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Federativos
Introdução e primeiros conceitos
Entes Federativos
C o n c e i t o s i n i c i a i s
O Estado unitário é a organização que centraliza É uma espécie de pacto internacional entre
todo o poder em um órgão central. Estados Nacionais, por exemplo a União
Europeia.
Nesses tipos de Estados possuem apenas um
Poder Executivo, um Poder Legislativo e um Não é perdida a soberania dos países
Poder Judiciário. participantes. À medida de exemplo, quando
existe deliberação do órgão representativo
No Brasil a experiência foi na Constituição de confederado, só haverá vigência quando ratificado
1824 (Império), porém a Constituição de 1891 pelo país respectivo.
(República) mudou basicamente toda a estrutura
do Estado.
Federativos
Estado Federativo
O Governo Provisório da República dos
Estados Unidos do Brazil decreta:
Dual/Clássico – Divido em duas esferas de governo, A doutrina fala que o Brasil possui “erro de simetria”, visto
sendo a federal (União) e o estadual (Estados- que o país possui tamanho continental e, nessa toada, há
membros) inúmeras variações culturais; o próprio idioma, apesar de ser
Cooperativo – Dividido em todas as esferas de o português há inúmeras variações até de cidade para cidade
governo, por exemplo o Brasil, as competências vão dentro do próprio Estado.
à todos os Entes Federativos (União, Estados, DF e
Município) Cabe apontar que a Libras é reconhecida como meio legal de
Simétrico – Marcado pela homogeneidade cultural, comunicação e expressão, de acordo com a Lei 10.436/2002.
idioma, desenvolvimento. Exemplo: USA. Mas ela não pode substituir a modalidade escrita da língua
Assimétrico – Marcada pela diferença cultural, portuguesa.
idioma e etc. Exemplo: o Canadá que tem como
idioma oficial o francês e o inglês. Há inúmeros pontos que levantam o debate sobre a simetria e
assimetria no Brasil.
Outras...
Entes Federativos
Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor Fiscal da Receita Estadual
A passagem do sistema dual para o sistema cooperativo caracteriza a evolução do federalismo no Brasil.
RESPOSTA
Entes Federativos
Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor Fiscal da Receita Est
adual
Antes da Constituição Federal de 1934
A respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro,
predominava o sistema dual, ou seja,
julgue o item subsequente.
esfera federal e estadual.
A passagem do sistema dual para o sistema cooperativo caracteriza a Com Getúlio Vargas insere dentro do
evolução do federalismo no Brasil. sistema constitucional o federalismo
cooperativo, criando-se competências para
CERTO
os Municípios.
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Federação Brasileira
O fato da União tutelar o DF não tira suas atribuições enquanto Ente Federativo, vejamos o julgado:
EXERCÍCIOS
Ano: 2022 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: SEFAZ-PE Prova:
UPENET/IAUPE - 2022 - SEFAZ-PE - Assistente de Apoio Administrativo
O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista e a forma federativa de Estado, esta
última preceituada e organizada segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
(A) a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
podendo haver a criação de Territórios.
(B) a República Federativa do Brasil compreende União, Estados, Municípios e Distrito Federal em sua organização
político-administrativa, todos com autonomia.
C
(C) apenas através de Emenda à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é que pode ser alterada a forma
federativa do Estado brasileiro.
(D) enquanto a representação do povo brasileiro está confiada à Câmara dos Deputados, a representação dos Estados da
Federação foi atribuída ao Senado Federal, de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
(E) os Estados integrantes da Federação, assim como os entes que compõem a República Federativa do Brasil são
autônomos, enquanto somente esta é dotada de soberania.
LETRA “C” É O GABARITO DA QUESTÃO
CLÁUSULA PÉTREA
Art. 18. A organização político-administrativa da República O art. 1° da CF/88 pode ser acompanhado com o art.
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 18, visto que a doutrina entende que a expressão
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos “união indissolúvel” é referente à União enquanto ente
desta Constituição. federativo.
