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ORGANIZAÇÃO ESTATAL

ARA0338
PROF. JALLES PIRES

AULA 2
AULA ANTERIOR

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A DISCIPLINA E SUA METODOLOGIA


BASEADA NA SALA DE AUA INVERTIDA, COM APRESNETAÇÃO DE
CALENDÁRIO, SISTEMA DE AVALIAÇÃO, ACESSO AO CONTEÚDO DIGITAL
E DEMAIS INFORMAÇÕES.

PARA HOJE FICOU AGENDADO O MÓDULO 1.


AULA 2 – MÓDULO 1 (CONTEÚDO DIGITAL)

Reconhecer o federalismo, com suas espécies, características e sua relação com o Estado Federal.

DIFERENÇA ENTRE FEDERALISMO E FEDERAÇÃO

Não podemos confundir: enquanto a federação é uma forma de Estado adotada no Brasil, o federalismo é a ideia, a
teoria, o estudo, que fundamenta a criação dessas federações.

Princípio federativo
Tal princípio federativo caracteriza o Estado Federal, identificado como uma aliança de estados, que renunciam à sua
independência, mas não à sua autonomia, em prol dos interesses comuns previstos na celebração de um pacto de
união denominado Constituição Federal.

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos”
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- FEDERAÇÃO:

•Descentralização política
•Repartição de Competências
•Constituição como base jurídica
•Inexistência do Direito de Secessão
•Soberania do Estado Federal
•Auto Organização dos Estados Membros
•Um Tribunal Guardião da Constituição
•Repartição de receitas
•Inexistência de Hierarquia entre os Entes Federativos
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NOTAS:

A tentativa de secessão pode ocasionar, inclusive, uma intervenção federal, na


forma do art. 34, I, da CRFB/88.

Além disso, a federação brasileira recebe proteção especial no art. 60, § 4º, I,
que a considera cláusula pétrea, de maneira que não pode ser abolida por meio
de reformas constitucionais. Isto é, não é possível, por meio de uma emenda
constitucional, alterar a forma de Estado da federação no Brasil. A única
maneira, juridicamente possível, seria mediante uma nova Constituição.
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DIFERENÇA ENTRE SOBERANIA E AUTONOMIA

Soberania é o atributo que se dá ao poder do Estado em razão de ser ele juridicamente ilimitado. Um
Estado não deve obediência jurídica a nenhum outro Estado. Isso o coloca, pois, em um lugar de
coordenação com os demais integrantes da cena internacional e de superioridade dentro do seu próprio
território. O poder inerente na soberania não admite limitação externa. Conquanto existam distinções
quanto ao poderio político, econômico e militar, juridicamente todos os Estados são iguais: um não possui
poder sobre o outro além daquele exercido por meio do consenso.

Autonomia é a margem de discrição que uma pessoa possui para decidir sobre os seus negócios, mas
sempre delimitada pelo próprio Direito. Trata-se de uma margem de liberdade, na forma da lei, e é um
fenômeno existente na esfera interna dos Estados, distinguindo o quociente de liberdade que cada pessoa
jurídica de direito interno possui. Também pode ser política, quando a subdivisão interna tem o poder de
fazer leis, ou administrativa, quando o novo centro tem liberdade somente para executar, cumprir as
ordens do poder central. Como se observa, só haverá autonomia se existir mais de um centro de
competências e decisões.
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Qual é a diferença entre forma de Estado e forma de governo?

A forma de Estado é o modo pelo qual o Estado organiza o povo e o território e


estrutura o seu poder relativamente a outros poderes de igual natureza, que a ele
ficarão coordenados ou subordinados. Como exemplo, temos o estado unitário, as
federações e as confederações (UNITÁRIO, FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO).

A forma de governo é o conjunto de instituições políticas por meio das quais um


Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade, bem como as
relações entre governantes e governados (MONARQUIA E REPÚBLICA).

O Brasil adota como forma de Estado a federação e como forma de governo a


república.
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O que é sistema de governo e regime de governo?

No sistema de governo, há uma preocupação de como se dá a relação entre os poderes


Executivo e Legislativo (PRESIDENCIALISTA E PARLAMENTARISTA).

O regime de governo é o modo como um governo comporta-se no poder


(DEMOCRÁTICO E AUTOCRÁTICO).

O Brasil adota a república como sistema de governo e a democracia como regime


de governo.
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ESPÉCIES DE FEDERALISMO

AGREGAÇÃO
Esse tipo de federalismo nasce quando Estados soberanos renunciam a uma parcela de sua soberania
para instituir um ente único, passando a ser autônomos. O Estado Federal passa a ser soberano e os
Estados-membros autônomos. É o que ocorreu com os EUA, que surgiram a partir da reunião das 13
colônias norte-americanas. A federação norte-americana surgiu de um movimento centrípeto, o poder
foi dos estados periféricos para o centro.

DESAGREGAÇÃO
Nessa espécie de federalismo, o poder central (Estado Unitário) é repartido para outros entes. Foi o que
aconteceu no Brasil, onde um Estado Unitário repartiu sua competência com outros entes, e esse
movimento foi centrífugo (saiu do centro).
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Quanto à repartição de competência

FEDERALISMO DUALISTA OU DUAL


Nesse modelo, há uma relação de coordenação entre a União e os estados, atrelada por meio de uma
repartição horizontal de competências. Não há hierarquia entre a União e os Estados-membros; estão
situados no mesmo plano e cada um tem suas normas próprias (competências determinadas pela CRFB);
há um equilíbrio entre eles. Foi adotado pelos EUA até a crise de 1929.

FEDERALISMO COOPERATIVO
Almeja-se o meio-termo entre o federalismo dualista e o federalismo por integração. Há uma repartição
horizontal de competências, mas algumas delas ficam sob a tutela da União. É o caso da Federação
Alemã, dos EUA e do Brasil (pós-CRFB/88).
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Quanto ao tratamento dos entes federativos

FEDERALISMO SIMÉTRICO
É aquele que permite a identificação das características dominantes, frequentemente encontradas nos
outros estados. Há uma simetria entre a federação e as demais federações existentes (outros países).
Podem ser destacadas algumas características:
• Possibilidade de intervenção federal nos Estados-membros.
• Poder Judiciário dual, ou seja, há um Poder Judiciário estadual e um Poder Judiciário federal.
• Poder constituinte originário com sede na União e poder constituinte decorrente com sede nos
Estados-membros, em relação à Constituição estadual é poder constituinte.
• Organização bicameral do Poder Legislativo (na esfera federal).

FEDERALISMO COOPERATIVO
É aquele no qual há um rompimento com as linhas tradicionais definidoras do federalismo simétrico, em
razão do funcionamento do sistema federal. Há uma realidade heterogênea entre os entes federados.
Uma prova da assimetria do federalismo brasileiro é a possibilidade de concessões de incentivos
tributários regionais com a finalidade de promover o equilíbrio entre os entes das diferentes regiões do
país.

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