Você está na página 1de 3

CURSO DE DIREITO

APS
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Disciplina: Direito Constitucional I

Professor (a): Guilherme Augusto Giovanoni da Silva

Turma: 2B Ano/Semestre: 2023.02

*Realização: individualmente ou em grupo de no máximo 3 alunos

ALUNOS (nomes completos e matrícula):

1. Arthur Siciliano Crossetti #38027

Prezado(a) Aluno(a)!

A proposta desta atividade é que você possa, ao longo do desenvolvimento dos conteúdos
das disciplinas, responder aos questionamentos propostos de modo a ter, de maneira
individual, reflexiva e registrada, o seu entendimento sobre determinadas informações
relevantes no contexto da sua formação. Desse modo, é importante que essas atividades
sejam desenvolvidas ao longo dos bimestres e, caso surjam dúvidas na elaboração das
respostas, os professores sejam solicitados a auxiliá-lo para que o conhecimento possa ser
construído de maneira consistente. No caso da realização em grupo, aproveitem a
oportunidade para refletirem juntos sobre os questionamentos e elaborem respostas que
contemplem a reflexão conjunta.
*Atente-se ao prazo para postagem das respostas e, considerando a natureza do trabalho,
não há espaço para respostas idênticas e/ou retiradas da internet.

QUESTÃO 1:
O Estado Federal consiste na união permanente e indissolúvel de entes políticos, dotados
de autonomia, que tem por fundamento uma constituição comum. Trata-se de uma forma
de organização estatal que assegura aos seus membros o desfrute das vantagens da
unidade, ao mesmo tempo em que lhes assegura os benefícios da adversidade. A
Federação, portanto, está fundamentada na descentralização político-administrativa do
poder e, como consequência, na atribuição de autonomia aos entes federados. Já a
intervenção federal é uma forma de ingerência da União na autonomia dos entes
federados, como ocorreu no estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal em 2023.
Neste contexto, como é possível afirmar que a intervenção federal é um meio de garantir o
próprio pacto federativo?
QUESTÃO 2:
O art. 18, caput, da CF/88 preceitua que a organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal. No entanto,
excepcionalmente, a CF prevê situações (de anormalidade) em que haverá intervenção,
suprimindo-se, temporariamente, a aludida autonomia. As hipóteses, por trazerem regras
de anormalidade e exceção, devem ser interpretadas restritivamente, consubstanciando-se
um rol taxativo, numerus clausus. Do mesmo modo que é possível a intervenção da União
nos estados, é possível a intervenção do estado nos seus municípios.
Considerando a configuração da federação brasileira e o estabelecimento das
competências de cada ente, a qual ente compete realizar eventual intervenção federal nos
territórios? Justifique com base na divisão de competências entre os entes federados.

Resposta 1
A princípio a própria intervenção federal é um mecanismo essencial e excepcional para a
preservação do regime federativo em casos especiais, onde há a necessidade de ligar com
situações conflitivas que ameaçam a sobriedade da unidade nacional e seus princípios
constitucionais
Sendo uma medida drástica como tal, é levada em consideração apenas em determinadas
situações para garantir que o pacto federativo seja preservado assim como a segurança
nacional, sendo uma ferramenta política essencial para a estabilidade tanto político como
social de um pais. Sendo que para fazer jus a sua função, ele tem a capacidade de anular
temporariamente a autonomia de um estado e o governo federal assume as suas funções
executivas e legislativas. Assim permitindo que o governo restaure a ordem como for
necessário, garantindo o cumprimento e protegendo o pacto federativo.

Resposta 2
A intervenção federal nos territórios é de competência da união, enquanto a intervenção
estadual compete aos estados.
Além disso, é importante ressaltar alguns artigos fundamentais que compõe as bases dessa
discussão, primeiramente, o artigo 18 da Constituição Federal, que por sua vez que prevê a
possibilidade desses tipos de atuações, no caso os atos que são cabíveis durante uma
intervenção federal.
O artigo 34, delimita as a união aos casos em que ela de fato poderá intervir nos estados e
no Distrito Federal, no caso, podendo o fazer para manter a integridade nacional por
exemplo, a delimitando a apenas agir caso necessário, intervindo nos estados e no Distrito
Federal para manter a ordem e aferir os princípios constitucionais.
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, ...
Em seguida o artigo 35 da CF que estabelece os limites da intervenção, onde ela é
aplicável apenas para se fazer cumprir lei federal, estadual ou municipal, ou corrigir
alguma irregularidade grave que afete a ordem pública, e a respeito desse assunto como um
tudo, delimitando os por menores de sua atuação
“ Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, ...
Por fim o artigo seguinte, de número 36, que aborda também medidas que asseguram que a
intervenção federal apenas seja realizada em determinadas situações, que de fato sejam
beneficiarias a manutenção da ordem constitucional e da integridade nacional, além disso
outro ponto importante é em seu quarto parágrafo que pós intervenção, quem fora afastado
por determinado motivo terão seus cargos de volta, salvo impedimento legal, e sempre
importante de se ressaltar a importância do uso na parcimônia na adoção desse processo.

Você também pode gostar