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CURSO DE DIREITO
APS
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Disciplina: FILOSOFIA DO DIREITO

Professor (a): ANDREZ MACHADO

Turma: 2º PERÍODO Ano/Semestre: 2023/02


*Realização: individualmente ou em grupo de no máximo 3 alunos
TODOS OS MEMBROS DEVEM POSTAR

ALUNOS (nomes completos e matrícula):


1. Arthur Siciliano Crossetti #38027

Prezado(a) Aluno(a)!
A proposta destas atividades é que você possa, ao longo do desenvolvimento dos
conteúdos das disciplinas, responder aos questionamentos propostos de modo a ter, de
maneira individual, reflexiva e registrada, o seu entendimento sobre determinadas
informações relevantes no contexto da sua formação. Desse modo, é importante que essas
atividades sejam desenvolvidas ao longo dos bimestres e, caso surjam dúvidas na
elaboração das respostas, os professores sejam solicitados a auxiliá-lo para que o
conhecimento possa ser construído de maneira consistente. No caso da realização em
grupo, aproveitem a oportunidade para refletirem juntos sobre os questionamentos e
elaborem respostas que contemplem a reflexão conjunta.

Todas as questões são baseadas em nosso livro de referência:


BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de filosofia do
direito. 2015.

*Atente-se ao prazo para postagem das respostas e, considerando a natureza do trabalho,


não há espaço para respostas idênticas e/ou retiradas da internet.
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QUESTÃO 1:
Tema: Ronald Dworkin – Cap. 27
Ele foi um dos mais importantes filósofos do direito de língua inglesa da segunda metade
do século XX até os dias de hoje. Ainda que a sua contribuição mais original e importante
seja no campo da teoria do direito, sua obra tem também significativa relevância no
campo da Filosofia Política, Filosofia Moral, Epistemologia Moral e Direito
Constitucional, domínios do conhecimento que ele reconhecia como conceitualmente
interligados. A atividade como intelectual público estendeu o impacto de suas ideias para
além do mundo puramente acadêmico, influenciando profundamente uma geração de
juristas e marcando o debate de ideias sobre grandes temas contemporâneos como Aborto,
Eutanásia, Liberdade de Expressão, Democracia, Eleições, Ação Afirmativa,
Desobediência Civil, Feminismo, Pornografia, etc., em especial em artigos publicados no
The New York Review of Books.

Leia o capítulo em questão e explique: Qual é a relação dos Hard Cases com os
desafios de aplicação do Direito?

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de filosofia do
direito. 2015.

Reposta:
Bom, a princípio o conceito primordial adotado aos hard cases inferem que qualquer que
seja o processo que seja enquadrado nessa classificação, este, deve ser trabalhado através
de muita discussão e julgamento adequado proveniente do próprio juiz, ou quem quer que
seja que esteja levando a frente um hard case, uma vez que fundamentalmente eles
envolvem situações que geram controvérsias e duvidas crucias perante a constituição e
seus princípios, um exemplo claro é quando um processo envolve situações conflitantes,
situações que demandem uma analise a longo prazo dos atos e decisões, casos onde há a
divergência entre os direitos individuais elencados na CF e a manutenção da ordem
pública.
Enfim, de acordo com a visão de Dworkin, que vai estritamente contra o positivismo,
onde tudo era apenas pautado na lei sem espaço para interpretações e visão humana, ele
entende que para o direito ser justo, ele não deve ser apenas entendido como palavras e
leis, mas também analisado e aprofundado filosoficamente, para assim desenvolver e
trazer a ordem e bem estar social da melhor maneira, adotando o que a ideia do
Jusfilosófico, que justamente traz as questões filosóficas e humanas para a ciência
política.
Assim, como descrito nas referência em questão “A reflexão de Dworkin, centrada na ideia de que
o Direito nunca se pode alhear aos processos de linguagem e que, portanto, é produto do processo
hermenêutico” e “Dworkin chega à ideia de que o sistema somente funciona porque princípios informam a
completude do sistema”, logo, por esse método de visão, conclui-se que Dworkin descrevia a
hermenêutica, a discussão, um processo essencial e inerente ao direito, de tal forma que os
hard cases, devem ser discutidos e ponderados reforçadamente para a compreensão mais
fundamenta possível para o melhor desfecho possível em um processo independendo de
suas controvérsias e conflitos internos e externos. O ato de ponderar é fundamental.
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QUESTÃO 2:
Cap - 26
Chaïm Perelman (1912 – 1984) é um pensador europeu, de origem polonesa, mas que
sempre viveu na Bélgica, desde que sua família para lá migrou em 1925. Estudou na
Universidade de Bruxelas, onde se dedicou ao direito e à filosofia. Estes dois campos
marcaram a vida acadêmica de Perelman, embora a filosofia tenha um espaço maior em
sua obra, justamente em virtude dos trabalhos que realizou no campo da lógica e da
retórica. De qualquer forma, como as idéias de Perelman tratam de questões cruciais para
o direito, principalmente no que concerne à sua aplicação prática, não é possível negar a
contribuição de seu pensamento também para este ramo do saber.
Pesquise no capítulo em questão e explique: O que é a nova retórica e a proposta de
Perelman para questão?
BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de filosofia do
direito. 2015.

