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SUMÁRIO

MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A) ...................................................................... pág 01

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... pág 02

LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................... pág 03


Planejamento 1: Explorando Linguagens Multissemióticas............................... pág 03
Planejamento 2: Conectando Saberes: Língua Portuguesa, Tecnologia e
Cidadania na Formação de Pensadores Críticos .............................................. pág 09
Planejamento 3: Desenvolvendo Habilidades Críticas e Éticas nas TDICs ......... pág 19
Planejamento 4: Explorando e Executando a Diversidade Literária:
Análise de Obras em Poesia e Prosa .............................................................. pág 26

LÍNGUA INGLESA ........................................................................................ pág 35


Planejamento 1: A matter of opinion ............................................................. pág 35
Planejamento 2: English as a lingua franca .................................................... pág 53

ARTE ............................................................................................................ pág 60


Planejamento 1: De outros carnavais ............................................................ pág 60
Planejamento 2: Da criação à exposição - por trás da obra ............................. pág 81

EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................................... pág 112


Planejamento 1: Movimento humano e suas adaptações até chegar ao
mundo contemporâneo ................................................................................ pág 112
Planejamento 2: Aprendendo novos idiomas por meio do esporte ................... pág 117
MATERIAL PARA O ESTUDANTE ................................................................................... pág 121

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... pág 122

LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................... pág 123


Atividade 1: Explorando Linguagens Multissemióticas ..................................... pág 123
Atividade 2: Conectando Saberes: Língua Portuguesa, Tecnologia e
Cidadania na Formação de Pensadores Críticos .............................................. pág 127
Atividade 3: Desenvolvendo Habilidades Críticas e Éticas nas TDICs ................ pág 131
Atividade 4: Explorando e Executando a Diversidade Literária:
Análise de Obras em Poesia e Prosa .............................................................. pág 134

LÍNGUA INGLESA ........................................................................................ pág 138


Atividade 1: A matter of opinion ................................................................... pág 138
Atividade 2: English as a lingua franca .......................................................... pág 142

ARTE ............................................................................................................ pág 146


Atividade 1: De outros carnavais................................................................... pág 146
Atividade 2: Da criação à exposição - por trás da obra ................................... pág 149

EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................................... pág 153


Atividade 1: Movimento humano e suas adaptações até chegar ao
mundo contemporâneo ................................................................................ pág 153
Atividade 2: Aprendendo novos idiomas por meio do esporte.......................... pág 156
Prezado(a) Professor(a),

No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com
muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em
seu planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024,
que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no
CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de
Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio
foi organizado de forma linear. Contudo ao implementá-lo em sala de aula, você poderá
recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas
dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos,
ou seja, aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser
retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão.

Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades,


este caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento
dentro das habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos
estudantes aprendam.

Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário,
principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos
processos de ensino e de aprendizagem. Coracini1 (1999) nos diz que “o livro didático já se
encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da
forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA
eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes.

Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho!

Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores

1
CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999.

2
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2º ano 2024

Linguagens e suas Tecnologias

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas,
corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes
campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o
entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo.
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Gêneros e tipos textuais. (EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para


Relações entre palavras, sons, interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas
imagens, links, gestos, desenhos semioses (visuais, verbais, sonoras e gestuais).
e fotos na construção de senti- (EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na
dos de textos. leitura/escuta, com suas condições de produção e seu contexto
Relação de recursos verbais e sociohistórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos,
não verbais às suas funções pontos de vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero
comunicativas, sua repercussão do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção
e interação com o leitor. de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a
diferentes situações.
Tipos de linguagens.
(EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e
Identificação de palavras e ex- colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais),
pressões. levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para produzir
Infográficos. sentidos em diferentes contextos.
Análise de gêneros e textos (EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na
digitais. produção como na leitura/escuta, considerando a construção
composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo
Textos multissemióticos: leitura, adequadamente elementos e recursos coesivos diversos que
análise e produção. contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua
Compreensão de hiperlinks. progressão temática, e organizando informações, tendo em vista as
condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas
Compreensão de hipertextos.
(causa/efeito ou consequência; tese/argumentos; problema/solução;
Produção de textos orais, escri- definição/exemplos etc.).
tos ou multissemióticos, de (EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de
maneira individual ou coletiva. remidiação de produções multissemióticas, multimídia e transmídia,
Uso de recursos das diferentes desenvolvendo diferentes modos de participação e intervenção social.
linguagens, considerando seus (EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais,
contextos de produção, circula- temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou
ção e recepção. preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de
identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar
e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
3
Produção de sentidos em diferentes
contextos.
Análises, debates e diálogos acerca de
conflitos presentes na cultura local e
em outras culturas, compreendendo os
processos de garantia de legitimidade
nas práticas de linguagens artísticas,
corporais e verbais.
Análise e produção de textos com
remediação alterações em textos
(imagens, fotografias, vídeos) e
divulgação em novas mídias, com
novos efeitos de sentidos.
Análise e produção multimídia (em
diferentes meios) ou transmídia
(articulação e divulgação em diferentes
mídias para produzir novos sentidos).
Leitura e produção e circulação de
textos em diferentes suportes
(ambientes online ou não).
Produção de textos multissemióticos ou
multimodais.
Contextos de produção e circulação de
textos orais e escritos.
Intencionalidade discursiva.
Produção de textos.
Produção Oral.
Produção de textos orais, escritos ou
multissemióticos, de maneira individual
ou coletiva.
Processo de compartilhamento e
curadoria de produções textuais,
artísticas e culturais.
Diferenças de interesses, gostos,
expressões comunicativas e estilísticas,
respeitando e valorizando as
diversidades.
Identificação de interesses e afinidades
para organização e participação em
grupos sociais e culturais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Explorando Linguagens Multissemióticas.
A) APRESENTAÇÃO:
B) O presente planejamento visa desenvolver habilidades essenciais dos estudantes do Ensino Médio,
alinhadas às competências do currículo nacional. Com foco em duas habilidades específicas –
(EM13LGG103) e (EM13LP01) –, a proposta busca promover uma compreensão profunda e crítica das
linguagens presentes em textos multissemióticos.

4
− Habilidades Desenvolvidas:
Analisar o Funcionamento das Linguagens:
− Objetivo: Desenvolver a capacidade de analisar criticamente discursos em textos que envolvem
diversas semioses (visuais, verbais, sonoras e gestuais).
− Abordagem: A primeira aula deve ser iniciada com uma introdução teórica sobre gêneros
textuais e a interação entre elementos verbais e não verbais. Em seguida, atividades práticas
envolvendo a produção de textos multissemióticos proporcionam aos estudantes uma experiência
direta com a combinação de diferentes linguagens.
Relacionar o Texto com suas Condições de Produção e Contexto Sociohistórico:
− Objetivo: Estimular a relação entre a produção e leitura/escuta de textos com suas condições
de produção e contexto sociohistórico.
− Abordagem: O planejamento inclui uma análise crítica de textos históricos e contemporâneos,
incentivando os estudantes a considerarem o papel social do autor, o público-alvo, objetivos,
pontos de vista, perspectivas, época e gênero do discurso. A produção de resenhas críticas e
textos reflexivos amplia a capacidade dos estudantes de relacionar esses elementos de forma
consciente.
Esse planejamento proporciona uma imersão prática e teórica nas linguagens multissemióticas,
capacitando os estudantes a analisarem criticamente diferentes formas de expressão. Ao relacionar
essas análises com as condições de produção e contexto sociohistórico, os estudantes ampliam suas
habilidades de construção de sentidos e análise crítica, preparando-se para produzir textos adequados a
diversas situações.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: AULA INAUGURAL - CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Projetor multimídia, quadro e pincel.

Caro (a) professor (a),


A proposta a seguir busca uma abordagem aprofundada e dinâmica para desenvolver as habilidades de
análise e produção crítica de discursos em textos multissemióticos. Abordaremos gêneros textuais,
recursos verbais e não verbais, tipos de linguagens e contextos de produção. Vamos mergulhar mais
fundo nesse processo:
Apresente aos estudantes um vídeo publicitário contemporâneo. Como sugestão, o comercial da O
Boticário de natal é uma excelente fonte de análise semiótica que poderá contribuir para o engajamento
dos mesmos.
 O Comercial que emocionou o Brasil - Natal O BOTICÁRIO.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=R3jzk3hGdbQ

A partir da análise crítica proposta em sala de aula, discuta como elementos visuais, sonoros e verbais
são combinados para transmitir uma mensagem.
Faça uma análise coletiva, destacando a seleção lexical, a escolha de imagens, o uso de linguagem
verbal e não verbal, apelos emocionais e outras estratégias para envolver a audiência.

5
2º MOMENTO: AULA TEÓRICA - FUNDAMENTOS DAS LINGUAGENS MULTISSEMIÓTICAS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso com material à escolha do(a) professor(a).

Como sugestão para essa aula, explore exemplos de diferentes gêneros textuais, como charges,
infográficos, vídeos explicativos e memes.
Analise como cada gênero utiliza a combinação de palavras, imagens e sons para atingir seus objetivos
comunicativos. Após essa análise, distribua e explique o texto norteador abaixo, direcionado aos
estudantes. Destaque a importância da coerência entre os elementos multissemióticos para a eficácia da
comunicação.
Proponha uma atividade prática - Produção de Textos Multissemióticos. Divida a turma em grupos e
atribua a cada grupo um gênero textual específico. Cada grupo deve criar um texto multissemiótico,
utilizando recursos como imagens, infográficos e links levando em conta o texto norteador abaixo. Os
estudantes devem justificar suas escolhas, explicando como cada elemento contribui para a construção
de sentido.

 TEXTO: O QUE SIGNIFICA INTENCIONALIDADE DISCURSIVA EM VÍDEOS?


( ícone clicável)

3º MOMENTO: AULA TEÓRICA - CONTEXTOS DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO

Divida a turma em grupos de 4 a 6 estudantes. (adapte conforme a


Organização da turma
realidade da turma)

Recursos e providências Texto impresso ou digital com material à escolha do(a) professor(a).

Explore textos históricos e contemporâneos para analisar como o contexto sociohistórico influencia a
produção e a interpretação dos textos. Além disso, relacione os tipos de plataformas utilizadas na
distribuição de informações bem como elas afetam o público em função dos veículos de comunicação
utilizados.
Solicite que os estudantes debatam a intencionalidade discursiva em diferentes contextos, considerando
o papel social do autor e as expectativas da audiência, utilizando o referencial teórico do momento
anterior nos novos textos selecionados por você.

4º MOMENTO: ATIVIDADE PRÁTICA - ANÁLISE CRÍTICA DE TEXTOS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso ou digital com material à escolha do(a) professor(a).

Peça aos estudantes que analisem artigos de opinião de diferentes épocas. Destaque a relação entre a
escolha de palavras, o contexto de produção e a intencionalidade discursiva. Discuta em sala de aula as
diferentes perspectivas e estratégias utilizadas pelos autores. Após a discussão, solicite uma produção
oral e escrita.
Realize um debate sobre temas sociais relevantes, incentivando o uso de diferentes tipos de linguagens.
Peça aos estudantes para produzirem textos reflexivos, considerando o que aprenderam ao longo do
planejamento.

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ANEXO
TEXTO: O QUE SIGNIFICA INTENCIONALIDADE DISCURSIVA EM VÍDEOS? ( ícone clicável)

Caro estudante,

Analisar a intencionalidade discursiva em vídeos é uma jornada fascinante que nos leva além da
superfície visual e sonora. Ao mergulharmos nesse processo, desvendamos as motivações e
propósitos por trás da criação de um vídeo, compreendendo que cada elemento escolhido é uma
peça estratégica em um quebra-cabeça maior.

O Que Significa Intencionalidade Discursiva em Vídeos?


A intencionalidade discursiva refere-se à intenção do produtor do vídeo ao criar e comunicar uma
mensagem. É como uma bússola que guia todas as escolhas, desde a seleção de imagens e a trilha
sonora até as palavras escolhidas. É a razão pela qual um vídeo específico foi concebido, pensado e
executado da maneira como foi.

Elementos-chave da Análise:
Seleção de Imagens: Cada imagem em um vídeo é escolhida com um propósito. Pergunte-se:
por que essa imagem específica está aqui? O que ela adiciona à mensagem? Como ela influencia a
interpretação?
Trilha Sonora: A música e os sons não são meros acompanhamentos, mas condutores
emocionais. Como a escolha da trilha sonora contribui para a atmosfera do vídeo? Ela cria uma
sensação de urgência, nostalgia ou alegria?
Escolha de Palavras: As palavras faladas ou exibidas são como tijolos na construção da
mensagem. A escolha de uma palavra sobre outra influencia a percepção e resposta do espectador.
Como as palavras contribuem para a intenção geral do vídeo?
Edição e Ritmo: A forma como as cenas são organizadas e a velocidade com que se desenrolam
têm um propósito. O ritmo da edição pode criar tensão, enfatizar pontos-chave ou transmitir uma
sensação de calma. Qual é a intenção por trás das escolhas de edição?

Passos para a Análise


Assista Atentamente: Antes de começar a análise, assista ao vídeo de forma geral para entender
a narrativa e a atmosfera.
Identifique Elementos-chave: Destaque as escolhas específicas feitas pelo produtor, como
imagens impactantes, trechos sonoros específicos e palavras-chave.
Questione o Porquê: Pergunte-se constantemente por que cada escolha foi feita. Qual é a
intenção por trás de mostrar essa imagem? Por que essa música está sendo usada aqui?
Contextualize: Considere o contexto mais amplo. Quem é o público-alvo? Qual é o propósito geral
do vídeo? Como ele se encaixa em uma narrativa maior?
Reflexão Pessoal: Ao concluir a análise, reflita sobre como a intencionalidade discursiva
influenciou sua própria compreensão e resposta ao vídeo.

7
Ao desenvolver a habilidade de analisar a intencionalidade discursiva em vídeos, você estará
aprimorando sua capacidade de decodificar mensagens complexas e compreender o poder por trás
das escolhas de comunicação. Essa habilidade não apenas enriquece sua experiência como
espectador, mas também o capacita a criar suas próprias mensagens com maior eficácia no futuro.

Aproveite cada análise como uma oportunidade de desvendar os mistérios por trás das telas e
ampliar sua compreensão do vasto mundo da comunicação visual.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam


as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades, a pluralidade de ideias e posições e atuar
socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos
Humanos, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo
preconceitos de qualquer natureza.
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos
Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
Competência 7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões
técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de
engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura,
trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Conhecimento e discussão de di- (EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas


ferentes visões de mundo. visões de mundo presentes nos discursos em diferentes
Avaliação ética e estética de dis- linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de
cursos em diferentes linguagens. circulação.

Posicionamento ético, responsável (EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social,


e respeitoso. analisando diferentes argumentos e opiniões, para formular,
negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas
Reflexão de efeitos de sentidos, distintas.
considerando os contextos de
produção, circulação, recepção. EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas
diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao
Uso de gêneros expositivos/ ar-
interesse comum pautado em princípios e valores de equidade
gumentativos.
assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
Participação em debates de opini-
(EM13LGG704) Apropriar-se criticamente de processos de
ão de fundo controverso e polê-
mico. pesquisa e busca de informação, por meio de ferramentas e dos
novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na
Uso de gêneros expositivos/ ar- cultura de rede.
gumentativos.
(EM13LP39) Usar procedimentos de checagem de fatos noticiados
Posicionamento ético, responsável e fotos publicadas (verificar/avaliar veículo, fonte, data e local da
e crítico. publicação, autoria, URL, formatação; comparar diferentes fontes;
Estudo e uso de recursos de ar- consultar ferramentas e sites checadores etc.), de forma a
gumentação e modalizadores. combater a proliferação de notícias falsas (fake news).
Compreensão do processo de ar- (EM13LP40) Analisar o fenômeno da pósverdade – discutindo as
gumentação dialógica, levando-secondições e os mecanismos de disseminação de fake news e
em conta os diversos discursos também exemplos, causas e consequências desse fenômeno e da
produzidos e reproduzidos dianteprevalência de crenças e opiniões sobre fatos –, de forma a
de um tema. adotar atitude crítica em relação ao fenômeno e desenvolver uma
Discussão de temas controversos postura flexível que permita rever crenças e opiniões quando
de interesse e/ou de relevância fatos apurados as contradisserem.
social. (EM13LP25A) Participar de reuniões na escola (conselho de escola
Práticas de oralidade: escuta e de classe, grêmio livre etc.), agremiações, coletivos ou
atenta, turno e tempo de fala. movimentos, entre outros, em debates, assembleias, fóruns de
discussão etc., exercitando a escuta atenta, respeitando seu turno

9
Tomada de nota. e tempo de fala, posicionando-se de forma fundamentada,
respeitosa e ética diante da apresentação de propostas e defesas
Réplica (posicionamento respon-
sável em relação em relação a de opiniões.
temas, visões de mundo e ideolo- (EM13LP23) Analisar criticamente o histórico e o discurso político
gias veiculados por textos e atos de candidatos, propagandas políticas, políticas públicas,
de linguagem.) programas e propostas de governo, de forma a participar do
Produção de textos orais, escritos debate político e tomar decisões conscientes e fundamentadas.
e multissemióticos. (EM13LP28) Organizar situações de estudo e utilizar
Estudo e uso de recursos de ar- procedimentos e estratégias de leitura adequados aos objetivos e
gumentação e modalizadores. à natureza do conhecimento em questão.
Posicionamento ético, responsável
e respeitoso.
Conhecimento e valorização de si
e do outro.
Processo de análise crítica de
produções textuais, discursos e
posicionamentos políticos de
candidatos, políticas públicas,
programas e propostas governa-
mentais.
Participação em debates políticos
com criticidade, ética e argumen-
tações fundamentadas.
Relação entre textos e discurso
da esfera política.
Curadoria e divulgação de infor-
mações.
Apropriação de procedimentos e
técnicas digitais para estudo,
pesquisa, interação e intervenção
social.
Produção e recepção de conheci-
mento, de forma consciente e crí-
tica, na cultura de rede.
Seleção e compreensão de infor-
mações, ideias e opiniões que cir-
culam nos diversos materiais do
meio digital.
Busca de soluções para proble-
mas locais, regionais e/ou globais
por meio das TDIC.
Produção de textos informativos
no meio digital.
Sites de pesquisa e análise crítica
da informação.
Web 2.0 e a construção do co-
nhecimento.

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Curadoria em fontes confiáveis.
Combate à disseminação de fake
news.
Checagem de informações.
Posicionamento crítico.
Análise do contexto de produção,
circulação e recepção de textos
jornalísticos.
Combate à disseminação de fake
news.
Comparação de textos noticiosos
sobre um mesmo fato, em dife-
rentes fontes.
Avaliação de recursos verbais e
não verbais e multimodais,
Curadoria em fontes confiáveis.
Estratégias de leitura (localizar,
compreender e relacionar infor-
mações, fazer inferências).
Posicionamento crítico frente aos
textos.
Análise do contexto de produção,
circulação e recepção de textos
no campo de práticas de estudos
e pesquisa.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Conectando Saberes: Língua Portuguesa, Tecnologia e Cidadania na Formação de
Pensadores Críticos.
A) APRESENTAÇÃO:
Prezado (a) professor (a),
A proposta deste planejamento busca aprimorar habilidades críticas em língua portuguesa e linguagens,
alinhando-se às demandas contemporâneas e proporcionando uma abordagem prática e inovadora.
Ao integrar temas atuais nas práticas de ensino, os professores terão a oportunidade de explorar com os
estudantes a diversidade de perspectivas, estimulando debates que promovam a reflexão crítica sobre a
linguagem e suas manifestações no mundo contemporâneo. Essa abordagem visa fortalecer a habilidade
de posicionar-se diante de diversas visões de mundo (EM13LGG302).
A simulação de debates sobre temas atuais permitirá o aprimoramento das habilidades de expressão
oral e escrita, bem como o desenvolvimento da capacidade analítica necessária para lidar com questões
polêmicas. A ênfase estará na formulação, negociação e sustentação de posições fundamentadas e
respeitosas, alinhadas à habilidade de debater questões polêmicas e analisar argumentos
(EM13LGG303).
No tocante à orientação dos estudantes, workshops sobre checagem de fatos proporcionarão
ferramentas práticas para análise crítica de informações. O objetivo é formar cidadãos informados e
responsáveis, capazes de combater a disseminação de “Fake News”. Esta abordagem abraça as

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habilidades de análise de informações, checagem de fatos e combate à disseminação de “Fake News”
(EM13LP39, EM13LP40, EM13LGG704).
Discutindo a cultura de rede e suas implicações, os professores serão capacitados a integrar as
tecnologias digitais de maneira consciente e ética no ambiente educacional. Essa discussão visa
desenvolver nos estudantes a habilidade de seleção e compreensão crítica de informações on-line,
preparando-os para os desafios da sociedade digital. Essa integração abrange as habilidades de
participar de debates políticos com criticidade, ética e argumentações fundamentadas (EM13LP23,
EM13LP28), além de apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação
(EM13LGG704).
Em resumo, este planejamento oferece aos educadores uma oportunidade de desenvolver habilidades
específicas em seus estudantes, alinhando-se com as demandas contemporâneas. Espera-se que essa
jornada de aprendizado contribua significativamente para o fortalecimento das habilidades críticas dos
professores e para a formação de cidadãos mais conscientes.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: EXPLORANDO DIVERSAS VISÕES DE MUNDO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Projetor multimídia, quadro e pincel.

Para iniciar a aula, é fundamental contextualizar a importância da habilidade de posicionar-se


criticamente diante de diversas visões de mundo. Exemplifique situações cotidianas em que diferentes
perspectivas são evidenciadas, destacando a relevância dessa habilidade na formação de cidadãos
críticos e conscientes. Além disso, apresente uma notícia recente que seja uma desenvolvedora de
interesse nos estudantes. Opções sobre política, economia, cultura e sociedade, saúde e segurança são
alguns exemplos temáticos que podem ser abordados. Para essa aula, espera-se que os estudantes
sejam capazes de reconhecer, por meio de leitura e senso crítico, a importância de se posicionar em
relação a temas diversos bem como reconhecer os malefícios das notícias falsas na sociedade e como as
mídias podem utilizar, para benefício próprio ou de terceiros, as notícias e reportagens. Como sugestão,
segue abaixo um trecho da entrevista sobre “Fake News” e “Pós verdade” presente no caderno de
“Educação” do site CartaCapital que poderá ser utilizado para introduzir o tema da aula:

 TEXTO 1: COMO SAIR DAS BOLHAS? ( ícone clicável)

2º MOMENTO: EXPLORANDO PERSPECTIVAS POR MEIO DE NOTÍCIAS RECENTES

Organização da turma A turma poderá ser dividida em grupos.

Recursos e providências Texto impresso com material à escolha do(a) professor(a).

Na busca contínua por estratégias dinâmicas e envolventes para promover o desenvolvimento crítico e
linguístico de nossos estudantes, esse momento reflete uma aula que transcende os limites tradicionais.
Vamos explorar o universo das notícias recentes como ferramenta para aprofundar a compreensão da
língua portuguesa, desenvolvendo habilidades analíticas e argumentativas.

12
Atividade 1: Discussão de Notícias Recentes

Instruções:

1. Convocação da Curiosidade: Incentive os estudantes a trazerem notícias recentes que


tenham despertado seu interesse. Esteja aberto a diferentes formatos de apresentação, seja por
texto escrito, imagem ou vídeo.

2. Organização Visual: Uma vez reunidas as notícias, crie um painel visual ou lista para facilitar a
visualização coletiva. Este momento é crucial para estimular o interesse e criar um ambiente
propício à troca de ideias.

Discussão em Grupo:

1. Formação de Grupos: Divida a turma em grupos pequenos, promovendo a interação e a troca


de perspectivas.

2. Identificação de Perspectivas: Cada grupo deve explorar as diferentes perspectivas


presentes nas notícias escolhidas. Incentive a análise crítica e a identificação de elementos que
refletem a diversidade de opiniões.

Apresentação e Debate:

1. Compartilhamento de Observações: Cada grupo terá a oportunidade de compartilhar suas


observações. Este momento é crucial para promover a expressão oral, além de incentivar a
capacidade de síntese.

2. Debate sobre Visões de Mundo: Após as apresentações, promova um debate aberto sobre as
diferentes visões de mundo presentes nas notícias. Estimule a argumentação, o respeito às
opiniões divergentes e a construção coletiva do conhecimento.

Estímulo à Análise Crítica:


Durante todo o processo, incentive os estudantes a refletirem sobre a influência da linguagem na
construção das perspectivas apresentadas nas notícias. Questione como as escolhas linguísticas dos
autores podem moldar a interpretação do leitor e como a linguagem pode ser uma ferramenta poderosa
na construção de significados.
Ao final da aula, busque consolidar o aprendizado, incentivando os estudantes a produzirem textos
reflexivos sobre o impacto da linguagem na interpretação de notícias. Essa prática não só reforça o
conteúdo discutido, mas também promove o desenvolvimento da escrita crítica.
Que esta proposta enriqueça o repertório de nossos estudantes, proporcionando uma experiência
significativa no aprendizado da língua portuguesa.

3º MOMENTO: O QUE DE FATO O TEXTO QUER DIZER?

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso ou digital com material à escolha do(a) professor(a).

Professor(a), neste momento faça uma jornada pela riqueza das múltiplas perspectivas presentes em
diversos tipos de textos. Vamos mergulhar em uma análise aprofundada, utilizando textos variados,

13
como artigos de opinião, ensaios e trechos de discursos, para estimular o pensamento crítico e
aprimorar as habilidades interpretativas dos nossos estudantes. Fica a critério do docente realizar a
seleção de textos que lhe interessem, para explorar perspectivas diferentes entre os escritos.

Leitura Dirigida: Explorando a Diversidade Textual


▪ Apresentação dos Textos
Inicie a aula apresentando uma seleção cuidadosa de textos variados, destacando a diversidade de
gêneros textuais, estilos e abordagens. Essa variedade permitirá uma ampla compreensão das múltiplas
formas de expressão linguística.
Ao introduzir cada texto, destaque as diferentes perspectivas apresentadas. Frise como os autores
moldam suas ideias por meio da escolha de palavras, estrutura textual e argumentação.
Como sugestão para essa aula, poderá ser realizada a análise da reportagem “Como 'comportamento de
manada' permite manipulação da opinião pública por fakes” elaborada por Juliana Gragnani da BBC
News, com o intuito de aguçar a percepção dos estudantes sobre os detalhes linguísticos. A seguir, o
link da reportagem: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42243930.

Análise Individual: Desvendando Significados Ocultos


Desafie os estudantes a realizar uma análise individual dos textos, buscando identificar as visões de
mundo expressas e os argumentos utilizados pelos autores. Incentive a observação minuciosa de
detalhes linguísticos que evidenciem as intenções do escritor, se for por meio de folhas impressas, peça
que os estudantes circulem, grifem ou façam outras marcações gráficas para separar os tipos de
recursos que eles identificaram como norteadoras de intenções.

4º MOMENTO: DESMASCARANDO AS “FAKE NEWS”: DESVENDANDO A VERDADE NO MUNDO


DIGITAL

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto impresso ou digital com material à escolha do(a)


Recursos e providências professor(a).
Sala de informática.

Prezado (a) professor (a),


Neste momento, a proposta é realizar com os estudantes uma aula imersiva destinada ao
desenvolvimento de habilidades que os conduzam à reflexão crítica em relação ao processo de pesquisa
e busca de informações, apropriando-se de ferramentas que os auxiliem na busca pela verdadeira
informação e formas de distingui-la da inverdade. O foco será o tema "Combate às Fake News", com o
intuito não só de sensibilizar, mas também de capacitar os estudantes para a análise criteriosa de
informações na era digital.
Para que isso se estabeleça, é necessário ter em mente atividades que tem como objetivo desmascarar
as Fake News. Para isso, a sugestão aqui é o desenvolvimento de um workshop.

Introdução ao Workshop:
A aula deverá ser iniciada destacando a importância crítica de discernir informações verdadeiras de
notícias falsas. Vamos ressaltar como a habilidade de checar fatos é fundamental para a construção de
uma sociedade bem-informada e consciente.

14
Workshop sobre Procedimentos de Checagem de Fatos:
Na sequência, deverá ser conduzido um workshop prático sobre os procedimentos de checagem de fatos
noticiados. Isso será realizado por meio da exploração de ferramentas, métodos e estratégias que os
estudantes podem utilizar para avaliar a credibilidade das informações encontradas on-line de forma
individual e coletiva.

Discussão sobre o Fenômeno da Pós-Verdade:


Considerando a leitura do texto do primeiro momento, retomaremos o discurso a respeito da realidade
da pós verdade. O objetivo é ampliar a discussão para compreender o fenômeno da pós verdade,
explorando como a emocionalidade e a subjetividade muitas vezes influenciam mais do que os fatos
objetivos na formação de opiniões. Deverão ser analisadas as implicações dessa dinâmica na sociedade
contemporânea. Peças publicitárias que fazem apelos emocionais podem aparecer nesse momento,
ficando a cargo de cada professor (a) selecionar a peça que preferir.

Uso de Ferramentas e Sites Checadores:


Em seguida, os estudantes, por meio do workshop que será desenvolvido na própria turma, deverão
fazer uma demonstração prática do uso de ferramentas e sites checadores de fatos. Este momento
permitirá que os estudantes se envolvam diretamente no processo, fortalecendo suas habilidades
práticas na avaliação crítica de informações online. Fica a critério do professor deixar esse workshop
apenas para a própria turma ou abrir para toda a comunidade escolar.
Segue uma lista abaixo dos principais sites para utilização, preferencialmente, em uma sala de
informática.

Existem diversos sites dedicados à checagem de fatos, conhecidos como "fact-checking". Esses
sites têm o objetivo de analisar e verificar a veracidade de informações divulgadas em notícias,
redes sociais e outros meios de comunicação. Aqui estão alguns sites de checagem de fatos:

1. Aos Fatos (aosfatos.org):


● Focado em checar informações políticas e notícias veiculadas na imprensa brasileira.

2. Agência Lupa (piaui.folha.uol.com.br/lupa):


● Realiza verificação de declarações e notícias em diversos temas, com uma abordagem
abrangente.

3. Boatos.org (boatos.org):
● Especializado em desmentir boatos e informações falsas que circulam na internet.

4. Fato ou Fake (g1.globo.com/fato-ou-fake):


● Uma iniciativa da Rede Globo que verifica informações principalmente relacionadas à
política e saúde.

5. E-farsas (e-farsas.com):
● Especializado em desvendar boatos e lendas urbanas que circulam na internet.

6. Snopes (snopes.com):
● Site internacional que aborda uma ampla variedade de temas, desmentindo boatos e
lendas urbanas.

15
7. FactCheck.org (factcheck.org):
● Focado em verificar declarações de políticos e temas relacionados à política nos Estados
Unidos.

8. PolitiFact (politifact.com):
• Avalia a veracidade de declarações de políticos nos Estados Unidos, classificando-as em
diferentes níveis.

No encerramento do workshop, promova uma reflexão coletiva sobre o papel do estudante como agente
crítico na sociedade digital. Incentive a aplicação contínua dessas habilidades no cotidiano, o que poderá
capacitá-los a navegar com discernimento no vasto oceano de informações on-line.
Que esta aula seja não apenas informativa, mas também transformadora na formação de cidadãos
críticos e responsáveis.

16
ANEXO
TEXTO 1: COMO SAIR DAS BOLHAS? ( ícone clicável)

Como sair das bolhas?

A pesquisadora Pollyana Ferrari fala sobre fake news, o conceito de pós verdade e o papel da
educação para construir ética, senso crítico e permitir leituras de mundo.
O ano de 2016 trouxe um episódio de fôlego para a pesquisa de pós-doutorado de Pollyana Ferrari,
jornalista e pesquisadora em mídias digitais. Donald Trump tinha acabado de chegar à presidência
dos Estados Unidos, depois de uma campanha baseada em informações falsas a seu favor.
“Naquele momento, quis entender como os grandes veículos enfrentariam as fakenews”, conta a
pesquisadora que viajou para Portugal e percorreu redações do jornal português Público e do
espanhol El País.
Mais tarde, o Dicionário Oxford elege o termo pós-verdade como a palavra do ano, por entender
que seu uso cresceu no contexto das eleições americanas até se tornar um termo comum nas
análises políticas. O verbete ganhou como significado: “relativo ou referente a circunstâncias nas
quais os fatos objetivos são menos influentes na opinião pública do que as emoções e as crenças
pessoais”.
“Foi aí que entendi que a pesquisa ia muito além do Jornalismo. Quando falamos de informação
falsa, a notícia é apenas uma parte. Ela pode permear diferentes áreas, impactar a vida de pessoas
comuns, destruir reputações”, avalia Ferrari.
É daí que nasce o livro “Como sair das Bolhas”, uma publicação em que a autora busca refletir
sobre a necessidade de compreender o mundo em que vivemos, sobretudo na era digital, e
combater as distorções, muitas vezes disfarçadas em notícias.

