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COMISSÕES DE TRABALHADORES
INSTITUCIONALIZAÇÃO DE COMISSÕES DE TRABALHADORES
REGIME DAS COMISSÕES DE TRABALHADORES
DOCENTE
COMISSÕES DE TRABALHADORES
INSTITUCIONALIZAÇÃO DE COMISSÕES DE TRABALHADORES
REGIME DAS COMISSÕES DE TRABALHADORES
DOCENTE
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4
Votação ............................................................................................................................. 7
Conclusão ....................................................................................................................... 16
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Introdução
No seu artigo 405.º, n.º 2, o Código do Trabalho proíbe em geral aos empregadores,
individualmente ou através das suas associações, o financiamento, por quaisquer meios, do
funcionamento de estruturas de representação coletiva dos trabalhadores, o que compreende as
comissões e subcomissões de trabalhadores (doravante abreviadamente referidas apenas por
“Comisoes dos Trabalhadores”), como resulta do artigo 404.º, al. b), do mesmo diploma. São
apenas excecionadas as “formas de apoio previstas neste Código”1, constituindo a violação
daquela proibição, pelo menos, contraordenação grave. As CdT (mas não só) têm, para o
exercício das suas funções, um direito de carácter muito excecional a apoio, a cargo do
empregador dos trabalhadores que representam2.
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COMISSÕES DE TRABALHADORES
Esta comissão é uma forma dos trabalhadores se organizarem dentro de uma empresa para
defender os seus direitos. Para além disso, uma comissão de trabalhadores tem uma intervenção
democrática na vida empresa, principalmente a nível de organização e gestão.
Como o papel de uma comissão de trabalhadores é atuar dentro de uma empresa específica,
consegue focar-se nos problemas que os trabalhadores possam ter no dia a dia.
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As comissões de trabalhadores têm também direito de consulta. Certos atos do
empregador público dependem de parecer prévio da comissão, como a regulação da utilização
de instrumentos de vigilância, a definição de horários de trabalho e a elaboração de
regulamentos internos.
Nos termos do artigo 324.º da LTFP, são direitos das comissões de trabalhadores,
nomeadamente:
Nos termos previstos no n.º 2 do artigo 423.º do CT (aplicável por remissão do n.º 2 do artigo
324.º da LTFP), as subcomissões de trabalhadores podem exercer os direitos que lhes forem
delegados pela comissão de trabalhadores.
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INSTITUCIONALIZAÇÃO (CONSTITUIÇÃO) DE COMISSÕES DE
TRABALHADORES
A votação em apreço é convocada com a antecedência mínima de 15 dias por, no mínimo, 100
ou 20% dos trabalhadores do órgão ou serviço, com ampla publicidade e menção expressa do
dia, local, horário e objeto.
c) Afixar o caderno eleitoral, que lhes é, entretanto, entregue pela entidade empregadora
pública.
Os projetos de estatutos submetidos a votação são propostos por, no mínimo, 100 ou 20% dos
trabalhadores do órgão ou serviço, devendo ser neste publicitados com a antecedência mínima
de 10 dias (ARTIGO 206.º, N.º 3 (REGULAMENTO))
Votação
A votação é efetuada durante as horas de trabalho, iniciando-se, pelo menos, 30 minutos antes
do começo e terminando, pelo menos, 60 minutos depois do termo do período do funcionamento
do órgão ou serviço. Note-se que os trabalhadores podem votar durante o horário de trabalho,
dispondo cada um do tempo indispensável para o efeito. Nos estabelecimentos periféricos ou
unidades orgânicas desconcentradas, a votação realizase em todos eles no mesmo dia, horário
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e nos mesmos termos. Quando, devido ao trabalho por turno ou outros motivos, não seja
possível respeitar o disposto no número anterior, a abertura das urnas de voto para o respectivo
apuramento deve ser simultânea em todos os estabelecimentos periféricos ou unidades
orgânicas desconcentradas.
Deacordo com Artigo 213.º (Regulamento), tudo o que se passar na votação é lavrada ata que,
depois de lida e aprovada pelos membros da mesa de voto, é por estes assinada e rubricada. Os
votantes devem ser identificados e registados em documento próprio, com termos de abertura
e encerramento, assinado e rubricado em todas as folhas pelos membros da mesa, o qual
constitui parte integrante da ata.
A deliberação de constituir a comissão de trabalhadores deve ser aprovada por maioria simples
dos votantes. E são aprovados os estatutos que recolherem o maior número de votos, caso haja
dois ou mais projetos de estatutos submetidos a votação. Artigo 212.º (Regulamento).
a) Proceder à afixação dos resultados da votação e da cópia da respectiva ata, no local ou locais
onde a votação teve lugar e comunicá-los ao órgão de direção do órgão ou serviço; e
Os membros das comissões e das subcomissões de trabalhadores são eleitos, de entre as listas
apresentadas, por voto direto e secreto, e segundo o princípio da representação proporcional.