Atualmente, não existem territórios federais no Brasil, mas a Constituição Federal de 1988 prevê a possibilidade de
serem criados por meio de lei complementar.
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Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de
origem serão reguladas em lei complementar.
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E como funciona a criação de Estado-membro?
Art. 18 (...) § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
São 3 etapas:
1. Plebiscito população diretamente interessada – essa expressão envolve toda a o população do Estado Federativo e não
somente uma parte (ADIN2650). Se a população dizer sim, segue a próxima etapa, caso contrário não há continuação.
2. Audiência com as Assembleias Legislativas envolvidas. Está prevista na Lei n. 9709/1958 e trata-se de uma mera
opinião, não possuindo força vinculante. Ainda que as Assembleias sejam contrárias, é possível seguir para a próxima
etapa.
3. Lei Complementar do Congresso Nacional.
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Art. 18 (...) § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do
período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
São 4 etapas:
EXERCÍCIOS
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Para que um estado seja incorporado a outro, é necessária consulta prévia à população dos dois estados, por meio de
plebiscito.
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CERTO
Ano: 2023 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PE Prova: Quadrix - 2023 - CRA-PE - Advogado
Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 a respeito da organização do Estado brasileiro, julgue o
item.
Gabarito: Errado
Ano: 2023 Banca: Quadrix Órgão: CRA-PE Prova: Quadrix - 2023 - CRA-PE – Advogado
Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 a respeito da organização do Estado
brasileiro, julgue o item.
Gabarito CERTO
CF
Art 18
▶ ESTADOS podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
.
MUNICÍPIOS ▶ A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de MUNICÍPIOS, far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei
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É necessário entender que os direitos constitucionais, salvo • É salutar entender também que, a laicização neste contexto está
exceções, não são absolutos. ligado primordialmente com a possibilidade do Estado Nacional
adotar uma religião oficial, óbvio que a criticidade deve ser
Também é importante frisar que determinados artigos devem
expandida para outros setores estatais.
sempre serem interpretados fazendo ponderações com outros
artigos constitucionais. • Há um exemplo muito interessante na Lei de Execução Penal,
À medida de exemplo, o próprio texto de lei traz sua ressalva, porque existe a assistência religiosa ao preso, de forma que os
mas vale cita o art. 5, VI e VII: valores pessoais, ressocialização, convívio social e princípios
subjetivos são respeitados e o sistema penitenciário cria
Art. 5 (...)VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, mecanismos, como também o Poder Judiciário facilita o acesso do
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na reeducando à religiosidade.
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
• Como dito outrora, pontos constitucionais devem passar pelo
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência crivo da ponderação.
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
À União
Aos Estados
É vedado
Ao Distrito Federal
Aos Municípios
recusar fé aos documentos públicos;
I – Não contraria - ao contrário, prestigia – o princípio da igualdade material, previsto no caput do art. 5º da Carta da Republica, a
possibilidade de o Estado lançar mão seja de políticas de cunho universalista, que abrangem um número indeterminados de
indivíduos, mediante ações de natureza estrutural, seja de ações afirmativas, que atingem grupos sociais determinados, de maneira
pontual, atribuindo a estes certas vantagens, por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades
decorrentes de situações históricas particulares.
II – O modelo constitucional brasileiro incorporou diversos mecanismos institucionais para corrigir as distorções resultantes de
uma aplicação puramente formal do princípio da igualdade.
III – Esta Corte, em diversos precedentes, assentou a constitucionalidade das políticas de ação afirmativa.
IV – Medidas que buscam reverter, no âmbito universitário, o quadro histórico de desigualdade que caracteriza as relações étnico-
raciais e sociais em nosso País, não podem ser examinadas apenas sob a ótica de sua compatibilidade com determinados preceitos
constitucionais, isoladamente considerados, ou a partir da eventual vantagem de certos critérios sobre outros, devendo, ao revés,
ser analisadas à luz do arcabouço principiológico sobre o qual se assenta o próprio Estado brasileiro.