ENTREVISTA:

Carta Educação: Há como mensurar o início das fake news? Vivemos uma ascensão das notícias
falsas?
Pollyana Ferrari: As fakes news sempre existiram. No meu livro eu cito relatos e resumos de
jornais fake desde Roma Antiga. Então não é que a gente não tinha, sempre tivemos a imprensa
marrom, o próprio Cidadão Kane, de 1941, é um exemplo, bem como a Guerra dos Mundos, de
Orson Welles. Não estamos diante de um fenômeno novo, que começa em 2016. O que temos de
considerar é a questão da escala.
O que mudou é a questão da escala. Com as redes sociais, basicamente as temos há 14 anos, todo
mundo ganhou voz, temos produção de conteúdo via celulares, blogs, influenciadores digitais. E,
veja, eu não sou contra esse movimento, é positivo termos outras vozes para além da grande
mídia. A questão é que nos grandes veículos há etapas de apuração de informação, um mínimo de
checagem, independentemente da linha editorial que sigam. Não estou falando de viés político, mas
de etapas de apuração. Com a pulverização, isso se perde. E, sim, estamos em um momento de
ascensão das fake news, o que é muito preocupante.

CE: Qual a relação entre fake news e pós verdade?


PF: A pós verdade aponta para uma sociedade informacional que compartilha personas digitais,

17
desejos que não tem lastro com o real. Vejo que às vezes as pessoas até têm dimensão de que
determinada informação é falsa, mas como isso vai ao encontro do seu desejo, ela compartilha.
CE: Como isso ganha força e pode ser prejudicial no contexto digital da Internet e das redes
sociais?
PF: Vamos imaginar duas situações. Um jovem, adaptado à presença nessas plataformas e que
acredita mais nos seus amigos e na sua timeline do que nos veículos e até em seu professor. Agora,
o idoso que, por sua vez, não está acostumado com a presença digital e que vinha de uma relação
com a informação em que se preservava uma checagem mínima. Isso parece inofensivo, mas
quando consideramos que só no Facebook há dois bilhões de pessoas, é preocupante. Isso sem
contar os aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp, um dos mais utilizados pelos
brasileiros e um dos disseminadores de fake news em potencial. O que estou querendo dizer é que,
geralmente, o dedo é mais rápido que o cérebro, se compartilha muita coisa sem checar
informação, sem questionar de onde vem a foto, o vídeo. É preciso ter senso crítico e questionar o
que se recebe.

CE: Quais são os riscos das fake news?


PF: Em 2014, Fabiane de Jesus foi linchada no Guarujá, litoral de São Paulo, por ser acusada de
praticar magia negra com crianças. A informação era falsa, era um boato de internet. Quando se
dissemina uma inverdade, com o intuito de prejudicar alguém, se perde a dimensão desse impacto.
Depois que se espalha, você pode até tirar a informação do ar, mas às vezes os casos são
incontornáveis. Recentemente, tivemos o caso da vereadora Marielle. Quantas vezes foi preciso
repetir que ela não era amante de um traficante para que essa informação voltasse para a memória
das pessoas de novo? Porque aí a maldade se espalha, se comenta no ônibus, no bar e não se
checa a retratação posterior. É preciso muito cuidado, uma informação mentirosa pode destruir a
vida de alguém, uma reputação, acabar com uma empresa, uma escola, uma família.

CE: Quem são os maiores produtores de fake news hoje?


PF: Temos escritórios e grupos que ganham dinheiro com as fakes news, mas eles representam
30% da veiculação de informações falsas. A maior parte vem das pessoas que propagam pequenas
mentiras, embasadas em ódio por não pactuarem com determinada ideologia, ou conteúdos
inapropriados que visam a perseguição de determinados grupos ou indivíduos, por exemplo, o
vazamento de fotos por Bullying. Esse movimento é maior e assustador. E por que eu digo isso?
Porque uma vez localizado o escritório, por exemplo, é possível recorrer à Lei e punir por uma
eventual injúria, calúnia ou difamação. Agora, o que fazer com quem compartilha pequenas ou
grandes mentiras pelas redes e grupos? Quem começou a dizer que a Fabiane de Jesus era a
mulher que fazia magia negra? Como saber de quem parte essa informação no Whatsapp? Ninguém
foi preso no caso porque não se sabe quem começou. (...)

Fonte: Carta Capital. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/educacao/como-sair-das-bolhas/.

18
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 01: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas,


corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação
social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para
continuar aprendendo.
Competência 07: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões
técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de
engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura,
trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Uso das tecnologias digitais da (EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e


informação e comunicação comunicação (TDIC), compreendendo seus princípios e
(TDIC), de forma criativa, ética funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo, responsável e
e crítica. adequado a práticas de linguagem em diferentes contextos.
Produção, circulação e recepção (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse,
de textos e atos de linguagem preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas
nos ambientes digitais. diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação,
Importância da língua portugue- interpretação e intervenção crítica da/na realidade.
sa para explorar e usufruir das (EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e
tecnologias digitais da informa- circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer
ção e comunicação (TDIC). escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e
Uso das linguagens nos ambien- coletivos.
tes digitais, mudanças e pers-
(EM13LP36) Analisar os interesses que movem o campo
pectivas.
jornalístico, os impactos das novas tecnologias digitais de
Criação e edição de textos, áu- informação e comunicação e da Web 2.0 no campo e as condições
dios, fotos e vídeos por meio que fazem da informação uma mercadoria e da checagem de
das tecnologias digitais da in- informação uma prática (e um serviço) essencial, adotando atitude
formação e comunicação analítica e crítica diante dos textos jornalísticos.
(TDIC).
(EM13LP37) Conhecer e analisar diferentes projetos editorias –
Uso de aplicativos, plataformas institucionais, privados, públicos, financiados, independentes etc. –,
digitais, ferramentas digitais, de forma a ampliar o repertório de escolhas possíveis de fontes de
dicionários digitais, museus on- informação e opinião, reconhecendo o papel da mídia plural para a
line, jogos e softwares que pro- consolidação da democracia.
movam conhecimento, estudo,
prática da língua e interação (EM13LP38) Analisar os diferentes graus de
social. parcialidade/imparcialidade (no limite, a não neutralidade) em
textos noticiosos, comparando relatos de diferentes fontes e
Os elementos da narrativa nos
analisando o recorte feito de fatos/dados e os efeitos de sentido
textos digitais.
provocados pelas escolhas realizadas pelo autor do texto, de forma
Produção de diferentes gêneros a manter uma atitude crítica diante dos textos jornalísticos e
textuais em ambientes digitais. tornar-se consciente das escolhas feitas como produtor.
Fake News.
Ciberbullying.
Uso e direito de imagem na in-
ternet.
Leitura e produção de textos

19
dissertativos.
Relações entre textos, discursos
e atos de linguagem.
Identificação de intencionalida-
des discursivas, valores, visões
de mundo, crenças, saberes,
ideologias e interesses em dife-
rentes discursos.
Suportes de circulação de textos
e efeitos de sentido.
Distinção de fato e opinião.
Posicionamentos enunciativos
(pontos de vista).
Interdiscursividade.
Pacto de recepção de textos
(Pacto ficcional)
Estratégias argumentativas.
Tópico frasal.
Posicionamentos assumidos em
discursos e a influência deles na
sociedade.
Compreensão e análise de tex-
tos escritos e orais.
Contextos de produção, circula-
ção e recepção de textos
escritos e orais e de atos de lin-
guagem.
Recursos linguísticos e seus
efeitos de sentidos.
Relações entre os aspectos éti-
cos, estéticos e políticos de
gêneros textuais diferentes e a
intencionalidade do autor.
Compreensão de gêneros textu-
ais a partir do contexto de pro-
dução, circulação e recepção.
Tratamento ideológico e linguís-
tico da informação, a linha
editorial e o público-alvo.
Seleção lexical.
Variedades linguísticas.
Estratégias linguísticas e efeitos
de sentido.
Vozes do discurso.
Posicionamento crítico e respon-
sável.

20
Checagem de informações ado-
tando atitude analítica e crítica
diante dos textos jornalísticos.
Curadoria de informações em
fontes confiáveis.
Análise de usos de recursos lin-
guísticos e multissemióticos e
seus diferentes efeitos.
Relação entre textos e discursos
do campo jornalístico-midiático.
Análise de editoriais, observan-
do os diferentes pontos de vista.
Curadoria.
Parcialidade e imparcialidade em
textos noticiosos.
Recursos linguísticos multisse-
mióticos e efeitos de sentido.
Posicionamento crítico e consci-
ente diante dos textos jornalísti-
cos.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Desenvolvendo Habilidades Críticas e Éticas nas TDICs.
A) APRESENTAÇÃO:
Prezado (a) Professor (a),
O planejamento proposto tem como objetivo central desenvolver habilidades fundamentais para a
formação integral dos estudantes do segundo ano do Ensino Médio, concentrando-se na integração ética
e crítica das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) nos processos de linguagem. A
base pedagógica está fundamentada em competências que não apenas refletem as exigências
contemporâneas, mas também capacitam os estudantes a se tornarem cidadãos participativos e críticos
em um mundo digital em constante evolução.
No decorrer desse planejamento priorizaremos a construção de competências relacionadas à exploração
responsável das TDICs, atentando para os princípios éticos e criativos necessários à sua utilização.
Abordaremos, de maneira integrada, as habilidades de análise de discursos midiáticos, considerando
visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos conteúdos veiculados.
Desta forma, buscamos ampliar as capacidades dos estudantes não apenas como consumidores, mas
como produtores de informação, cientes de seu papel na sociedade.
Ao longo dos quatro momentos delineados, os estudantes serão guiados em uma jornada que envolve
desde a conscientização sobre Fake News e Ciberbullying até a análise crítica de textos jornalísticos,
desenvolvendo competências essenciais para uma participação ativa no cenário digital. O planejamento
contempla também a importância da língua portuguesa como ferramenta para a exploração e usufruto
das TDICs, bem como a análise aprofundada dos elementos linguísticos presentes nos textos digitais.
Com foco na formação de cidadãos capazes de compreender e analisar criticamente os processos de
produção e circulação de discursos, o presente planejamento visa, assim, preparar os estudantes para
fazer escolhas fundamentadas, tanto em seus interesses pessoais quanto coletivos. A proposta também

21
se propõe a despertar uma atitude analítica e crítica diante dos textos jornalísticos, contribuindo para a
formação de indivíduos conscientes das escolhas linguísticas e das implicações éticas envolvidas nesse
contexto.
Ao final desta jornada pedagógica, almeja-se que os estudantes se tornem não apenas usuários
proficientes das TDICs, mas, acima de tudo, cidadãos críticos, éticos e responsáveis em um mundo
digital em constante transformação.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: CONCEITUAÇÃO E CHECAGEM DE INFORMAÇÕES

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Projetor multimídia, quadro e pincel.

Professor (a), inicie a aula promovendo uma discussão sobre as notícias e informações que os
estudantes encontram diariamente. Levante questões como: "Como sabemos se uma notícia é
verdadeira?" e "Quais são os impactos das notícias falsas em nossa vida e na sociedade?". Após esse
primeiro momento reflexivo, utilize recursos multimídia para apresentar de forma clara e acessível os
conceitos de Fake News e Ciberbullying. Incentive perguntas e esclareça dúvidas. Dando continuidade a
essa apresentação teórica, divida a turma em grupos e proponha uma atividade reflexiva sobre a
importância da língua portuguesa no desenvolvimento do pensamento crítico. Peça que os grupos
apresentem suas reflexões.
Este momento do planejamento visa não apenas informar, mas também capacitar os estudantes a
serem consumidores críticos de informações digitais, promovendo a responsabilidade na divulgação e
prevenindo a disseminação de Fake News e situações de Ciberbullying. O engajamento ativo dos
estudantes é fundamental para alcançar esses objetivos. Para fundamentar melhor os conceitos, fica
como sugestão algumas partes do texto abaixo “Cyberbullying” retirado do site Brasil Escola.

 TEXTO: CYBERBULLYING ( ícone clicável)

2º MOMENTO: DESENVOLVENDO A COMPETÊNCIA CRÍTICA NA LEITURA DE TEXTOS


JORNALÍSTICOS

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto impresso com material a escolha do professor, projetor


Recursos e providências
multimídia, quadro e pincel.

A habilidade de compreender e analisar textos jornalísticos é essencial para formar cidadãos críticos e
conscientes. A proposta dessa aula visa aprofundar o entendimento dos estudantes sobre a construção
de sentidos em textos jornalísticos, explorando pontos de vista, parcialidade e imparcialidade.
Para isso, professor (a), inicie a aula com uma atividade de sensibilização. Sugere-se a leitura coletiva
de textos que abordem questões ambientais, como o artigo do jornal Lupa edição 33, página 09:
"Tecnologia Verde: você sabe o que é?". Após a leitura, deverá ser promovida uma roda de discussão,
incentivando os estudantes a expressarem suas impressões sobre a importância da educação ambiental
e sua relação com a tecnologia. Esta etapa visa despertar a consciência ambiental e preparar os
estudantes para a análise crítica de textos jornalísticos.

22
3º MOMENTO: APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS E ANÁLISE CRÍTICA

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso ou digital com material à escolha do(a) professor(a).

Para esse momento, os estudantes devem ser guiados na análise de textos jornalísticos, com foco em
editoriais. A proposta é que identifiquem diferentes pontos de vista presentes nos textos, percebendo
como a escolha linguística impacta a construção de sentidos. A atividade incluirá debates em sala de
aula para que os estudantes possam compartilhar suas interpretações, promovendo a interdiscursividade
e a compreensão das intencionalidades discursivas. Por fim, deverá ainda ser explorado nesse momento,
a questão da parcialidade e imparcialidade em textos jornalísticos. Os estudantes analisarão a
construção linguística desses textos, comparando relatos de diferentes fontes e compreendendo os
efeitos de sentido provocados por escolhas editoriais. Proponha propostas de atividades práticas de
produção textual, nas quais os estudantes deverão criar textos jornalísticos explorando diferentes
perspectivas, refletindo sobre os desafios éticos da profissão.

4º MOMENTO: APRESENTAÇÃO E REFLEXÃO CRÍTICA

Organização da turma A turma deverá ser dividida em grupos.

Recursos e providências Texto impresso ou digital com material à escolha do(a) professor(a).

No último momento, os estudantes apresentarão suas produções e participarão de uma discussão crítica
sobre o papel da mídia plural na consolidação da democracia. Será enfatizado o desenvolvimento de
uma atitude crítica e consciente diante dos textos jornalísticos, incentivando os estudantes a aplicarem
os conhecimentos adquiridos em situações reais. O planejamento terminará com a reflexão sobre a
responsabilidade individual e coletiva na produção e consumo de informações em ambientes digitais.
Ao final deste planejamento, espera-se que os estudantes estejam mais preparados para lidar de
maneira ética e crítica com as TDICs, compreendendo a complexidade dos discursos midiáticos e
contribuindo para uma participação informada na sociedade contemporânea.

23
ANEXO
TEXTO: CYBERBULLYING ( ícone clicável)

Cyberbullying

Cyberbullying é um termo da língua inglesa utilizado para caracterizar a prática agressiva de


intimidações e perseguições no ambiente virtual.
"O cyberbullying é a prática da intimidação, humilhação, exposição vexatória, perseguição, calúnia
e difamação por meio de ambientes virtuais, como redes sociais, e-mail e aplicativos de
mensagens. A incidência maior de casos de cyberbullying ocorre entre os adolescentes, porém há
um número considerável de jovens adultos que utilizam essa prática criminosa.

"O que é cyberbullying?


A palavra cyberbullying consiste na junção de duas palavras da língua inglesa, bullying e cyber.
Cyber é uma contração da palavra cybernetic (cibernético), que se refere, na Teoria da
Comunicação, àquilo que está ligado à rede de informação e comunicação, mais precisamente, ao
âmbito da internet. Já a palavra bullying é formada a partir da palavra inglesa bully, que significa
valentão, acrescida do sufixo “ing”, que indica continuidade da ação exposta em um verbo.
O bullying é uma forma de agressão física, verbal e psicológica que se mostra sistemática e
contínua, fazendo com que um indivíduo ou um grupo ataque sistematicamente uma vítima com
base em sua aparência ou no seu comportamento, que em geral não está enquadrado no padrão
de normalidade estabelecido pelo grupo social. O cyberbullying, por sua vez, é a extensão da
prática do bullying do ambiente físico para o plano virtual.
Enquanto o bullying entre adolescentes é largamente praticado no ambiente escolar, o
cyberbullying ultrapassa qualquer fronteira física, tirando da vítima qualquer possibilidade de
escapar dos ataques, que acontecem o tempo todo por meio, principalmente, das redes sociais e
dos aplicativos de mensagens.

Podem ser consideradas cyberbullying ações como:


− exposição de fotografias ou montagens constrangedoras;
− divulgação de fotografias íntimas;
− críticas à aparência física, à opinião e ao comportamento social de indivíduos
repetitivamente.

Os agressores geralmente usam perfis falsos (fakes), acreditando estarem totalmente protegidos
quanto à sua identidade real, ou simplesmente se manifestam pelo meio virtual por não ter que
encarar a sua vítima pessoalmente.

Cyberbullying e a lei
Apesar da sensação de segurança em que o agressor acredita estar, ele está cometendo crime e
pode ser punido. O cyberbullying é passível de punição por meio do Código Penal quando configura
os crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria – Artigo 138 do Código Penal Brasileiro),
crime de injúria racial (ataques racistas – Artigo 140 do Código Penal Brasileiro) e exposição de
imagens de conteúdo íntimo, erótico ou sexual (Artigo 218-C do Código Penal Brasileiro incluído

24
pela Lei 13.718, de 2018).
Em todos os casos, as punições previstas no Código Penal Brasileiro podem chegar a quatro anos
de reclusão. Na esfera civil, os agressores podem ser condenados a pagar indenizações por dano
moral. Quando o agressor é menor de idade, os seus responsáveis respondem pelos crimes diante
do tribunal e podem ser condenados a pagar indenizações à vítima e à sua família.
Os perfis e e-mails falsos das redes sociais, utilizados por muitos agressores a fim de não terem a
sua identidade real revelada, podem ser rastreados e descobertos por meio da análise do endereço
de IP (uma espécie de endereço que registra e identifica qualquer ponto de acesso à internet). O IP
pode ser descoberto por meio de uma investigação policial autorizada pelo poder judiciário.

Fonte: Brasil Escola, 2023. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.htm.

25
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas (artísticas,
corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos
diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação
social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para
continuar aprendendo.
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam
as práticas sociais de linguagem, respeitar as diversidades, a pluralidade de ideias e posições e atuar
socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos
Humanos, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo
preconceitos de qualquer natureza.
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos
Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Produção de textos orais, escritos (EM13LGG301) Participar de processos de produção individual e


ou multissemióticos, de maneira colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e
individual ou coletiva. verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos,
Uso de recursos das diferentes para produzir sentidos em diferentes contextos.
linguagens, considerando seus (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas,
contextos de produção, circulação corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como
e recepção. fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e
Produção de sentidos em diferen- sensível aos contextos de uso.
tes contextos. (EM13LGG110MG) Inferir informações presentes em textos de
Análises, debates e diálogos acer- diferentes tipos e gêneros textuais/discursivos.
ca de conflitos presentes na (EM13LP47) Participar de eventos (saraus, competições orais,
cultura local e em outras culturas, audições, mostras, festivais, feiras culturais e literárias, rodas e
compreendendo os processos de clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams
garantia de legitimidade nas prá- etc.), inclusive para socializar obras da própria autoria (poemas,
ticas de linguagens artísticas, contos e suas variedades, roteiros e microrroteiros, vídeo
corporais e verbais. minutos, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar
Análise de textos escritos e orais. obras de outros, inserindo-se nas diferentes práticas culturais de
seu tempo.
Estudo da língua e de suas modi-
ficações ao longo da história. (EM13LP48) Identificar assimilações, rupturas e permanências no
Variedades da Língua. processo de constituição da literatura brasileira e ao longo de sua
trajetória, por meio da leitura e análise de obras fundamentais do
Relação entre as escolhas discur- cânone ocidental, em especial da literatura portuguesa, para
sivas (lexical, nível de formalida- perceber a historicidade de matrizes e procedimentos estéticos.
de, postura), os grupos que as
utilizam e os aspectos sociais, cul- (EM13LP49) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas
turais, históricos e políticos de diferentes gêneros literários (a apreensão pessoal do cotidiano
envolvidos. nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante
do mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e
Inferência dos significados de pa- social dos romances, a dimensão política e social de textos da
lavras e expressões em textos e literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os
gêneros diversos, com base no diferentes ângulos de apreensão do indivíduo e do mundo pela
tema, no contexto e no conheci- literatura.
mento das regras gramaticais e
aspectos lexicais.

26
Inferência das informações pre-
sentes em textos e gêneros diver-
sos, com base no conhecimento
prévio do leitor.
Construção de sentidos de textos
e gêneros diversos, com base nas
escolhas lexicais feitas pelo autor.
Discurso oral.
Produção e interpretação de tex-
tos.
Análise e compreensão de textos
multissemióticos e midiáticos.
Textos literários.
Crítica literária (estilo, estrutura,
aspectos discursivos).
Comparação entre textos.
Teoria literária.
Autoria.
Contextualização da obra literária.
Literatura comparada.
Análise de Obras literárias que
mostram o autor e seu fazer lite-
rário.
Análise de Obras literárias em po-
esia ou prosa, cujas principais
tendências sejam os efeitos de
sentido.
Vida cultural por meio de obras
literárias.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Explorando e Executando a Diversidade Literária: Análise de Obras em Poesia e
Prosa.
A) APRESENTAÇÃO:
Prezado(a) Professor(a),
No panorama educacional contemporâneo, a formação integral dos estudantes vai além do mero
domínio de conhecimentos disciplinares. Torna-se imperativo desenvolver habilidades que transcendam
os limites das disciplinas, preparando os jovens para uma participação ativa na sociedade em constante
transformação. Nesse contexto, o presente planejamento visa aprimorar habilidades em linguagens e
literatura, áreas fundamentais para a expressão, compreensão e inserção crítica nos contextos sociais,
culturais e históricos.
O foco principal do planejamento está nas habilidades propostas, delineadas a partir das competências
elencadas nos documentos curriculares. A capacidade de participar de processos de produção individual
e colaborativa em diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) é essencial para que os
estudantes possam expressar-se de maneira eficaz em diversos contextos. Reconhecer as diferentes
linguagens como fenômenos sociais, culturais e históricos não apenas amplia a compreensão do mundo,

27
mas também capacita os estudantes a agirem como agentes transformadores, conscientes da relevância
de suas expressões no cenário mais amplo.
A habilidade de inferir informações em textos de diferentes tipos e gêneros é uma competência crítica,
fundamental em um mundo saturado de informações. A literacia textual transcende a mera
decodificação de palavras, envolvendo a capacidade de interpretar, analisar e extrair significados mais
profundos. No âmbito da Língua Portuguesa, a participação em eventos culturais, a interpretação de
textos literários, a análise crítica e a compreensão das nuances estilísticas são competências que
enriquecem não apenas o repertório linguístico, mas também promovem uma conexão mais profunda
com a cultura e a sociedade.
Ao longo deste planejamento, exploraremos metodologias diversificadas, indo além das fronteiras
tradicionais do ensino. Desde a produção de textos multissemióticos até a análise crítica de obras
literárias, passando por eventos culturais como saraus e feiras, os estudantes serão desafiados a aplicar
seus conhecimentos em situações concretas, promovendo a integração entre teoria e prática.
Ao final, espera-se que os estudantes não apenas adquiram conhecimentos específicos em linguagens e
literatura, mas também internalizem habilidades que os capacitam a enfrentar desafios comunicativos e
interpretativos em sua jornada acadêmica e além. Essa abordagem, centrada no desenvolvimento de
competências, almeja contribuir para a formação de cidadãos críticos, reflexivos e participativos na
construção do conhecimento e na expressão de suas identidades no mundo contemporâneo.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Projetor multimídia, quadro e pincel.

Professor (a), para este primeiro momento, considere que o principal objetivo é estabelecer o contexto e
apresentar os objetivos gerais do planejamento, fornecendo uma visão geral do que será abordado ao
longo das próximas aulas. Além disso, busca-se aqui introduzir os principais conceitos relacionados a
linguagens, literatura e as habilidades que serão desenvolvidas durante o processo de aprendizagem.
Para isso, inicie a aula cumprimentando os estudantes e criando um ambiente acolhedor.
Utilize recursos visuais, como slides, elaborado por você, para exibir o título do planejamento,
despertando o interesse dos jovens.
Faça uma breve exposição sobre os objetivos gerais do planejamento, destacando a importância do
tema e relacionando-o ao cotidiano dos estudantes. Utilize exemplos práticos e analogias para ilustrar
como as habilidades a serem desenvolvidas serão aplicadas na vida real. Logo após, realize uma
exposição teórica sobre os conceitos fundamentais relacionados a linguagens e literatura. Utilize
definições claras e exemplos relevantes.
Para uma melhor condução desse momento, utilizar recursos audiovisuais, como vídeos ou imagens
selecionados previamente, o que poderá enriquecer a compreensão dos conceitos apresentados.
Promova ainda uma discussão aberta em sala de aula para levantar os conhecimentos prévios dos
estudantes sobre os temas abordados. Faça perguntas que incentivem os docentes a compartilharem
suas experiências e percepções sobre linguagens e literatura.
Registre as contribuições deles em um quadro ou painel, criando um mapa conceitual inicial.

28
Com o objetivo de fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes, distribua uma
folha de papel ou utilize ferramentas digitais para que os eles registrem, de forma individual ou coletiva
do que já sabem sobre o tema. Uma sugestão é montar um documento colaborativo por meio da
ferramenta google docs.
Essa atividade permite avaliar o conhecimento prévio dos estudantes, identificando lacunas que serão
preenchidas ao longo do planejamento. De forma teórica, faça uma síntese dos principais pontos
abordados na aula, reforçando os objetivos e conceitos fundamentais.
Explique como os conhecimentos adquiridos na aula serão essenciais para as atividades subsequentes.

2º MOMENTO - PRODUÇÃO DE TEXTOS MULTISSEMIÓTICOS

Organização da turma A critério do professor.

Texto impresso com material à escolha do professor, projetor


Recursos e providências
multimídia, quadro e pincel.

Para esse momento, o objetivo principal é desenvolver a habilidade de produção de textos orais, escritos
ou multissemióticos, de maneira individual ou coletiva. Contudo, para isso, será fundamental utilizar
recursos das diferentes linguagens, considerando seus contextos de produção, circulação e recepção.
Além disso, relacionar aspectos sociais e culturais de literaturas clássicas pode ser um ótimo ponto de
partida para estimular a reflexão contra preconceitos e, principalmente, racismo estrutural. Professor
(a), como sugestão, apresente aos estudantes o seguinte trecho do livro “Memórias Póstumas de Brás
Cubas”:

 TEXTO: TRECHO DE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS ( ícone clicável)

A partir da leitura desse trecho, aborde com os estudantes os problemas relacionados ao preconceito na
sociedade brasileira bem como se perpetua a questão do racismo estrutural. Para completar o raciocínio
e apresentar tentativas de sanar os efeitos desse tipo de preconceito, apresente o periódico Jornal Lupa
em sua 33ª edição, por meio da matéria “A Importância de celebrar o 20 de novembro – Dia da
Consciência Negra”, disponível no link abaixo:

 Jornal Lupa - Edição 33.


Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1Iev_1si9f99IPm70PJ90KMqL2Gt7PPoG.

Após a apresentação dessas duas perspectivas, uma vinda da literatura, mais antiga e a segunda, do
Jornal Lupa, atual e sobre a importância da conscientização, peça que os estudantes escrevam em um
texto curto, sua opinião em relação aos textos lidos, com o objetivo de consolidar a importância da
reflexão sobre alguns aspectos sociais e culturais presentes na sociedade. O objetivo aqui é o de
desenvolver, por meio de raciocínio crítico, a valorização do respeito e a valorização do povo negro na
sociedade brasileira.

3º MOMENTO: SARAU DE POESIA E FEIRA CULTURAL: CULTURA E EXPRESSÃO LITERÁRIA


NA ESCOLA

Organização da turma Divida a turma em grupos.

Texto impresso ou digital com material a escolha do professor, sala


Recursos e providências
multimídia, microfone, caixa de som, auditório ou outro espaço que

29
os estudantes possam usar para apresentações.
A realização de eventos culturais dentro do ambiente escolar é uma estratégia valiosa para estimular a
expressão artística e enriquecer o repertório cultural dos estudantes. Neste contexto, esse terceiro
momento deve ser dividido em aulas que englobam a organização e participação ativa dos estudantes
em um Sarau de Poesia e Feira Cultural, visando não apenas a socialização de obras próprias, mas
também a interpretação das produções literárias de seus colegas e a contextualização dessas obras no
âmbito cultural.

OBJETIVOS:
O principal objetivo deste momento é envolver os estudantes em eventos culturais, incentivando-os a
compartilhar suas próprias obras literárias e a compreender o contexto cultural que as permeia. Esse
processo não apenas promove a expressão individual, mas também a apreciação coletiva da diversidade
artística presente na comunidade escolar.

METODOLOGIA:
▪ Introdução:
No início da aula, é essencial destacar a importância dos eventos culturais, como o sarau de
poesia e a feira cultural, para o desenvolvimento cultural e literário dos estudantes. Ao
compreender o impacto positivo dessas atividades, os estudantes estarão mais motivados a
participar ativamente. Além disso, incentive os estudantes a trazerem músicas e textos que
englobem a realidade deles, tal como os vídeos que acham interessantes e o que gostariam de
apresentar. Essa parte é dedicada e direcionada à autonomia do estudante, para que ele possa
ser protagonista de sua própria evolução e do desenvolvimento do seu projeto.

▪ Preparação para o Sarau:


A divisão da turma em grupos responsáveis por diferentes aspectos da organização do evento,
desde a decoração até a divulgação, permite que os estudantes assumam papéis ativos na
concretização do sarau. Incentivar a participação dos mesmos na escolha e revisão de suas
próprias obras literárias reforça o comprometimento com o processo criativo.

▪ Produção de Obras Literárias:


Dedicar um tempo específico para a revisão e aprimoramento das criações literárias dos
estudantes é fundamental para garantir a qualidade das apresentações durante o sarau. A
orientação individualizada neste momento permite um suporte mais direcionado a cada um deles
que necessitar de assistência na elaboração de suas obras.

▪ Organização do Sarau e da Feira Cultural:


Os grupos encarregados da organização do sarau devem preparar o ambiente, incluindo a
disposição do espaço e os equipamentos necessários para as apresentações. Paralelamente, a
feira cultural deve ser organizada de forma a proporcionar aos estudantes a oportunidade de
expor trabalhos artísticos, culturais e literários.

▪ Apresentação e Discussão:
O momento central da aula consiste no sarau de poesia, onde os estudantes têm a oportunidade
de apresentar suas obras. Após cada apresentação, abre-se espaço para uma discussão sobre as
obras e seu contexto cultural, promovendo a troca de ideias e a compreensão mais profunda das
diferentes formas de expressão literária.

30
▪ Feira Cultural:
Após o sarau, a feira cultural permite que os estudantes e visitantes explorem uma variedade de
trabalhos artísticos e culturais expostos. Esse momento amplia a experiência cultural dos
participantes, promovendo um ambiente rico em diversidade.

▪ Avaliação e Considerações Finais:


Ao final da aula, uma breve reflexão coletiva sobre a experiência do sarau e da feira cultural
proporciona uma oportunidade para os estudantes expressarem suas impressões. Esta discussão
pode abordar como a participação ativa nesses eventos contribui para o desenvolvimento cultural
e literário da comunidade escolar.

▪ Conclusão:
A realização de um sarau de poesia e feira cultural não apenas celebra a expressão artística dos
estudantes, mas também fortalece os laços culturais dentro da escola. Ao proporcionar um
espaço para a socialização de obras literárias e a compreensão do contexto cultural, esta aula
visa criar um ambiente enriquecedor e inspirador para o desenvolvimento educacional e pessoal
dos estudantes.

31
ANEXO
TEXTO: TRECHO DE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS ( ícone clicável)

TRECHO DE MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

“Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia
um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-
o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia – algumas vezes gemendo – mas obedecia sem
dizer palavra, ou, quando muito, um – ai, nhonhô!
– ao que eu retorquia: – Cala a boca, besta! (…) Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por
aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu-mas um ajuntamento; era um
preto que vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas
palavras: – Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão! Mas o primeiro não fazia caso, e, a cada
súplica, respondia com uma vergalhada nova.

– Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!

– Meu senhor! gemia o outro.

– Cala a boca, besta! replicava o vergalho.


Pare, olhei... Justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque
Prudêncio, o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se e pediu-me bênção,
perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
– É sim, nhonhô.

– Fez-te alguma coisa?

– É um vadio, um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda enquanto eu ia lá na
cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.

– Está bom, perdoa-lhe, disse eu.

– Pois não, nhonhô. Nhonhô manda, não pede. Entra pra casa, bêbado!”

