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República de Angola

Ministério da Educação
Complexo Escolar Delegado Eusébio Nelson

Trabalho Investigativo de
Introdução ao Estudo do Direito
Tema: O Estado como sociedade politicamente organizada
Curso: Ciências Económicas e Jurídica
Turma: 10.ª CEJ 10.4
Período: Noturno
Sala: 34

Autores (Grupo n.º 4):


- Simione Guilherme
- Constantino Mongueno
- Berta Samba
- Analtina Filomena
- Zeca Camaxi
- Liliana Massolo
- Luciano Muacassange

A Docente:
Eugênia de Carvalho

Dundo, 2022
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos à Deus Todo-poderoso, pela vida e força que nos


permitiram realizar este trabalho.

Agradecemos também à nossa professora, Eugénia de Carvalho, pela escolha do


tema e orientação para a investigação, nos ajudando assim a explorar novos
conhecimentos.

De igual modo, agradecemos a todos que, directa ou indirectamente, contribuíram


para a conclusão do presente trabalho investigativo.

Muito obrigado!
ÍNDICE

INTRODUÇÃO.............................................................................................................1

1.........................O ESTADO COMO SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA


..................................................................................................................................... 2

1.1. Elementos constitutivos do Estado.................................................................2

1.1.1. O Povo.....................................................................................................2

1.1.2. O Território...............................................................................................2

1.1.3. O poder político........................................................................................3

CONCLUSÃO.............................................................................................................. 6

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................7
INTRODUÇÃO

O Estado é uma figura abstrata criada pela sociedade. Também podemos


entender que o Estado é uma sociedade política criada pela vontade de unificação e
desenvolvimento do homem, com intuito de regulamentar, preservar o interesse
público. O Estado originou-se da vontade de preservação desse interesse ou bem
comum, posto que a sociedade natural não detinha os mecanismos
(regulamentação) necessários para promover a paz e o bem-estar de seus
membros. Assim, a única forma de preservação do bem comum foi a delegação de
poder a um único centro, o Estado. O Estado não é reconhecido somente através do
seu poder, mas sim de elementos constitutivos, tais como povo, território e a
soberania ou poder. Esses aspectos são essenciais, porque sem eles não poderia
existir um Estado

Neste trabalho abordaremos mais sobre a figura do Estado, enquanto


sociedade politicamente organizada, bem como dos seus elementos constitutivos.

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1. O ESTADO COMO SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA

O Estado é formado por grupos de pessoas convivendo em sociedade e que


buscam metas em comum.

No sentido restrito, pode se definir o Estado como a sociedade politicamente


organizada, fixa em determinado território que lhe é privativo e tendo como
características a soberania e a independência. Num sentido lato põem-se de lado as
características de soberania e independência, fala-se então de Estados Federados
que possuem constituições próprias, possuindo competências e órgãos de poder
próprios.

1.1. Elementos constitutivos do Estado

A organização de poder político que é o Estado é composta por três


elementos:

1.1.1. O Povo

1) Povo – é o conjunto dos nacionais, isto é, das pessoas ligadas ao Estado


pelo vínculo jurídico da nacionalidade ou cidadania. Os critérios de atribuição
de cidadania variam em cada ordem jurídica, podendo dividir-se em: direito de
sangue (ius sanguinis), que garante ao indivíduo o direito à cidadania de um
país por meio de sua ascendência; e o direito de solo (ius solis) que dá ao
indivíduo o direito à nacionalidade do lugar onde nasceu.

É importante distinguir o conceito de povo do conceito de população


(conjunto de pessoas que residem num determinado território) e de nação (pessoas,
geralmente do mesmo grupo étnico, unidos pelos mesmos hábitos e costumes,
tradições, língua e consciência nacional);

1.1.2. O Território

2) Território – é o espaço geográfico onde é exercido o poder do Estado, nele


incluem-se o solo e subsolo terrestre, o espaço aéreo e o mar territorial.

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Inclui-se também o território ficto, isto é, aquele que, pelas regras e princípios
do direito internacional, é aceite como parte integrante de uma nação, como: navios
e aeronaves onde quer que estejam, e os edifícios das embaixadas e delegações
em países estrangeiros.

Vale lembrar que o Estado dispõe de competência territorial sobre as pessoas


que habitam em seu território, as coisas que nele se encontram e os factos que no
mesmo ocorram.

1.1.3. O poder político

3) Poder político – é a capacidade exercida por um povo de, por autoridade


própria, instituir órgãos que exerçam autonomia sobre um território, nele
criando e executando normas jurídicas, usando para o efeito os necessários
meios de coação.