Continuação no próximo slide
V - Metodologia de seleção diferenciada pode perfeitamente levar em consideração critérios étnico-raciais ou socioeconômicos, de
modo a assegurar que a comunidade acadêmica e a própria sociedade sejam beneficiadas pelo pluralismo de ideias, de resto, um
dos fundamentos do Estado brasileiro, conforme dispõe o art. 1º, V, da Constituição.
VI - Justiça social, hoje, mais do que simplesmente redistribuir riquezas criadas pelo esforço coletivo, significa distinguir,
reconhecer e incorporar à sociedade mais ampla valores culturais diversificados, muitas vezes considerados inferiores àqueles
reputados dominantes.
VII – No entanto, as políticas de ação afirmativa fundadas na discriminação reversa apenas são legítimas se a sua
manutenção estiver condicionada à persistência, no tempo, do quadro de exclusão social que lhes deu origem. Caso
contrário, tais políticas poderiam converter-se benesses permanentes, instituídas em prol de determinado grupo social, mas
em detrimento da coletividade como um todo, situação – é escusado dizer – incompatível com o espírito de qualquer
Constituição que se pretenda democrática, devendo, outrossim, respeitar a proporcionalidade entre os meios empregados e
os fins perseguidos.
(STF - ADPF: 186 DF, Relator: RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 26/04/2012, Tribunal Pleno, Data de
Publicação: 20/10/2014)
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EXERCÍCIOS
Ano: 2020 Banca: Instituto Ânima Sociesc Órgão: Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC Prova: Instituto Ânima Sociesc
- 2020 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Fiscal Tributarista
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Segundo o art. 19 da Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
II. Promover igualdade entre brasileiros.
III. Recusar fé aos documentos públicos.
A) Somente I.
B) Somente III.
C
C) Somente I e III.
D) Somente II e III.
E) Todas as afirmativas.
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Apesar da banca induzir o erro no candidato, já que não criar distinção é uma forma de promover a igualdade entre
os brasileiros, o comando da questão é claro em pedir de acordo com a literalidade do art. 19.
O texto constitucional que trata diretamente da igualdade entre todos está em outra disposição da Carta Política e
responder por esta lógica seria fugir do comando da questão que demonstrou desde o princípio a literalidade do art.
19.
Dessa forma, não resta dúvida que o gabarito são os itens I e III.
Ano: 2023 Banca: AVALIA Órgão: Prefeitura de Santana do Livramento - RS Prova:
AVALIA - 2023 - Prefeitura de Santana do Livramento - RS - Analista Jurídico (ADAPTADA)
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos. Sobre suas competências e nos termos da Constituição Federal, julgue o próximo item.
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos públicos.
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GABARITO CERTO
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
II - recusar fé aos documentos públicos;
Ano: 2022 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Dezesseis de Novembro - RS Prova:
OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro - RS - Servente/Merendeira
De acordo com a Constituição Federal, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento, podendo, entretanto, manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou aliança.
Estão CORRETO(S):
D)Todos os itens.
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GABARITO “C”
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De acordo com o texto constitucional, também é vedado manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança.
Nesse sentido, o item I está errado. Os demais itens (II e III) estão certos, seguindo a ótica constitucional:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
UNIÃO
Art. 20-24, CF/88
Entes Federativos - Da União
UNIÃO
O Poder Executivo é chefiado pelo Presidente da República acumula as duas funções: Chefe de Governo e Chefe de
Estado
O Poder Legislativo é bicameral, constituindo a Câmera de Deputados e o Senado Federal.
O Poder Judiciário, por sua vez, é extenso, constituindo quase todos os tribunais, menos os Tribunais de Justiça que
são estaduais
Apesar deste momento ser muito conteudista, há uma lógica no legislador em estabelecer cada artigo desse.
A defesa do República, em priori, é dever da União, logo as terras indispensáveis à defesa é da União.
Se um rio atravessa dois Estados-membros, logo ele é da União, mas se o rio atravessa o próprio estado, logo ele é do estado.