32
REFERÊNCIAS
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: ÁTICA, 1984.
BARAN, Evrim. A review of research on mobile learning in teacher education. Journal of
Educational Technology & Society, v. 17, n. 4, p. 17, 2014.
BARRETO, Raquel Goulart. Tecnologia e educação: trabalho e formação docente. Educação &
Sociedade, v. 25, n. 89, p. 1181-1201, 2004.
BASILIO, Ana Luiza. Como sair das bolhas?: Educação. Carta Capital [s.l.]. 2018. Disponível em:
https://www.cartacapital.com.br/educacao/como-sair-das-bolhas/. Acesso em: 20 out. 2023.
BATISTA, A. C. Gêneros textuais e multimodalidade: práticas de linguagem na era digital.
Contexto, 2018.
BRASIL. Lei n. 13.185, de 06 de novembro de 2015. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm. Acesso em: 29 out. 2023.
CALDIN, Clarice Fortkamp. A leitura como função pedagógica: o literário na escola. Revista ACB,
[S.l.], v. 7, n. 1, p. 20-33, ago. 2005. Disponível em:
https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/371/443. Acesso em: 21 out. 2016. Acesso em: 03 nov.
2023.
DIONÍSIO, A. P. Multimodalidade discursiva na atividade oral e escrita. In: MARCUSCHI, L. A.;
DIONÍSIO, A. P. Fala e escrita. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 177-196.
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Gêneros textuais do universo jornalístico"; Brasil Escola.
[s.l.]:[s.d.]. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/generos-textuais-universo-
jornalistico.htm. Acesso em: 02 nov. 2023.
GRAGNANI, Juliana. Como 'comportamento de manada' permite manipulação da opinião
pública por fakes: bbc News Brasil. Londres, 09 dez. 2017. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42243930. Acesso em: 20 out. 2023.
MAINGUENEAU, D. Análise de Textos de Comunicação. Cortez Editora, 2008.
MANIR, Mônica. Alunos querem que a escola reflita a vida real, diz brasileira jurada de
prêmio da Unesco. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43324888.
Acesso em: 20 out. 2023.
MARQUES, P. Brasil é o segundo país com mais casos de bullying virtual contra crianças.
R7. [s.l.]:[s.d.]. Disponível em: https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/brasil-e-o-2-pais-com-
mais-casos-de-bullying-virtual-contra-criancas-11072018. Acesso em: 30 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Jornal Lupa: Periódico Pedagógico para estudantes
do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. Belo Horizonte - MG: Escola de Formação da
Secretaria de Educação de Minas Gerais, v. 33, nov. 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/drive/folders/1Iev_1si9f99IPm70PJ90KMqL2Gt7PPoG. Acesso em: 03 nov.
2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.

33
O COMERCIAL que Emocionou o Brasil - Natal O BOTICÁRIO. [S. l.: s. n.], 11 de dez. de 2013. 1
vídeo (3min.) Publicado no youtube pelo canal Comerciais da hora. Disponivel em:
https://www.youtube.com/watch?v=R3jzk3hGdbQ. Acesso em: 20 out. 2023.
REVISTA GALILEU. Cyberbullying: uma ameaça digital. [s.l.]:20 out. 2016. Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/10/cyberbullying-uma-ameaca-digital.html."
Acesso em: 30 out. 2023.
SANTAELLA, L. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2005.
SOUZA, Warley. "Literatura"; Brasil Escola. [s.l.]:[s.d.]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura. Acesso em: 03 nov. de 2023.
ZILBERMAN, Regina. O Papel da literatura na escola. Via Atlântica, São Paulo, n. 14, p. 11-22, dec.
2008. ISSN 2317-8086. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50376.
Acesso em: 03 nov. 2023.

34
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2024

Linguagens

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Conhecimento e discussão de (EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas visões


diferentes visões de mundo. de mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens,
Avaliação ética e estética de levando em conta seus contextos de produção e de circulação.
discursos em diferentes lin-
(EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social,
guagens.
analisando diferentes argumentos e opiniões, para formular,
Posicionamento ético, responsável negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas
e respeitoso. distintas.
Reflexão de efeitos de sentidos,
considerando os contextos de
produção, circulação e recepção.
Participação em debates de
opinião de fundo controverso e
polêmico.
Uso de gêneros expositivos/
argumentativos.
Posicionamento ético, responsável
e crítico.
Estudo e uso de recursos de
argumentação e modalizadores.
Compreensão do processo de
argumentação dialógica, levando-
se em conta os diversos discursos
produzidos e reproduzidos diante
de um tema.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A matter of Opinion.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, professor(a)!
Preparamos um material de apoio para as aulas de Língua Inglesa repleto de sugestões para

35
auxiliá-lo(a) a iniciar o ano com tranquilidade e motivação.
Neste planejamento, serão trabalhadas as habilidades EM13LGG302 e EM13LGG303, pertencentes à
competência 3, que tem como foco a utilização de diferentes linguagens para a construção da
autonomia do estudante a partir da formação de seu posicionamento crítico, ético e responsável em
relação às situações da vida pessoal e coletiva. As referidas habilidades juntas propõem a construção,
compartilhamento e debate de opiniões. Para alcançar os objetivos nelas estabelecidos e,
consequentemente, os objetivos da competência 3, as intervenções pedagógicas deste planejamento
girarão em torno das habilidades de argumentação, preparando os estudantes para um debate regrado,
que será o trabalho final deste planejamento.
Este planejamento será desenvolvido em três etapas: estudo da argumentação (especialmente em
Língua Inglesa), estudo do assunto a ser debatido e produção do debate regrado.
A habilidade EM13LGG302 estabelece que o(a) professor(a) leve os estudantes a se posicionarem em
relação a um determinado assunto por meio das análises, observação e estudo dos discursos presentes
em diferentes linguagens, fazendo com que eles compreendam a importância de conhecer diversas
visões de mundo para poder fundamentar sua própria visão de mundo.
Para isso o(a) professor(a) deve apresentar vários lados sobre uma mesma questão disponibilizados por
linguagens diferentes (oral, escrita, mímica, literária, artística, jornalística, digital). Garcia (2010) diz que
argumentar é “convencer ou tentar convencer mediante a apresentação de razões em face da evidência
das provas e a luz de um raciocínio coerente e consistente”. Tal consistência virá do estudo e da
reflexão sobre determinado assunto e, a partir daí, assumir um ponto de vista, um posicionamento. Isso
pressupõe que quem argumenta precisa se posicionar em relação a um determinado assunto a partir do
conhecimento existente. Ou seja, para argumentar é preciso antes ter conhecimento e reflexão a
respeito de algo.
Portanto, antes de debater, os estudantes conhecerão um pouco sobre as características de um debate
formal, habilidades e vocabulário típico deste tipo de argumentação e farão o estudo e a reflexão sobre
o tema proposto - no caso, inteligência artificial, que será tema do debate final.
A habilidade EM13LGG303 propõe que o estudante seja preparado para debater de forma “construtiva,
cooperativa e útil” (GARCIA,2010, p. 381) sobre temas de relevância social. Para isso, propomos a
organização de um debate regrado sobre advantages and disadvantages of artificial intelligence in the
job market para concluir este processo de ensino-aprendizagem.
As atividades deste plano exigirão, também, habilidades dos estudantes na leitura e fala. Por isso, antes
de iniciar este planejamento, avalie o nível de conhecimento dos mesmos e faça as adaptações
necessárias para o seu desenvolvimento.

Bom trabalho, professor(a)!

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: WHAT IS A DEBATE?

Organização da turma À escolha do(a) professor(a) ou em duplas.

Recursos e providências Texto impresso ou projetor multimídia e dicionário bilíngue.

Este momento, professor(a), será dedicado para despertar o interesse dos estudantes quanto ao tema
debate.

36
Como forma de sensibilização, a sugestão é apresentar o vídeo indicado abaixo, pedindo aos estudantes
que tentem descobrir de que se trata. Peça, também, que eles tentem identificar as informações
apresentadas e faça pausas estratégicas para ajudá-los a compreender. O objetivo é, além de conhecer
as características do debate, desenvolver a capacidade de associar palavras às ilustrações e
compreender o que se fala e a ampliação do vocabulário.

 Debating skills – Introduction HUB Scuola.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1TSkkxu8on0.

Professor(a), se não for possível exibir o vídeo, escreva algumas palavras-chaves no quadro e peça aos
estudantes para que, a partir delas, eles possam descobrir qual assunto será tratado. As palavras podem
ser retiradas do texto que será estudado.
Imagem 1 – Nuvens de palavras

Fonte: (Félix, 2023)

É possível também, trabalhar o texto abaixo que corresponde à transcrição do vídeo. O texto e o vídeo
podem ser estudados juntos ou separadamente. Na impossibilidade de exibir o vídeo, use apenas o
texto.
Entregue aos estudantes uma cópia do texto e peça-os para lê-lo com a ajuda de dicionário físico ou
digital. Em seguida, eles devem responder as perguntas sobre o texto. Esta atividade pode ser realizada
em duplas.

 TEXTO: DEBATING SKILLS – INTRODUCTION ( ícone clicável)

Após o término da atividade, faça a correção esclarecendo possíveis dúvidas.

2º MOMENTO: FORM A PERSUASIVE ARGUMENT

Organização da turma À escolha do(a) professor(a) ou em grupos de até 4 pessoas.

Recursos e providências Texto impresso e dicionário bilíngue.

Inicie este momento conversando com os estudantes sobre as perguntas abaixo. Elas podem ser
escritas no quadro ou entregues a eles em folhas impressas.

37
What is the difference between discussing something and arguing about something?
What is the difference between a discussion and an argument?

Permita que os estudantes se expressem e ajude-os a concluir que discussion e argument possuem
sentidos diferentes.
Veja o que o Google tradutor apresenta como definição.
▪ Discussion: “the action or process of talking about something in order to reach a decision or to
exchange ideas.” (a ação ou processo de falar sobre algo para tomar uma decisão ou trocar ideias).
▪ Argument: ”an exchange of diverging or opposite views, typically a heated or angry one.” (uma
troca de pontos de vista divergentes ou opostos, normalmente acalorados ou raivosos – polêmico).

Termine essa conversa, perguntando o que é necessário para se construir um argumento convincente.
Anote as respostas no quadro para serem comparadas com as dicas do texto que será estudado a
seguir.
Agora, professor(a), peça aos estudantes que formem grupos de até 4 pessoas para analisarem as dicas
apresentadas abaixo. Cada grupo deve receber cópias do texto e os estudantes deverão classificar cada
dica em adequado ou inadequado. Estipule um tempo para que os grupos façam essa classificação.

 TEXTO: THE STRUCTURE OF AN ARGUMENT ( ícone clicável)

Ao concluírem a classificação das dicas, faça um momento de conversa para que cada grupo exponha
sua classificação e suas justificativas. Professor, aproveite esse momento para apresentar aos
estudantes algumas expressões como I agree e I disagree. Conclua esse momento fazendo uma síntese
do que é necessário para construir um argumento convincente.

3º MOMENTO: KNOW VOCABULARY AND ARGUMENTATION STRATEGY

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso e dicionário bilíngue.

Professor(a), neste momento ocorrerá uma atividade que levará os estudantes a conhecerem estratégias
e vocabulário de argumentação. Entregue-os, em folha impressa, as atividades abaixo e peça-os para
realizá-las individualmente, duplas ou pequenos grupos e com a ajuda de dicionários físicos ou virtuais.
Se julgar necessário, explique cada categoria de estratégia de organização do argumento antes dos
estudantes iniciarem as atividades.

 EXERCISES ( ícone clicável)

Após a conclusão da atividade, faça a correção, esclarecendo as possíveis dúvidas dos estudantes.

4º MOMENTO: THINKING ABOUT ARTIFICIAL INTELLIGENCE AND THE JOB MARKET

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto impresso, acesso à internet, dicionário bilíngue e projetor de


Recursos e providências
imagem.

38
Agora, professor(a), você e os estudantes irão refletir um pouco sobre o tema inteligência artificial no
mercado de trabalho (artificial intelligence in the job market) e conhecerão mais algumas expressões.
Esse tema será debatido ao final deste planejamento. Não se esqueça do uso do dicionário físico ou
virtual.
Inicie este momento perguntando aos estudantes o que eles sabem sobre inteligência artificial. Escute-
os e anote no quadro seus comentários mais relevantes para serem confirmados ou não depois da
exibição do vídeo. Em seguida, exiba o vídeo sugerido abaixo. Na impossibilidade de exibi-lo, leve para a
sala de aula a transcrição do mesmo. Não há necessidade de distribuir a cópia dessa transcrição para os
estudantes, pois servirá apenas para apresentar informações.
Esse vídeo ou texto não será trabalhado com profundidade neste plano de aula. Você pode expô-lo com
a ajuda de um projetor de imagem.
 Avanços da inteligência artificial impactam a sociedade TV UFES.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5ztiPkBDIyM.

 TEXTO: TRANSCRIÇÃO DO VÍDEO ( ícone clicável)

Antes de iniciar o estudo do próximo texto, escreva no quadro o título dele e pergunte aos estudantes o
que pensam sobre a questão.

Will AI free us from drudgery – or leave us jobless and hungry?

Depois da conversa, entregue aos estudantes cópias do artigo de opinião abaixo para que possam lê-lo.
Avalie o nível de inglês da turma e determine um tempo e o lugar adequados para que a leitura
aconteça. Eles também irão realizar uma atividade de interpretação do artigo.

 TEXTO: WILL AI FREE US FROM DRUDGERY – OR LEAVE US JOBLESS AND HUNGRY?


( ícone clicável)

Após a leitura verifique com eles se o que comentaram antes da leitura se confirma ou não pelo texto
lido. Faça a correção da atividade.

5º MOMENTO: THINKING ABOUT ARTIFICIAL INTELLIGENCE AND THE JOB MARKET AND
KNOWING MORE VOCABULARY

Organização da turma Em círculo.

Recursos e providências Texto impresso e dicionário bilíngue.

Neste momento, os estudantes irão conversar um pouco sobre o que pensam a respeito do artigo de
opinião lido no momento anterior. Para isso, organize a turma em um círculo e escreva no quadro as
afirmações abaixo para nortear a conversa. Faça perguntas aos estudantes sobre o texto lido, se
concordam ou não com a autora.

• “AI’s potential can be used for good or bad.”


• “Humans need to create laws to protect themselves from AI now and in the future.”
• “In ten years, the kinds of jobs available for humans will be very different.”

39
Se a turma possuir um nível mais elevado de domínio da fala em inglês, peça que montem suas
reflexões em inglês. Se ainda não tem domínio de fala em inglês, peça que os estudantes utilizem as
expressões abaixo pelo menos para iniciarem suas colocações. Escreva-as no quadro ou providencie
uma cópia para cada estudante consultar, além de treinar com eles a pronúncia. Incentive-os também a
se posicionar a respeito da colocação dos colegas.

 TEXTO: EXPRESSÕES ( ícone clicável)

Sugestão de vídeo para mais informações para reflexão:

 Will Robots and Artificial Intelligence take your Job? | Machine Learning | DW SHIFT.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gcZ10jgyR9E.

6º MOMENTO: PREPARATION TO THE DEBATE

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, acesso à internet e dicionários.

Agora, professor(a), você irá orientar os estudantes para prepararem-se para o debate regrado ou
debate formal. A sugestão de tema a ser debatido é Will artificial intelligence steal our jobs?
Divida a turma em até seis grupos. Sendo que em cada debate um grupo terá uma função. É importante
fazer mais de um debate para que cada grupo possa exercer mais de uma função. Entretanto,
professor(a), fica a seu critério quantos debates realizar.
Os estudantes serão organizados da seguinte forma:
▪ um grupo a favor;
▪ um grupo contra;
▪ um grupo de jurados;
▪ um ou dois estudantes para presidir o debate.
Os estudantes deverão buscar informações e estruturar argumentos com antecedência para chegarem
preparados no debate, por isso é importante fazer a divisão da turma antes do dia do debate.
Lembrando que os grupos a favor e contra precisam ter o mesmo número de debatedores.
Para auxiliar os estudantes na preparação dos argumentos, distribua cópias do material abaixo.

 TEXTO: PREPARING FOR DEBATES ( ícone clicável)

 TEXTO: TIPS ( ícone clicável)

7º MOMENTO: THE DEBATE

Organização da turma Espaço organizado para o debate.

Texto impresso, acesso à internet, dicionários e espaço para o


Recursos e providências
debate.

É chegada a hora de colocar em prática o que foi aprendido até aqui. O debate acontecerá. Se os
estudantes tiverem bom domínio de fala, oriente que o debate aconteça completamente em inglês. Caso

40
contrário, peça aos estudantes que usem pelo menos as expressões expostas neste planejamento.

Embora os debates possam ser um processo muito formal, você, professor(a) pode exercer alguma
flexibilidade quanto ao modo como o debate na sala de aula funcionará. As regras relativas aos debates
diferem-se de acordo com o país. Abaixo segue uma sugestão de formato e regras.
O espaço para realização do debate deve ser suficiente para organizar os grupos de acordo com a
imagem abaixo.
Imagem 2 - Debate format

Adaptado - Fonte: (Living Democracy, [2023]).

 TEXTO: DEBATE FOTMAT ( ícone clicável)

Se julgar necessário, forneça aos jurados um material de apoio para a avaliação.

 JUDGING CHECKLIST ( ícone clicável)

Ao final do debate avalie a participação dos estudantes, assim como comprometimento, uso de
vocabulário, preparação, organização e respeito aos colegas.

41
ANEXO
TEXTO: DEBATING SKILLS – INTRODUCTION ( ícone clicável)

Debating skills - Introduction

A debate is a discussion of a theme or question between two or more interlocutors. In a formal


debate, the theme or question is called motion. The motion is usually controversial and has no clear or
correct answer. An example of motion might be everybody should get universal basic income.
Two teams will then argue for or against the motion. The party for or in favor of the motion is called
the proposition. The party against or opposed to the motion is called the opposition. Each team is
usually given equal time to present their argument which usually includes an introduction reason with
examples or evidence and a conclusion at the end of the debate. A neutral third party usually a judge
or committee will decide the winner.
The winning team is the team that delivers the most cogent, convincing argument. Whether the judge
personally agrees with the motion is not relevant to determining the winner. In fact the teams are
typically assigned their position at random. Which means they may need to debate in favor of motion
with which they personally disagree.
The word debate comes from the latin verb patere meaning to fight. The practice goes back thousands
of years to ancient Greece and India where debate was considered essential to a functioning
democracy. The debate structure used today first took form in the early 18th century England.
The fundamental skills necessary to debate also apply to many other aspects of life. The ability to
think critically and analyze a problem, the ability to present your thoughts logically and elegantly, the
ability to speak confidently in public and the ability to listen carefully and interpret information quickly
are crucial skills for any leader academic, researcher or artist debating a position you might not
personally agree with also helps you to develop empathy and broaden your worldview.
As you train for debate you will learn how to analyze a problem, form a persuasive argument respond
to counter arguments and ask questions along the way. You'll also discover new information meet new
people and gain new perspectives.
Fonte: (HUB Scuola, 2021)

1. According to the text What is debate?


2. Reread the sentence:
“In a formal debate, the theme or question is called motion.”
a) What does correspond to a formal debate?
b) In which situations are there informal debates?
c) What does the word motion mean?
3. Why in a debate is the motion usually controversial?
4. According to the text, how should a formal debate be organized?
5. What skills are needed for a debate participant?
6. How are these skills useful in our everyday lives?
7. What can you learn from training for a formal debate?

42
TEXTO: THE STRUCTURE OF AN ARGUMENT ( ícone clicável)

The structure of an argument

Look at the advice for formulating an argument. Which pieces of advices do you think are
appropriate? Which ones are inappropriate?
1. Have a clear standpoint – make sure that your audience knows what your opinion is.
2. Don’t make your argument clear until just before you conclude.
3. Present a logical sequence of reasons for your argument so that it is easy to follow.
4. Provide supporting arguments and evidence to strengthen your view.
5. Give many different examples of why your opinion is valid.
6. If you refer to other people’s opinions, you can contrast them with your own.
7. Always agree with other people’s opinions.
8. Use insults to make your partner’s argument weaker.
9. Make sure to reformulate your argument so the audience hears it one more time.
10. Summarize your main point at the end of your argument.
Fonte: (Jones, 2013)

43
EXERCISES ( ícone clicável)

Exercises

Look at the following comment presented at a discussion on introducing flexi-time. What language is
used to structure the speaker’s argument?

‘I believe strongly that introducing a flexi-time system would be beneficial. Firstly, it


would facilitate a better work–life balance. What is more, it would allow employees to
attend language classes. Finally, not only would it would increase job satisfaction but it
would also boost productivity. I am aware that you are in two minds about introducing
this system; however, I am convinced that flexi-time will create a happier workplace and
result in higher staff retention levels. All things considered, it seems a productive step
for us to take.’

1) Write one example from the Reading text above next to each category.

CATEGORY EXAMPLE
expressing your opinion
sequencing
providing supporting arguments
acknowledging other views
showing contrast
reformulating
summarizing

2) Classify the vocabulary below according to each category.

Vocabulary

Firstly, … It seems clear that … Not only will ... but ... will ...

However, … I believe (strongly) that … Alternatively, …

Finally, … All things considered, … As well as ..., the ...

Although ... What is more, … Your standpoint is clear.

Personally, … I am aware that you feel … In other words, …

That is, ... I feel / think that ... It is clear that you …

Then, … What I want to say is … In conclusion, …


Fonte: (Jones, 2013)

44
Category
expressing your opinion sequencing

providing supporting arguments acknowledging other views

showing contrast reformulating

Summarizing

45
TEXTO: TRANSCRIÇÃO DO VÍDEO

Transcrição do vídeo

Há alguns anos, pensar em tecnologia era algo distante, visto apenas em filmes ou desenhos de
ficção científica. Mas, assim como a internet modificou padrões da sociedade, a popularização do uso
da inteligência artificial parece ter impactos ainda mais profundos. Isso porque ela se baseia no modelo
da nossa inteligência, que é capaz de memorizar, predizer e planejar ações futuras.
“A inteligência artificial busca imitar isso. A essência do que se busca hoje com inteligência
social, dotá-la da capacidade de memorizar e usar o que ela memorizou para predizer e com a predição
e com o que ela memorizou, tomar decisões de nosso interesse.” (Alberto Ferreira de Souza – professor
e pesquisador do Depto. de Informática da UFES)
As primeiras pesquisas sobre a inteligência artificial datam da década de 1950 e de lá para cá,
muitos passos já foram dados. Entre eles, computadores vencedores de xadrez e protótipos de veículos
autônomos, como os desenvolvidos pela UFES. Em 2022, o lançamento de uma plataforma aberta de
inteligência artificial, ou apenas IA, reacendeu discussões sobre os caminhos dessa tecnologia.
“Agora a IA está caminhando para uma coisa um pouco diferente, muito mais poderosa que é a
ChatGPT. GPT vem de generative pre-trained transformers, que é uma rede neural, uma arquitetura de
como você organiza os neurônios artificiais, como você liga eles uns aos outros e como que você usa
eles depois que você fez essa ligação. Esses generative pre-trained transformers, GPT, eles conseguem
gerar texto a partir do conhecimento que aprendeu, a partir de dados que você apresenta à rede no
processo de treinamento. Então, elas são muito poderosas porque ela consegue criar texto novo,
inventar uma poesia, por exemplo, ou responder para você como é que resolve um problema da
matemática ou da física. Então, isso é uma novidade muito grande e vai ter um impacto muito grande
no mundo daqui para frente.” (Alberto Ferreira de Souza – professor e pesquisador do Depto. de
Informática da UFES).
Uma das áreas que enfrenta desafios com o uso da inteligência artificial é a educação.
“A inteligência artificial é mais um instrumento que a humanidade inventou que pode ser usado
para educar. Houve um debate muito grande na década de 70, 80, se a gente devia usar a calculadora
na sala de aula para o ensino. A verdade é que a gente consolidou que tudo bem, deve usar a
calculadora. Talvez durante uma prova, que você tem que demonstrar que você sabe fazer conta, não.
Mas no geral, a gente usa a calculadora na escola. O computador teve o mesmo debate. Agora tem a
inteligência artificial. Então ela é um instrumento que a gente deve usar para poder aumentar nossa
produtividade. Pegar o desafio próximo, desafio mais difícil, mais à frente. Mas vai ter essa transição
que a gente vai ter que aprender a conviver com ela.” (Alberto Ferreira de Souza – professor e
pesquisador do Depto. de Informática da UFES).
Além dos desafios que o uso da inteligência artificial traz para diversas áreas, incluindo a criação
de notícias ou imagens falsas, há uma preocupação com os caminhos que essa tecnologia irá seguir.
“A humanidade hoje, na verdade, está discutindo se a gente deveria caminhar mesmo nessa
direção e fazer com que elas, essas inteligências artificiais, continuem ficando mais poderosas por meio
de treinamento, com cada vez mais dados e melhoria, mesmo na arquitetura da rede, etc. Ou não, se a
gente devia parar um pouquinho e analisar. Eu sou daqueles que acreditam que a gente tem que
continuar com a pesquisa, com o ensino e com o desenvolvimento. E, claro, sempre cuidando do
impacto que isso vai ter, social, impacto moral, ou outros que a gente tenha que vigiar.”(Alberto
Ferreira de Souza – professor e pesquisador do Depto. de Informática da UFES)

46
A palestra sobre os impactos da inteligência artificial no mundo aconteceu durante a
programação de aniversário de 69 anos da Ufes e reuniu pesquisadores e pessoas interessadas no tema
no auditório da Biblioteca Central, no campus de Goiabeiras.
Fonte: (TV UFES, 2023)

TEXTO: WILL AI FREE US FROM DRUDGERY – OR LEAVE US JOBLESS AND HUNGRY? ( ícone
clicável)

Will AI free us from drudgery – or leave us jobless and hungry?


Goodbye humans, hello “Tessa”. The US-based National Eating Disorders Association (NEDA) is
making headlines after removing all its staff and replacing them with an AI assistant called Tessa. This
happened just four days after the six paid employees, who oversaw about 200 volunteers, successfully
formed a union. Coincidence? Oh, absolutely, NEDA said; the change was planned for a long time.
However, a blogpost written by a helpline staff member disagrees.
Is this a sign of bad things to come? Are we about to see millions of jobs disappear as humans
are replaced by AI assistants with female names? After stealing all of our jobs, are all the Tessas going
to form unions and take over Earth?
The short answer is: maybe. I don’t think AI will lead to the end of civilization as we know it in
the near future. But I do think a lot of corporations are eager to replace as many expensive humans as
they can with AI and will use the new technology as a way to stop unions from forming and growing. In
the next few years, I think there will be a lot of messy experiments as companies rush to cut costs and
create their own “Tessas”.
Not everyone is admitting this, of course. IBM is one of the few companies sharing details about
how many people AI might replace. In a recent interview, CEO Arvind Krishna said the technology
company will pause hiring for “back-office jobs” in the coming years and replace those roles. “We might
replace 30 per cent of the workers with AI and machines over five years,” Krishna said. That’s about
7,800 jobs.
What companies aren’t saying is also important. AI, and how it is used to create content, is a
major problem in the Writers Guild of America (WGA) strike. The WGA wants to put protections in place
to stop the big Hollywood studios from training computers on writers’ work and then replacing writers
with AI. “Based on what we’re aiming for in this contract, there couldn’t be a movie that was released
by a company that we work with that had no writer,” screenwriter John August said. The studios didn’t
agree to this. Instead, they said they could have “annual meetings” to discuss changes in technology.
What they probably mean is: “We’re getting rid of as many of you as we possibly can ASAP.”
While this sounds depressing, there are people who believe that artificial intelligence is actually
going to make the world a better place. Yes, AI will replace some jobs, but it will also create better
jobs. Technology will do all the boring work, and humans will have more free time to sit around writing
poetry in the sun. Nobody is sure how everyone will be able to feed themselves with all this leisure
time, but that’s a topic for another day.
Jonah Peretti, the CEO of BuzzFeed, was very positive about AI. He wrote to BuzzFeed
employees in January about AI bringing a “new era of creativity and “endless opportunities”. We all
know what happened a few months later, don’t we? BuzzFeed shut down its news division, got rid of a
load of people and started using more AI. There is certainly a lot of potential for AI to change the world
for the better. I just don’t think the people at the top want to use its potential that way.
Fonte: (Mahdawi, 30 maio 2023)

47
Comprehension check
1. Write F, for false and T, for true.
a)( ) An organization in the US removed half of its staff and replaced them with an app.
b)( ) The staff at the organization did not unionize successfully before.
c)( ) NEDA said it was a coincidence, but a former staff member’s blogpost disagrees.
d)( ) The author thinks that AI will lead to the end of civilization as we know it.
e)( ) The author thinks companies want to wait before replacing staff with AI.
f)( ) Companies are rushing to cut costs and create AI assistants, like “Tessa”.
g)( ) Tesla is one of the few companies sharing details about how many people AI might
replace, and they estimated 20,000 jobs.
h)( ) Recently, film studios in Hollywood agreed that movies could not be written without a
human writer.
i)( ) Some people believe that AI will make the world a better place.
j)( ) BuzzFeed expanded its news division, hired many people, and then started using less
AI.

2. Rewrite the false sentences to make them correct.

TEXTO: EXPRESSÕES ( ícone clicável)

• I think/don’t think …
• I agree/disagree with …
• One plus/minus is …

Fonte: (Freepik, [2023])


• One reason is …
• I’m for/against…
• I support … because …
• I’m opposed to … because …
• An upside/downside is …
• One plus/minus is …
• A positive/negative is …
• An argument for/against this is …
• The main benefit / A big problem is …

48
TEXTO: PREPARING FOR DEBATES ( ícone clicável)

Preparing for Debates

1. Determine all the facts and opinions for and against the debate issue/ topic. Complete below to
help you prepare for your debates.
▪ Position:
▪ Reasoning:
▪ Evidence:

2. What do I know about my position?


3. Who or what is affected by my position?
4. What is important about my position?
5. What are the negative aspects of my position?

Debate format and Sample Vocabulary

49
TEXTO: TIPS ( ícone clicável)

Fonte: (Ana, 2019)

50
TEXTO: DEBATE FOTMAT ( ícone clicável)

51
JUDGING CHECKLIST ( ícone clicável)

Judging Checklist

This checklist is also helpful to those participating in a debate.

1) Arguments are clearly stated.


2) Arguments are well developed.
3) Arguments are presented logically.
4) Are statements backed with evidence?
5) Do the opinion statements help convince you?
6) Speakers speak with enthusiasm and confidence.
7) Speakers makes eye contact.
8) Speakers control their emotions.
9) Speakers remain focused on the topic.
10) Speakers summarize information well.
11) Speakers use powerful descriptive language.
12) Speakers are well prepared and anticipate opponents arguments.
13) All arguments were accurate, relevant and strongly stated.
14) Speakers clearly knew their topic well.
15) Speakers remain respectful at all times.
16) Evidence of strong planning.

Notes:________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

52
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 4: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social,


variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-
as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento
de preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Relações entre a língua inglesa e (EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua de comunicação
os aspectos sociais, culturais, ge- global, levando em conta a multiplicidade e variedade de usos,
opolíticos e históricos dos falantes usuários e funções dessa língua no mundo contemporâneo.
ao redor do mundo.
Análise de interações entre falan-
tes nativos e não nativos da lín-
gua inglesa.
Comunicação em língua inglesa
de modo presencial e/ou virtual.
Produção de textos e discursos
em inglês.
Relação entre a língua inglesa
padrão ensinada nas gramáticas e
as variedades linguísticas encon-
tradas em diferentes locais do
mundo.
Combate ao preconceito linguísti-
co, desrespeito e desvalorização
de falantes não nativos da língua
inglesa.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: English as a língua franca.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, professor(a)!
Neste planejamento, a habilidade EM13LGG403 será trabalhada na perspectiva da conscientização dos
estudantes de Língua Inglesa para a importância desse idioma no mundo contemporâneo, tendo em
vista a proposta da BNCC que orienta que a ela “deve ser compreendida como língua de uso mundial,
pela multiplicidade e variedade de usos, usuários e funções na contemporaneidade”. Além disso, o
Ensino Médio é a etapa para os estudantes “expandirem os repertórios linguísticos, multissemióticos e
culturais dos estudantes, possibilitando o desenvolvimento de maior consciência e reflexão críticas das
funções e usos do inglês na sociedade contemporânea – para problematizar os motivos pelos quais ela
se tornou uma língua de uso global, por exemplo.”
Portanto, este planejamento terá duas etapas de estudo:

1ª. Inglês como língua franca;


2ª. Influência do inglês nos idiomas globais.

Na primeira parte do planejamento os estudantes terão a oportunidade de compreender melhor o papel


da língua inglesa como língua franca e refletir sobre o comportamento do falante não nativo em relação

53
a essa língua. Já na segunda parte do planejamento, os estudantes observarão a influência da língua
inglesa em nosso idioma, como ele já está presente e como incorporamos suas palavras em nosso dia a
dia.
Para o momento final, sugerimos que os estudantes sejam avaliados por meio da participação nas rodas
de conversa e na compreensão da tomada de consciência a respeito do uso da língua inglesa como
língua franca.
Bom trabalho, professor(a)!

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO: QUIZ ON LANGUAGES

Organização da turma Em grupos ou duplas.

Recursos e providências Texto impresso ou projetor multimídia e dicionários.

Este plano começará com um quiz que pode ser feito por meio de uma competição. Divida a turma em
pequenos grupos, entregue aos estudantes cópias do quiz abaixo e o grupo que acertar mais questões
será o vencedor.

 TEXTO: DO THE QUIZ ABOUT LANGUAGES ( ícone clicável)

Ao concluí-lo, pergunte aos estudantes suas opiniões em relação às respostas.

2º MOMENTO: ENGLISH AS A LINGUA FRANCA

Organização da turma À escolha do(a) professor(a) ou roda de conversa.

Recursos e providências Projetor multimídia e dicionários.

Professor(a), exiba o vídeo proposto abaixo para que os estudantes saibam um pouco sobre língua
franca.

 What is English as a Lingua Franca?⏐ A Star - Business English for French Speakers.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4kISzi01Aqc.

Após a exibição do vídeo, forme uma roda de conversa e faça as seguintes perguntas para os
estudantes, deixando-os expressarem suas opiniões.