Ser eleito segundo o princípio da representação proporcional significa que, nos casos em que
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existam simultaneamente duas ou mais listas, os mandatos serão distribuídos
proporcionalmente em relação aos votos que cada lista obteve no ato eleitoral.
A primeira eleição, logo após a criação da comissão de trabalhadores, só deve ser convocada
depois de a DGAEP ter procedido ao registo da sua constituição e aprovação dos estatutos.
O ato eleitoral é convocado pela comissão eleitoral ou, na sua falta, por, no mínimo, 100 ou
20% dos trabalhadores do órgão ou serviço, com a antecedência de 15 dias, a não ser que os
estatutos da comissão de trabalhadores fixem um prazo superior. A convocatória deve ser
amplamente publicitada e mencionar o dia, local, horário e objeto da votação; e deve ser
remetida ao órgão de direção do órgão ou serviço Artigos 218.º (n.º 4) e 210.º (n.º 1)
(Regulamento).
Entretanto, a entidade empregadora pública deve entregar o caderno eleitoral aos trabalhadores
que procedem à convocação da votação dos estatutos, no prazo de quarenta e oito horas após a
receção da cópia da convocatória, procedendo estes à sua imediata afixação no órgão ou serviço,
estabelecimento periférico ou unidade orgânica desconcentrada
Nos termos da lei, só podem concorrer as listas que forem subscritas por, no mínimo:
Por norma, a eleição dos membros das comissões e subcomissões de trabalhadores decorre em
simultâneo. Devem, no entanto, ser utilizados, votos distintos. Ou seja, na mesma votação, os
trabalhadores votam separadamente a eleição dos membros da comissão de trabalhadores e a
eleição das subcomissões.
Por norma, a eleição dos membros das comissões e subcomissões de trabalhadores decorre em
simultâneo. Devem, no entanto, ser utilizados, votos distintos. Ou seja, na mesma votação, os
trabalhadores votam separadamente a eleição dos membros da comissão de trabalhadores e a
eleição das subcomissões.
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E após a mesma deve ser elaborada uma ata, em cada mesa de voto, referindo tudo o que nela
se passou. Os votantes devem, também, ser identificados e registados em documento próprio,
com termos de abertura e encerramento, assinado e rubricado em todas as folhas pelos membros
da mesa, o qual constitui parte integrante da ata. O apuramento global da votação é feito por
uma comissão eleitoral. Na falta da comissão eleitoral eleita nos termos dos estatutos, a mesma
é constituída por um representante de cada uma das listas concorrentes e igual número de
representantes dos trabalhadores que convocaram a eleição
E de tudo o que se passar no apuramento global é lavrada ata que, depois de lida e aprovada
pelos membros da comissão eleitoral, é por estes assinada e rubricada. No prazo de 15 dias a
contar da data do apuramento, deve a comissão eleitoral:
a) Proceder à afixação dos resultados da votação e da cópia da respectiva ata, no local ou locais
onde a votação teve lugar e comunicá-los ao órgão de direção do órgão ou serviço; e
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As comissões de trabalhadores aprovam os estatutos da comissão coordenadora por voto secreto
de cada um dos seus membros, em reunião de que deve ser elaborada ata assinada por todos os
presentes.
A reunião para aprovação dos estatutos deve ser convocada com a antecedência de 15 dias, por
pelo menos duas comissões de trabalhadores que a comissão coordenadora se destine a
coordenar.
O Registo da aprovação dos estatutos, pela DGAEP (e publicação dos mesmos no Diário da
República.
A primeira eleição, logo após a criação da comissão coordenadora, só deve ser convocada
depois de a DGAEP ter procedido ao registo dos respectivos estatutos. A eleição é feita através
de listas, por voto direto e secreto, e segundo o princípio da representação proporcional, em
reunião de que deve ser elaborada ata assinada por todos os presentes e a que deve ficar anexo
o documento de registo dos votantes.
Cada lista concorrente deve ser subscrita por, no mínimo, 20% dos membros das Comissões
de Trabalhadores aderentes, sendo apresentada até cinco dias antes da votação. O processo
ficará completo com o registo da eleição pela DGAEP e com a publicação na 2.ª série do Diário
da República da composição da comissão coordenadora.
As alterações estatutárias
Comissões de trabalhadores
À alteração dos estatutos é aplicável o disposto nos artigos 206.º a 216.º do Regulamento, com
as necessárias adaptações. O processo de alteração integra quatro fases: - Convocatória e
publicitação dos projetos de alteração;
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Votação; Apuramento global e publicitação dos resultados; - Registo na DGAEP e publicação
na 2.ª série do Diário da República.
