CIÊNCIA POLÍTICA

Pacto Federativo e Relações Intergovernamentais

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PACTO FEDERATIVO E RELAÇÕES INTERGOVERNAMENTAIS

Federação é uma forma de organização do Estado, na qual temos variadas entidades

territoriais, que possuem:

• Autonomia (relativa)
• Governo próprio

Todas essas entidades territoriais estão unidas a fim de garantir o bem comum.
A Constituição Federal é o instrumento que regula essa forma de estado.
As entidades são autônomas, não há direito de fazer nenhum tipo de fracionamento.
A nossa CF/88 estabelece a divisão de poder e estabelece toda a dinâmica das relações
intergovernamentais.
Na administração pública brasileira há uma descentralização política caracterizada pela
estrutura federativa, na qual cada um tem seu próprio governo, e também pela descentrali-
zação administrativa, correspondente ao grupo da administração direta, formado por autar-
quias, empresas públicas e sociedades de economia mista.
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Além disso, apresenta a relação de direitos e deveres, que balizam os entes que com-
põem a estrutura.
De acordo com a Constituição de 1988, a República Federativa do Brasil é composta pela
união indissolúvel de Estados, Distrito Federal e Municípios.
Podemos afirmar que a organização político-administrativa brasileira compreende a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, sendo que todos são autônomos, nos
termos da Constituição. Isso mostra a autonomia relativa.
O pacto federativo é justamente esse pacto, representado por normas constitucionais
que apontam:

• As obrigações financeiras/orçamentárias (Lei de Responsabilidade Fiscal)

• As áreas e competências
• As obrigações jurídicas
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Em relação às questões fiscais, os entes têm autonomia financeira e orçamentária,

mas essa autonomia é relativa, já que sempre existem os limites federais, impostos pela
constituição.
Há entendimento, por parte dos especialistas, de que o pacto federativo brasileiro é dese-
quilibrado nesse contexto, pois houve a descentralização de recursos, que não foi acompa-
nhada por uma simultânea redistribuição de responsabilidades. Ocorre que em termos de
receitas há um tipo de distribuição, enquanto em termos de responsabilidades há outro. A
Constituição entrega o dinheiro, mas a responsabilidade é da União.
Crescem as obrigações dos estados e municípios nas diversas áreas como educação,
saúde, segurança, etc. Mas a arrecadação destinada a essas entidades federativas não tem
o crescimento que acompanhe as demandas.
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Relações Intergovernamentais
As relações intergovernamentais levam em consideração a própria estrutura da federa-
ção, ou seja, a união indissolúvel de entes autônomos, que toma como base uma Consti-
tuição, que consagra e protege o pacto federativo contra possíveis violações. Exemplos de
relações intergovernamentais: necessidade de transferência da União para o DF e Estados,
destes para os Municípios.
Como não há direito de secessão, as relações intergovernamentais devem existir de
modo coeso e harmônico, garantindo a autonomia e a harmonia.
Durante a pandemia da COVID-19 a autonomia pôde claramente ser vista, uma vez que
os governadores e prefeitos puderam estabelecer seus próprios decretos sobre o uso de
máscaras, distribuir vacinas etc.
Nessa relação os entes possuem órgãos governamentais próprios e tomando sempre
como ponto de partida a decisão do Poder Constituinte, criam-se mecanismos que proteja o
pacto federativo.
As relações devem obedecer a Constituição que estabelece o funcionamento da fede-
ração e consequentemente só poderá ser modificada por um procedimento difícil, até pelo
caráter rígido da Constituição. Qualquer alteração seria objeto de emenda constitucional.
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O princípio federativo é uma cláusula pétrea e por isso não pode ser abolido por emenda
constitucional.
Como há um mecanismo de controle de constitucionalidade das leis, as relações intergo-
vernamentais são protegidas de modo que um ente federativo não invada a esfera de com-
petência de outro.
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Vale ressaltar que os atos que contrariem o pacto federativo forçarão mecanismos de
intervenção federal ou estadual, dependendo do caso.
Para uma otimização das relações intergovernamentais, a CF/88 fez a divisão do poder
político entre os entes federados de forma racional e equilibrada, garantindo o federalismo de
equilíbrio entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A relação deve ser harmoniosa porque a repartição de competências entre os entes fede-
rativos está bem estabelecida e favorece o respeito ao pacto federativo.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor JOSE WESLEY ROCHA FERNANDES.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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