1. When you use English as a lingua franca:


a) you need:
b) you don't need:

2. Why does one of the speakers say that teaching towards perfect British or American English is
a waste of time?

3. What is and what is not the aim of English as a lingua franca?

4. What do the speakers say about native English speakers?

54
5. What do you think about the points made in the video?

6. Have you been in the situations mentioned in the video?

7. Do you think native speakers should make an effort to speak simple English in an international
environment?

Fonte:(The English Flows, [2023])

3º MOMENTO: THE INFLUENCE OF ENGLISH

Organização da turma À escolha do(a) professor(a) ou roda de conversa

Recursos e providências Projetor multimídia, fotocópia de material e dicionários.

Agora, professor(a), os estudantes farão uma reflexão a respeito do quanto a língua inglesa influencia o
uso da língua portuguesa. Para isso, entregue uma cópia da atividade abaixo para eles e, após a
conclusão da atividade, faça uma roda de conversa para a correção e ao mesmo tempo ouvir a opinião
deles e eles ouvirem a dos seus colegas.

 ATIVIDADE ( ícone clicável)

Conclua este momento de reflexão exibindo o vídeo sugerido abaixo.

 ESTRANGEIRISMOS: ESTAMOS INDO LONGE DEMAIS? | English in Brazil.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=A1vyYWmpl9w.

Termine este planejamento perguntando aos estudantes quais lições sobre a Língua Inglesa eles
aprenderam.

55
ANEXO
TEXTO: DO THE QUIZ ABOUT LANGUAGES ( ícone clicável)

Do the quiz about languages.

1.Approximately how many languages are currently spoken in the world today?

A) Around 1,000
B) Around 7,000
C) Around 30,000

2.What does the word “polyglot” mean?

A) A language with more than 1 billion speakers


B) A country with more than three official languages
C) A person who can speak multiple languages

3.Which country has the highest linguistic diversity in the world with an estimated 820 languages
spoken?

A) India
B) Nigeria
C) Papua New Guinea

4.What is a possible reason why a language may disappear?

A) People choose to learn more superior languages which are inherently better
B) People choose to learn easier languages with simple grammar or pronunciation
C) People choose to learn languages with high prestige to get better opportunities

5.Which of the following used to be a dead language, but was then successfully revived to become
a living language today?

A) Hebrew
B) Sanskrit
C) Latin

6.Which term refers to special expressions or words used by a group or profession that are difficult
for others to understand?

A) Slang
B) Jargon
C) Dialect
Fonte: (The English Flows, [2023])

56
ATIVIDADES ( ícone clicável)

1. Which of these English words do you use in your mother tongue?

a) cool
b) OK
c) weekend
d) computer
e) football
f) film
g) fashion
h) business

2. What other English words do you use?

3. Are there any equivalents from your language? For example, the French use ‘week-end’
and the equivalent French term is fin de semaine.

4. Do you think it matters that you use English words in your language? Why? Why not?

5. Are any words from your language used in English?


Fonte: (One stop English, [2023])

57
REFERÊNCIAS
ANA. Tips. Customessay Meister, [s.l.], 21 mar. 2019. Disponível em:
https://www.customessaymeister.com/blog/how-to-prepare-for-a-debate. Acesso em:25 out. 2023.
AVANÇOS da inteligência artificial impactam a sociedade. [S. l.: s. n.], 22 maio 2023. 1 vídeo (4min).
Publicado pelo canal TV Ufes Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5ztiPkBDIyM. Acesso
em: 20 out. 2023.
BEYOND: Knowledge: Languages. In: One stop English. One stop English, [s.l.], [2023]. Disponível
em: https://www.onestopenglish.com/beyond-knowledge/beyond-knowledge-
languages/554560.article. Acesso em: 20 nov. 2023.
DEBATE Printables. In: Worksheet place. Worksheet place, [s.l.], [2023]. Disponível em:
https://worksheetplace.com/index.php?function=DisplayCategory&showCategory=Y&links=2&id=360
&link1=43&link2=360. Acesso em: 25 out. 2023.
DEBATING skills – Introduction. [S. l.: s. n.], 3 fev. 2021. 1 vídeo (2min 59 seg). Publicado pelo canal
HUB Scuola. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1TSkkxu8on0. Acesso em: 22 out. 2023.
ENGLISH as a lingua franca. In: The English Flows. The English Flows, [s.l.], [2023]. Disponível em:
https://theenglishflows.com/lesson-plans/english-as-a-lingua-franca/. Acesso em: 18 nov. 2023.
ESTRANGEIRISMOS: estamos indo longe demais? [s. l.: s. n.], 17 fev. 2019. 1 vídeo (7min 4seg).
Publicado pelo canal English in Brazil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=A1vyYWmpl9w. Acesso em: 20 nov. 2023
FÉLIX, Vanusa. Nuvens de palavras. Nova União, 2023.
FREEPIK. Debate. [S. l.], [2023]. Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-terapia-
de-grupo_9909089.htm#query=debate&position=7&from_view=search&track=sph&uuid=23a9238d-
8477-466a-9098-f21590e332f1. Acesso em: 20 out. 2023.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 27ª edição. Rio
de Janeiro: editora FGV, 2010.
JONES, Gabrielle. Lesson share. One Stop English, [S.l], 2013. Disponível em:
https://www.onestopenglish.com/download?ac=9883. Acesso em: 10 nov. 2023.
LIVING Democracy. In: Debate format. Debate format, [s.l.], [2023]. Disponível em:
https://www.living-democracy.com/textbooks/volume-4/students-manual-6/student-handout-35/.
Acesso em:25 out. 2023.
MAHDAWI, Arwa. Will AI free us from drudgery – or leave us jobless and hungry? The Guardian,
Inglaterra, 30 maio 2023. Disponível em:
https://www.theguardian.com/commentisfree/2023/may/30/will-ai-free-us-from-drudgery-or-leave-us-
jobless-and-hungry. Acesso em: 20 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
WHAT is English as a Lingua Franca? [s. l.: s. n.], 26 mai. 2020. 1 vídeo (6min 11seg). Publicado pelo
canal A Star - Business English for French Speakers. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4kISzi01Aqc. Acesso em: 18 nov. 2023

58
WILL Robots and Artificial Intelligence take your Job? [S. l.: s. n.], 14 maio 2019. 1 vídeo (12min 30seg).
Publicado pelo canal DW SHIFT. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gcZ10jgyR9E. Acesso
em: 20 out. 2023.

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2º ano 2024

Arte Linguagens e suas Tecnologias

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Valorização de identidades, (EM13LGG302). Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de


tradições e patrimônio cultu- mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens, levando em
rais por meio de apreciação, conta seus contextos de produção e de circulação.
fruição e posicionamento crí-(EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social,
tico em arte. analisando diferentes argumentos e opiniões, para formular, negociar e
Pluralidade e diversidade de sustentar posições, frente à análise de perspectivas distintas.
perspectivas.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: De outros carnavais
A) APRESENTAÇÃO:
A arte proporciona “a vivência e a reflexão crítica, afastando-se de concepções restritas à ludicidade, à
recreação ou ao entretenimento […] contribuindo na formação integral dos jovens da rede.” (MINAS
GERAIS, 2022, p.74). A BNCC propõe práticas pedagógicas que proporcionem aos estudantes o
desenvolvimento de autoria e autonomia nas práticas de linguagens, conduzindo o educando ao
conhecimento, apreciação que ativa o cérebro, aumenta a imaginação, gera reflexão e o pensamento
crítico. Formando cidadãos leitores, conscientes do mundo ao redor e sua participação, capazes de
tomarem decisões equilibradas no campo artístico e generalizar o conhecimento adquirido para outras
áreas da vida.
O presente planejamento busca desenvolver habilidades fundamentais para o estudo de arte:
(EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em
diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação; (EM13LGG303)
Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e opiniões, para
formular, negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas distintas.
Nosso propósito é que o estudante tenha conhecimentos que possam servir de base para o
desenvolvimento do pensamento crítico sobre os vários aspectos envolvidos na festa do carnaval, bem
como saber se posicionar e debater questões polêmicas de relevância social. Além de instigar a pesquisa,
provocar busca por relações entre “os carnavais” do Brasil, construir conhecimentos que fazem parte da
formação de identidade de nosso povo. Ampliar o estudo sobre a festa e conhecer a diversidade de temas
que podem ser relacionados a ela.

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Exploraremos vários aspectos da maior festa do Brasil como suas origens, os diferentes tipos de festa de
carnaval, analisando as suas formas de composição, organização, expressões artísticas presentes e o
impacto do carnaval em várias áreas da sociedade. Além dos momentos pedagógicos baseados em aula
expositiva, propomos a pesquisa, apresentação em grupos e debates dos estudantes sobre essa festa.
Que o carnaval é um símbolo nacional, já estamos acostumados a falar sobre isso. Faremos uma
abordagem mais ampla, observando o evento como patrimônio cultural do Brasil, sua importância como
tal, estudando com o objetivo de conhecer e entender melhor essa festa recheada de significados e
diferentes expressões artísticas. Inserindo, também, na discussão os vários aspectos da sociedade que
“afetam” ou são “afetados” pelo evento.
Será proposto a análise de textos, discursos com diferentes intenções, posicionamentos, visões de
mundo e interesses para conhecer diferentes pontos de vista sobre o tema estudado com o objetivo de
levar o estudante à reflexão com respeito à pluralidade e diversidade de perspectivas. Após leitura,
reflexão e discussão, oriente os estudantes a serem os protagonistas da organização, concepção e
criação de uma fantasia de carnaval que será apresentada num desfile.
O objetivo desse planejamento é auxiliar você professor(a) a trabalhar o tema carnaval de modo amplo
com seus estudantes. E a partir dele você poderá planejar suas aulas de modo que os estudantes
conheçam as origens do carnaval, tenham acesso a diferentes leituras que apresentem várias vertentes
ligadas ao festejo e a partir dessas análises o estudante será capaz de construir um pensamento crítico
a respeito do que foi apresentado. É interessante que você, professor(a), tenha claro que pode fazer as
adaptações necessárias para a realidade de sua escola de modo que as aulas façam sentido para os
estudantes.
Ao final deste planejamento, espera-se que o estudante seja capaz de apreciar os vários tipos de
acontecimentos no período do carnaval, analisar, as expressões artísticas presentes na festa; e os
diversos aspectos da sociedade brasileira que são envolvidos pelo carnaval; refletir sobre quais são os
impactos que o país tem antes, durante e depois desse período e o que pode ser feito para minimizar os
danos causados, de modo que haja mais ganhos/lucros/alegrias como resultado e criar fantasias com
material reciclado tendo consciência da importância da sustentabilidade.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO

Organização da turma Em duplas.

Recursos e providências Lousa e pincel. Apito.

Olá, professor(a), converse com os estudantes sobre carnaval! Essa é uma grande festa brasileira, mas
o que será que seus estudantes sabem e pensam sobre o carnaval? O que eles costumam fazer nesse
período? E com quem eles estão? Inicie sua aula fazendo essas perguntas aos estudantes. Ouça e anote
no quadro algumas palavras-chave. Comente sobre as diferentes formas que existem de aproveitar esse
período.
Peça que cada estudante pense numa experiência pessoal vivida durante algum carnaval. Explique que a
atividade será feita em duplas. Combine um sinal com os estudantes e a cada 2 minutos faça o sinal
(som apito, ou palmas, por exemplo). Esse é o tempo que eles terão para compartilhar suas histórias de
carnaval com um colega e depois ouvir a história desse colega. Os estudantes andarão pela sala
trocando as duplas para realizar a atividade: ouvir e ser ouvido. Deixe bem claro para eles que cada um

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terá até 2 minutos para falar.

Atividade em duplas:
• Conte uma história de carnaval: onde foi, com quem foi, o que fez/aconteceu?
Sinal 1: a primeira pessoa da dupla compartilha uma história que aconteceu com ele durante algum
período de carnaval.
Sinal 2: a segunda pessoa fala.
Sinal 3: trocar as duplas.
Se a turma for muito grande permita que eles troquem várias vezes de duplas. Peça que todos voltem
aos seus lugares, pergunte-lhes como se sentiram ao contar sua história e como se sentiram ao ouvir a
história dos colegas. Deixe que compartilhem suas percepções da atividade. Conclua essa parte falando
sobre a importância de ouvir o outro, de se permitir falar, de perceber a diversidade de experiências
acontecidas durante o mesmo período e os diferentes pontos de vista sobre o mesmo evento: carnaval.

2º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, slides, projetor multimídia.

O propósito desta parte é que os estudantes conheçam a história do carnaval e percebam que hoje
existem diversas possibilidades para aproveitar esse período.
Neste momento do planejamento, apresente aos estudantes a história do carnaval destacando alguns
pontos importantes, por exemplo: como surgiu, onde, quando, com quem, quando chegou ao Brasil, o
processo até se tornar como é hoje. Em seguida explique aos estudantes que existem vários tipos de
comemorações ou programações no período do carnaval. Como exemplo podemos citar: desfile de
escolas de samba, trio elétrico, blocos de rua, frevo, bailes, festival de música, acampamentos, viagens
para lugares afastados etc. Tem evento para todos: os que querem aproveitar a folia de várias formas e
os que querem fugir da folia.
Disponibilize um texto com o resumo desses tópicos para os estudantes (origem e tipos de festejos
nesse período). Para falar sobre as origens e os tipos de festas de carnaval, o professor poderá
organizar o material da aula em slides, se a escola dispuser dos equipamentos necessários para a
realização da apresentação ou compartilhar com os estudantes por meios eletrônicos como e-mails,
WhatsApp, Google Classroom etc.
Exemplo de material de consulta para o(a) professor(a):
 História e origem do carnaval − Toda Matéria.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-do-carnaval/.
 História do Carnaval − Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm.
 Carnaval − Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval.
 Confira 10 cursos e profissões para quem gosta de Carnaval − Brasil Escola.
Disponível em: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/noticias/confira-10-cursos-para-quem-
gosta-de-carnaval/354186.html.

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 Carnaval − Wikipédia.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval
 Carnaval do Brasil – Wikipédia.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval_do_Brasil

Professor(a), peça aos estudantes que se sentem em duplas e façam uma lista dos tipos de eventos de
carnaval que acontecem em sua região, pontuando quais já participou. Essa atividade é para trazer ao
estudante a consciência de que a festa acontece em todo o Brasil, com muitas características, que sua
região também faz parte disso e que, ele também, é protagonista nesse evento tão importante para a
nação. Essa tarefa vai trazer um senso de pertencimento, pois a maioria das famílias têm seus “rituais” e
costumes de carnaval, nesse momento ele poderá compartilhar suas práticas, será incentivado a ter
coragem de se posicionar e ouvir os colegas, conhecer o diferente e aprender a respeitar e conviver com
essas diferenças. Depois peça que as duplas falem sobre os eventos que pontuaram. Conversar com a
turma sobre as diferentes percepções sobre o mesmo evento. Explicar que isso é diversidade e
pluralidade.

3º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) Professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor(a), inicie relembrando os estudantes sobre as principais expressões artísticas, faça um resumo
de cada uma delas: música, dança, teatro, pintura, escultura, fotografia, cinema, literatura, história em
quadrinhos (HQ), Jogos eletrônicos (games) e arte digital.

 TEXTO: PRINCIPAIS EXPRESSÕES ARTÍSTICAS ( ícone clicável)

Peça que os estudantes falem o que encontram no carnaval relacionado a cada expressão artística. E na
sua cidade quais são as expressões artísticas presentes nas festividades de carnaval? Quais as que ficam
mais em evidência? Vemos nas fantasias e carros alegóricos: pintura e escultura; dança e música como
por exemplo: marchinha, samba-enredo, frevo. Toda a teatralidade da festa. Peça que os estudantes
registrem em seus cadernos todas as expressões artísticas que aparecem no evento e como aparecem.
E que organizem a lista por categorias.
Fale para os estudantes pesquisarem, em grupo, pelo menos um exemplo de imagem de cada expressão
artística presente no carnaval e peça-os para montarem um mural com fotos, desenhos e pinturas.
Poderão utilizar revistas, jornais, fotos impressas etc. Esse mural ficará em exposição na escola. A turma
deverá decidir o tema da exposição e conversar o porquê dessa escolha.

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4º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Reservar com antecedência um espaço para promover um “desfile


de fantasias”: um salão, ou a quadra ou o pátio, caixa de som,
microfone, convidar as outras turmas para assistirem.
Recursos e providências
Caderno e materiais de uso individual do estudante; Materiais
recicláveis para montar a fantasia, celular com marchinhas de
carnaval.

O propósito deste momento é que os estudantes entendam como funciona a organização de um evento,
como é o trabalho em equipe e a produção de uma fantasia produzida apenas com materiais recicláveis
para apresentar num desfile.
Esse ponto do planejamento vai avaliar com os estudantes a organização do carnaval. Será analisado o
antes, o durante e o depois da festa. Peça que organizem essas categorias do evento. Registrem tudo
no caderno. Essa atividade vai trazer ao estudante a noção da grandiosidade desta festa para cada
cidade brasileira e da quantidade de pessoas que envolve.
Professor(a), peça aos estudantes que reflitam, como se fossem os organizadores do festejo e façam
uma lista do que precisa para organizar um evento como por exemplo: patrocinadores, marketing, local,
estrutura, segurança, apresentações, montadores, hotel para os convidados, transporte, alimentação,
credenciar vendedores de alimentos para local do evento, etc. Nesse momento é importante a sua
intervenção, construindo junto com os estudantes uma lista indicando os vários detalhes importantes
para que um evento ocorra e seja um sucesso.
Neste contexto, a turma escolherá um tema de carnaval para organizar e desfilar. Criarão uma fantasia
sustentável (produzida com materiais reutilizáveis) que será apresentada em um desfile, na escola.
Nesse momento, professor, decida quantas fantasias cada turma produzirá, se fará o evento com 2 ou
mais turmas juntas.
Para a organização do desfile a turma se dividirá de modo que no dia tenham equipes para: desfilar,
ornamentar, tocar e cantar música ou executá-la em um aparelho de som, um locutor, filmagem de
vídeo e fotografia, organização e limpeza.

5º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor(a), converse com os estudantes sobre o impacto que o carnaval tem para o Brasil. Do mesmo
modo que temos várias expressões artísticas presentes na festa do carnaval, o evento está relacionado
com vários temas que vão além da folia.
Para o pós-evento, explique aos estudantes que existem diversos temas relacionados com o carnaval
como: cultura e memória (Patrimônio Histórico Cultural), turismo, economia (indústria, comércio,
serviços), política, religião, impacto ambiental, sustentabilidade, inclusão social, segurança pública,
violência, entretenimento, saúde pública, educação, infraestrutura, trânsito, poluição sonora,
acampamentos/retiros, família. Lembre-os de que, a maioria das coisas que acontecem no mundo gera

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efeito cascata, e também é assim com o carnaval. É certo, que alguns efeitos repercutem com maior
visibilidade que os outros.
Divida a turma em grupos. Distribua textos sobre alguns desses temas relacionados ao carnaval. Peça
que leiam, conversem em equipe e depois os grupos deverão apresentar para a turma o tema que
estudou. Faça perguntas para cada grupo, de modo que eles criem sugestões de como melhorar os
impactos do carnaval nas várias esferas do Estado, de modo que o pós-evento produza cada vez
melhores resultados para a sociedade. Os estudantes também podem opinar sobre os temas dos outros
grupos. O importante é que todos tenham voz na elaboração de um “Manifesto do Carnaval”, que será o
resultado dessa discussão em aula.
Exemplo de material de consulta para o professor organizar a sua aula:

 TEXTO 1: O CARNAVAL E A ECONOMIA BRASILEIRA ( ícone clicável)

 TEXTO 2: COMO O SEGUNDO ANO SEM CARNAVAL DEVE IMPACTAR A ECONOMIA


BRASILEIRA ( ícone clicável)

 TEXTO 3: O IMPACTO DO CARNAVAL NA ECONOMIA BRASILEIRA ( ícone clicável)

 TEXTO 4. QUAL A RELAÇÃO ENTRE O CARNAVAL E A ECONOMIA NO BRASIL? VEJA OS


NÚMEROS DE 2023 E ENTENDA ( ícone clicável)

 TEXTO 5: CARNAVAL! 7 DICAS DE COMO APROVEITAR O PERÍODO DE FOLIA COM


SAÚDE ( ícone clicável)

 TEXTO 6: CARNAVAL DE BH: PM FAZ BALANÇO PARCIAL POSITIVO DA SEGURANÇA


( ícone clicável)

 TEXTO 7: IMPACTOS DO CARNAVAL NO MEIO AMBIENTE ( ícone clicável)

 TEXTO 8. CARNAVAL: DICAS PARA CAIR NA FOLIA COM MÍNIMO IMPACTO


AMBIENTAL ( ícone clicável)

 TEXTO 9: IMPACTO DE CARNAVAL ( ícone clicável)

 TEXTO 10: O QUE O CARNAVAL TEM A VER COM O CATOLICISMO? ( ícone clicável)

 TEXTO 11: ACAMPAMENTO CATÓLICO REÚNE 10 MIL FIÉIS NO CARNAVAL EM


CACHOEIRA PAULISTA ( ícone clicável)

 TEXTO 12: EVENTOS RELIGIOSOS DO CARNAVAL 2023 DE CAMPINA GRANDE


CHEGAM AO FIM NESTA TERÇA ( ícone clicável)

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ANEXO
TEXTO: PRINCIPAIS EXPRESSÕES ARTÍSTICAS ( ícone clicável)

As principais expressões artísticas:

1. Música: a arte dos sons produzidos por vozes ou instrumentos musicais.


2. Dança: a arte do movimento corporal.
3. Pintura: depositar pigmentos sobre uma superfície.
4. Escultura: modelar materiais como argila, madeira, pedra criando um objeto.
5. Teatro: arte de representar uma história para um público.
6. Literatura: é a expressão através da escrita.
7. Fotografia: a arte de captar imagens.
8. Cinema: surgiu com os irmãos Lumière que desenvolveram uma máquina para passar as
fotografias rapidamente dando ideia de movimento. É a arte de fazer filmes.
9. História em Quadrinhos (HQ): é uma história contada numa sequência de desenhos feitos
dentro de quadros/tirinhas.
10. Jogos eletrônicos: ou games - são programas nos quais as pessoas interagem com objetos
virtualmente, tendo que ultrapassar desafios, cumprindo metas e se divertindo. Fonte: (ADAIR,
2023).
11. Arte digital: arte feita com computador, celular e outras tecnologias.
Fonte: (Minas Gerais, 2023)

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TEXTO 1: O CARNAVAL E A ECONOMIA BRASILEIRA ( ícone clicável)

Texto 1: O carnaval e a economia brasileira, (PAIVA, [2023]).

O Carnaval e a economia brasileira


O Carnaval é um dos maiores eventos culturais do Brasil e tem efeitos significativos na economia do
país.
Alguns dos principais efeitos são:

Turismo
O Carnaval atrai milhares de turistas nacionais e estrangeiros para o Brasil, gerando uma grande
demanda por serviços turísticos, como hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento. Essa
demanda gera empregos temporários e movimenta a economia local.

Comércio
Durante o período do Carnaval, o comércio de produtos e serviços relacionados ao evento, como
fantasias, adereços, bebidas e comidas típicas, aumenta significativamente. Esse aumento nas vendas
gera mais empregos e movimenta a economia em geral.

Eventos culturais
Além dos desfiles das escolas de samba, há diversas outras atividades culturais que acontecem
durante o Carnaval, como shows, blocos de rua, festas e eventos turísticos. Esses eventos atraem
mais pessoas para as cidades e geram receitas para os organizadores e para as empresas envolvidas
na produção desses eventos.

Impostos
O aumento das atividades econômicas relacionadas ao Carnaval gera mais arrecadação de impostos
para os governos federal, estadual e municipal. Isso pode ajudar a financiar projetos sociais e de
infraestrutura em áreas como saúde, educação e transportes.
Em resumo, o Carnaval tem um impacto significativo na economia brasileira, gerando empregos,
movimentando o comércio e o turismo, e aumentando a arrecadação de impostos.

Previsão para 2023


O Carnaval deve movimentar cerca de R$ 8,2 bilhões no turismo em 2023, segundo estimativa da CNC
(Confederação Nacional do Comércio). O valor representa um aumento em relação aos 2 anos
anteriores, quando a comemoração do feriado foi impactada pela pandemia de covid-19.
Em Belo Horizonte, por exemplo, foram cadastrados 16,1 mil ambulantes para trabalhar nas
festividades do Carnaval que deve contar com um público de 5 milhões de pessoas.
Voltando aos dados nacionais, em 2019, antes do coronavírus, o montante movimentado fechou em
R$ 7,8 bilhões. Em 2020 quando as folias se deram antes do período de isolamento social no Brasil, ou
seja, sem impedimentos alcançou um recorde de movimento de R$ 8,5 bilhões.

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TEXTO 2: COMO O SEGUNDO ANO SEM CARNAVAL DEVE IMPACTAR A ECONOMIA
BRASILEIRA ( ícone clicável)

Texto 2: Como o segundo ano sem carnaval deve impactar a economia brasileira, (Braun, 2022).

Como o segundo ano sem Carnaval deve impactar a economia brasileira

O cancelamento pelo segundo ano seguido das festas de Carnaval por conta da pandemia de covid-19
deve trazer impactos intensos para a economia do Brasil, em especial para os setores de eventos e
turismo.
Das 27 capitais brasileiras, 24 mais o Distrito Federal anunciaram oficialmente que a folia deste ano foi
suspensa ou adiada, impondo proibições a blocos de rua e um limite máximo de lotação para eventos
fechados. São Paulo e Rio de Janeiro remarcaram os desfiles das escolas de samba para o feriado de
Tiradentes.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tudo isso fará com
que o setor de serviços deixe de lucrar algo em torno de R$ 3 bilhões.
A estimativa faz parte de um estudo comandado pela organização todos os anos antes do Carnaval.
Em valores absolutos, a CNC prevê que evento de 2022 terá um faturamento próximo aos R$ 6,45
bilhões.
Antes da crise sanitária, a folia costumava movimentar, em média, R$ 9,5 bilhões em receitas.
Apesar do volume de faturamento previsto para este ano ser 21,5% maior do que o registrado em
2021, quando as celebrações também foram suspensas e o setor de serviços não lucrou, ainda está
33,7% inferior ao observado no Carnaval de 2020, realizado antes da pandemia ser decretada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
"O Carnaval brasileiro ainda tem muito o que recuperar nos próximos anos para voltar ao nível de dois
anos atrás", prevê o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.
"Se não sofrermos nenhum outro grande golpe no futuro próximo, acredito que os R$ 7 bilhões em
receita perdidos que estimamos que serão perdidos entre 2021 e 2022 possam ser recuperados em
cerca de três anos", diz.

Impactos em todo o país


Segundo Bentes, os Estados que mais serão afetados após dois anos sem folia são aqueles que
recebem mais visitantes por conta do Carnaval, como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Pernambuco.
Na Bahia, onde ocorre um dos maiores Carnavais do país, deixou-se de arrecadar R$ 1,7 bilhão em
2021 e mais de 60 mil pessoas ficaram sem opção de trabalho. O rombo deve ser ampliado ainda mais
no segundo ano seguido.
Já a economia do Rio de Janeiro deixou de movimentar algo em torno de R$ 5,5 bilhões em 2021,
segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). O valor equivale
a 1,4% do PIB carioca.
Em 2022, a expectativa é que o faturamento ainda seja 20% menor do que o de 2020, quando a festa
movimentou R$ 4 bilhões na economia do Estado.
Em São Paulo, o último Carnaval movimentou cerca de R$ 3 bilhões, ou 2% do PIB paulista.

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Menos festas e menos viagens
Segundo a Associação Brasileira de Eventos (Abrape), aproximadamente 50 mil eventos relacionados à
folia não foram e não serão realizados no Carnaval (antes, durante e depois).
Para efeitos de comparação, em 2019, foram realizados 90 mil eventos. No Nordeste, por exemplo, o
prejuízo no setor será de 8,1 bilhões de reais que deixarão de circular só nos dias de festa.
"Não são somente os carnavais de rua de Salvador ou Recife que estão deixando de acontecer ou os
desfiles em São Paulo e Rio de Janeiro que foram adiados - festas em todo o país foram canceladas,
ao mesmo tempo em que muitas pessoas estão deixando de viajar", diz Doreni Caramori Júnior,
presidente da Abrape. "A cadeira inteira do setor de eventos e turismo está sendo abalada".
Empresas áreas e do setor de hotelaria também devem lucrar menos. A expectativa da CNC é que o
segmento de serviços de hospedagem em hotéis e pousada movimente cerca de R$ 660 milhões no
feriado, quando no mesmo período de 2020 a previsão era de R$ 860 milhões.
Ainda assim, o setor de turismo espera recuperar parte dos prejuízos de 2021. Em cidades como
Salvador e Rio de Janeiro a ocupação hoteleira está acima dos 80%, mesmo sem a presença das
festas na rua.
Entre empresários do setor de bares e restaurantes também há uma sensação de otimismo. "Bares e
restaurantes estão otimistas com o feriado e a expectativa de faturamento varia de 20 a 30% em
cidades litorâneas", diz Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o
segmento de alimentação fora do domicílio, representado por bares e restaurantes, deve movimentar
algo em torno de R$ 2,78 bilhões nos quatro dias do feriado. Há dois anos atrás a previsão era de R$
4,8 bilhões.
Segundo Solmucci, os consumidores já estão se sentindo mais seguros para frequentar bares e
restaurantes. Muitas pessoas que nos anos pré-pandemia costumavam acompanhar blocos de
Carnaval ou iam a festas também devem trocar essas atividades por saídas com a família e amigos
para locais mais calmos.
"Entretanto, cidades como Belo Horizonte, que não terão a festa na rua, a expectativa de faturamento
do setor tende a ser reduzida devido ao menor número de turistas presentes na capital mineira", diz
ele.

Sem festa, sem trabalho


Mas segundo Fabio Bentes, não há dúvidas de que os trabalhadores, formais e informais, serão muito
impactados pelo segundo ano sem Carnaval.
Um bloco na rua, por exemplo, movimenta uma cadeia de trabalhadores que vai desde locadores e
montadores de trios elétricos a vendedores ambulantes e catadores de materiais recicláveis.
Só em São Paulo, por exemplo, foram abertas 12 mil vagas temporárias para vendedores ambulantes
de bebidas em 2020. Com o cancelamento dos blocos e o adiamento do desfile na cidade, não há
qualquer garantia de lucro com a folia para essas pessoas.
E não são apenas os vendedores que sentem o impacto das ruas vazias durante o Carnaval. Segundo
o presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat),
Roberto Rocha, a folia é a época do ano mais importante para os catadores.

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"O período das festas sempre foi uma excelente oportunidade de renda extra. E esse 'plus' está
fazendo uma baita diferença na vida de muitas famílias", diz. "No ano de 2020, fizemos uma parceria
com o setor de bebidas e alimentos e, além do valor recebido nas cooperativas pelo material coletado,
os trabalhadores ainda ganharam pelo serviço de limpeza".
Segundo Rocha, os lucros obtidos pelos catadores durante o Carnaval chegavam a representar até
30% de toda a renda mensal.
Apesar das iniciativas de algumas empresas privadas para distribuição de auxílio para catadores e
ambulantes, boa parte dos ganhos previstos para esta época do ano deixarão de fazer parte da receita
familiar desses brasileiros.

'Famílias sofrendo e precisando de ajuda'


Mazinho Twister, como é conhecido Francisco Aparecido de Alencar, de 47 anos, é dono de uma
empresa que fabrica e loca trios elétricos. Todos os anos durante o Carnaval, ele costuma alugar seus
veículos para até 30 eventos realizados por todo o Estado de São Paulo.
Em 2022, Mazinho está com todos os seus 14 trios elétricos parados na garagem. "Meu lucro foi há
zero nos últimos dois anos. Eu tinha 22 funcionários e suspendi todos, com exceção de um rapaz que
cuida da garagem e ajuda na conservação dos trios", conta o empresário, que mora em Campinas.
"A maioria das pessoas dispensadas estão vivendo atualmente apenas do auxílio do governo", diz.
Mazinho lamenta ainda a situação de muitos de seus colegas de ramo, que foram obrigados a vender
seus trios diante da falta de trabalho. "Eu por enquanto estou resistindo, mas estou com o aluguel da
garagem onde guardo os veículos atrasado e 90.000 reais de dívida no banco", conta.
O anseio por sair às ruas é compartilhado por Luiz Adolpho, presidente do clube do Homem da Meia-
Noite, um dos mais tradicionais e famosos blocos de Olinda. "Tenho 57 anos e antes da pandemia não
me lembro de um Carnaval em que não brinquei na rua", conta.
O bloco de 90 anos de história não desfila há dois anos e tomou a decisão de também não participar
de eventos fechados. Mantém contato com o público apenas por meio de clipes lançados pelas redes
sociais e visitações à sua sede, com obrigatoriedade de máscara e apresentação de um comprovante
de vacinação.
Segundo Adolpho, o Homem da Meia-Noite emprega uma média de 450 a 600 pessoas todos os anos,
entre músicos, operadores de som, seguranças e montadores. "Infelizmente não conseguimos manter
todos os funcionários desde o início da pandemia. Fizemos arrecadação de cestas básicas para ajudar
os mais necessitados, mas não é possível atender a todos que foram prejudicados pelo cancelamento
dos blocos em Olinda e Recife", lamenta o pernambucano.
"Na verdade, há uma grande necessidade de acolhimento das pessoas que ficaram sem renda por
conta de todos os eventos de Carnaval que não acontecerão em todo o Brasil. Recebemos relatos de
muitas famílias sofrendo e precisando de ajuda".