Comissões coordenadoras
A lei é omissa quanto ao processo de alteração dos estatutos das comissões coordenadoras.
Entende-se, no entanto, que lhe é aplicável o procedimento traçado no artigo 222.º do
Regulamento. O processo de alteração integra, pois, neste caso, três fases: - Convocatória; -
Votação; - Registo na DGAEP e publicação na 2.ª série do Diário da República
O pedido de registo deve ser instruído com a documentação referida nos nºs 1 a 4 do artigo
228.º do Regulamento:
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Constituição da comissão de 15 dias a contar da data do - Cópias certificadas dos
trabalhadores e aprovação apuramento Estatutos alterados;
dos respectivos estatutos - Cópias certificadas das atas
da comissão eleitoral;
- Cópias certificadas das atas
das mesas de voto;
- Cópias certificadas dos
documentos de registo dos
votantes.
Constituição da comissão 15 dias a contar da data da - Cópias certificada dos
coordenadora e aprovação reunião em que foi Estatutos aprovados;
dos respectivos estatutos constituída a comissão - Cópias certificadas da ata
da reunião em que foi
constituída a comissão;
- Cópias certificadas do
documento de registo dos
votantes
Alterações aos estatutos das 15 dias a contar da data da - Cópias certificadas dos
comissões coordenadoras reunião em que foi Estatutos alterados;
constituída a comissão - Cópias certificadas da ata
da reunião em que foi
aprovada a alteração;
- Cópias certificadas do
documento de registo dos
votantes
Eleição dos membros das 15 dias a contar da data do - Cópias certificadas das
comissões e das apuramento listas concorrentes;
subcomissões de - Cópias certificadas das atas
trabalhadores da comissão eleitoral;
- Cópias certificadas das atas
das mesas de voto;
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- Cópias certificadas dos
documentos de registo dos
votantes.
Eleição dos membros da 15 dias a contar da data da - Cópias certificadas das
comissão coordenadora reunião eleitoral listas concorrentes;
- Cópias certificadas da ata
da reunião eleitoral;
- Cópias certificadas do
documento de registo dos
votantes.
Convém ainda sublinhar que, nos termos da lei, a DGAEP se limita a emitir um parecer de
legalidade. Competirá depois ao magistrado do Ministério Público da área da sede do respectivo
órgão ou serviço a decisão final.
De acordo com artigo 232.º, n.º 2 (Regulamento) Os trabalhadores eleitos para as comissões de
trabalhadores, subcomissões e comissões coordenadoras gozam, nos termos da lei, de uma
proteção especial, que decorre da sua situação de
O crédito de horas;
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A proteção em caso de procedimento disciplinar e despedimento; - A proteção em caso
de mudança de local de trabalho.
Sendo que: 1. Nos órgãos ou serviços com menos de 50 trabalhadores o crédito de horas referido
nas alíneas a) e
As faltas devem ser sempre comunicadas, por escrito, com um dia de antecedência (e com
referência às datas e ao número de dias de que os respectivos trabalhadores necessitam para o
exercício das suas funções); ou, em caso de impossibilidade de previsão, nas quarenta e oito
horas imediatas ao primeiro dia de ausência.
A inobservância dessas regras sobre a comunicação torna as faltas injustificadas. A lei fixa,
também, como referido, mecanismos de proteção dos representantes dos trabalhadores em caso
de procedimento disciplinar e despedimento (para um maior desenvolvimento, veja-se o artigo
294.º do RCTFP).
Para além disso, os trabalhadores eleitos para as estruturas de representação coletiva, bem como
na situação de candidatos e até dois anos após o fim do respectivo mandato, não podem ser
mudados de local de trabalho sem o seu acordo expresso e sem audição da estrutura a que
pertencem
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Conclusão
Pretendeu-se com o presente trabalho dar resposta a muitas das dúvidas que se colocam
a quem tem que conduzir ou acompanhar algum dos seguintes processos: a) O processo de
constituição das comissões de trabalhadores e das comissões coordenadoras; b) O processo de
eleição dos membros das comissões de trabalhadores, das subcomissões de trabalhadores e das
comissões coordenadoras; c) O processo de alteração dos estatutos. Face à complexidade e
extensão da matéria, foi naturalmente necessário fazer uma seleção dos tópicos a tratar. Artigo
230.º (Regulamento) 20/43 Admite-se, pois, que tenham ficado por responder algumas
perguntas; ou que com o decurso do tempo venham a surgir novas questões.
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Referencias Bibliográficas
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