Quem está mais próximo do problema, resolve o problema... Aquilo que for de interesse comum, todos participam, mas alguns temas
ficam na mão da União e a depender ela pode ou não delegar aos Estados.
De acordo que formos percorrendo os artigos, vamos perceber a lógica e também pontualidades que podem fugir desta construção de
pensamento.
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e
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à preservação ambiental, definidas em lei;
- Da União
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas,
destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as
referidas no art. 26, II;
VI - o mar territorial;
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é
considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
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II - declarar a guerra e celebrar a paz;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e
capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
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a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
- Da União
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se
situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de
Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos
Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como
prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;]
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
CONTINUAÇÃO NO PRÓXIMO SLIDE
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
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XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
- Da União
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
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a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
- Da União
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso médicos;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei.
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
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II - desapropriação;
V - serviço postal;
XI - trânsito e transporte;
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XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
- Da União
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem
como organização administrativa destes;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias
militares e dos corpos de bombeiros militares;
Entes Federativos
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e
- Da União
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste
artigo.
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
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II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
- Da União
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis
e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios;
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XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
- Da União
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
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II - orçamento;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle
da poluição;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
Entes Federativos
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Entes Federativos - Dos Estados
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
• Estados são regidos por Constituição, municípios são regidos por Lei Orgânica.
Poder constituinte derivado (criatura): provém do poder constituinte originário e onde se encontra o poder constituinte derivado
decorrente:
Poder constituinte derivado decorrente: são as próprias Constituições Estaduais, as quais são
poder constituinte derivado e devem observar as limitações do poder que as originou.
Entes Federativos - Dos Estados
– Princípios sensíveis: art. 34, VII. Se forem violados, haverá intervenção federal.
Art. 25 (...)
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a
edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum.
Considerações
Cabe aos estados explorar gás canalizado (nesse ponto, não pode haver medida provisória);
Considerações
Terras devolutas, em regra, pertencem aos estados, salvo se estiver situada em região de fronteira, nesse caso, pertencerá à
União.
Percebe-se que há uma mesma lógica sobre as competências, visto que os bens residuais são dos Estados. Em todos os incisos
se nota a presença dessa natureza residual: “o que não é de fulano é do Estado”.
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EXERCÍCIOS
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase
A Lei Y do Estado Beta obriga pessoas físicas ou jurídicas, independentemente da atividade que exerçam, a oferecer estacionamento ao
público, a cercar o respectivo local e a manter funcionários próprios para garantia da segurança, sob pena de pagamento de indenização
em caso de prejuízos causados ao dono do veículo.
A Confederação Nacional do Comércio procurou seus serviços, como advogado(a), visando obter esclarecimentos quanto à
constitucionalidade da referida lei estadual.
Sobre a Lei Y, com base na ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A) É inconstitucional, pois viola a competência privativa da União de legislar sobre matéria concernente ao Direito Civil.
B) É inconstitucional, pois, conforme a Constituição Federal, compete ao ente municipal legislar sobre Direito do Consumidor.
C) É constitucional, pois versa sobre matéria afeta ao Direito do Consumidor, cuja competência legislativa privativa pertence ao Estado
Beta.
D) É constitucional, pois, tratando a Lei de temática afeta ao Direito Civil, a competência legislativa concorrente entre a União e os
Estados permite que Beta legisle sobre a matéria.
GABARITO LETRA “A”
Esta matéria é concernente ao tema de Direito Civil, logo é competência privativa da União. Art. 22, I. Vamos ver posições do STF sobre
temas correlatos:
Lei estadual que impõe a prestação de serviço de segurança em estacionamento a toda pessoa física ou jurídica que disponibilize
local para estacionamento é inconstitucional, quer por violar a competência privativa da União para legislar sobre direito civil,
quer por violar a livre iniciativa.
STF. Plenário. ADI 451/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/8/2017 (Info 871).
Lei estadual que impõe a utilização de empregados próprios na entrada e saída de estacionamento, impedindo a terceirização,
viola a competência privativa da União para legislar sobre Direito do Trabalho.