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TEXTO 3: O IMPACTO DO CARNAVAL NA ECONOMIA BRASILEIRA ( ícone clicável)

Texto 3: O impacto do carnaval na economia brasileira, (Pascoal, 2023).

O impacto do Carnaval na economia brasileira

Depois de 2 carnavais afetados diretamente pela pandemia, a expectativa para 2023 é grande. E não
é para menos. No último ano, só as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador deixaram de
movimentar R$ 10 bilhões. O setor de serviço, que engloba atividades turísticas e de hospedagens,
bem como os trabalhadores informais, como ambulantes, sentiram na pele os efeitos da
desaceleração.
Para 2023, a expectativa é que 80 mil turistas estrangeiros circulem pelo país. O número já supera a
quantidade de 2020, último Carnaval anterior à pandemia. Na ocasião, o Brasil recebeu 55 mil
estrangeiros, de acordo com levantamento feito pela Gerência de Inteligência Competitiva e
Mercadológica da Embratur, com dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Quando um turista chega na cidade, ele utiliza transporte para se locomover, fica em hotéis, vai em
restaurantes e bares, visita pontos turísticos, faz compras. Todas essas ações não só movimentam a
economia como também geram arrecadação de impostos. Esses são os impactos diretos. Já os
indiretos, diz respeito a salários de novos funcionários contratados, fornecedores de insumos,
indústria, entretenimento e tantos outros.
O Carnaval brasileiro não só incentiva direta e indiretamente a geração de empregos nos mais
diversos setores, bem como mobiliza fornecedores da indústria, comércio e serviços. Sem contar os
valores investidos em campanhas publicitárias de multinacionais, mas também de pequenos e médios
grupos.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, fevereiro é o mês de maior arrecadação de ISS de serviços
ligados ao turismo. Além disso, circulam cerca de 45 mil trabalhadores apenas no Sambódromo,
segundo dados do RioTur.
Tudo isso somado a espera ansiosa após dois anos sem Carnaval trazem muito expectativa para o
Carnaval 2023. Em algumas cidades, a comemoração já começou e grupos realizam “esquenta” com
festas e ensaios.
Mais dinheiro circulando, mais oportunidades de lucro. Mais do que nunca sai na frente quem se
prepara para o período. Se trabalha alugando imóveis, que tal pensar em um diferencial ou pacote
especial que seja mais atraente para o turista? Se o foco é comércio, talvez investir em anúncios
focados em geolocalização e bombardear o turista que passa pelo seu comércio com informações e
promoções da sua loja.
Aproveitar o começo do ano e a festa que tanto movimenta a economia para realizar um
planejamento focado e direcionado para consolidar o negócio e aumentar o faturamento, com certeza
vai trazer bons frutos. Essa é uma grande oportunidade para as empresas investirem na comunicação
do negócio, focar no atendimento para impulsionar as vendas e focar no gerenciamento de estoque
que também pode acabar refletindo na venda.
Está mais que provado: Carnaval não é só folia. É desenvolvimento econômico e oportunidade de
crescimento para os negócios!

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TEXTO 4: QUAL A RELAÇÃO ENTRE O CARNAVAL E A ECONOMIA NO BRASIL? VEJA OS
NÚMEROS DE 2023 E ENTENDA

Texto 4: Qual a relação entre o carnaval e a economia no Brasil? Veja os números de 2023 e entenda, (Qual…,
2023)

Qual a relação entre o carnaval e a economia no Brasil? Veja os números de 2023 e


entenda

Veja os números econômicos previstos para o carnaval de 2023 e entenda seu impacto na economia
brasileira.
O carnaval de 2023 tomou as ruas do país desde a última sexta (17). O Ministério do Turismo está
com projeções otimistas, a expectativa é que a festa leve mais de 46 milhões de pessoas às ruas
neste ano. Segundo levantamento do Ministério, a festa deve gerar mais de R$ 8,2 bilhões para a
economia brasileira. As estimativas foram feitas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC). A cifra representa um aumento de 26,9% em relação ao contabilizado em
2022. O levantamento da CNC mostra que a maior parte da receita deve ser gerada por:
− bares e restaurantes, com movimentação de R$ 3,63 bilhões;
− transporte de passageiros, com R$ 2,35 bilhões;
− e serviços de hotelaria e hospedagem, com R$ 890 milhões.
O setor de bares e restaurantes espera faturar 30% a mais que no mesmo período do ano passado,
como informa a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
As cidades que se destacam na economia durante o carnaval são: Recife (PE), Salvador (BA) e Rio de
Janeiro (RJ), tradicionais destinos turísticos durante a festa.

Quanto o Carnaval movimenta na economia?


Na capital carioca, é esperada uma movimentação econômica de R$ 4,5 bilhões, segundo o
levantamento Carnaval de Dados, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e
Simplificação (SMDEIS) em parceria com o Instituto Fundação João Goulart e com a Empresa de
Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur).
A marca representa uma elevação de 12,5% em relação a 2020, último carnaval aos moldes
tradicionais, antes da pandemia. Só os blocos de rua deverão ser responsáveis por R$ 1,2 bilhão deste
montante, 20% a mais que em 2020. A tradicional festa de Momo na capital fluminense é responsável
por um terço de toda a movimentação econômica no país, no período.
A prefeitura carioca estima que a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) de turismo alcançará
R$ 23,3 milhões, resultado 20% maior do que o registrado em fevereiro de 2020, da ordem de R$
19,4 milhões. De acordo com o estudo, os quatro dias de folia carnavalesca têm impacto direto sobre
o turismo da cidade. Entre 2011 e 2022 (excluindo 2020 e 2021, em função da pandemia), fevereiro
tem o maior peso (10,2%) entre os 12 meses do ano na arrecadação do ISS ligado ao turismo, dois
pontos percentuais acima da média dos demais meses do ano, o que mostra a força do carnaval
carioca.
A expectativa pelo retorno do carnaval às ruas também é refletida pela movimentação esperada nos
aeroportos brasileiros. A Inframerica, responsável pelo Aeroporto de Brasília, divulgou a estimativa de
um fluxo de aproximadamente 250 mil pessoas e 1.750 pousos e decolagens até a quinta-feira (23).
Os principais destinos procurados por quem embarca em Brasília são São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais.
Outros setores são impactados
O aumento da arrecadação não se restringe apenas aos setores tradicionais da hotelaria, do
transporte e de bares e restaurantes. O carnaval no Brasil é responsável por gerar empregos e
oportunidades para outros pequenos negócios. De vendedores ambulantes a produtores de fantasias e
carros alegóricos, todos contribuem para a festa que mais movimenta a economia brasileira.

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TEXTO 5: CARNAVAL! 7 DICAS DE COMO APROVEITAR O PERÍODO DE FOLIA COM SAÚDE (
ícone clicável)

Texto 5: CARNAVAL! 7 dicas de como aproveitar o período de folia com saúde, (CARNAVAL…, [2023]).

Carnaval! 7 dicas de como aproveitar o período de folia com saúde

Quem gosta de carnaval não pode se esquecer de cuidados básicos com a saúde. Mantenha uma
alimentação leve, use roupas frescas, protetor solar, beba água frequente e vá a um posto de saúde
atualizar a carteira de vacinação.
Antes de enfrentar a maratona de desfiles e blocos ou colocar o pé na estrada, confira alguns
cuidados para curtir o carnaval.

1 – Hidratação:
Estamos no verão e, por isso, é preciso ter atenção especial com a hidratação. Para minimizar os
efeitos do calor e manter o corpo hidratado, beba muita água, sucos naturais, água de coco e
refrescos com frutas frescas como: melancia, melão, tangerinas, laranjas e abacaxi. Atenção: bebida
alcoólica não hidrata. Ao contrário, o álcool tem função diurética, ou seja, estimula o organismo a
eliminar água através da urina, podendo causar desidratação.

2 – Proteção solar:
Os desfiles de escolas de samba acontecem à noite, mas os blocos, em sua maioria, desfilam durante
o dia, sob o sol escaldante do verão. Não deixe de usar protetor solar no rosto e no corpo. Vale,
também, usar chapéus e óculos escuros. Além disso, prefira roupas leves e confortáveis.

3 – Alimentação:
Evite alimentos gordurosos e apimentados, prefira aqueles leves, à base de saladas de folhas e
legumes, macarrão e carnes magras ou ovos, que fornecem energia para pular muito! Como nessa
época o risco de infecções intestinais causadas pelo consumo de água ou alimentos contaminados
aumenta, muita atenção com o que for comer na rua. Observe se os alimentos estão acondicionados
em lugares próprios e com a higiene necessária.

4 – Doenças:
Contatos íntimos como por meio do beijo são uma porta de entrada para vírus e bactérias. Por isso,
tenha cuidado com a transmissão de doenças como gripe, resfriado e herpes. E não esqueça a
camisinha! Além da Aids, o uso do preservativo previne a contaminação por outras infecções
sexualmente transmissíveis (ISTs), como a sífilis e hepatites virais (B e C).

5 – Dengue, zika e chikungunya:


Antes de viajar, identifique os locais onde a água pode ficar parada em sua casa. Calhas, declives no
terreno e ralos que possam estar entupidos devem ser vistoriados e limpos. O mesmo vale para a
caixa d’água e para os recipientes que possam acumular água, como garrafas, potes, latas, pneus,
que devem ficar sempre protegidos da chuva.

6 – Vacinação:
Manter as vacinas em dia é sempre importante para garantir a sua saúde e a de quem você ama.
Procure um posto de saúde e atualize seu cartão de vacinação.

7 – Doação de sangue:
Com a queda nas doações nos períodos de feriado prolongado, os hemocentros do país promovem
campanhas para que as pessoas continuem doando, a fim de manter os estoques. Em São Paulo, por
exemplo, o Banco de Sangue do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) lançou a ação “Faça o
estoque do Banco de Sangue brilhar antes e depois da folia. Doe sangue! ” Para mais informações,
procure o Hemocentro ou unidade de saúde de sua cidade!

Fontes: Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro

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TEXTO 6: CARNAVAL DE BH: PM FAZ BALANÇO PARCIAL POSITIVO DA SEGURANÇA ( ícone
clicável)

Texto 6: Carnaval de BH: PM faz balanço parcial positivo da segurança, (Costa; Estillac, 2023).

Carnaval de BH: PM faz balanço parcial positivo da segurança

Ainda sem estatísticas fechadas, militares entendem que o treinamento realizado surtiu efeito e
foliões também aprovam policiamento.
Com a aproximação do fim do terceiro dia de carnaval, o balanço da Polícia Militar de Minas Gerais é
positivo sobre a segurança do evento na capital e em demais pontos do estado. Embora casos
específicos de crimes violentos tenham começado a ganhar os noticiários durante a festa, a análise é
que o treinamento realizado para o evento está colhendo os frutos de poucas ocorrências graves,
especialmente em BH.
No domingo (19/2), dois jovens morreram após brigas em festa de Carnaval em Juiz de Fora e
Senador Firmino, ambas na Zona da Mata mineira. Em Barroso, na região de Campo das Vertentes, a
folia foi cancelada após um tiroteio.
Mesmo com casos extremos, a PM avalia positivamente o trabalho feito até aqui. O balanço estatístico
do carnaval será produzido ao fim da folia, mas o chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de
Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Santiago, aponta que o planejamento realizado para o evento
tem coibido crimes e confusões, especialmente em locais com grandes aglomerações, como em BH.
“O recorte mais próximo que temos mostra uma situação melhor que em 2020 e 2019. Nós temos
cerca de 50 mil postos ativados de policiamento no estado, em uma estratégia de ocupação de
espaço, de estar presente. Temos que pensar que são mais de 500 desfiles só em Belo Horizonte e,
em todos eles, temos policiamento”, afirma.
Presente no bloco Havaianas Usadas neste domingo (20/2), a estudante Lara Magalhães, de 18 anos,
corrobora a visão do tenente-coronel. Ela diz estar se sentindo mais segura na festa deste ano.
“Um elogio para esse carnaval é que, além dos blocos estarem melhores e mais equipados, a polícia
está sempre presente. A gente está sentindo mais segurança. Pela primeira vez eu não tive medo de
ser roubada em momento algum desse carnaval. Tá de parabéns”, disse a foliã no bloco que desfila
pela Avenida dos Andradas, em BH.
A mesma sensação foi descrita pela arquiteta Renata Lara, que destacou a presença do efetivo
policial nos blocos. “Acho que melhorou muito o policiamento. Os blocos estão muito seguros, a gente
não tem visto nada de problemas de segurança, brigas, assaltos. A gente sempre vê a polícia
rondando os blocos”.
De acordo com o tenente-coronel Santiago, o treinamento da PM para a segurança no Carnaval de
Belo Horizonte envolveu trabalhar a compreensão de que a festa já faz parte da cultura da cidade e
que é importante viabilizar a folia sem confusões, crimes e assédio.
O chefe do Centro de Jornalismo da PM destaca que as ações da corporação usam tecnologias como
drones para monitorar os blocos e tornar o trabalho mais localizado. “Com ações cirúrgicas a gente
inibe o furto de celular, um assediador que pensa estar no anonimato”, exemplifica o militar.
Outro ponto destacado pelo tenente-coronel foi a utilização da Praça da Liberdade como um espaço
para relaxamento e pausa na folia. Com o passar dos dias, os foliões podem ficar mais cansados e
aumentam as chances de atitudes violentas, então locais de descompressão da aglomeração ajudam
no trabalho das forças de segurança.
“Foi importante a parceria da PM com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e com
órgãos do município. A integração tem surtido muito efeito. O espaço na Praça da Liberdade pras
pessoas descansarem, por exemplo, ajuda a evitar entroncamentos, separa as aglomerações e
diminui a chance de incidentes. Nossa ação pode ser mais pontual e cirúrgica”, conclui.

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TEXTO 7: IMPACTOS DO CARNAVAL NO MEIO AMBIENTE ( ícone clicável)

Texto 7: Impactos do carnaval no meio ambiente, (Impactos…, 2020)

Impactos do carnaval no meio ambiente

Impactos ambientais do carnaval: como curtir uma folia sustentável

Só a cidade do Rio de Janeiro produziu mais de 1,200 toneladas de lixo durante os cinco dias do
carnaval do ano passado. Lixo que entra em bueiros, segue por rios e desemboca no mar, onde pode
levar até 200 anos para se decompor. Metade do plástico presente no mundo foi produzida nos
últimos 13 anos, o que dá uma exata dimensão do pouco caso que temos com o planeta.

Por ser uma festa de alcance nacional que mobiliza milhões de pessoas, o impacto de pequenas
tradições carnavalescas é imenso: o glitter presente nas maquiagens, ao ser retirado no banho, vai
direto para o mar, contaminando cadeias alimentares com toneladas de microplásticos. O confete,
mesmo feito de papel, entope bueiros e provoca alagamentos.

Pequenas mudanças, grandes impactos

Mas é exatamente pelo alcance nacional do carnaval que o impacto positivo de pequenas mudanças
de comportamento também é imenso! Já existem marcas de glitter ecológico, feito a base de
materiais biodegradáveis. Se você estiver com tempo, é possível fazer seu próprio glitter com gelatina
vegetal e água de beterraba. Caso o glitter de terceiros caia em você durante a festa, retirá-lo do
corpo com lenço umedecido antes de ir para o banho evita a poluição.
Outra maneira de reduzir o seu impacto durante a folia é substituindo copos descartáveis pelos
retráteis, que podem ser guardados no bolso quando não estiverem em uso.
Prefira latas a garrafas: 98% do alumínio produzido no Brasil é reciclado, contra apenas 1,2% do
plástico. E o vidro, além da baixa taxa de reciclagem (40%), também oferece um risco para os
catadores. Se não puder evitar o vidro, leve para casa e faça o descarte adequado, garantindo que ela
chegue a um posto de reciclagem.
Outra solução alternativa e ecológica para um carnaval ecológico é o confete de folhas: basta recolher
folhas secas caídas de árvores e, com um furador de papel, criar diversos padrões que, além de não
poluírem, são muito mais bonitos!
Com medidas simples e educação básica – jogue o seu lixo na lixeira! –, a festa mais bonita do Brasil
pode ser igualmente divertida e muito mais amigável ao meio ambiente!

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TEXTO 8. CARNAVAL: DICAS PARA CAIR NA FOLIA COM MÍNIMO IMPACTO AMBIENTAL (
ícone clicável)

Texto 8: Carnaval: dicas para cair na folia com mínimo impacto ambiental, (MOURA, 2017)

Carnaval: dicas para cair na folia com mínimo impacto ambiental

O Carnaval está chegando. Embora muita gente só consiga pensar em aproveitar da melhor forma
possível a temporada de folia, vale adotar algumas práticas para curtir a festa, com respeito ao meio
ambiente e aos espaços públicos. Veja as dicas que o Sistema Ambiental Paulista preparou para você.

Fantasia
Antes de comprar uma fantasia nova, veja se não dá para usar alguma de anos anteriores ou
transformar alguma peça em desuso no seu guarda-roupa. Uma boa ideia é reunir os amigos e trocar
fantasias, fazer uma espécie de escambo. Além de ser divertido, dá para economizar uma grana. Se
você realmente quiser comprar uma fantasia nova, prefira as produzidas de forma sustentável, com
material ecologicamente correto. Fuja de adereços que usem produtos de origem animal, como penas
e pele.

Maquiagem e glitter
Opte por marcas que utilizem processos de produção sustentáveis, matéria-prima natural e que não
testem seus produtos em animais.
O glitter e a purpurina são a cara do carnaval, mas muitas vezes são feitos de copolímeros de plástico
e folículos de alumínio, o que torna esse pozinho brilhoso bem prejudicial ao meio ambiente. Se você
não abre mão de sair brilhando na avenida, opte por glitter comestível (usado em docinhos de festa)
ou glitter biodegradável.

Confete
Se você vai curtir a festa na rua, evite usar confete e serpentina. Esses enfeites de papel se misturam
a galhos, folhas e outros resíduos das ruas e podem entupir bueiros, dificultando o escoamento das
águas pluviais e gerando enchentes.
Nunca lance confete em espaços naturais, próximo a cursos-d’água ou em locais onde a varrição não
seja possível (gramados, jardins etc.), pois pode prejudicar o equilíbrio ecológico desses espaços e dos
animais que ali vivem.
Para quem vai curtir a festa em casa, clube ou algum ambiente fechado e realmente faz questão de
confete, uma boa ideia é preparar o seu próprio em casa, usando revistas e jornais velhos. No fim da
festa, é só varrer o espaço e descartar o confete junto com os resíduos recicláveis. Se fizer questão de
comprar o confete, opte pelo produzido com papel reciclado, o mais comum no mercado brasileiro e
super fácil de encontrar.

Resíduos sólidos
Em tempos de carnaval, aumenta consideravelmente o consumo e, consequentemente, a produção de
resíduos sólidos (de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a quantidade de resíduos recolhidos
após a festa aumenta 40% a cada ano). Muitas latinhas, garrafas, copos descartáveis, papéis,
embalagens, restos de adereços se acumulam ao longo dos dias de festa. Certifique-se de que os
resíduos dos produtos consumidos por você estão sendo descartados nos espaços adequados para
isso. Separe os resíduos recicláveis dos orgânicos. Jamais os descarte em vias públicas. Além de poder
machucar outros foliões com eventuais garrafas quebradas, latinhas e objetos pontiagudos, os
resíduos podem entupir bueiros, causando enchentes e outros transtornos.

Poluição sonora
Carnaval é festa, mas é importante saber dosar o volume do som para agradar tanto aos que querem
agitar, como àqueles que buscam tranquilidade. Em áreas residenciais, há regras restringindo horário
e volume máximo tolerado. Informe-se sobre as normas vigentes no seu município.

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Água
Embora neste ano a situação dos reservatórios de São Paulo esteja mais confortável que em anos
anteriores, nunca é demais lembrar que é preciso economizar água. A água potável é um recurso
escasso em todo o planeta e absolutamente indispensável para a vida humana. Portanto, evite o
desperdício e brincadeiras com água.

TEXTO 9: IMPACTO DE CARNAVAL ( ícone clicável)

Texto 9: Impacto de carnaval, (IMPACTO, [2023])

Impacto de Carnaval - História

O Bloco Sal da Terra é um bloco evangélico vinculado à Igreja Batista Missionária da Independência
(IBMI), localizada no bairro de Nazaré, que desfila entre a sexta e terça-feira de Carnaval de Salvador
no Circuito Batatinha – Pelourinho.

Criado no ano de 2000, o bloco tem como objetivo evangelizar no Carnaval do Pelourinho, por meio
do projeto Impacto Evangelístico de Carnaval, sendo que já participou de forma ininterrupta de 20
edições da festa, constituindo um dos maiores blocos do circuito, com média de 500 integrantes por
ano. Nesse tempo,tem sido possível perceber que enquanto desfila, o grupo gera uma atmosfera
diferenciada nas ruas do Centro Histórico, pois além da pregação da Palavra de Deus, promove
valores cristãos, como a paz, o amor, a alegria, a valorização da vida, o respeito ao próximo, o
combate às drogas, entre outros, chamando a atenção dos foliões locais e turistas nacionais e
internacionais que frequentam o local.

A estratégia consiste em levar ao percurso do carnaval, no período da tarde, um bloco composto pela
banda de percussão Sal da Terra, acompanhada de instrumentistas de sopro, alas de dançarinos,
personagens infantis e fiéis que tomam conta das ruas do Centro Histórico. Ao longo do trajeto, são
distribuídos folhetos, realizadas orações e abordagens de membros do bloco que compartilham o
Evangelho. Já no período da noite, o bloco conta com um palco instalado na Praça da Sé, no qual são
desenvolvidas diversas atividades artísticas, como apresentações de música e teatro adulto e infantil,
performances de dança, roda de capoeira, tudo com o foco na evangelização. As atividades começam
no turno noturno da sexta-feira e vai até terça-feira de Carnaval, durante a tarde e a noite.

Ao longo do tempo, o projeto evangelístico passou a ser reconhecido em todo Brasil e até em outros
países e atraiu diversos grupos artísticos do segmento evangélico nacional e internacional. É o caso do
bloco de maracatu recifense Rugido do Leão e da Bateria de Escola de Samba da Bola de Neve, de
Santos, que já realizaram intercâmbios musicais no Pelourinho. Além disso, a Praça da Sé tem sido
palco para artistas de grande destaque, como o cantor de samba-reggae Lázaro, o representante do
reggae Nengo Vieira, o sertanejo Marcos Nunes, o sambista Waguinho, bem como a maior banda
internacional de reggae, Christafari.

A notoriedade do Sal da Terra tem rompido as fronteiras do universo religioso e se tornado alvo da
atenção de pesquisadores acadêmicos brasileiros e europeus interessados em conhecer a interação
entre o universo percussivo baiano e a espiritualidade cristã, os quais têm vindo a Salvador para
conhecer o trabalho do bloco.

Quer saber mais sobre a história do Bloco Sal da Terra? Confira a entrevista com o Presidente do
bloco, Pastor Ubirajara Gomes e Silva, e fique por dentro do desenvolvimento do projeto ao longo dos
seus 20 anos.

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TEXTO 10: O QUE O CARNAVAL TEM A VER COM O CATOLICISMO? ( ícone clicável)

TEXTO 10: O que o carnaval tem a ver com o catolicismo? (O QUE…, 2023)

O que o Carnaval tem a ver com catolicismo?

Pelo calendário litúrgico Católico, o Carnaval antecede o início da Quaresma, período de jejum e
introspecção para preparação da Páscoa.

O Carnaval é a festa mais popular do Brasil. Atrelado frequentemente aos tradicionais desfiles e festas,
no entanto, não está apenas ligado à curtição. Tanto a data quanto o nome abrangem o contexto
religioso. Do latim Carnis levale, o nome da festa significa ‘afastar-se da carne’ e surgiu no período
pré-cristão, sendo incorporada ao calendário litúrgico da Igreja Católica como marco para o início da
Quaresma.

“Os dias de comemorações eram realizados em diversas regiões da antiguidade como Egito,
Mesopotâmia, Grécia e Roma, tendo o intuito de festejar aspectos cotidianos da vida: prazer, alegria,
excesso e opulência. Por meio de farsas, teatros, banquetes, danças e festas, eram comemoradas
grandes colheitas e as divindades eram louvadas”, explica o historiador e professor do curso de
Pedagogia da Universidade Tiradentes (Unit), Msc. Ivan Rêgo Aragão.

É durante a Idade Média que as festas consideradas pagãs são incorporadas pela Igreja Católica,
criando-se também restrições como o consumo de carne pela última vez antes do jejum da Quaresma,
ritual comum no catolicismo. “Pelo calendário litúrgico católico, o Carnaval antecede o início da
Quaresma, ou seja, período que antecede os quarenta dias para a Páscoa. É daí surge a denominação
Carnaval: palavra que se origina do latim Carnis levare, que significa ‘afastar-se da carne’”, explica.

“Portanto, o Carnaval seria os dias de exaltação da liberdade antes das restrições do período da
Quaresma estipuladas pela religião. Nesse sentido, as festas carnavalescas estão relacionadas ao
período que antecede ao jejum e introspecção que deve ser realizado durante a Quaresma. No
calendário litúrgico, é a Quarta-feira de Cinzas que possui importância, visto que é celebrado em todo
mundo o rito das cinzas que abre o período da Quaresma como preparação da Páscoa”, acrescenta o
professor.

Neste ano, a Quaresma – período de 40 dias até a Sexta-Feira Santa, dois dias antes da Páscoa –
começa na Quarta-feira de Cinzas, 22 de fevereiro de 2023, e termina na quinta-feira da Semana
Santa, 6 de abril de 2023. Durante esse período, os fiéis são orientados a praticar o jejum, a
penitência, a oração e as obras de caridade a fim de se preparar para a grande festa da Páscoa entre
outras inúmeras práticas devocionais.

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TEXTO 11: ACAMPAMENTO CATÓLICO REÚNE 10 MIL FIÉIS NO CARNAVAL EM CACHOEIRA
PAULISTA ( ícone clicável)

Texto 11: Acampamento católico reúne 10 mil fiéis no carnaval em Cachoeira Paulista, (Acampamento…, 2023).

Acampamento católico reúne 10 mil fiéis no carnaval em Cachoeira Paulista

Até quarta, os católicos participarão de shows, pregações, adorações, grupos de oração e missas.
Um acampamento católico deve reunir mais de 10 mil fiéis durante o carnaval na comunidade Canção
Nova em Cachoeira Paulista (SP). A programação vai até quarta-feira (22).
O acampamento ‘Vem Louvar’ tem como tema "Alegrai-vos e exultai". Até quarta, os católicos
participarão de shows, pregações, adorações, grupos de oração e missas.
O objetivo desse tradicional evento é reunir peregrinos de diversas regiões do Brasil, que ao invés de
irem para as festas de carnaval convencionais, optam por atividades religiosas e de reflexão.
A expectativa é que entre 8 e 10 mil pessoas participem do acampamento, que costuma ser um dos
maiores eventos católicos do Brasil nessa época do ano.
As principais atrações e atividades estão acontecendo no complexo do Rincão do Meu Senhor. Veja a
programação completa no site da Canção Nova.

TEXTO 12: EVENTOS RELIGIOSOS DO CARNAVAL 2023 DE CAMPINA GRANDE CHEGAM AO


FIM NESTA TERÇA ( ícone clicável)

Texto 12: Eventos religiosos do Carnaval 2023 de Campina Grande chegam ao fim nesta terça, (Eventos…,
2023).

Eventos religiosos do Carnaval 2023 de Campina Grande chegam ao fim nesta terça (21)

E-Além foi o primeiro evento a iniciar atividades, que devem seguir até 21 de fevereiro. Consciência
Cristã, Crescer, MIEP e outros também acontecerão durante o Carnaval de Campina Grande.
Chegam ao fim nesta terça-feira (21) os eventos religiosos que acontecem no período carnavalesco
Campina Grande, Agreste da Paraíba. O "Carnaval da Paz" reúne ao menos sete eventos de
diversas religiões.
Este ano, apenas o Encontro para Nova Consciência ocorreu somente pela internet. Os demais
eventos confirmaram a realização presencial, o que não ocorria desde 2020 por conta da pandemia de
Covid-19.
Apesar da programação da Consciência Cristã chegar ao fim nesta terça (21), a Feira do Livro da
Consciência Cristã (FELICC) deve continuar aberta até a quarta-feira (22).
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande, a rede hoteleira da
cidade já sente um impacto positivo nas hospedagens de carnaval por conta dos eventos religiosos.
Os eventos que compõem o Carnaval da Paz 2023 são a Consciência Cristã, Crescer, MIEP, E-Além,
Acampamento Verbo da Vida, A Palavra Revelada e o Encontro da Nova Consciência.

Programação completa dos eventos religiosos de Campina Grande:

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E-Além
O E-Além acontece na Associação Luminar de Magnetismo Humano, em Campina Grande, de 10 a 20
de fevereiro. A programação ocorre na sede da associação, na Rua Dr. João Pequeno, nº 181, no
bairro do Catolé.

Consciência Cristã
A Consciência Cristã está em sua 25ª edição e acontece entre 16 e 21 de fevereiro em Campina
Grande. A maior parte das atividades do evento ocorre no Parque do Povo e promove conferências,
programação infantil e eventos paralelos.

Crescer
O Crescer - O Encontro Da Família Católica foi criado em 1997 e tem a maior parte da programação
acontecendo na casa de shows Spazzio, em Campina Grande. O Crescer ocorre entre 17 e 21 de
fevereiro, e também conta com atividades para crianças e programação musical.

Acampamento Verbo da Vida


A igreja Verbo da Vida promove um acampamento anual no período carnavalesco. Este ano, o evento
tem como tema "Experimente o Poder" e é realizado no templo da igreja sede, em Campina Grande,
entre 17 e 21 de fevereiro.

A Palavra Revelada
O 12° Encontro A Palavra Revelada acontece entre 17 e 21 de fevereiro. A programação tem
atividades presenciais e remotas, com transmissão no YouTube, e tem como tema "Cosmovisão
Bíblica".

MIEP
O MIEP completa 50 anos em 2023, e é realizado pela Associação Municipal de Espiritismo de Campina
Grande, entre 18 e 21 de fevereiro. A programação se concentra no Garden Hotel com atividades
específicas para adultos, jovens, crianças e bebês.

Nova Consciência
O Encontro da Nova Consciência confirmou pelas redes sociais que vai realizar em 2023 sua 35ª
edição com programação virtual. A programação ocorre de 16 a 21 de fevereiro.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 6: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando


suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens
artísticas para dar significado e (re) construir produções autorais individuais e coletivas, de maneira
crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Discussão e reflexão de rotinas (EM13LGG605MG) Compreender lógicas de funcionamento e rotinas


de trabalho em espaços de cri- de diferentes espaços de criação e circulação artística e seus
ação artística (ateliês, olarias, profissionais das artes.
oficinas, marcenarias, salas de
ensaios, estúdios, escolas de
arte, etc.).
Análise das características e
finalidades de diferentes espa-
ços de circulação de arte (gale-
rias, museus, teatros, salas de
exposição e de concertos, par-
ques ecológicos e temáticos,
centros culturais, praças, casas
de cultura, igrejas, dentre
outras).

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Da criação à exposição - por trás da obra
A) APRESENTAÇÃO:
Neste planejamento de Arte será explorado o trabalho com esculturas e pinturas analisando as suas
dimensões conceituais e práticas, através de momentos pedagógicos baseados em aulas expositivas,
visita técnica, discussão em grupo e práticas criativas de releitura de obras.
O presente planejamento busca desenvolver habilidades para o estudo de vários aspectos envolvidos na
criação e exposição da arte, habilidade (EM13LGG605MG) Compreender lógicas de funcionamento e
rotinas de diferentes espaços de criação e circulação artística e seus profissionais das artes.
Neste planejamento usaremos verbos como apreciar, contextualizar, criar. A proposta é conhecer obras,
artistas, contextos históricos e culturais, buscando conexão com a realidade da turma. Professor(a),
oriente a criação em grupos para realização de releitura de uma obra do artista estudado, exposição,
discussão e reflexão sobre o processo do trabalho, analisando, inclusive, características e finalidades de
espaços de circulação de arte. Essas atividades irão, de diferentes modos, dimensões e percepções,
ampliar o repertório cultural dos estudantes mediante a participação na concepção, construção, vivência,
concretização de ideias e adaptações sofridas pelas obras de arte desde a elaboração até a exposição.
O ensino de arte na escola busca também o conhecimento e a preservação da memória, cultura local,
costumes e saberes do povo. O que permite ao educando se sentir inserido no processo do aprender,
uma vez que é protagonista da história de sua cidade, ainda que nem sempre tenha plena consciência
disso. A arte contribui para independência inventiva dos estudantes mediante a relação entre
conhecimentos, vivências, ideias, pensamento crítico, percepção de mundo e outras interações a que
estão expostos por causa da dinâmica da vida.

