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FACULDADE ANHANGUERA DE MARABÁ

Disciplina: Teoria Geral do Direito Constitucional

Professor: Genésio Queiroga

Aluno: Kamilly de Oliveira Fernandes

Data: 31/03/2022

As características para configuração de um Estado e a definição dos entes


federados no Brasil

Para a configuração de um Estado são necessários, segundo a doutrina, três


elementos constitutivos: o território, a população e o governo. O território pode ser
definido como a parte física do Estado, o âmbito geográfico da Nação. Já a população,
destaca-se como sendo o elemento humano, no qual sem ela não se pode sequer
existir a concepção primária de Nação; essa população tem um significado
econômico, que abrange o conjunto de pessoas residentes num território, quer se
trate de pessoas nacionais ou de estrangeiros. E o Governo, nada mais é que a
unidade política ou a autoridade governante de uma nação, que busca regrar e
organizar a sociedade como um todo.

Dessa forma, o Estado é uma ordenação, que tem por fim essencial e específico a
regulamentação global das relações sociais entre os membros de uma dada
população sobre um dado território.

No artigo 18 da Constituição Federal, é inaugurado o título da organização do Estado.


Nesse título da Constituição se dispõe, nada mais que, o regramento das
competências e das atribuições dos chamados Entes da Federação, que são A União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Dessarte, esses entes são responsáveis pela administração pública direta, e
compreendem as pessoas jurídicas dotadas de autonomia política, e essa autonomia
é caracterizada pelos seguintes fundamentos: autogoverno, que nada mais é que um
Governo em que a população exerce o poder de maneira independente, sem a
intromissão de outros governos ou de qualquer autoridade que ela não seja capaz de
substituir; autoadministração, que é ato de gerir ou governar sem o contributo de
outrem; autolegislação, que é a capacidade desses entes federativos editarem suas
próprias leis; auto-organização, que é a capacidade de criar suas próprias normas; e
autonomia financeira, que diz respeito a capacidade que os municípios têm de instituir
e arrecadar seus próprios tributos, assim como aplica-los como melhor lhes convém,
ressalvado os casos previstos pela Constituição.

Os Entes Federativos devem respeitar os princípios do ordenamento jurídico do Brasil,


que estão expressos na Constituição Federal. Além de divulgar todos os seus atos e
decisões nos meios oficiais. Cada Ente possui sua própria imprensa e seu Diário
Oficial, que são responsáveis pela transparência de sua administração.

O artigo 1 da Constituição trás o nome do nosso Estado ”República Federativa


do Brasil”, e neste se compõe tanto a forma de Governo (República), quanto a forma
de Estado (Federação). A forma de governo, entende-se como o modo em que um
determinado governo organiza e divide seus poderes e, especialmente, como aplica
o poder sobre quem é governado. Nesse sentido existes três formas de governo: a
monarquia, o anarquismo e a república, sendo a monarquia o governo em que o chefe
de Estado tem o título de rei ou rainha (ou seus equivalentes); o anarquismo é uma
ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquia e dominação, seja ela política,
econômica, social ou cultural; e a República é o governo em que o Estado se constitui
de modo a atender o interesse geral dos cidadãos. Já forma de Estado, nada mas é,
que a maneira pela qual o Estado se organiza internamente, e essa forma de Estado
pode ser basicamente: Unitária ou Federal. Na forma unitária, não há uma
descentralização interna com atribuições para pessoas, com competências próprias e
autonomia nos termos do documento institucional, por que a descentralização
existente é meramente administrativa. Já na forma Federal há internamente uma
descentralização, não só administrativa, como também política, ou seja, descentraliza
também as funções que decorrem do poder Legislativo, Executivo e Judiciário.

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