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DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios Fundamentais
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Esta aula tratará dos Princípios Fundamentais na CF.


Um ponto de partida importante é conceituar os princípios fundamentais, que são os
estruturantes do Estado brasileiro presentes no Título I da Constituição.
O Poder Constituinte Originário, ao redigir uma Constituição, precisa estruturar (trazer
as bases) o Estado.
A Constituição Federal de 1988 teve por finalidade estruturar a República Federativa do
Brasil, e ao fazê-lo, trouxe para o Título I os Princípios Fundamentais.
Ao ler tal Título (artigos 1º ao 4º), é possível extrair oito princípios fundamentais, con-
forme Mapa Mental a seguir:

5m

PRINCÍPIO FEDERATIVO

O princípio federativo encontra-se presente nos artigos 1º e 18 da CF e denota a Forma


de Estado:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
[...]
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Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compre-


ende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos [política],
nos termos desta Constituição.

ATENÇÃO
A Federação se dá pela distribuição do Poder em razão do território. Ou seja, o Poder é
descentralizado.

Observe o Mapa Mental a seguir para melhor fixar esse princípio:

10m

As entidades federativas são autônomas politicamente, detendo quatro capacidades:


a) Auto-organização: podem se organizar por uma Constituição (União e Estados) ou
Lei Orgânica (Municípios e DF).
b) Autogoverno: estruturam-se em Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
c) Autolegislação: podem legislar (criar leis) sobre determinadas matérias.
d) Autoadministração: determinam, com base na legalidade, como usar o orçamento
(recursos captados ou repassados) para gerir os bens públicos.
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ATENÇÃO
Quanto à auto-organização, Lei Orgânica do DF se difere das leis orgânicas municipais,
aproximando-se em sua estrutura das constituições estaduais. O DF, por exemplo, não
possui prefeito, mas governador; não possui vereadores, mas deputados.
No caso do autogoverno, os Municípios e o DF não possuem Poder Judiciário.
20m

Não há o direito de secessão (separação da União), sob a possibilidade de intervenção


federal. Ou seja, o DF e os Estados não podem declarar independência, conforme está pre-
sente no artigo 34: A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I – manter a integridade nacional.
O princípio federativo é uma cláusula pétrea, ou seja, não pode ser abolido da CF por
emenda (artigo 60, parágrafo 4º).
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma fede-
rativa de Estado.

O PULO DO GATO
No Mapa Mental, o professor apresenta um processo mnemônico para ajudar a memorizar
as cláusulas pétreas da CF de 1988:

FOi VOcê que SEPAROU os DIREITOS

FO: Forma Federativa de Estado


VO: Voto direto, secreto, universal e periódico
SEPAROU: Separação dos Poderes
DIREITOS: Direitos e Garantias Individuais
Importante ressaltar que o voto obrigatório não é cláusula pétrea.
25m

Importante lembrar que o Brasil é considerado uma Federação de terceiro grau, for-
mada por segregação, cooperativa e assimétrica.
a) Federação de Terceiro Grau: Nível nacional (União), regional (Estados) e local (Muni-
cípios e DF).
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b) Segregação: Foi formada por um movimento centrífugo (a CF de 1824 detinha um


Poder Central; a partir da CF de 1891 já distribui o poder para fora, ou seja, passa para entes
regionais) de distribuição de Poder.
c) Cooperativa: Possui competências comuns e concorrentes em relação à legislação.
d) Assimétrica: Há claras distorções econômicas e regionais entre os entes federativos.
30m

ATENÇÃO
Para reduzir as desigualdades regionais, a União precisa tratar desigualmente os entes
federativos.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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