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A BNCC propõe a apreciação e estudo de artistas e obras locais e regionais promovendo a identidade
cultural na aprendizagem da matéria de arte. Sugere, ainda, diversas competências que contribuem e
[...] “motivam o estudante a aprender cada vez mais e conhecer as razões para a aquisição e
contextualização do conhecimento. Elas estimulam a realização dos trabalhos de pesquisa e a sua
utilização na solução de problemas pessoais, da comunidade e do mundo para a transformação da
realidade. Oferecem oportunidades para que o estudante não apenas adquira repertório cultural, mas a
capacidade de fruir e produzir arte e cultura, debater a construção identitária e o sentimento de
pertencimento, bem como a multiculturalidade. Pois, é sabido que os estudantes já possuem vivências que
precisam ser conhecidas e reconhecidas, estabelecendo um diálogo entre os saberes, dentro e fora da
escola.”
(FONTE: MINAS GERAIS, 2022, p. 75)

Visando a consolidação da habilidade norteadora deste planejamento, o mesmo tem como objetivo final
de aprendizagem: conhecer a rotina de espaços de construção e exposição de arte, bem como os
profissionais e suas funções exercidas nestes locais. Entender como funciona o espaço de criação e
exposição de arte e todo o processo envolvido. Estimular o estudo e promover debates sobre as relações
entre produção e circulação de arte nesses espaços. Desenvolver uma releitura em grupo sobre alguma
obra estudada.
Este planejamento poderá ser adaptado para a realidade da escola bem como reorganizado em
quantidades de aulas necessárias de modo que o aprendizado seja preservado e alcançado pelos
estudantes.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO

Organização da turma Á escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso ou projetor multimídia, computador.

Professor(a), pesquise sobre artistas que estão em sua cidade, quais tipos de arte produzem, quais são
os locais de conceber e criar as suas obras, se fazem exposições, quais são esses locais. Inicie este
assunto conversando com os estudantes sobre locais de exposição de arte, instigue-os para que
participem compartilhando suas vivências. É de grande incentivo iniciar as aulas com questionamentos
sobre o tema para contextualizar o estudante no assunto que será estudado. Quando ele perceber que
ele também tem algo a contribuir para a construção da aula, ficará mais atento, interessado. Faça
perguntas como:
● Onde podemos encontrar arte?
● Espaços públicos ou privados? Cite exemplos dos dois tipos.
● Você conhece algum artista que já fez exposição? Se sim, você foi ver?
● Qual exposição gostou mais, ou marcou de alguma forma? Por quê? Onde foi?
Fale que existem artistas espalhados por vários lugares, no Brasil temos por exemplo:
● Davi de Melo Santos, DMS, grafite, obra ao ar livre como “o abraço” no centro de Belo Horizonte,
já fez exposição.
● Maria Raquel “Bolinho”, grafite, obra ao ar livre em vários lugares de Belo Horizonte, já fez
exposição.

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Figura 1 - O Menino da porteira

Genésio Gomes de Moura, Ceará,


escultura gigante ao ar livre em várias
cidades do Brasil inclusive em MG como o
“Menino da Porteira” em Ouro Fino, no
sul do Estado.

Fonte: (Wikipédia, 2023)

Neste momento, após falar sobre alguns artistas brasileiros, mostre aos estudantes artistas locais,
museus e lugares de exibição dessas obras. O educando vai fazer associações com outras cidades
compreendendo que cada local tem riquezas culturais e suas manifestações.
Professor(a), apresente artistas, obras, seus locais de trabalho e exposição em sua cidade. Peça aos
estudantes que lembrem de pessoas que eles conhecem e que fazem bem algum tipo de arte. Eles
fazem o quê com a arte que produzem? Dão de presente? Vendem? Vendem onde? Os estudantes
deverão fazer pesquisas sobre outros artistas e exposições na cidade ou região. Peça que anotem no
caderno, informações que julgarem importantes sobre os artistas encontrados e apresentem para o
professor.
Sugestões de materiais para o professor consultar:

 TEXTO 1: A HISTÓRIA DOS BOLINHOS QUE ENFEITAM BH COM ARTE HÁ 10 ANOS


( ícone clicável)

 TEXTO 2: DAVI DE MELO ( ícone clicável)


 TEXTO 3: FOTOS: CONHEÇA OS ARTISTAS QUE CONCEBERAM O CRISTO DE
ENCANTADO ( ícone clicável)

 TEXTO 4: AS DEZ MAIORES OBRAS DE ARTE BRASILEIRAS ( ícone clicável)


 TEXTO 5: 12 GRANDES ARTISTAS BRASILEIROS E SUAS OBRAS ( ícone clicável)
 TEXTO 6. 12 ARTISTAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS QUE VOCÊ PRECISA
CONHECER ( ícone clicável)

 TEXTO 7: ARTISTAS PLÁSTICOS DE MINAS GERAIS ( ícone clicável)


 TEXTO 8: ESCULTORES DE MINAS GERAIS ( ícone clicável)
 TEXTO 9: A GALERIA PONTES ( ícone clicável)
 TEXTO 10: TRÊS MINEIROS UNIVERSAIS ( ícone clicável)

83
2º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor(a), organize uma visita a um ateliê, ou algum local de trabalho de artista e/ou exposição de
obras na cidade. O objetivo da visita é para conhecer a rotina de espaços de construção e exposição de
arte, bem como os profissionais e suas funções exercidas nestes locais. Entender como funciona o
espaço de criação e exposição de arte e todo o processo envolvido. Converse com os estudantes sobre
esses tópicos antes da visita, para que eles possam observar, perguntar e anotar as respostas recebidas.
Como:
● Quem é o dono do local? (particular ou bem público?)
○ Se bem público, qual o processo para poder utilizar o espaço?
○ Se particular, como é feito o acerto pelo lugar? Sublocação por diária/mensal ou
porcentagem nas vendas?
● Abre todos os dias? Quais horários?
● Quais são as regras do lugar?
● Todos têm que fazer o mesmo tipo de arte? (artesanato, pintura, escultura etc)
● Quem faz a aquisição das obras primas para fazer as obras?
● Quantos artistas utilizam o espaço? Eles compartilham o ateliê/sala de trabalho ou as salas são
individuais? São as mesmas pessoas todos os dias?
● Qual é a formação desses artistas? Educação formal (escola de arte) ou informal (família,
amigos, internet etc.)
● As obras em exposição estão à venda?
● Quem coloca preço nas obras? Com base em que (como é feita a precificação)?
● Como é feita a partilha do valor das obras vendidas?
● A exposição e venda acontecem no mesmo local da criação? Tem um momento e área separados
para exposição?
● De quem é a responsabilidade pela escolha de sala, organização/administração, limpeza,
manutenção?
Para os estudantes durante a visita ou aula expositiva: escolha a obra que mais te chamou atenção, tire
uma foto. Explique o porquê. Escreva a resposta no caderno.
A apreciação das obras pode ser feita através da visita ao local/museu/exposição/atelier, ou na
impossibilidade o professor(a) pode escolher algum artista e apresentar suas obras através de material
impresso, vídeos ou projetor. O importante é que de alguma forma eles tenham acesso ao local de
criação e exposição.

3º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor(a), realize mesas redondas ou debates com os estudantes, para estimular o estudo e
promover melhor entendimento sobre as relações entre produção e circulação de arte em vários

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espaços, mas principalmente sobre o local visitado. Entendendo a mesa redonda como um grupo para
conversar sobre um tema vendo/conhecendo várias perspectivas; e, o debate funcionando como várias
pessoas ou equipes defendendo um ponto de vista, contestando outro.
Professor(a), você pode mesclar a argumentação com as duas formas sugeridas, uma parte de
apresentação do local e obra. E em alguns momentos estimular a defesa de ideias, como por exemplo a
forma de precificar a arte, cada grupo tem que apresentar, explicar e indicar a melhor forma de fazer e
embasar e defender sua ideia.
Deixe claro para os estudantes que independente da forma de discussão escolhida, eles precisam ler
bastante e buscar diferentes fontes para ter propriedade para apresentar ou blindar um determinado
ponto de vista deixando o outro grupo sem réplicas, a não ser que tenham alegações melhores. Isso é
importante para que eles tenham ciência de que na vida real é assim, os mais bem preparados terão
fundamentações instigantes que nos farão querer ter estudado mais.
As regras devem ser bem claras. Bem explicadas antes de começar. Pode entregá-las por escrito, aos
estudantes, para que não haja dúvidas. Cada equipe poderá levar suas anotações.

Regras da mesa redonda ou debates


1. O professor será o facilitador/moderador
2. Todas as falas serão sobre o tema central, não serão aceitas falas fora de contexto.
3. Todas as falas deverão estar embasadas em algum autor ou artista.
4. Todos ficarão em silêncio enquanto o outro fala
5. Cada grupo terá direito a réplica e tréplica de acordo com a ordem.
6. Cada grupo organizará a ordem de fala de seus componentes

4º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor(a), oriente os estudantes como desenvolver uma releitura em grupo sobre alguma obra
estudada. Explique a forma de correção: cada grupo irá corrigir e fazer sugestões para outro grupo.
Assim: elaboração - correção por outro grupo - sugestão de correção/melhoria - correção - entrega).
Organize uma exposição com as obras produzidas pelos estudantes. É necessário reservar data, local na
escola e convidar as outras turmas para prestigiarem os trabalhos dos colegas.
Utilizando os mesmos grupos do debate, cada estudante deverá mostrar para sua equipe a imagem da
obra que mais gostou na visita e explicar o motivo da escolha. Em seguida, com base nos
motivos/explicações, o grupo deverá escolher uma obra para fazer uma releitura. Deverão decidir qual
expressão artística irão usar na releitura (pintura, escultura etc.). O professor deverá entregar uma folha
impressa com todos os critérios de avaliação que serão respondidos por escrito por cada grupo.
Os grupos deverão levar, na data combinada, a obra quase pronta. As obras serão trocadas pelos
grupos, que farão uma avaliação prévia baseados em critérios dados pelo(a) professor(a).

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Exemplos de critérios:
1. Respeitaram o estilo da obra?
2. Observaram o tema da obra original?
3. Utilizou a mesma paleta de cores da obra original? Se não, qual a explicação para a mudança?
4. Nome da obra

Nesse caso, cada equipe já deverá saber quantos e quais critérios, e levar as respostas por escrito
explicando cada critério em sua própria obra. As equipes lerão as respostas escritas e conferindo com a
criação. Cada grupo fará sugestões, por escrito, para que a obra do outro grupo se aproxime do que o
próprio grupo concebeu no papel.
Professor(a), leia os trabalhos de todos os grupos, confira e, se necessário, faça ajustes nas orientações
de cada grupo. As obras serão devolvidas aos grupos, que explicarão suas anotações e sugestões de
mudanças ou adaptações para o outro grupo fazer. Assim, será marcada nova data para entrega das
obras já concluídas com os devidos ajustes.
Faça a exposição com as obras. Cada uma deverá ter uma explicação escrita: nome da obra, tipo de
obra, assunto abordado.

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ANEXO
TEXTO 1: A HISTÓRIA DOS BOLINHOS QUE ENFEITAM BH COM ARTE HÁ 10 ANOS ( ícone
clicável)

Texto 1. A história dos bolinhos que enfeitam BH com arte há 10 anos (Pereira, 2019)

A história dos bolinhos que enfeitam BH com arte há 10 anos

O Estado de Minas conversou com a artista que criou e mantém vivos os bolinhos espalhados por
todos os cantos da cidade

Tudo começou quando a estudante de letras, Maria Raquel, hoje com 33 anos, atravessava a cidade
de ônibus para ir para o câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Região da
Pampulha.

Ela sempre foi apaixonada com o grafite.


O percurso diário dentro do coletivo, ela fazia debruçada na janela observando as artes coloridas que
decoravam muros, viadutos e espaços públicos da capital. "Eu sempre me perguntava: ‘o que que é
isso que essa pessoa faz? Por que que ela pintou isso aqui? Será que mora aqui perto?’. Queria que
as pessoas tivessem as mesmas curiosidades comigo”, recorda Raquel.
Do devaneio para a realidade foi um pulo. "Resolvi criar algo que fosse a minha cara. Como sempre
gostei de confeitaria, achei que o cupcake tinha uma forma legal. Assim nasceu o bolinho”,
conta a artista.
Dez anos se passaram. Hoje o Bolinho acumula não só uma legião de fãs, de todas as idades,
como também estampa mais de 40 tipos de produtos à venda. “ Com o tempo, as pessoas foram
querendo ter um bolinho em casa não só em forma de pintura. Aí surgiram produtos do bolinho, como
canecas, cadernos, adesivos… e por aí vai”, conta Raquel, que hoje vive com a renda do Bolinho.
Para comemorar a primeira década da arte que enfeita BH, a criadora, em parceria com a galeria de
arte Quartoamado, montou uma programação especial ao longo de todo o mês de agosto.
"Pensamos em um mês de coisa legais. Começa com a exposição", disse. Quem visitar o espaço,vai
fazer uma viagem no tempo e rever os bolinhos mais marcantes neste período, descobrir, vendo
esquetes e caderninhos de desenhos antigos, como é o processo de criação da artista, além de poder
registra o momento ao lado do simpático bolinho numa sala instagramável.

TEXTO 2: DAVI DE MELO SANTOS (DMS)

Texto 2: Davi de Melo Santos (DMS) - (Davi, [2023])

Davi De Melo Santos (DMS)


Davi De Melo Santos começou sua jornada em 1998, ano em que começou a pixar. Trajetória que se
parece com a de muitos artistas urbanos do mundo todo. O grafiteiro começou pintando em sua
cidade natal, Belo Horizonte, e hoje suas pinturas podem ser vistas no mundo todo. Na última
década, colaborou junto a empresas e grandes marcas com ilustrações editoriais, design, ilustrações
de livros, cenários para teatro e televisão, além de ter realizado exposições individuais e coletivas.
Sua obra aborda grandes temas da questão humana como a diferença étnica e cultural e a
espiritualidade.
No CURA, DMS pintou, em dezembro de 2017, o mural O Abraço, de 1.000 m², na fachada cega do
edifício Príncipe de Gales, representando um abraço entre o dia e a noite.

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TEXTO 3: FOTOS: CONHEÇA OS ARTISTAS QUE CONCEBERAM O CRISTO DE ENCANTADO (
ícone clicável)

Texto 3: Fotos: conheça os artistas que conceberam o Cristo de Encantado (Severo, 2021).
Acesse o site.

TEXTO 4: AS DEZ MAIORES OBRAS DE ARTE BRASILEIRAS ( ícone clicável)

Texto 4: As dez maiores obras de arte brasileiras (Márcia, 2023).

As dez maiores obras de arte brasileiras

Pode ser que, quando questionado sobre pinturas famosas, a primeira que lhe venha à mente seja a
"Monalisa", do italiano Leonardo da Vinci. Há ainda quem goste de "O grito", do norueguês Edvard
Munch, cuja analogia mais profunda remete à angústia do ser humano.
Entretanto, não são só as obras estrangeiras que se tornam conhecidas no mundo todo, pela sua
beleza e significado. Pintores brasileiros também podem se tornar autores de belos quadros famosos
brasileiros... Como alguns, de fato, se tornaram.
A arte nada mais é que uma forma de expressão. Ela pode relatar emoções, sentimentos ou até
mesmo fatores históricos pertinentes à época em que foi criada. As pinturas brasileiras também
trazem consigo todo esse contexto, e os verdadeiros apaixonados pela arte certamente adorariam
conhecê-las melhor.
Há professores que oferecem aulas de desenho que, vez ou outra, se mesclam com história da arte.
Estão certíssimos! Isso porque ela serve como inspiração para quem está desenvolvendo agora o seu
talento. E se é dessa injeção de ânimo que você precisa, conheça agora as 10 pinturas mais famosas
do Brasil. Vamos lá?

Baile Popular - Di Cavalcanti


Pintado em 1972, o quadro representa uma festa popular brasileira. Se observarmos bem,
perceberemos um registro de pessoas simples, que não fazem da baixa classe social um empecilho
para se divertirem. A sensualidade e o "rebolado" também são fatores presentes.
Pode ser que você se identifique com a cena e o ambiente e essa é a real intenção do quadro. Muitas
vezes, nós, pessoas comuns nos julgamos insignificantes demais e Di Cavalcanti está aí para mostrar
que essa ideia é equivocada, afinal podemos nos tornar até tema de pintura famosa.
Devido ao contexto em que foi pintada, a obra sofreu influências do modernismo e do expressionismo.
Esse último explicaria os traços mais fortes e arrojados. Afinal, é possível observar que, ainda que se
trate de um retrato de uma situação cotidiana para algumas pessoas, a disposição das imagens ainda
é meio caricata.
Entretanto, essa característica não diminui a sua representação. Na época, buscava-se chamar a
atenção para as questões sociais e acredita-se que essa tenha sido a intenção do autor ao pintar essa
bela obra. Deu certo! Hoje ela é uma das mais famosas do Brasil.

Criança Morta - Candido Portinari


Pintada por um dos maiores destaques do modernismo brasileiro (Candido Portinari se tornou
conhecido, inclusive, no exterior), Criança morta também tem lá seu apelo social. A obra faz parte de
uma série intitulada "Os retirantes nordestinos". Tanto que, no quadro, observa-se uma família
nordestina, que foge da seca e vai à procura de melhores condições de vida em outro lugar.
Em 1944, data em que a pintura surgiu, ela causou grande repercussão, afinal nem todos estavam

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preparados para lidar com a crítica social na arte. O mais curioso é que ela não mostra nada diferente
da realidade de muitas pessoas de hoje, o que significa que talvez o seu significado social não tenha
perdido o seu sentido com o passar dos anos. Afinal, ainda hoje há quem enfrente os mesmos
problemas retratados.
A família do quadro chora pela morte da sua criança. As lágrimas foram pintadas em tamanho grande,
como uma forma de mostrar a intensidade do sofrimento desse povo. As mãos do pai, que seguram a
criança morta também estão em tamanho grande. Do ponto de vista artístico, tais características
sofreram influências do expressionismo.
Aprenda a desenhar como um verdadeiro artista em uma aula de desenho online !
O aspecto das pessoas no quadro também é um tanto fantasmagóricos, como uma forma de mostrar
o antagonismo entre vida e morte com o qual eram obrigados a conviver. O fato é que Portinari usava
seu talento para a arte para relatar episódios de desigualdade social e injustiças que observava em
seu dia a dia. Chegou a sofrer perseguições pelo governo à época.
Hoje, entretanto, suas obras continuam impressionando pessoas do mundo todo. O realismo dos seus
pincéis chega a ser comovente, já que é possível enxergar em seus relatos pessoas comuns que talvez
um dia já tenham cruzado o nosso caminho.
Está percebendo por que a história da arte é tão importante? Portanto, da próxima vez que o seu
professor de artes trouxer alguma analogia do tipo, concentre-se nos estudos e perceberá que tais
estudos são uma forma de relacionar seu talento com a realidade do mundo.

Operários - Tarsila do Amaral


Pintado em 1933, a intenção do quadro era mostrar pessoas de diferentes raças e etnias. Nele, estão
retratados 51 operários da indústria da época, na qual as fábricas estavam em ascensão e era comum
que pessoas de todas as partes do Brasil migrassem para os locais nos quais eram concentradas.
Tais trabalhadores eram sofridos e, muitas vezes, até mesmo explorados. O cansaço é representado
em todos os rostos, o que mostra que os sentimentos eram os mesmos, independente da origem de
cada trabalhador.
Os rostos bem juntos, quase sobrepostos, representam a massificação do trabalho e a disposição em
pirâmide deixa à mostra a "paisagem" de chaminés, extremamente fabril.
A obra modernista fez parte da época em que a artista relatava temas sociais em seus quadros.
Alguns dos rostos são anônimos, outros são conhecidos pelo público, enquanto outros faziam parte
somente do cotidiano da pintora, como o administrador da fazenda da família.
Tarsila conheceu o socialismo na União Soviética e chegou, inclusive, a ser presa devido à sua
simpatia pelo regime. Quando pintou "Operários", já tinha grande engajamento e estava filiada ao
partido comunista da época. Hoje, a obra está no Palácio dos Bandeirantes e faz parte do acervo do
Governo do Estado de São Paulo.

Abaporu - Tarsila do Amaral


Uma das maiores obras-primas da autora, o quadro foi pintado em 1928, em homenagem ao seu
então marido, e oferecido a ele como presente de aniversário. Ao recebê-la, ele ficou impressionado e
disse que essa era a melhor obra pintada pela artista. Trata-se de um quadro a óleo, um
verdadeiro clássico do modernismo brasileiro.
Nele, as mãos e pés têm um tamanho bem maior que a cabeça. A partir de figuras desproporcionais, a
autora buscou relatar a supervalorização do trabalho braçal, em detrimento da inteligência. Em uma
outra analogia, é possível interpretar ainda essa cabeça pequena como uma falta de pensamento
crítico: o homem se submetia apenas ao que lhe era imposto.
A expressão facial triste e o grande pé representaria também a ligação do homem com a sua terra. O
sol e o cacto fariam parte do cenário do homem nordestino, castigado pela seca.

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Em tupi-guarani, o nome do quadro pode ser traduzido para o português como "homem que come
gente". Ele teria marcado o início do Movimento Antropofágico, no qual a nossa cultura é deglutida
por outras, que se incorporam a ela, trazendo um novo conceito, mais moderno e diversificado.
O contexto da artista à época mostra bem a imersão nesse período, já que ela utiliza cores fortes e
uma realidade alterada. A obra foi pintada em 1920, época que marcava o fim da República Velha e os
grandes artistas brasileiros estavam buscando um rompimento com o conservadorismo. Tarsila é
um exemplo disso, com a sua crítica social através da pintura.
Estima-se que Abaporu seja a obra de Tarsila de maior valor no mundo e ela é considerada, por
alguns historiadores da arte, como o quadro mais importante pintado no Brasil, chegando até a
influenciar outros pintores, como Romero Brito.

La rentrée - Anita Malfatti


Pintado em 1927, La rentrée (nome em francês, que pode ser traduzido para o português como "o
retorno") marca a época do pós-expressionismo. Na época, Monteiro Lobato fez uma crítica às obras
de alguns pintores, inclusive da artista Anita Malfatti, na qual afirmava que ela estaria desperdiçando
seu talento, já que incorporava o exagero de outros artistas às suas obras.
Embora tenha sido surpreendente para Anita, tal crítica levou a uma reflexão, se não estava realmente
na hora de renovar os conceitos estéticos empregados nas pinturas.
Na obra, é possível reparar um certo exagero, mas já bem contido, representado pelas linhas
sinuosas. No quadro, duas mulheres aparecem dentro de uma casa humilde. A marca registrada da
artista, no entanto, é mantida e pode ser observada pelo uso dos mesmos tons de verde e amarela
que eram empregados há 10 anos da data.
Também trata-se de um período no qual a artista se dedicava mais a pinturas em espaços internos, o
que indicaria uma conexão com o fauvismo e a pintura primitiva. Tal questão mostra ainda a
flexibilidade da artista, que estaria disposta a se reinventar e acompanhar a evolução com a sua obra.
Não é à toa que Anita Malffati é considerada uma das artistas mulheres mais famosas do mundo.

O lavrador de café - Candido Portinari


Essa pintura é uma das mais populares de Candido Portinari. O ano da sua criação é datado de 1939,
período no qual Portinari viveu nos Estados Unidos para estudar sobre arte.
A pintura, em si, é a demonstração de um homem que trabalha na área rural, em uma plantação de
café. Por isso, ele possui uma forte representação em relação à agricultura brasileira e a sua
importância econômica.
Porém, mais do que isso, essa pintura retrata o trabalhador no Brasil. Sendo assim, essa obra é uma
tentativa de Portinari de discutir sobre os problemas sociais do território brasileiro, principalmente em
relação à classe mais baixa.
A imagem de o 'O lavrador de café' apresenta algumas características que chamam atenção: o
trabalhador possui um corpo com "marcas do sol" e braços e pernas musculosos. Além disso, a sua
vestimenta é humilde, e ele carrega uma cesta consigo, retratando o seu trabalho e o seu modo de
vida miserável.
O rosto do lavrador não exprime alegria. Pelo contrário, a sua imagem facial demonstra bastante
cansaço, comprovando como o seu trabalho é "pesado". Sendo assim, pode-se afirmar que essa obra
representa o trabalhador do setor da agricultura no Brasil.
É válido ressaltar que esse é um dos quadros famosos brasileiros que faz parte do expressionismo e
que essa obra encontra-se disponível para observação no MASP (Museu de Arte de São Paulo).
Falando, especificamente de Candido Portinari, podemos citar outras obras desse artista grandioso
para a arte brasileira, como:
● Menino com carneiro (1953);

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● O mestiço (1934);
● Palaninho (1920).
Assim como quadros de Tarsila Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti - ou qualquer outro artista de
nossa lista -, se você tiver a oportunidade de ver os de Portinari, aproveite para deleitar-se em suas
obras primas!

Mulher com galinha - Vicente do Rego Monteiro


Essa obra de arte é datada de 1927. A sua representação é de uma mulher com alguma galinhas (e
uma em seus braços), e o que mais chama atenção são as suas características relacionadas ao
movimento artístico modernista e a sua composição com coloração chamativa.
A 'Mulher com galinha' de Vicente Rego Monteiro representa a mulher nordestina e o amor entre os
seres humanos e os animais. Além disso, essa pintura é repleta de símbolos, uma vez que também
retrata a relação das pessoascom a natureza (em especial, os animais) e a vivência no Nordeste,
região na qual Vicente nasceu.

Independência ou morte - Pedro Américo


Como o nome já diz, esse quadro representa a independência do Brasil. A imagem retrata o exato
instante da independência, o qual D. Pedro proclama a liberdade e autonomia do território brasileiro, o
qual, até então, era dependente de Portugal. No quadro é possível visualizar diversos outros
"participantes" da Proclamação da Independência brasileira, como índios, soldados, entre outros.
Essa obra representa um momento grandioso para o Brasil, e portanto é bastante impactante,
comprovando a sua importância histórica para o país. Além disso, essa pintura salienta a identidade
brasileira e a sua "separação" de Portugal, uma vez que foi pintada em um período no qual o país
buscava exportar essa imagem para o mundo a fim de consolidar a sua independência.
Uma curiosidade interessante é que essa obra foi encomendada em virtude do aniversário da
independência brasileira, de 50 anos. A sua criação é datada de 1888, ou seja, apenas alguns anos
após a independência do Brasil, que ocorreu em 7 de setembro de 1822. É possível ver essa obra no
Museu Paulista, em SP.

A Boba - Anita Malfatti


Essa obra chama atenção pelos elementos de estilo cubista, ou melhor cubo-futuristas, apesar de ser
considerada uma pintura modernista. Essa obra possui cores intensas, como verde, azul, amarelo e
laranja.
A pintura retratada é a imagem de uma mulher, que representa 'A boba'. Ela, por sua vez, demonstra
um sentimento vago, que lembra a anormalidade. Sendo assim, percebe-se que a mulher encontra-se
perdida em seus pensamentos, enquanto está sentada em uma cadeira.
Por conta das cores e técnicas utilizadas, dizem que Anita Malfatti ousou quando pintou 'A Boba'.
Sendo assim, essa obra é um grande marco na carreira profissional da pintora. É possível vê-la no
Museu da Arte Contemporânea, na USP, SP.
É importante ressaltar que Anita Malfatti já pintou também diversos outros quadros magníficos -
inclusive, toda a sua carreira é repleta de sucesso e reconhecimento. Alguns exemplos de quadros
pintados por ela são:
● Samba (1045);
● Tropical (1917);
● A chinesa (1922);
● O homem amarelo (1917).
Então, se você tiver a oportunidade de acompanhar algum dos trabalhos dessa artista, em um museu
ou qualquer galeria, aproveite para vislumbrar seus belos quadros!

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Primeira missa do Brasil - Victor Meirelles
Esse quadro de Victor Meirelles representa a missa realizada pelos portugueses quando chegaram ao
Brasil. Nessa pintura, tem-se Pedro Álvares Cabral, Henrique de Coimbra (padre) outros portugueses
tripulantes que chegaram às terras brasileiras e os indígenas. Estima-se que esse acontecimento tenha
ocorrido em abril de 1500.
Essa pintura chama atenção pelos seus inúmeros detalhes e pelo realismo. Além disso, essa obra é
uma bela representação da natureza brasileira, uma vez que retrata-se o mar brasileiro, a vegetação
nativa do Brasil e o clima tropical.
Nessa obra é possível visualizar diversas representações: a relação de pessoas de diferentes culturas
(os índios e tripulantes portugueses), o processo de catequização indígena e aspectos relacionados à
natureza brasileira. Sendo assim, há diversos aspectos da identidade do Brasil. Dica: é possível
visualizar essa obra no Museu de Belas Artes, no RJ!
Como se pode ver, o Brasil também tem suas obras que se tornaram famosas em todo o país e até
mesmo no mundo. Quando você faz aulas de desenho, é importante estudar também essas questões
históricas, já que, além de servir de inspiração, tais obras também ajudam a conhecer os principais
movimentos artísticos e sua relação com o contexto social no qual vivíamos em cada época.
Além dessas obras pintadas por grandiosos artistas brasileiros, podemos citar diversas outras
pinturas importantes para a arte brasileira, como:
● Coroação de D. Pedro II - Manuel de Araújo;
● Samba - Di Cavalcanti;
● Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro - Oscar Pereira da Silva;
● Morro vermelho - Lasar Segall.
Uma curiosidade interessante é que na Semana Arte Moderna, pintores como Di Cavalcanti, Anita
Malfatti, e diversos outros artistas citados em nosso texto, participaram.
Para ver essas belas obras artísticas, vale a pena visitar os museus brasileiros, apesar de que algumas
pinturas não encontram-se no Brasil - e nem disponíveis para expor ao público, visto que há artes
compradas de "forma particular".
Alguns exemplos de bons museus para visitar são: Museu Ricardo Brennand (Recife - PE), Museu do
Amanhã (Rio de Janeiro - RJ), Pinacoteca (São Paulo - SP), Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro -
RJ) e Museu de Arte de São Paulo - MASP (São Paulo - SP).
É válido ressaltar que a visita a essas obras é uma atividade bastante interessante, uma vez que é
divertido visualizar pinturas grandiosas, e essas nos ajudam a voltar ao passado (como obras que
retratam a história do Brasil), entender os sentimentos humanos, discutir sobre os problemas sociais
ou apenas a vislumbrar algo que nos ensina sobre arte!
Há também muitos artistas da atualidade que têm feito um grande trabalho no setor artístico
brasileiro. Arthur Chaves é um exemplo disso, uma vez que o artista tem realizado exposições
grandiosas mundo afora, Beatriz Milhazes, Sandra Cinto, entre outros.
Portanto, vale a pena conferir, de perto, as exposições desses artistas - e de muitos outros - que têm
como foco levar cultura para o povo brasileiro e a arte brasileira para o mundo inteiro. É importante
ressaltar, também, a questão de que a nossa arte deve ser mais valorizada, inclusive pela própria
população que mora no Brasil!
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Sendo assim, após essas descobertas sobre essas obras, se você se interessou em aprender a pintar
através da lista de quadros famosos brasileiros, se matricule nas aulas de pintura para aprender
técnicas, e quem sabe, virar um artista famoso, impactando várias pessoas com suas artes!

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TEXTO 5: 12 GRANDES ARTISTAS BRASILEIROS E SUAS OBRAS ( ícone clicável)

Texto 5: 12 grandes artistas brasileiros e suas obras (FUKS, 2023)

12 grandes artistas brasileiros e suas obras

1. Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral (1886-1973) é considerada uma das maiores pintoras brasileiras. É de autoria dela,
por exemplo, o famoso quadro Abaporu, uma das obras mais importantes da nossa cultura.
A artista plástica, que nasceu no interior de São Paulo (em Capivari), era filha de uma família
tradicional e rica da região, dona de uma série de fazendas.
Apesar de ter nascido no Brasil, Tarsila fez grande parte da sua formação artística na Europa tendo se
mudado para Barcelona aos 16 anos. Além de ter vivido na Espanha, também estudou em Paris, onde
entrou em contato com a arte moderna, que mais tarde ajudou a trazer para o Brasil.
As obras de Tarsila são bastante variadas, mas podemos sublinhar um traço comum que é o desejo
de representar pessoas e paisagens brasileiras. Tarsila foi a pintora de temas tropicais, da área
rural do Brasil, mas também retratou a cidade que se modernizava com as transformações típicas do
processo de industrialização.
A pintora usou muitas vezes nas suas telas as cores da bandeira nacional, além de ilustrar uma série de
personagens folclóricos da nossa cultura como a cuca, por exemplo.
Apesar de ter feito muitos elogios ao nosso país, Tarsila não deixou de fazer também críticas sociais.
Em Abaporu, por exemplo, destacou a desvalorização do trabalho intelectual ao pintar uma pequena
cabeça em oposição aos membros enormes.
Em termos de estilo, Tarsila começou a pintar quadros com inspiração cubista, mas acabou passando
mais tarde a exercitar o estilo mais realista e até experimentou contornos geométricos.
A produção da artista é dividida pelos críticos em três fases bem diferentes: Pau-Brasil, Antropofágica e
Social.

