio Governo. No caso brasileiro - uma república presidencialista - o
poder Executivo é constituído pelo Presidente da República, supremo
mandatário da nação, e por seus auxiliares diretos, os Ministros de Estado.
O poder Executivo exerce principalmente a função administrativa,
gerenciando os negócios do Estado, aplicando a lei e
zelando pelo seu cumprimento. Além disso, o Executivo também exerce,
em tese de modo limitado, a atividade legislativa através da edição de
medidas provisórias com força de lei e da criação de regulamentos para o
cumprimento das leis. No entanto, desde o fim da ditadura militar, em
1985, os presidentes brasileiros demonstram uma tendência a abusar das
medidas provisórias para fazer leis de seus interesses, quando estas só
deveriam ser editadas, de acordo com a Constituição, “em caso de urgência
e necessidade extraordinária”.
Fazer leis ou legislar é a função básica do poder Legislativo, isto é, o
Congresso Nacional. Composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados,
o Congresso também fiscaliza as contas do Executivo, por meio de Tribunais
de Contas que são seus órgãos auxiliares, bem como investiga autoridades
públicas, por meio de
Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs). Ao Senado Federal cabe
ainda processar e julgar o presidente, o vice-presidente da República e os
ministros de Estado no caso de crimes de responsabilidade, após a
autorização da Câmara dos Deputados para instaurar o processo.
O Poder Judiciário
Já o poder Judiciário tem, com exclusividade, o poder de aplicar a lei nos
casos concretos submetidos à sua apreciação. Nesse sentido, cabe aos
juízes garantir o livre e pleno debate da questão que opõe duas ou mais
partes numa disputa cuja natureza pode variar - ser familiar, comercial,
criminal, constitucional, etc. -, permitindo que todos os que serão afetados
pela decisão da Justiça expor suas razões e argumentos.
FINS:
A Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público,
seguindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
Quanto à organização e aos princípios, vamos estudar mais adiante.