STF. Plenário. ADI 451/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/8/2017 (Info 871).
É inconstitucional lei estadual que estabelece regras para a cobrança em estacionamento de veículos.
STF. Plenário. ADI 4862/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/8/2016 (Info 835).
__________________________________________________________________________________________________________
Uma forma de lembrar do art. 22, I é por meio de um pequeno macete: CAPACETE PM
Civil
Agrário
Penal “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Aeronáutico Processual
Comercial Marítimo I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
Eleitoral aeronáutico, espacial e do trabalho;”
Trabalhista
Espacial
O Estado Y, bastante conhecido pela exuberância de suas praias, que atraem milhares de turistas todos os anos, edita lei estadual
impedindo a pesca de peixes regionais típicos, ameaçados de extinção, e limitando o transporte marítimo de passageiros.
A partir da hipótese narrada, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) O Estado Y possui competência legislativa concorrente com a União para dispor sobre pesca, mas poderá legislar sobre transporte e
navegação marítima, caso Lei Complementar federal o autorize.
B) O Estado Y tem competência comum com os demais entes federados para legislar sobre a matéria; logo, a lei estadual é
constitucional.
C) A lei editada pelo Estado Y é inconstitucional, porque compete privativamente à União legislar sobre a proteção do meio ambiente e
o controle da poluição.
D) A lei editada pelo Estado Y é inconstitucional, porque trata de pesca e navegação marítima, que são de competência exclusiva da
União, apesar de o Estado Y ter competência privativa para legislar sobre meio ambiente.
Gabarito Letra A:
A resposta encontra fundamento no art. 24, VI e art. 22, X, além do seu parágrafo único.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle
da poluição;
O Estado Alfa, com o objetivo de articular a prestação dos serviços de saneamento básico entre municípios limítrofes, instituiu uma
região metropolitana, de modo a promover a organização, o planejamento e a execução de tais atividades de interesse comum.
Acerca da criação de regiões metropolitanas para a realização de serviços públicos, assinale a afirmativa correta.
A
A) A instituição de região metropolitana para a organização, o planejamento e a execução dos serviços públicos é de competência do
Estado Alfa, por meio de lei complementar.
B) A organização, o planejamento e a execução dos serviços de saneamento básico entre municípios limítrofes deveria,
necessariamente, ser promovida por meio de consórcio público.
C) A competência para a criação de regiões metropolitanas é exclusiva da União, sob pena de violar a autonomia dos municípios que
seriam por elas alcançados.
D) A criação da região metropolitana pretendida pelo Estado Alfa não é possível, diante da ausência de previsão para tanto no nosso
ordenamento jurídico.
GABARITO LETRA A
CF, art. 25, § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de
funções públicas de interesse comum.
São três, portanto, os requisitos constitucionais para a atuação dos estados nas três hipóteses (criação de regiões metropolitanas, de
aglomerações urbanas e de microrregiões):
As regiões metropolitanas são conjuntos de municípios limítrofes, com certa continuidade urbana, que se reúnem em torno de um
município-polo.
As aglomerações urbanas são áreas urbanas de municípios limítrofes, sem um polo, ou mesmo uma sede. Caracterizam-se pela grande
densidade demográfica e continuidade urbana.
As microrregiões são também municípios limítrofes, que apresentam características homogêneas e problemas em comum, mas que não
se encontram ligados por certa continuidade urbana.
Entes Federativos - Dos Estados
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
Considerações
Apesar do texto truncado do caput do art. 27, há duas formas de entender ele sem complicação.
Multiplica por 3.
Estados com até 12 Ex. 10 dep. fed. (10x3= 30 dep. estaduais)
Regra n° 01
deputados federais Ex. 12 dep. fed. (12x3= 36 dep. estaduais)
Soma 24.