Reposta:
A nova retorica se trata de um modelo jurídico que veio com o intuito de sobrepor o já
estabelecido conceito do Positivismo, que já não era adequado para as análises processuais
e o próprio meio jurídico visto que não abria espaço para a intervenção humana, de certa
forma, isso porque o mesmo não previa a intervenção de qualquer tipo de influência
externa a própria legislação, ao que era escrito o que promovia muitos problemas e
inflexibilidade extrema diante a diversas situações que necessitavam da ponderação
humana, dessa forma Perelman foi um dos pioneiros a trazer a ideia do direito permeado
das diversas áreas de conhecimento e estudos.
Porém, o que Perelman mais ressaltava era a dialética e a forma de se expressar e
convencer as pessoas através do que a interpretação e o saber que se adeque a cada
processo, cada caso seja usado em prol de seu melhor desfecho possível, e uma das
principais propostas de Perelman para tal é possivelmente a que ele descreve como
raciocínio jurídico, como proposto no capitulo de referência, que diz “a lógica jurídica
diferencia-se das demais por ser uma lógica dialética ou argumentativa. Nesse sentido, não é dedutiva, não
é rígida, não é abstrata, nem a priori dos fatos em julgamento. O raciocínio jurídico desenrola-se com base
em fatos concretos, ”, inferindo que, como descrito anteriormente, a argumentação e
exercício de dialogo deveria ao tentar realizar o ato de convencer o “publico” se
comprometer total e completamente com a verdade e com os fatos ocorridos, sem jamais
utilizar de mentiras e inverdades, pois dessa forma o próprio agente da lei estaria tentando
a ludibriar, o que por sua vez é um atentado contra o ordenamento jurídico.

QUESTÃO 3:
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Cap. 29 - Habermas
O direito, para Habermas, é uma construção comum de todos os cidadãos, saltando aos
olhos o caráter de “autolegislação” que fica impresso em suas conjecturas. É que somente
terão validade aquelas normas jurídicas que forem construídas procedimentalmente,
através do debate de todos aqueles destinatários.

Tendo como base o capítulo 29, apresente o que seria essa teoria pós metafísica do
Direito em Habermas?

Reposta:
Partindo do que foi dito, a teoria debatida por Habermas seria uma teoria envolvendo o
que seria uma democracia deliberativa e em consequência a própria razão deliberativa.
A democracia deliberativa, que por sua vez se basearia em um sistema que compartilharia
até de certa forma a democracia ateniense, isso porque, de acordo com essa teoria, todo
cidadão e ente político, seus representantes, deveriam prestar contas de suas decisões
através de um processo onde seriam debatidos os argumentos propostos deliberadamente
livre para todos os cidadãos interessados em discutir.
Já a razão deliberativa, conceito subordinado a democracia deliberativa, que inferiria que
assim como as vontades, processos e afins, as normas jurídicas deveriam igualmente
serem definidas através de um processo aberto onde os participantes pudessem debater
livremente sobre o que fosse necessário, sendo um processo de tomada de decisão que
teria participação ativa dos cidadãos, para em tese ter uma melhor representação e
compreensão dos desejos e necessidades do próprio povo.

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