O poder político pode ser analisado segundo dois planos, o interno, onde é a
capacidade exercida por um povo de, por autoridade própria, instituir órgãos que
exerçam com relativa autonomia a jurisdição sobre um território, nele criando e
executando normas jurídicas, usando para o efeito os necessários meios de coação,
e o externo, onde se surge a ideia de soberania, isto é, a capacidade de se fazer
representar internacionalmente.

A soberania é o requisito essencial à independência, tanto na ordem interna


como na ordem externa. E se o governo não é independente e soberano, o que
teremos é um semi-Estado.

Esta ideia remete-nos para os conceitos de Supremacia (não está limitado por
nenhum poder na ordem interna), e Interdependência (não tem de aceitar normas,
fá-lo voluntariamente estando ao mesmo nível dos outros Estados Soberanos).

A soberania é, portanto, uma autoridade superior que não pode ser limitada
por nenhum outro poder. Com isso em mente, sabemos que ela possui as seguintes
características:

a) Una: é sempre um poder superior. Não podem existir duas soberanias dentro
de um mesmo Estado, por exemplo;

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b) Indivisível: aplica-se a todos os factos ocorridos no Estado;
c) Inalienável: quem a detém desaparece ao ficar sem ela, seja o povo, nação
ou o Estado;
d) Imprescritível: não tem prazo de duração.

Ao falar sobre o poder político, é necessário mencionar o governo, que é o


próprio Estado em funcionamento, ou seja, é o indivíduo ou conjunto de indivíduos
que tem a elevada função de dirigir as coisas públicas.

O governo pode ser dividido em duas formas, a saber:

a) Forma pura

 Monarquia: uma forma de governo em que um monarca (tal como um rei


ou imperador) exerce a função de chefe de Estado e mantém-se em tal
cargo até a sua morte ou abdicação, sendo sucedido por um membro da
família com direito de sucessão;

 Aristocracia: uma forma de organização social e política em que o


governo é monopolizado por uma classe privilegiada, ou seja, apenas um
certo grupo de pessoas podem governar;

 Democracia: um regime político em que todos os cidadãos elegíveis


participam igualmente - directamente ou através de representantes eleitos
(deputados) - na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis,
exercendo o poder da governação através do sufrágio universal (eleições).

b) Forma impura

 Tirania: uma forma de governo autoritária em que determinada população


é oprimida e tem seu livre arbítrio anulado;

 Oligarquia: tipo de organização do poder do Estado e se refere a grupos


que controlam este poder baseado apenas em seus interesses ou visões
de sociedade;

 Demagogia: uma forma de actuação política na qual existe um claro


interesse em manipular ou agradar a massa popular, incluindo promessas

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que muito provavelmente não serão realizadas, visando apenas à
conquista do poder político e ou outras vantagens correlacionadas.

Para finalizar, gostaríamos de referir que em Angola, vigora o sistema


democrático, existindo, de acordo com a Constituição, três órgãos de soberania no
país, nomeadamente: o Presidente da República, a Assembleia Nacional
(Parlamento) e os Tribunais.

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CONCLUSÃO

Após a realização da pesquisa, chegamos a conclusão de que a


sociedade natural não possui meios coercitivos de manter e preservar a paz entre os
indivíduos aglutinados, e para tanto houve a necessidade da criação de uma
figura abstrata que possuisse o poder de regulamentar e unificar os idéias envolta de
um público. Essa figura denominou-se Estado.

O Estado é uma sociedade política, que para o seu reconhecimento e


identificação há necessidade de verificação de alguns elementos. Um dos
elementos formadores do Estado é o povo, já que o poder origina-se sempre do
povo. É esse, em última análise, que confere ao Estado o seu poder de normatizar
(regulamentar). E o outro elemento constitutivo é o território que é identificado pelo
espaço territorial aonde a sociedade política irá exercitar o seu poder (soberania).

6
BIBLIOGRAFIA

Isabel Rocha; Carlos J. Batalhão; Duarte F. Vieira; Nuno G. Pimenta (2018).


Introdução ao Direito – 10.ª Classe. Porto Editora.

O estado como sociedade politicamente organizada. Disponível


em: https://direitoepatlantico.wordpress.com/2012/01/24/o-estado-sociedade-
politicamente-organizada/.

O estado como sociedade politicamente organizada. Disponível


em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6742&revista_caderno=9.

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