Ex. 13 dep. fed. (13+24= 37 dep. estaduais)
Estados com + de 12
Regra n° 02 Ex. 45 dep. fed. (45+24= 69 dep. estaduais)
deputados federais
A Constituição Federal dispõe sobre duas fórmulas de cálculo do número de deputados que comporão as Assembleias
Legislativas dos Estados. Se o estado do Espírito Santo possui dez deputados federais, quanto à fórmula de cálculo de seus
deputados estaduais, assinale a afirmativa correta.
D) Será diferente da que se aplica a Paraíba, que tem doze deputados federais.
E) Será igual à que se aplica a Minas Gerais, que tem cinquenta e três deputados federais.
Gabarito letra “C”
Vejamos:
Como o texto base da questão tratava de 10 deputados federais, logo a regra do cálculo era o mesmo para aquele que tinha 9
deputados federais, já que se enquadram na primeira regra.
Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PGE-ES - Residência Jurídica
Um Estado-Membro que possui 13 (treze) Deputados Federais, terá quantos Deputados na Assembleia Legislativa?
A)36
B)35
C) 38
D) 37
Gabarito letra “D”
Vejamos:
Como o texto base da questão tratava de 13 deputados federais, logo a regra do cálculo é o 2°.
13+24= 37
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova:
FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Analista de Sistemas - Área 4
A representação de determinado Estado da Federação na Câmara dos Deputados é atualmente de 17 Deputados Federais.
Diante disso, à luz da Constituição Federal, a quantidade de Deputados Estaduais na Assembleia legislativa respectiva será de
A) 40.
B) 41.
C) 36.
D) 43.
E) 38.
Gabarito letra “B”
Vejamos:
Como o texto base da questão tratava de 17 deputados federais, logo a regra do cálculo é o 2°.
17+24= 41
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRE-SP Prova: FCC - 2017 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária
Um Estado que tenha cinquenta representantes na Câmara dos Deputados deverá eleger para sua Assembleia Legislativa
B) setenta Deputados.
E) cinquenta Deputados.
Gabarito letra “D”
Vejamos:
Como o texto base da questão tratava de 50 deputados federais, logo a regra do cálculo é o 2°.
50+24= 74
Entes Federativos - Dos Estados
Deputados Federais e Estaduais/Distritais: mandato de 4 anos, possuem imunidade parlamentar igual, válida em todo o país;
O art. 53 da CF/88 aplicará no que couber aos deputados estudais, por isso a incidência da imunidade
parlamentar do estadual em todo território nacional. O referido artigo dispõe sobre os deputados e senadores.
• Deputados Estaduais: Remuneração de, no máximo, 75% da remuneração dos Deputados Federais;
Entes Federativos - Dos Estados
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar-se-á no primeiro
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o
disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
(Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da
Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Considerações
No próximo slide
Entes Federativos - Dos Estados
Faz-se necessário realizar uma análise na EC 111/2021, visto que ela altera disposições substanciais sobre questões políticas
dentro da CF/88. Vejamos o que diz a sua ementa:
Altera a Constituição Federal para disciplinar a realização de consultas populares concomitantes às eleições municipais,
dispor sobre o instituto da fidelidade partidária, alterar a data de posse de Governadores e do Presidente da
República e estabelecer regras transitórias para distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e
do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e para o funcionamento dos partidos políticos.
Art. 5º As alterações efetuadas nos arts. 28 e 82 da Constituição Federal constantes do art. 1º desta Emenda
Constitucional, relativas às datas de posse de Governadores, de Vice-Governadores, do Presidente e do Vice-Presidente da
República, serão aplicadas somente a partir das eleições de 2026.
Vamos ao que dispõe o art. 38, I, IV e V e a acumulação de cargos políticos com outros cargos
Entes Federativos - Dos Estados
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de
origem.
Entes Federativos - Dos Municípios
Apesar do Município está sendo tratado nos referidos artigos supracitados, é importante atentar também para o art. 23 da Constituição,
que dispõe acerca da competência comum à União, aos estados, ao DF e aos municípios. Trata-se de uma competência material
administrativa atribuída a todos os entes da Federação.