2. Anita Malfatti
Uma das grandes responsáveis pela renovação da pintura no nosso país foi Anita Malfatti (1889-
1964), filha de uma professora de pintura norte-americana com um engenheiro italiano.
Anita, que ficou órfã de pai cedo e precisou se formar professora antes de completar os 18 anos,
começou a fazer os seus primeiros trabalhos com as artes plásticas influenciada pela mãe.
Aos 21 anos a moça foi viver em Berlim, patrocinada por um tio, onde desenvolveu o seu talento ao
frequentar a Academia Imperial de Belas Artes. Foi na Europa que Anita conheceu o cubismo e o
expressionismo, que influenciaram a sua arte.
Além da Alemanha, a pintora também estudou em Nova Iorque e em Paris. Quando regressou ao
Brasil, estreou em 1914, reunindo muitos amigos importantes no meio artístico como Di Cavalcanti.
Anita se tornou um dos grandes nomes da pintura moderna reunindo elogios, mas também críticas
como as feitas por Monteiro Lobato.
A boba, um dos seus quadros mais famosos, foi pintado entre 1915 e 1916 e apresenta elementos
cubistas e futuristas. Feito com pinceladas largas, o quadro tem um fundo abstrato e conta com muita
influência do expressionismo por fazer uso do contraste entre as cores e valorizar uma personagem
solitária, possivelmente angustiada.
Anita foi revolucionária no Brasil - e também muito criticada - ao abandonar o realismo e destacar nas
suas obras traços que considerava serem os mais expressivos mesmo que, para isso, precisasse se
distanciar da realidade e usar cores inesperadas.

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A pintora se interessava especialmente por temas cotidianos, muitas vezes do seu universo pessoal,
e não achava que precisava ser refém de um compromisso com o real. O seu trabalho quebrou com o
rigor acadêmico que reinava na sua geração e nas anteriores.

3. Adriana Varejão
Adriana Varejão (1964) é um dos maiores nomes das artes plásticas contemporânea com trabalhos não
só de pintura, mas também de escultura, fotografia e instalação.
Nascida no Rio de Janeiro, a jovem cursou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 1983 e abriu
logo o seu primeiro ateliê na zona sul do Rio de Janeiro.
Ainda no princípio da carreira, Adriana viajou para os Estados Unidos onde desenvolveu bastante a sua
linguagem pessoal. Premiada no Brasil e no exterior, a artista vem criando variadas obras que
passeiam por diferentes estilos e meios.
O trabalho Ruínas de carne é um exemplo de muito do que se encontra na obra da artista: peças que
trabalham com a ideia daquilo que sobra (os restos), da violência, do canibalismo, da destruição, da
história e do monumento. Há também muita influência do barroco nas suas criações pela presença
de azulejos, que viraram uma espécie de marca registrada da artista.
Hoje em dia já é possível encontrar os seus trabalhos em grandes centros como Londres (Tate
Modern), Nova Iorque (Guggenheim) e Tokyo (Hara Museum). No Brasil, grande parte das suas peças
estão no Centro Inhotim de Arte Contemporânea, em Minas Gerais.

4. Vik Muniz
Nascido em São Paulo, Vik Muniz (1961) fez a carreira nos Estados Unidos e ficou conhecido por usar
nos seus trabalhos materiais incomuns e cotidianos como geleia e creme de amendoim.
Formado em publicidade, o jovem foi para os Estados Unidos tentar a vida quando tinha 22 anos.
Além dos trabalhos onde recria imagens famosas como a Mona Lisa ou retratos de Freud e Che
Guevara, Vik Muniz também desenvolve um trabalho 100% original a partir de materiais
inesperados.
O maior traço característico do trabalho de Vik Muniz é a composição a partir de materiais perecíveis e
normalmente não utilizados no meio artístico como ketchup, açúcar, feijão, café e sucata. Há também
uma forte consciência social nas suas criações, o artista é um provocador que deseja convocar o seu
público a pensar.
Vik Muniz procura, através das suas obras, chamar a atenção tanto para os problemas sociais como
ambientais do nosso tempo. Um dos seus trabalhos mais famosos ficou registrado no documentário
Lixo extraordinário (2010).

5. Hélio Oiticica
Mais conhecido pelas suas performances, o carioca Hélio Oiticica (1937-1980) também deixou o seu
nome inscrito nas artes plásticas em obras ligadas a pintura e a escultura.
Uma referência da arte concreta, Oiticica aprendeu as suas primeiras lições de artes em casa, com o
pai, que era fotógrafo e pintor.
Hélio começou a fazer as suas primeiras exposições no princípio dos anos 50 e, nessa mesma década,
se reuniu com outros Neoconcretos como Lygia Clark e Ferreira Gullar.
Assim como os colegas, Oiticica acreditava que o público fazia parte da obra artística, e era natural
que pudesse sentir a peça, tocar, usar ou mesmo cheirar a criação do artista.
Parangolé, o seu trabalho mais conhecido, consistia em capas muito coloridas que eram vestidas pelo
público. A ideia era que, ao dançarem com ela, as capas fizessem um movimento libertador.

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6. Beatriz Milhazes
A carioca Beatriz Milhazes (1960) é conhecida por seus quadros coloridos, abstratos, repletos de
formas geométricas, além de frequentemente utilizar arabescos e flores.
Beatriz Milhazes não faz só pintura, também cria gravuras, colagens, ilustrações, instalações e cenários
(muitos para a irmã, Márcia, que está a frente de uma companhia de dança).
Formada em Comunicação Social, a artista plástica começou a criar quando se inscreveu na Escola de
Artes Visuais do Parque Lage.
O sucesso nacional veio a partir de 1984, quando participou de uma exposição dedicada à geração de
80 no Parque Lage. Mais tarde, Beatriz também fez parte das bienais de Veneza (2003), São Paulo
(1998 e 2004) e Shangai (2006). A partir de então a artista plástica conseguiu divulgar cada vez mais
os seus quadros contando atualmente com uma série de peças em importantes museus internacionais
como o MoMa, o Metropolitan, a Fondation Cartier e o Guggenheim.
Em Beleza pura (2006) vemos uma pequena amostra do seu trabalho. O quadro é carregado de
elementos geométricos e muita cor. A tela, de dimensões grandes, permite múltiplas leituras e é rica
em detalhes que ajudam a compor um todo intenso, repleto de informações.
As telas de Beatriz Milhazes são, de modo geral, marcadas pela estética do barroco, pelo excesso de
elementos, pelos ornamentos que impactam o espectador.

7. Lygia Clark
Uma das artistas plásticas mais inovadoras do Brasil foi a mineira Lygia Clark (1920-1988), que criou o
seu trabalho baseado numa arte sensorial e interativa.
Lygia queria que os espectadores interagissem com as obras criadas por ela e que fossem capazes de
experimentar as várias formas dos seus trabalhos, como é o caso das peças criadas para a série Os
Bichos (1960). As esculturas metálicas geométricas são articuladas e permitem diversas montagens
diferentes.
Os Bichos, série mais famosa da artista plástica, fizeram com que Lygia recebesse o prêmio de melhor
escultura nacional durante a VI Bienal de São Paulo.
Lygia Clark, que fez parte do neoconcretismo, acreditava numa arte inclusiva, que convidasse o
público a manipular as peças.

8. Candido Portinari
O pintor, gravador e ilustrador Candido Portinari (1903-1962) é o nome por trás de algumas das obras
mais famosas das artes plásticas brasileira como, por exemplo, o quadro Café (1935).
Engajado politicamente, o pintor usava muitas vezes as suas telas para retratar as dificuldades
enfrentadas pelos brasileiros no dia a dia.
Na tela Café vemos um período áureo do Brasil em contraste com as condições de trabalho pesadas
enfrentadas por homens e mulheres envolvidos no cafezal. Repare como os membros dos
trabalhadores estão desproporcionais, sublinhando o trabalho braçal.
A tela que mencionamos esteve na Exposição Internacional de Arte Moderna em Nova Iorque e foi a
primeira a dar um prêmio internacional ao pintor.
Portinari foi um porta-voz das injustiças sociais e procurou divulgar um Brasil marcado pela
desigualdade usando o pincel e as telas.

9. Di Cavalcanti
O artista modernista Di Cavalcanti (1897-1976) foi um mestre na pintura dos retratos da cultura
brasileira e do dia a dia do nosso povo.

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A tela Samba (1925) é um bom exemplo do trabalho do pintor, que usava muitas cores e fazia questão
de pintar corpos com muitas curvas. Os trabalhos de Di Cavalcanti são especialmente marcados pela
presença de pessoas, que interagem umas com as outras de modo sensual e/ou amoroso.
Na tela Samba vemos uma série de personagens típicos da nossa cultura representados como o
homem com o cavaquinho (fazendo menção a boemia) e as mulheres com os seios a mostra,
lembrando a sensualidade que aflora especialmente no período do carnaval.
Outros temas recorrentes que Di Cavalcanti pintou ao longo da vida foram as favelas, os trabalhadores,
as negras e as festas populares.
Di Cavalcanti foi um nome importante da Semana de Arte Moderna tendo, inclusive, ilustrado o cartaz e
o catálogo do evento. O artista esteve envolvido, ao lado de outros colegas modernistas, no processo
de renovação das artes plásticas no Brasil.

10. Lasar Segall


Nascido na Lituânia, Lasar Segall (1891-1957) veio para o Brasil pela primeira vez em 1923, visitar a
família e, no mesmo ano, resolveu se estabelecer em São Paulo definitivamente.
O pintor, escultor, gravador e desenhista era judeu e encontrou no Brasil um porto seguro longe de
uma Europa conturbada.
Os seus trabalhos eram marcados pela estética moderna e beberam muito das vanguardas
europeias.
Entre os seus temas mais frequentes estavam a emigração, os marginalizados e as paisagens tropicais
que encontrou no Brasil. Eram preocupações evidentes de Segall, que transpareciam nas suas telas, a
desigualdade social, a violência e a pobreza.
Em Perfil de Zulmira (1928) vemos o retrato de uma mulher com um fundo abstrato, geométrico. Na
tela é possível notar influências cubistas e modernistas tanto no fundo do quadro quando nos
contornos da personagem principal. Esses traços eram muito presentes nos pintores brasileiros da
geração modernista.

11. Alfredo Volpi


Conhecido como o mestre das bandeirinhas, Alfredo Volpi (1896-1988) foi um artista que se destacou
na Segunda Geração de Arte Moderna.
Muitas das suas telas carregam bandeirinhas e imagens típicas da cultura brasileira como, por
exemplo, a sereia.
No quadro Sereia (1960) vemos a personagem do folclore nacional retratada com contornos simples,
num exercício aparentemente infantil. Nesse quadro especificamente, Volpi não faz uso de muitas
cores, ficando apenas com tons de azul, verde, preto e branco. Mas em muitos dos seus trabalhos há
um uso de cores mais variadas.
Apesar de ter nascido na Toscana (Itália), Volpi veio para o Brasil com um ano e meio de idade ao lado
dos pais. Em 1911, começou a pintar painéis e murais nas mansões de São Paulo e logo passou para os
quadros.
O reconhecimento como grande pintor só veio em 1940, depois de vencer um concurso do IPHAN.

12. Romero Britto


O pintor contemporâneo brasileiro mais popular é, sem dúvida, Romero Britto (1963). O brasileiro que
saiu do Recife fez carreira nos Estados Unidos, onde até hoje se encontra vivendo em Miami.
Com um inconfundível estilo colorido e neocubista pop, o artista, que se inspira em Picasso, possui
obras espalhadas por uma série de países do mundo como Suíça, Israel e França.
Além dos quadros, Romero Britto também faz instalações e esculturas em espaços públicos e

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particulares.
O estilo do pernambucano é caracterizado pelas cores vibrantes, pelas formas geométricas e
assimétricas e por ser uma arte de fácil entendimento do grande público - como se pode notar a
partir de Heart kids.

TEXTO 6: 12 ARTISTAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS QUE VOCÊ PRECISA CONHECER


( ícone clicável)

Texto 6: 12 artistas brasileiros contemporâneos que você precisa conhecer (Equipe…, 2022)

12 artistas brasileiros contemporâneos que você precisa conhecer

Há uma tendência dominante na cena artística contemporânea em expansão no Brasil.


A efervescência cultural da década de 50 começou a questionar a sociedade do pós-guerra, rebelando-
se contra o estilo de vida difundido no cinema, na moda, televisão e literatura. Os artistas brasileiros
contemporâneos seguiram com esse ideal questionador de valores e padrões.

Há uma tendência dominante na cena artística contemporânea em expansão no Brasil. De fato, é um


lugar muito particular, maduro, com material e inspiração para a experimentação artística. Por isso,
separamos uma lista com 12 dos principais artistas brasileiros nesse segmento da arte.

Lenora de Barros
São Paulo, 1953. Vive e trabalha em São Paulo – SP.
Representada pelas galerias: Gomide & Co e Alban
Lenora de Barros é formada em Linguística pela USP e iniciou sua trajetória artística na década de
1970. Suas primeiras obras podem ser colocadas no campo da “poesia visual”.
Lenora construiu uma poética marcada pelo uso de vídeo, performance, fotografia, instalação sonora e
construção de objetos.
Sua obra faz parte de importantes coleções no Brasil e em diversos países, entre elas a do Hammer
Museum (CA, EUA), Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona (Espanha), Daros Latinamerica
Collection (Suíça), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Espanha), MAM-SP e Pinacoteca do
Estado de São Paulo.
Em 2022, Lenora foi uma das artistas convidadas para a 59ª Bienal de Veneza – The Milk of Dreams,
além de inaugurar a exposição individual na Pinacoteca da Luz “Lenora de Barros: minha língua”.

Cildo Meireles
Rio de Janeiro, 1948. Vive e trabalha em Rio de Janeiro – RJ.
Representado pelas galerias: Luisa Strina, Mercedes Viegas, Mul.ti.plo, Almeida & Dale e Paulo
Kuczynski Escritório de Arte.
Cildo Meireles estudou na Fundação Cultural do Distrito Federal e na Escola Nacional de Belas Artes,
no Rio de Janeiro. Seu trabalho apresenta um interesse profundo na relação entre o sensorial e o
cerebral, o corpo e a mente, visto agora como uma das características definidoras da vanguarda
brasileira pós-guerra, dos quais Meireles surgiu com seus primeiros trabalhos no final da década de
1960.
A obra de Meireles foi exposta no mundo todo, incluindo as 37ª, 50ª, 51ª e 53ª Bienais de Veneza; as
16ª, 20ª, 24ª e 29ª Bienais de São Paulo; as 6ª e 8ª Bienais de Istambul; as 1ª e 6ª Bienais do
Mercosul; o Festival Internacional de Arte de Lofoten, Noruega; a Bienal de Liverpool de 2004, e a

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Documenta de Kassel, em 1992 e 2002. Em 2009, a Tate Modern apresentou uma exposição
retrospectiva de seu trabalho.
Suas instalações trazem claras denúncias políticas, como em Desvio para o Vermelho I, II e III,
apresentadas pela primeira vez no MAM/RJ, em 1967 e que atualmente faz parte do acervo do Museu
do Inhotim. As obras Árvore do Dinheiro (1969), Introdução a uma Nova Crítica (1970) e O Sermão da
Montanha: Fiat Lux (1973) seguem, também, essa narrativa.

Beatriz Milhazes
Rio de Janeiro – RJ, 1960. Vive e trabalha no Rio de Janeiro – RJ.
Representado pelas galerias: Fortes d’aloia Gabriel, Almeida & Dale e Arte 57
Figura decisiva da arte brasileira contemporânea, Beatriz Milhazes desenvolve, há mais de três
décadas, uma produção no campo da pintura que se desdobra em suportes correlatos – colagens,
gravuras, esculturas e tapeçarias.
Com formação artística pelo EAV Parque Lage, no Rio de Janeiro, o pensamento pictórico da artista
ocupa o espaço em cores e movimento, dando forma a uma linguagem decorativa. Seus planos
sintetizam elementos típicos da cultura popular brasileira – da exuberância do carnaval à riqueza da
flora tropical.
Desde os anos de 1990, Milhazes tem se destacado em mostras internacionais nos Estados Unidos e
na Europa. Integra acervos de museus como o Museu de Arte Moderna (MoMa), o Museu Solomon R.
Guggenheim, The Metropolitan Museum of Art (Met), em Nova York, Museu de Arte Reina Sofia, em
Madri; entre outros. Seus quadros bateram o recorde de vendas de obras brasileiras no leilão da
Sotheby’s, em Nova York.

Sandra Cinto
Santo André-SP, 1968. Vive e trabalha em São Paulo – SP.
Representada pelas galerias: Casa Triângulo, Carbono, Arte 57 e Almeida & Dale.
A artista estudou nas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila. Os desenhos de Sandra Cinto geralmente
têm grandes formatos e encontram-se em suportes incomuns, como madeira. Neles, são frequentes
elementos de forte carga simbólica, como escadas, pontes, abismos, candelabros e árvores secas.
Em seus objetos, instalações e assemblages, Sandra Cinto também trabalha com a apropriação de
imagens, como fotografias documentais, jornalísticas ou de sua coleção particular, incluindo suas
próprias fotos de infância.
Em 1997, Sandra Cinto participou da Feira Internacional de Arte Contemporânea, em Madri. Em 2005,
recebeu o Prêmio Residência da Civitella Foundation, em Umbertide, Itália. Ganhou diversas
exposições coletivas e individuais, como o Museu de Arte Moderna (MAM) na Oca e Construção em
2006; e A Cor da Água, em 2010. Sua obra está exposta em coleções como a do Museu de Arte
Moderna de São Paulo (MAM/SP), Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, e na Fundação
ARCO, na Espanha.

Iran do Espírito Santo


Mococa-SP, 1963. Vive e trabalha em São Paulo – SP.
Representado pelas galerias: Fortes d’aloia Gabriel, 55SP, Almeida & Dale e Arte 57.
A prática multidisciplinar de Iran do Espírito Santo envolve principalmente escultura, desenho e
instalação. Formado na FAAP, o artista investiga o espaço entre concreto e abstrato, questionando os
limites da representação visual e os hábitos perceptivos típicos do regime óptico contemporâneo, que
tende a favorecer o espetacular e o excessivo em lugar do corriqueiro ou do comum.
Espírito Santo mantém um diálogo com a tradição vanguardista brasileira, de nomes como Regina

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Silveira e Waltercio Caldas, aliada aos procedimentos de serialização e formatos anônimos
empregados pelo minimalismo. O seu procedimento sempre tenciona o projeto e sua realização, e o
aspecto pré-fabricado de muitos de seus objetos evocam a composição diagramada do design
industrial.
Iran do Espírito Santo foi artista residente do Tamarind Institute, nos EUA. Em 2007, ganhou uma
mostra em sua homenagem organizada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, em parceria com o
Museo Nazionale delle Arti del XXI Secolo (MAXXI/Roma) e pelo Irish Museum of Modern Art (IMMA
/Dublin).Também atua como ilustrador e artista gráfico.

Adriana Varejão
Rio de Janeiro-RJ, 1964. Vive e trabalha em Rio de Janeiro-RJ.
Representado pelas galerias: Fortes d’aloia Gabriel, Almeida & Dale e Paulo Kuczynski Escritório de
Arte.
Com formação artística pelo EAV Parque Lage, Adriana Varejão trabalha com pintura, instalação e
escultura. Sua obra é abertamente política e entretém constantemente um diálogo com a história
colonial e pós-colonial do Brasil. Seu interesse pelo azulejo e seu legado como metáfora da
miscigenação cultural é elemento central de seu corpo de trabalho.
Em 2022, as obras de Adriana Varejão ocuparam todas as salas da Pinacoteca e foi uma das
exposições mais comentadas de 2022. Nas últimas décadas, a projeção que alcançou lhe rendeu a
participação em exposições nacionais e internacionais, como Bienal de São Paulo, Tate Modern em
Londres e MoMA em Nova York.
Suas obras encontram-se em coleções de instituições como Metropolitan Museum of Art (MoMA), Nova
York; Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York; Tate Modern, Londres; Fondation Cartier pour
l’art Contemporain, Paris; Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Brumadinho; Museu de Arte
Moderna de São Paulo e o Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro.

Cao Guimarães
Belo Horizonte-MG, 1965. Vive e trabalha em Belo Horizonte-MG.
Representado pela galeria Nara Roesler.
Cao Guimarães estudou na Universidade de Westminster, no Reino Unido. Seus trabalhos são peças
audiovisuais expandidas, frequentemente estabelecidas no trânsito entre a película, a partir do uso de
Super-8, e o vídeo. Desse modo, sua obra constrói fortes conexões com as artes visuais, sem,
contudo, filiar-se de modo determinante a nenhum grupo ou vertente específica.
Seja capturando a utopia inóspita de Brasília, formigas carregando confetes no fim do carnaval, ou
bolhas de sabão flutuando pelos corredores de uma casa vazia, seus trabalhos expandem a ideia e o
vocabulário da forma documental através dos meios utilizados.
Seus filmes foram exibidos em inúmeros festivais, no Brasil e no exterior, tais como Berlin
International Film Festival (2014); Sundance Film Festival (2007); Cannes Film Festival (2005);
Rotterdam International Film Festival (2005, 2007 e 2008), entre outros. A obra de Guimarães está
representada internacionalmente em museus e coleções privadas, incluindo: Fondation Cartier Pour
L’art Contemporain, Paris, França; Tate Modern, Londres, Reino Unido; Guggenheim Museum, Nova
York, EUA; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museum of Moderm Art (MoMA),
Nova York, EUA.

Lucia Koch
Porto Alegre – RS, 1966. Vive e trabalha em São Paulo-SP.
Representada pelas galerias: Nara Roesler e Carbono.
O trabalho de Lucia Koch investiga questões relativas ao espaço e propõe novas formas de

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experienciá-lo.
A artista estabelece um intenso diálogo com a arquitetura – tanto pelo modo como suas obras
interferem nos lugares onde são instaladas quanto pela criação de espaços imaginários a partir de
objetos banais, o que desafia e reorienta a percepção do espectador.
Suas obras integram numerosas coleções, como: Musée d’Art Contemporain de Lyon, na França;
Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro, Brasil; Museum of Contemporary Art San Diego, San
Diego, EUA; The J. Paul Getty Museum, Los Angeles, EUA; além da Pinacoteca do Estado de São
Paulo, em São Paulo, Brasil.

Vik Muniz
São Paulo- SP, 1961. Vive e trabalha em New York – EUA e no Rio de Janeiro – RJ. Representado pela
galeria Nara Roesler
Formado pela FAAP, Vik Muniz questiona os limites da representação. Apropriando-se de matérias-
primas como algodão, açúcar, chocolate e até lixo, o artista meticulosamente compõe paisagens,
retratos e imagens icônicas retiradas da história da arte e do imaginário da cultura visual ocidental,
propondo outros significados para esses materiais e para as representações criadas.
O artista ganhou notoriedade mundial por suas fotografias que incorporam materiais recicláveis à arte.
Ele subverte o tamanho das obras, aumentando ou reduzindo, tornando impossível saber quais são as
dimensões originais.
Suas obras integram acervos como os do Centre Georges Pompidou, Paris, França; Guggenheim
Museum, Nova York, Estados Unidos; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS), Madri,
Espanha; The Tate Gallery, Londres, Reino Unido; entre outros.

Rosana Paulino
São Paulo-SP, 1967. Vive e trabalha em São Paulo-SP.
Representada pela galeria Mendes Wood DM
Formada pela USP, Rosana Paulino desenvolve um trabalho centrado em torno de questões sociais,
étnicas e de gênero, concentrando-se em particular nas mulheres negras da sociedade brasileira e nos
vários tipos de violência sofridos por esta população devido ao racismo e ao legado duradouro da
escravatura.
Paulino explora o impacto da memória nas construções psicossociais, introduzindo diferentes
referências que intersectam a história pessoal da artista com a história fenomenológica do Brasil, tal
como foi construída no passado e ainda persiste até hoje.
A sua pesquisa inclui a construção de mitos – não só como pilares estéticos mas também como
influenciadores psíquicos.
Em 2022, Rosana Paulino participou da 59th Bienal de Veneza, com curadoria de Cecilia Alemani.

Ernesto Neto
Rio de Janeiro-RJ, 1964. Vive e trabalha em Rio de Janeiro-RJ.
Representado pelas galerias: Fortes d’aloia Gabriel, Almeida & Dale, Arte 57, Mercedes Viegas e Paulo
Kuczynski Escritório de Arte
Ernesto Neto estudou artes no EAV Parque Lage. Seu trabalho envolve principalmente instalações e
esculturas e mantém um diálogo longevo com as interações espaciais promovidas pela arquitetura. O
procedimento arquitetônico de Neto não ergue paredes ou bloqueios, mas erige membranas e peles,
redes e invólucros. Há embutido nos seus espaços uma relação com a natureza, seja nas formas
orgânicas que as estruturas assumem, seja no acolhimento que as instalações permitem.
Em 2019, a Pinacoteca do Estado de São Paulo apresentou uma grande mostra dedicada à sua obra.

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Os espaços de Ernesto Neto, que são percorridos, atravessados, habitados, também remetem aos
penetráveis de Oiticica, precursores de seus ambientes plurisensoriais. As redes, material central na
sua obra, permitem envolver, abarcar, pendurar, mas também são uma estrutura para deitar, uma
ferramenta do descanso, da preguiça e da contemplação.

Saint Clair Cemin


Cruz Alta-RS, 1951. Vive e trabalha entre Paris e Nova York.
Representado pela galeria Millan
Saint Clair estudou gravura na École des Beaux-Arts, além de ter vivido em Nova York nos anos 70,
onde se aproximou da cena artística local, lhe proporcionando encontros importantes para sua
formação. Na década de 1990, ganha destaque no circuito artístico como escultor.
Cemin realiza esculturas em diversos materiais, como bronze, aço, vidro e mármore em obras que
variam de pequenas a grandes dimensões. Combinando referências da estatuária grega antiga, do Art
Nouveau e do Surrealismo a formas incorporadas de objetos cotidianos, muitos de seus trabalhos
tensionam as noções de uso e função.
Cemin já desenvolveu diversos projetos de arte pública, entre eles na cidade de Reston, Virginia, e na
Broadway, em Nova York, bem como elaborou as peças de decoração em bronze do Musée de la
chasse et de la nature, em Paris.

TEXTO 7: ARTISTAS PLÁSTICOS DE MINAS GERAIS ( ícone clicável)

Texto 7: Artistas Plásticos de Minas Gerais (Artistas, 2022)


Nessa indicação tem uma lista de artistas mineiros. Para cada artista tem um link diferente.

TEXTO 8: ESCULTORES DE MINAS GERAIS ( ícone clicável)

Texto 8: Escultores de Minas Gerais (Escultores, 2022)


Nessa indicação tem uma lista de artistas mineiros. Para cada artista tem um link diferente.

TEXTO 9: A GALERIA PONTES ( ícone clicável)

Texto 9: A Galeria Pontes (Pontes, 2020)


Essa indicação é uma galeria de arte online dedicada à arte popular brasileira com obras de autores de várias
regiões.

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TEXTO 10: TRÊS MINEIROS UNIVERSAIS ( ícone clicável)

Texto 10: Três mineiros universais (PERKTOLD, [2023])

Três mineiros universais

Inimá de Paula viveu intensamente os últimos setenta anos de sua vida e do século XX como pintor e
foi sempre colocado em lista dos mais consagrados artistas brasileiros. Ao falecer, em 1999, aos 81
anos de idade, deixou legado primoroso de pouco menos de cinco mil quadros a óleo, acrescidos de
desenhos e aquarelas a representar a sua origem nas paisagens rurais mineiras, além de percorrer as
naturezas mortas, flores e cenas urbanas do Rio, Belo Horizonte e cidades históricas de Minas.
Confirmava seu talento nos retratos dos amigos ou de encomenda e nos autorretratos; estes, a
representar cada passagem de sua vida, como se estivesse escrevendo sua autobiografia com as cores
nos suportes. É acervo que honra o Brasil e Minas, em particular.
Inimá nasceu em 7 de dezembro de 1918, em Itanhomim, pequena cidade no interior do nosso
Estado, mas cedo sua família mudou para Vitória, Espírito Santo, onde o pai, depois da falência de seu
negócio de secos e molhados, se tornou fotógrafo, numa época em que a atividade era mistério para
poucos iniciados. Foi com ele que Inimá aprendeu a retocar as fotografias dos clientes paternos, algo
que lhe deu a desenvoltura para ser retratista a óleo anos depois. Foi também com o pai e com as
reproduções de pintura europeias vistas em raros livros em preto e branco, comprados onde e quando
era possível encontra-los, que Inimá compreendeu o que é uma composição equilibrada, com ritmo e
tensão, e entendeu a importância do número de ouro neste conjunto, algo que, já idoso e
lamentando, imaginava superado pela nova geração. Viveu em várias cidades do Brasil, convivendo
com colegas de paletas como Antonio Bandeira, Aldemir Martins, Flávio Shiró, Kaminagai e outros. As
cidades de fortaleza e Rio foram fundamentais no aprendizado e na consolidação de amizades a durar
para sempre, mas Belo Horizonte era onde ele se sentia em casa, cercado por familiares, pelos
admiradores, pelos amigos, e amparado pela consagração nacional.
Seu caminho de grande artista é cheio de vicissitudes pessoais e objetivas. Elas começaram na morte
do pai em 1935. Foi e é duro golpe para qualquer adolescente ser órfão aos 17 anos de idade, mas,
jovem guerreiro da vida, hábil na técnica do desenho, começando a ter intimidade com as cores e
autodidata talentoso, percorreu tenazmente o seu desejo de ser pintor. Em pouco tempo era artista.
Treze anos depois do falecimento do pai, em 1948, já se havia profissionalizado e percorrido rota tão
brilhante, que foi apresentado por Portinari, na sua exposição no Instituto dos Arquitetos do Brasil, no
Rio. A garantia oferecida na apresentação era um aval que Portinari daria somente para aqueles em
quem percebesse talento e garra pessoais, capazes de expor com brilhantismo, no futuro. Portinari era
então, como é até hoje, o mais consagrado artista brasileiro. O embaixador Josias Leão, amigo e
admirador do jovem Inimá, o apresentou ao muralista, que imediatamente endossou a opinião do
diplomata. Ambos sabiam que mostravam ao Brasil um pintor brilhante e que, aos trinta anos de
idade, trazia pintura de quem percorria caminho reservado aos escolhidos de Deus. Brilhantismo que
foi merecedor de vários prêmios de pintura ao longo de sua vida, inclusive o de viagem ao exterior
vivendo em Paris como aluno de André Lhote.
Leo Christiano Editorial Ltda publicou, em 1987, “Inimá”, o primeiro livro dedicado aos trabalhos do
pintor de Itanhomim. É um volume primoroso pela qualidade gráfica, pela seleção de obras
representativas de sua trajetória, e uma homenagem que o editor prestava aos então setenta anos de
vida do pintor. O texto de Frederico Morais – também mineiro, que desde os anos 1960 vive no Rio,
onde exerce jornalismo, curadorias diversas e crítica de arte – enriquece o livro. Além da amizade que
os unia, havia em Inimá, e há em Morais, a vantagem de ambos terem conhecido literalmente todo
mundo no métier artístico brasileiro do século XX. O privilégio dessa vivência, além do talento de
ambos, e os conhecimentos sobre a nossa história da arte garantiram a Inimá a convivência com
artistas tão talentosos quanto ele próprio; e a Frederico, o acervo intelectual necessário para escrever
não somente o volume editado por Leo Christiano, mas centenas de outros, sobre arte e artista
brasileiros. O texto é biográfico, didático e crítico, explicando com clareza por que Inimá foi é

102
importante para Minas e para o Brasil.
Inimá foi paisagista pictórico e é com esse tema que o leitor encontrará o melhor de sua produção.
Qualquer cena majestosa, pitoresca, humilde ou devastada se transformava em peça de cores
exuberantes de um mestre fauvista que lidava com elas com intimidade de amante. Todo artista tem o
raro privilégio de trabalhar naquilo que ama, por isso, a maioria não se cansa de produzir prazer para
os espectadores e para si. Inimá trabalhou, produziu, e teve consciência da importância de sua
contribuição para o acervo intelectual do país. Mas nunca se arvorou em se chamar de “artista” ou se
colocou com arrogância no que fazia. Pelo contrário. Colocava-se em posição de gente comum,
atribuindo-se a si mesmo uma importância menor que efetivamente tinha. Apesar de valorizado
pessoalmente, durante a maior parte de sua vida, recebeu de seu país menos do que merecia. Artistas
como Inimá deveriam ser louvados diariamente. Seu início de carreira, como, de resto, de todos os
artistas de sua geração, foi marcado por uma época na qual o Brasil vivia em busca de preencher
necessidades vitais e a arte, como se sabe, está no nível de desejo. Chegar a este, nacional ou
individualmente, significa ter superado aquele. Para que isso ocorresse, ao longo das décadas do
século passado, o país cresceu na sua economia e na vida intelectual, fazendo surgir estratificações
sociais capazes de entender a dimensão da arte como investimento no desenvolvimento próprio e dos
filhos, apreciá-la a ponto de frequentar museus, galerias e leilões, desejar coleciona-la e chegar a não
poder viver ser ela, como se cada peça da pinacoteca pessoal ou institucional fosse uma amante de
um harém sem preferida.
Na página 20 do livro “Inimá” há um retrato, de 1937, do artista aos 19 anos de idade. Ele está ao
lado de um dos seus trabalhos no cavalete. A cena deveria ser de contentamento pelo êxito de algum
evento, mas nela o jovem pintor de paletó e gravata exibe um olhar melancólico e triste. Numa leitura
atenta desta primeira foto, ele, jovem demais e vivendo num país onde se valorizavam pouco as
coisas do espírito, parece transmitir a tristeza de um saber não sabido, inconsciente, de alguém que
sentia a sua alma mergulhada num passado que não compreendia – e o seu futuro como artista
definitivo estava longe demais.
Na abertura do primeiro volume das Obras Catalogadas de Inimá de Paula (Fundação Inimá de Paula,
2002), há duas outras fotografias do pintor. Na primeira ele está com o fusain nas mãos e, com
certeza, esboçava uma obra. É uma foto em preto e branco e deve ser do final dos anos 1960 ou
princípio da década de 1970, período muito produtivo e de alta qualidade do pintor. Nela e naquele
momento ele é um homem forte, expõe sua vitalidade para o trabalho e seus poucos cabelos brancos
da barba nos fazem imaginá-lo alguém em torno de 55 anos. Seus olhos contêm grande parcela
daquele olhar do jovem de dezenove anos, possível retrato de sua alma angustiada por algo interno e
que lhe era incompreensível. Na segunda deste volume, a cores, ele aparece com paleta e pincéis nas
mãos, informando ao espectador que trabalhava no quadro pintado com suas cores preferidas e
visíveis no fundo da imagem. A foto, pela boa impressão gráfica e pelo sentimento nela registrado, é
uma espécie de fechamento da biografia pictórica do artista fauvista. Ela foi clicada um ano antes de
sua morte.
Entre as três fotos, há evidentes diferenças físicas, não apenas pela objetividade da vida, mas pela
doença que, nos últimos anos, o havia marcado. Nesta última, a sua barba é toda branca e os cabelos
são ralos, apresentando acentuada calvície. O leitor interessado e atento perceberá que nas três há
um denominador comum: o olhar de sempre do jovem que desde cedo fez perguntas sobre tormentos
internos – e que estavam externadas no seu jeito taciturno, retraído e tímido. As perguntas – nunca
respondidas, mas sempre demonstradoras de sua angústia – produziram reação formativa na sua bela
produção e na essência do seu inesgotável talento. Vistas hoje, suas obras com cores vivas e a sua
própria biografia estavam perto demais dele mesmo para que ele entendesse que as respostas
estavam nos seus próprios trabalhos. É possível que todos nós tenhamos perguntas semelhantes no
nosso inconsciente, essa “caixa-preta” que credita e debita os nossos desejos, ao longo da vida. É
dentro desse postulado freudiano que encontramos ambas, perguntas e respostas, e é inútil
procurarmos fora. Para que Inimá formulasse para si a pergunta contida do seu olhar e de tal forma
que ele recebesse a resposta, seria preciso que o pintor tomasse certa distância emocional do que
vivia e sentia. Não conseguiu. Sorte dele, maior ainda aquela do Brasil. Dessa forma o brilhante artista

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mineiro viveu a sua produtiva perplexidade. Talvez seja semelhante àquela que muitos de nós temos,
mas, sem talento, não embalamos nela nossa produção profissional e não a expomos nem mesmo
para implacáveis câmeras fotográficas.
Para parte de seus amigos e dos muito admiradores que o conheceram pessoalmente, essas reflexões
podem soar como invenção literária. Não são. Em suas pinturas sempre houve uma contradição entre
a alegria de suas telas e a tristeza de seus olhos. A sua exposição de 1968, na Galeria Guignard, em
Belo Horizonte, então dirigida por Sálvio de Oliveira é, até o momento do nascimento deste texto, uma
das mais belas exposições brasileiras e foi a mais provável resposta à pergunta que ficava dentro de
sua alma de mineiro talentoso, pelo primoroso desenho, pela força das cores aplicadas aos suportes e
pela capacidade de transformar qualquer paisagem, flores, frutas, cenas marítimas, figuras humanas
ou abstratos em obras que, num relance, nos aprisionam, levando-nos da admiração ao desejo de
possuí-las e as vermos diariamente, como se fossem amados integrantes da família.
Toda essa descrição de sua arte o leitor poderá comprovar no livro editado por Leo Christiano, em
1987, e nos dois volumes editados em 2002 e 2006 pela Fundação Inimá de Paula, sediada em Belo
Horizonte, contendo suas obras ali registradas por colecionadores particulares e instituições públicas.
Os livros da Fundação devem ser consultados sempre que se quiser obter imagens de um pintor
mineiro que, pelo talento, se tornou universal, transformando suportes e cores em objetos de desejo e
arte. Os volumes contêm centenas de reproduções de boa qualidade, distribuídas de acordo com cada
temas. Se, num exercício imaginário, suas obras desaparecessem e ficassem somente os três volumes,
eles garantiriam a imortalidade do artista. Essas edições são fundamentais para a compreensão de
trajetória de Inimá, uma vez que sua produção está dispersa em coleções particulares e museus, pelo
Brasil afora. Serão úteis também para pesquisas do conjunto no futuro, ou referências para seleção de
suas obras e exposições posteriores. Mas os volumes da Fundação, para serem consultados, precisam
ser deitados sobre uma mesa. São difíceis de manusear, pelo tamanho e peso, e pecam pela ausência
de um artista gráfico digno de Inimá, que distribuísse as reproduções sem monotonia e diminuísse a
grave perda de espaço em cada página. O primeiro dele contém texto de autoria de José Roberto
Teixeira Leite, crítico de arte e ensaísta, que expõe com clareza aspectos da pintura de Inimá de
Paula.
Esses três volumes são refeências para que deseja conhecer o trabalho de Inimá de Paula, pintor e
artista brasileiro, nascido em Minas Gerais.