TEXTO CONSTITUCIONAL
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado
Sistematizando:
• Regidos por Lei Orgânica (LOM)
• aprovada por 2/3 da Câmara Municipal (CM)
• 2 turnos, com intervalo de 10 dias
Entes Federativos - Dos Municípios
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e
simultâneo realizado em todo o País;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil
eleitores;
No próximo slide
Entes Federativos - Dos Municípios
O inciso IV e VI do referido artigo são escalonamentos, sendo o O sistema majoritário é aquele no qual o mais votado ganha.
primeiro sobre a quantidade de vereadores por habitantes e o Esse sistema se divide em majoritário simples e complexo.
segundo sobre o subsídio. Merece apenas uma leitura simples.
No majoritário complexo, há possibilidade de segundo turno,
O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não pois o eleito deve ter maioria absoluta dos votos válidos. A
poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do disputa, nesse sistema, é para presidente, governador e prefeito
Município. nos municípios com mais de 200 mil eleitores.
As eleições gerais e as eleições para prefeito ocorrem de quatro Já no sistema majoritário simples, basta ter maioria dos votos,
em quatro anos, mas de forma alternada. e a disputa é para senador e prefeito nos municípios de até 200
mil eleitores.
Só haverá segundo turno no município com mais de 200 mil
eleitores. Nas provas, é preciso ter atenção não confundir Aplicando o princípio da simetria, os subsídios do prefeito, do
eleitores com habitantes. vice-prefeito e dos secretários municipais também são fixados
por lei de iniciativa da Câmara Municipal
Art. 29 (...)
Entes Federativos
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;
(Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) - Dos Municípios
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros
do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa;
(Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo
menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único .
Considerações no próximo slide
Entes Federativos - Dos Municípios
O próprio é uma infração penal comum cometida por determinados agentes, julgada pelo Poder
Judiciário.
Crime de responsabilidade
O Decreto-Lei n. 201/1967 faz a diferenciação entre crime de responsabilidade próprio e impróprio. Vejamos somente os
caputs respectivos do Dec.-Lei:
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento
da Câmara dos Vereadores: (segue-se um rol extenso de crimes)
Art. 4º São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a
cassação do mandato: (segue-se um rol extenso de crimes)
Entes Federativos - Dos Municípios
O art. 29-A é um artigo de definição de limites sobre o gasto dos subsídios dos vereados.
Neste caso, para não ficar pesado, iremos direto a uma esquematização e recomendo a leitura simples da letra de lei.
CÂMERA MUNICIPAL
O art. 30, por sua vez, trata da competência dos Municípios, vale uma leitura da letra seca da Constituição Federal.
Vale lembrar também que, como foi dito em aulas anteriores, “aquele mais próximo do problema, resolve o problema”.
Essa lógica de pensamento é bem presente nas competências do Municípios, de forma que uma leitura bem atenta se
torna intuitiva. Vamos lá.
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas
e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Vejamos como ficou na Constituição Federal a fiscalização do
Município no art. 31
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Interno Sistemas de controle interno, exemplo: Controladoria
Geral do Município
FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
EXERCÍCIOS
Considerações antes de começar as questões.
a) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
b) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão,
com a prévia aprovação do Ministério Público;
d) organizar, manter e executar a inspeção do trabalho, com interlocução constante com o Ministério do
Trabalho e o Ministério Público;
e) autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico nos limites circunscricionais de seu
território e com prévia autorização do Ministério Público.
1) COMENTÁRIOS
Letra “A” é o gabarito da questão
Além das competências comuns (art. 23, CF), deferidas a todos os entes federados (União, estados, Distrito
Federal e municípios), a CF, em seu art. 30, estabelece que compete aos municípios:
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso,
do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
Avançando, as demais alternativas estabelecem competências exclusivas da União (art. 21). Letra a.
2) MP-AL/ANALISTA/2018) O Município de Quebradinho edita lei determinando que estabelecimentos
que ) vendam bebidas alcoólicas somente podem funcionar até às 00.30h. Inconformado, o proprietário de um
bar questiona judicialmente o ato normativo. Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) A lei é válida, ainda que tal determinação não conste do Plano Diretor Municipal.
b) A lei é válida, mas sua eficácia depende de prévio zoneamento e demarcação urbanística das áreas
atingidas pela restrição.
c) A lei é inválida, uma vez que é competência da União editar norma geral de direito urbanístico.
d) A lei é inválida, uma vez que ela viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência.
e) A lei é inválida, uma vez que os proprietários de estabelecimentos já instalados possuem direito adquirido
à manutenção dos horários praticados.
2) COMENTÁRIOS
Letra “A” é o gabarito da questão.
A questão aborda a competência do Município de tratar sobre assunto de interesse local. Sobre tal competência entendeu o STF
por meio da Súmula Vinculante n. 38 que é competente o Município para fixar o horário de funcionamento de
estabelecimento comercial.
Precedentes Representativos
No caso, verifico que a competência para disciplinar o horário de funcionamento de estabelecimentos
comerciais é do município, tendo em vista o que dispõe o art. 30, I, da CF/1988. Esta Corte já possui
entendimento assentado nesse sentido, consolidado no enunciado da Súmula 645/STF: “É competente o
município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”. (...) deve-se entender como
interesse local, no presente contexto, aquele inerente às necessidades imediatas do Município, mesmo que
possua reflexos no interesse regional ou geral. Dessa forma, não compete aos Estados a disciplina do horário
das atividades de estabelecimento comercial, pois se trata de interesse local.
[ADI 3.691, voto do rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 29-8-2007, DJE 83 de 9-5-2008.]
Está claramente definido no art. 30, I, da CF/1988 que o Município tem competência para legislar sobre
assuntos de interesse local. (...) 8. Entre as várias competências compreendidas na esfera legislativa do
Município, sem dúvida estão aquelas que dizem respeito diretamente ao comércio, com a consequente
liberação de alvarás de licença de instalação e a imposição de horário de funcionamento, daí parecer-me atual e
em plena vigência, aplicável inclusive ao caso presente, a Súmula 419 desta Corte, que já assentara que “os
Municípios têm competência para regular o horário do comércio local, desde que não infrinjam leis estaduais
ou federai válidas”.
3) (PREFEITURA DE BOA VISTA/PROCURADOR MUNICIPAL/2019)
Compete aos municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de gás canalizado.
3) COMENTÁRIOS
Está “ERRADO”!
Segundo o art. 25, § 2º, essa competência pertence aos estados. Veja:
Art. 25, § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação
4) (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR MUNICIPAL/2015) Com relação às competências dos
municípios, assinale a opção correta.
a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação.
b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação estadual.
c) Competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos municípios disciplinar
aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou dos estados.
d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas de bancos
comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União.
e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação estadual sobre a
matéria.
4) COMENTÁRIOS
Sobre a exploração dos serviços de gás canalizado não pode ser editada medida provisória. No entanto, essa
competência pertence aos Estados, o que torna errada a letra a.
Quanto à letra b, também está errada, uma vez que o artigo 30, II, da Constituição prevê que cabe aos municípios
suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.
A letra c está errada, porque a competência legislativa residual pertence aos Estados – artigo 25 da Constituição.
A competência legislativa da União está no artigo 22, enquanto dos Municípios aparece no artigo 30.
Legislar sobre tempo máximo de espera em filas, inclusive de bancos e de cartórios, está dentro da competência
municipal, na medida em que mexe com assunto de interesse local. Errada, pois, a letra d.
Sobra como correta a letra e, uma vez que cabe aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a
legislação estadual sobre a matéria – artigo 30, da Constituição
5) Sobre a fiscalização do Município, considere os seguintes itens:
I. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo.
II. A fiscalização do Município será exercida pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei.
III. É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) I, II e III
E) NENHUMA
5) COMENTÁRIOS
Letra “D” é o gabarito da questão.
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e
pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
(...)
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
OBRIGADO