Guignard
Como se sabe, o modernismo nasceu para influências pictóricas de exposições de Lasar Segall e Anita
Malfatti, realizadas em 1917. A idéia da Semana da Arte de 1922 foi de Di Cavalcanti, apoiada por
intelectuais paulistas interessados na revitalização do Brasil agrícola. Mas a importância desse
acontecimento só repercutiu pelo Brasil afora um ano depois, quando o embaixador Graça Aranha, em
agressivo discurso na Academia Brasileira de Letras, mostrou o seu horror ao tanto que o país negava
ou ignorava o movimento intelectual mais importante do século XX. Seu discurso repercutiu mais que
o movimento de São Paulo. Apesar da insistência de Aranha, o modernismo somente seria aceito no
Rio de Janeiro, capital intelectual do país de então, no início dos anos 1950, coo informa Antonio
Bento. Se o modernismo foi de difícil aceitação, o abstracionismo, irmão caçula daquele, foi ainda pior.
O abstracionismo brasileiro ocorreu somente em 1953, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis.
A primeira exposição modernista de Minas realizou-se catorze anos depois da famosa semana – em
1936, no subsolo do antigo Cinema Brasil, em plena Praça Sete, em Belo Horizonte. Como toda
novidade, foi mal recebida. Mas em 1944 um médico mineiro, nascido em Diamantina, chamado
Juscelino Kubtscheck se tornou prefeito da Capital mineira, por indicação de Benedito Valadares,
interventor no nosso Estado, representante máximo de Getúlio Vargas, ditador então. JK era um
homem aberto às novas idéias e foi cercado de jovens que lhe apresentaram alguns artistas que
marcariam a sua vida político e de homem público e o tornariam eternamente associado ao
modernismo brasileiro. Oscar Niemeyer trouxe as linhas arquitetônicas cheias de curvas herdadas do
barroco mineiro, Ceschiatti e José Pedrosa contribuíram com as esculturas, Athos Bulcão com os

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azulejos, e Candido Portinari com os murais. Esse grupo de artista criou o conjunto arquitetônico da
Pampulha, a ratificar o modernismo e revolucionar a construção em concreto, com suas inacreditáveis
linhas.
Com todas as vantagens desse grupo, JK sabia que findos os trabalhos, todos voltariam para o Rio.
Nosso prefeito de então estava interessada em artista que aqui ficasse, criasse escola e desse à cidade
dimensão de importância nacional e continuasse a revolução das artes plásticas iniciadas por aquele
grupo. Pensando assim, JK trouxe do Rio de Janeiro Alberto da Veiga Guignard, um brilhante e
consagrado pintor cuja formação europeia desde criança garantia o conhecimento do que ocorria no
Velho Mundo. JK trouxe não somente os modernistas e Guignard para nosso Estado, mas a idéia de
desenvolvimento do interior do país, até então vivendo apenas do litoral. É incrível, mas,
emoldurando-nos no tempo, nota-se que o Brasil dos anos 1940 existia a partir de Recife, passava por
Salvador, Rio, São Paulo e chegava aos pampas, em Porto Alegre. O interior era quase vazio. JK veio
para mudar tudo isso.
E Alberto da Veiga Guignard veio para mudar a idéia acadêmica e conservadora da pintura que se
fazia em Minas. Ele Nasceu em 1896 em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, mas não há um único mineiro
que considere fluminense. Minas Gerais está eternamente associada a sua vida e obra, fazendo crer
que nascer lá foi um acidente geográfico, assertiva com a qual o pintor, por certo, concordaria, tão
grande era sua paixão pela nossa terra.
Guignard teve vida trágica, iniciada no nascimento com lábio leporino e todas as consequências físicas
e emocionais desse defeito. A tragédia continuou no suicídio do pai, quando ele era criança, acrescido
de novo casamento da mãe com certo nobre alemão, sempre lembrado pelo enteado como alguém
perdulário e explorador. A família foi morar em Munique, Alemanha, e lá nosso herói recebeu
esmerada educação artística, sobretudo da técnica do desenho e da pintura. Tornou-se um artista
importante pelo talento e beleza de seus trabalhos. Adulto, voltou ao Brasil em 1929 e se admirou
com a ausência das escolas europeias – do cubismo ao surrealismo – na pintura que era feita no Rio
de Janeiro de então. Dos pintores presentes na Capital Federal daqueles anos, Guignard via apenas
nas obras de Ismael Nery as qualidades da pintura que consagraria o século XX.
Cheio de entusiasmo pela nova pintura e desejoso de transformar a jovem e provinciana capital da
qual era prefeito, JK convida o artista para fundar e dirigir uma escola de arte em Belo Horizonte. A
visita de Guignard às cidades históricas mineiras, em especial Ouro Preto, o torna mineiro para
sempre. Vila Rica foi especial, pelo que preserva do século XVIII, um museu a céu aberto, onde cada
pedra nas íngremes ruas ou cada armário de suas velhas casas têm algum segredo bem guardado e
qualquer inconfidência será objeto de avaliação histórica. Foi especial ainda pela luz que ilumina a
cidade de forma tão suave, como se as montanhas tivessem sido postas em locais calculados por
Deus, com a finalidade de ser um rebatedor da luz celestial. Este cenário, as cidades e Mariana,
Sabará, o balneário de Lagoa Santa e a Serra do Curral, no esplendor de sua virgindade, deixaram o
artista apaixonado por Minas. Sua carreira se consagraria pintando essas paisagens e sua gente.
O leitor encontrará muitos textos sobre a vida e a obra de Guignard e é possível que sinta em todos
eles a ausência de dados biográficos mais detalhados. Por certo, não é responsabilidade dos autores.
A vida do pintor foi marcada pelas tragédias descritas acima, outras jamais contadas em livros ou
textos, e pela falta de informações registradas em documentos ou depoimentos dele ou de amigos
europeus que, provavelmente, morreram sem saber da sua importância no Brasil. Poucos mortais se
imaginam imortais e, por isso, não deixam registros, dificultando a vida dos seus biógrafos, quando
aqueles se projetam para a posteridade. Quando Guignard chega a Belo Horizonte, o mestre era
artista consagrado no Brasil e havia, inclusive, vendido um quadro para o Museu de Arte Moderna de
Nova Iorque. A compra do quadro, além do reconhecimento implícito, era e é um privilégio para
qualquer pintor. Aqui chegando, construiu não somente uma escola no sentido literal, mas outras,
metafóricas. Parte de seus alunos vive e viveu o suficiente para depor sobre o mestre – dados,
passagens biográficas e vivências compartilhadas com o professor altruísta, o que o consagraria ainda
mais.

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O livro mais importante sobre Guignard A Escola Guignard na Cultura Modernista de Minas 1944-1962,
foi editado em 1988 pela CESA-Cia. Empreendimentos Sabará, com incentivos fiscais da então Lei
Sarney. O grupo empresarial foi generoso com o artista e com Ivone Luiza Vieira, sua autora. Ivone é
mineira, estudiosa da nossa cultura e de nossas cidades históricas. É um livro literalmente lindo, que o
mestre aplaudiria, bem escrito, revelador da biografia do pintor, e traz a vantagem de apresentar
algumas reproduções de trabalhos de ex-alunos do artista, ajudando o leitor a compreender a
influência do mestre nas obras deles. Sua beleza começa pela capa dura e sobrecapa, reproduzindo
detalhe de um girassol, pinçado de um dos seus óleos sobre madeira, “Vaso de Flores”, célebre e
valorizado tema do artista, pertencente a colecionador de São Paulo. A diagramação, de Dan Fialdini,
é digna do biografado. As propositais reproduções de alguns quadros, impressas em meia página,
garantem a leveza do volume. O leitor perceberá o caminho de Guignard, que, das obras surrealistas
dos anos 1930, passou aos poemas pictóricos das cidades históricas, após sua chegada a Minas.
Notará diferença na linha do horizonte de seus quadros, em épocas diferentes. Em alguns o céu (e
que céu!) tem o predomínio de mais de dois terços do suporte, ficando a paisagem restrita ao
restante. Neste particular, Guignard antecedeu a Gabriel Figueroa, célebre fotógrafo de westerns
americanos que, filmando, deixava na tela o mesmo registro de espaço guignardiano par ao céu e a
paisagem. Em outras obras não há linha do horizonte, apenas as Paisagens Imaginárias, como as
chamou Lélia Coelho Frota. São cenas de rara beleza e vistas em qualquer manhã de inverno na Ouro
Preto de hoje, quando a neblina entrelaça a cidade, impedindo o espectador de vê-la por inteiro e, por
isso, se vêem as suas casas, igrejas e serrania flutuando em diferentes camadas transparentes. A
pintura de cenas como essa é transposição da magia do acontecimento na cidade. Em outro texto
sobre o velho pintor, assegurei que “essas paisagens imaginárias ainda estão lá como adolescente
apaixonada, aguardando a volta do poeta que as imortalizou”. O registro pictórico delas foi possível
pela beleza de sua transparência, feita com técnica apuradíssima e temperada com amor sobre a
cidade que o amava e o consagrou. Essa técnica foi um de seus belos legados para alunos que ainda
fazem uso dela: Yara Tupinambá, Maria Helena Andrés, Sara Ávila e Chanina.
Se não se conhece pelo menos parte da biografia de Guignard, o leitor se surpreenderá em saber que
artistas consagrados – e tão distantes do conteúdo e forma do que o mestre fazia – estão na sua lista
de ex-alunos: Farnese, Amílcar de Castro, Mary Vieira, Maria Helena Andrés, Mário Silésio, Solange
Botelho, Sara Ávila, Chanina, Álvaro Apocalypse, Heitor Coutinho, Yone Fonseca, Wilde Lacerda, Lisete
Meinberg, Gavino Mudado e muita gente mais. Alguns ficaram conhecidos pelo desenvolvimento do
talento pessoal e beleza de seus trabalhos, influenciados ou não pelo velho professor. Em quase todos
ficou o registro de gratidão ao mestre e a certeza de que fazer parte do diário de classe dele é motivo
de inveja entre os que não fizeram.
Mas Guignard não é pintor apenas de belas paisagens e professor generoso. Seu acervo pictórico vai
desse tema, passa pela natureza morta, temas religiosos, incluindo célebre via sacra em capela do
Rio, dezenas d óleos e desenhos de Cristo, e chega naquilo que ele chamou “da arte mais difícil”: o
retrato. Neles, Guignard deixava registrado o caráter do criador e criatura, sabedor de que uma
paisagem diz muita coisa, assim como qualquer natureza morta, mas somente o retrato diz tudo do
artista e do retratado. Seus autorretratos são exemplos da realista percepção de si próprio, mesmo
quando tenta se proteger do defeito congênito com um vasto bigode branco. Como o seu belo
autorretrato de 1961, reproduzido na página onze do livro de Ivone e pertencente ao acervo do Museu
de Arte da Pampulha (MAP), composição embelezada por sinfonia de cores ao fundo. Ele próprio, o
autorretrato e todas as cores nos dão o recado do tanto que o mestre sabia de si e delas. E a
percepção de detalhes, em qualquer tema, o leitor constatará no livro de Ivone Vieira. Ainda que não
se tenha oportunidade de conhecer os originais do artista fluminense (e mineiro de escolha), poderá
ser percebido, nas reproduções deste livro, o requinte no fundo de cada figura religiosa ou de certos
retratos de amigos queridos. Guignard enriquece suas composições também com folhagens, flores,
balões de festa de São João ou paisagens surrealistas, na certeza de compor um quadro importante
nos detalhes, fazendo, do todo, obra imortal.
As reproduções no livro são em números suficiente para o leitor perceber a grandeza do mestre e tem
qualidade gráfica para o leitor sentir a textura das cores, como se o original estivesse à sua frente.
Mas não se deixe enganar pelas reproduções do requintado livro: os originais são insuperáveis e

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causam rara emoção no espectador sensível e interessado nas coisas criadas por artistas imortais.

Carlos Bracher
Carlos Bracher é um dos poucos artistas de sua geração que não foi aluno de Guignard nem o
conheceu pessoalmente. De comum entre os dois há uma mesma paixão pela Vila Rica de sempre,
cidade onde Bracher foi para morar dois anos e está há trinta e cinco. Filho de família presbiteriana
interessada nas coisas do espírito, Bracher nasceu em 1940, em Juiz de Fora. Seu pai era querido
professor de química e figura huma ímpar na Manchester mineira, e vida artística na família não é
privilégio do filho ilustre.
Para compreender a sua biografia, o primeiro passo é a leitura de dois livros sobre o pintor. Comece
pelo Bracher, editado em 1989 pela Métron, com textos de Moacyr Laterza, Ferreira Gullar e Olívio
Tavares de Araújo, acrescido de poemas de Affonso Romano de Sant’Anna e Haroldo de Campos. Mas
não os leia na ordem em que foram editados. Comece pelo afetivo texto de Olívio Tavares, crítico e
autor de vários livros sobre a arte e artistas brasileiros. Olívio, cujo pai foi amigo do avô de Carlos
Bracher, tem a sorte de ser seu amigo de infância, desde que foi colega de grupo escolar da irmã de
Bracher. Em cidades do interior de Minas, como a Juiz de Fora dos dois amigos, assim com a Belo
Horizonte dos anos 1950, a intimidade com todos nos fazia sentir como se tivéssemos relação de
parentesco com o vizinho de anos. Olívio e Bracher são irmãos de escolha e o fraterno e afetivo texto
comprova a assertiva. Pela descrição e sinceridade do autor, o leitor descobrirá que Carlos nasceu
para brilhar desde o dia em que seu pai, que afirmava viver em planos cósmico e terreno, previu
promissor futuro para o filho. Carlos, cuidadoso com o pai, cumpriu o desejo dele, se tornando quem
é: um dos mais importantes e brilhantes pintores de Minas e, como tantos mineiros, universal.
Agora que o leitor foi apresentado a parte da família, folheou o belo volume contendo reproduções
que começam na sua madura produção dos vinte e um anos de idade, parte dela nos lembrando e nos
remetendo ao futurismo de Marinelli com sua paixão pelos movimentos, presente nos quadros de
1961 – Chegada à estação e Locomotiva em Movimento – está pronto para ler o didático texto de
Ferreira Gullar sobre a luz e sua influência na obra de Carlos Bracher. Depois, leia o cerebral Moacy
Laterza falando sobre as mãos e do que elas são capazes de produzir quando são de gente talentosa.
Leia em seguida o belo poema de Affonso Romano de Sant’Anna, outro amigo da juventude na velha
Manchester mineira, que, escrito em 1979, expões a sua emoção após ver o seu retrato pintado.
Quem conhece o poeta pessoalmente, sabe que ele e o seu retrato pintado por Bracher convivem
como se Dorian Gray juntos: Affonso Romano pessoalmente hoje é o mesmo do retrato de então.
Nenhum envelheceu.
Percorra as páginas desse livro para conhecer outra versão de Vila Rica, tão bonita quanto a de
Guignard, mas com alterações significativas, no conteúdo e na forma, da velha cidade. São dois
olhares diferentes para temas afetuosos, como só os amantes de cidades são capazes. O leitor
perceberá ainda que Bracher é também colhedor de flores e frutas que, misturadas com violinos em
caixas abertas, transpostas para o suporte, registram bela passagem do pintor e artista de nosso
tempo fazendo a sua “pintura de sempre”, como a denominou Olívio. Pintura de sempre quer dizer o
belo figurativo, identificado de longe como obra do autor, mas já beirando a abstração em certas
passagens. Bracher é grande figura humana, de convívio fácil entre amigos e não se acanha em pintar
em público. Sorte de quem já teve oportunidade de vê-lo pintar, verdadeira aula para quem se
interessa pela técnica pictórica e pura perplexidade para o invejoso sem talento. Ele começa sempre
por um concerto que deve ser ouvido alto. Mahler é perfeito. Afinal, a palavra maler, sem “h”, mas
com a mesma pronúncia na língua de Goethe quer dizer “pintor”. Suporte no cavalete, fusain nas
mãos, modelo ou composição na frente, é hora de o maestro dar o sinal de começar um outro
concerto. Pictórico. Em poucos minutos, o objeto está esboçado no suporte e, a partir daí, é uma
sucessão de movimentos que o fazem aparecer e desaparecer no suporte. A cada momento, a obra
cresce de qualidade e fica pronta em menos de uma hora. Cinquenta anos de pintura diária é o tempo
necessário para fazer bela obra em cinquenta minutos.
O segundo volume de importância sobre Carlos Bracher é Homenagem a Van Gogh, e foi editado em
1994, com o patrocínio de um pool de galerias brasileiras. A edição coincidiu com a exposição, em

107
várias capitais brasileiras, do conjunto de cem obras pintadas por Bracher nos mesmos locais e, com
frequência, com os mesmos temas executados por Vicent, numa homenagem ao gênio holandês. É
uma série especial no acerto pictórico de Bracher, porque foi pensada, projetada e pintada durante,
literalmente, uma vida. Bracher afirma que, muito antes de sua primeira exposição, pensou em fazer a
série que se encontra editada. Amadureceu a idéia durante anos. As pinturas de Van Gogh são a
grande paixão da vida de Bracher, o que fica evidente em sua Homenagem a Van Gogh, quando o
pintor mineiro registra e redescobre aquelas mesmas paisagens. Como o conjunto se dispersou, com a
venda das peças para diferentes colecionadores, o belo volume traz a vantagem da série completa dos
quadros. As cidades de Saint-Rémy e Auvers-sur-Oise, com seus boulevards e seus trigais, a região de
Les Baux de Provence, com suas paisagens multicoloridas, tudo registrado antes por Van Gogh,
voltaram a ser objeto de estudo e de beleza, nas mãos do juiz-forano tornado universal. Todo curador
sabe que, passada a exposição, o que fica como registro dela são as lembranças dos espectadores e o
seu catálogo. Portanto, nada mais apropriado que imprimir um livro da exposição construída com
veneração ao velho colega de paleta.

Google Arts & Culture - Brasil (GOOGLE, [2023.]), SUGESTÃO PARA O ESTUDANTE EXPLORAR O SITE.

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REFERÊNCIAS
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artistas-brasileiros-contemporaneos-que-voce-precisa-conhecer/. Acesso em: 03 nov. 2023.
ESCULTORES de Minas Gerais. Wikipédia, [S.l.], 2022. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Escultores_de_Minas_Gerais. Acesso em: 03 nov. 2023.
EVENTOS religiosos do Carnaval 2023 de Campina Grande chegam ao fim nesta terça. Portal G1.
Paraíba, 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2023/02/10/eventos-religiosos-
do-carnaval-2023-de-campina-grande-comecam-nesta-sexta-10-veja-programacao.ghtml. Acesso em: 27
out. 2023.
FUKS, Rebeca. 12 grandes artistas brasileiros e suas obras. Cultura Genial. [S.l.], 2023. Disponível em:
https://www.culturagenial.com/artistas-brasileiros-obras/. Acesso em: 03 nov. 2023.

109
GOOGLE Arts & Culture - Brasil. Google Arts & Culture, [S.l.], [s.d.]. Disponível em:
https://artsandculture.google.com/entity/m015fr?hl=pt-br. Acesso em: 03 nov. 2023.
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/08/08/interna_gerais,1075902/a-historia-dos-bolinhos-
que-enfeitam-bh-com-arte-ha-10-anos.shtml. Acesso em: 03 nov. 2023.
IMPACTO de carnaval. Sal da Terra. Salvador, [s.d.]. Disponível em:
http://www.saldaterra.art.br/?page_id=6213. Acesso em: 27 out. 2023.
IMPACTOS do carnaval no meio ambiente. GeoAmbiental Jr. [s.l.], 2020. Disponível em:
https://www.geoambientaljr.com/post/impactos-do-carnaval-no-meio-
ambiente#:~:text=Se%20a%20festa%20for%20na,entupir%20os%20bueiros%20causando%20alagam
entos. Acesso em: 27 out. 2023.
INAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em:
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AA
ncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 11 dez. 2023.
MÁRCIA. As dez maiores obras de arte brasileiras. Super Prof, [S.l.], 24 de maio.2023. Disponível em:
https://www.superprof.com.br/blog/quadros-pintores-brasileiros/. Acesso em: 03 nov. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Material de Apoio Pedagógico para
Aprendizagem. 7º ano. Ensino fundamental - anos finais. 1º bimestre. Escola de Formação e
Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2023. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1HUK_fIcIghXlVxdMPYyNAPk2VEI8bN1V/view. Acesso em: 25 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
MOURA, Anna Karla. Carnaval: dicas para cair na folia com mínimo impacto ambiental. SEMIL -
Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP. São Paulo, 2017. Disponível em:
https://semil.sp.gov.br/2017/02/carnaval-dicas-para-cair-na-folia-com-minimo-impacto-ambiental/.
Acesso em: 27 out. 2023.
O MENINO da porteira, Wikipédia, [S.l.], 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Menino_da_Porteira. Acesso em: 12 dez. 2023.

O QUE o carnaval tem a ver com o catolicismo? UNIT Universidade Tiradentes. [s.l.], 17 de fev.
2023. Disponível em: https://portal.unit.br/blog/noticias/o-que-o-carnaval-tem-a-ver-com-
catolicismo/#:~:text=%E2%80%9CPortanto%2C%20o%20Carnaval%20seria%20os,ser%20realizado%
20durante%20a%20Quaresma. Acesso em: 27 out. 2023.
PAIVA, Rodrigo. O carnaval e a economia brasileira. Paiva Piovesan Softwares. [s.l.], 20 de fev. de
2023. Dispponível em: https://www.paivapiovesan.com/post/o-carnaval-e-a-economia-
brasileira#:~:text=O%20Carnaval%20atrai%20milhares%20de,e%20movimenta%20a%20economia%2
0local. Acesso em: 25 out. 2023.

110
PASCOAL, Candice. O impacto do carnaval na economia brasileira. Startups, [s.l], 10 de fevereiro de
2023. Disponível em: https://startups.com.br/coluna/o-impacto-do-carnaval-na-economia-brasileira/.
Acesso em: 25 out. 2023.
PEREIRA, Maria Irenilda. A história dos bolinhos que enfeitam BH com arte há 10 anos. Estado de Minas,
[s. l.], 08 ago. 2019. Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2019/08/08/interna_gerais,1075902/a-historia-dos-bolinhos-
que-enfeitam-bh-com-arte-ha-10-anos.shtml. Acesso em: 03 nov. 2023.
PERKTOLD, Carlos. Três mineiros universais. Portal Artes, [S.l.], [s.d.]. Disponível em:
https://portalartes.com.br/colunistas/carlos-perktold/tres-mineiros-universais.html. Acesso em: 03 nov.
2023.
PONTES, Edna Matosinho. A Galeria Pontes. Galeria Pontes, São Paulo, 2020. Disponível em:
https://www.galeriapontes.com.br/. Acesso em: 03 nov. 2023.
QUAL a relação entre o carnaval e a economia no Brasil? Brasil Paralelo, [s.l.], 20 de fevereiro de
2023. Disponível em: https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/qual-a-relacao-entre-o-carnaval-e-a-
economia-no-brasil-veja-os-numeros-de-2023-e-entenda. Acesso em: 25 out. 2023.
SEVERO, Paola. Fotos: conheça os artistas que conceberam o Cristo de Encantado. GAZ, [S.l], 27 de
mai. de 2021. Disponível em: https://www.gaz.com.br/fotos-conheca-os-artistas-que-conceberam-o-
cristo-de-encantado/. Acesso em: 03 nov. 2023.
SILVA, Daniel Neves. História do Carnaval; Brasil Escola. [s.l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm. Acesso em: 25 out. 2023.
TANCREDI, Silvia. Carnaval; Brasil Escola. [s.l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/carnaval. Acesso em: 25 out. 2023.
TANCREDI, Silvia. Confira 10 cursos e profissões para quem gosta de Carnaval. Brasil Escola [s. l.], 14
de fev. de 2023. Disponível em: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/noticias/confira-10-cursos-
para-quem-gosta-de-carnaval/354186.html. Acesso em: 25 out. 2023.

111
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
ano Ensino M dio 2024

Linguagens

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:
Competência 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa,
ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Vivência das práticas da cultura (EM13LGG302) Posicionar-se criticamente diante de diversas


corporal, com reflexão sobre suas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes
origens, desenvolvimento histórico linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de
e cultural e análise dos valores e circulação.
visões de mundo que expressam.
(EM13LGG303) Debater questões polêmicas de relevância social,
Analisar a influência da mídia nas analisando diferentes argumentos e opiniões, para formular,
diversas práticas corporais, posici- negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas
onando criticamente em relação ao distintas.
consumismo imposto pela cultura
capitalista.
Análise de questões controversas
nas práticas da cultura corporal,
com investigação de diferentes
pontos de vista, para formação de
opinião sustentada em argumen-
tos.
Defesa de pontos de vista em
relação a temas como: práticas
corporais, autocuidado, promoção
da saúde, esportivização, lazer,
qualidade de vida, etc.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Movimento humano e suas adaptações até chegar ao mundo contemporâneo.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, professor(a)!
Neste planejamento de Educação Física, vamos refletir sobre alguns acontecimentos históricos referentes
ao movimento corporal humano e vamos entender por que estamos nos movimentando cada vez menos
em comparação às gerações anteriores.
Essa diminuição de estímulos motores vem sendo prejudicial à saúde das pessoas, pois os indivíduos
estão sendo afetados por várias doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo e maus hábitos
alimentares, se agravando com a falta de descanso adequado por meio do sono.

112
Discuta com os estudantes sobre as quantidades de atrativos disponíveis no mundo on-line, e para
executá-los, precisamos apenas movimentar os dedos das mãos, quanta facilidade.
Tais facilidades também beneficiaram os adultos. Um exemplo é o pagamento de boletos on-line, dessa
forma as pessoas deixam de sair de casa e não enfrentam grandes filas. Outro benefício é solicitar
transporte de veículos via aplicativos. Não poderíamos deixar de mencionar o “fast food”, já não
precisamos cozinhar ou ir às compras para comer, basta também solicitar e pagar via on-line, que
comeremos aquele lanche superatrativo visto nas mídias sociais por meio de propagandas.
No Brasil, a obesidade entre jovens vem aumentando e ignorar sinais relacionados às doenças crônicas é
um risco que pode custar a vida. Nesse sentido, proporcione reflexões a respeito dos hábitos diários dos
estudantes e os oriente sobre os benefícios de possuir hábitos saudáveis, incluindo o exercício físico no
dia-a-dia e aprimorando também as capacidades físicas.
Vale ressaltar, que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com a realidade da escola, e com os recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e seus
estudantes.
Ele pode ser desmembrado em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com as especificidades das
turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino ou outras conveniências pedagógicas.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso ou copiado no quadro, vídeos ou documentários


disponíveis na internet ou podcasts.

Professor(a), apresente o texto abaixo aos estudantes. O objetivo dessa leitura é refletir sobre os
principais motivos de estarmos nos movimentando cada vez menos e até que ponto tanta facilidade
encontrada no mundo virtual pode nos ajudar ou atrapalhar.

 TEXTO: ROLÊ NA HISTÓRIA DO MOVIMENTO HUMANO ( ícone clicável)

Após a leitura dos textos, uma sugestão é realizar uma roda de conversa na sala de aula ou em algum
espaço confortável para abordar os principais temas vivenciados e tirar todas as dúvidas dos estudantes.
É importante também incentivá-los a terem bons hábitos relacionados à qualidade de vida e saberem
utilizar todos os benefícios do mundo on-line sem que haja riscos à saúde.

2º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Bolas, cones, bambolês, colchonetes, escada de agilidade,


coletes, apitos e balões.

No nosso primeiro momento orientamos os estudantes sobre alguns fatores importantes sobre a cultura
do movimento humano no decorrer da história até chegarmos na era contemporânea, era característica

113
da velocidade e facilidade ao realizar as tarefas diárias.
O objetivo dessa aula prática, é desenvolver atividades relacionadas a ginástica de condicionamento
físico, através de exercícios físicos que aprimoraram as capacidades físicas dos estudantes. Mas antes de
iniciar as práticas corporais, reforce a importância de realizarmos exercícios físicos regularmente e os
malefícios de possuir hábitos sedentários.
Essa aula poderá ser realizada na quadra, na qual os estudantes realizarão um circuito motor coletivo no
qual todos realizarão exercícios físicos em suas estações de forma simultânea.
Para iniciarmos esse momento prático, uma sugestão é realizar um alongamento coletivo no centro da
quadra e explicar a metodologia da realização dessa atividade. Em seguida, divida a turma em quatro
grupos e os posicionem nas estações que já estarão montadas com os exercícios físicos a serem
realizados:
1. Força: Nessa estação os estudantes realizarão flexões de braço no chão.
2. Resistência: Nessa estação os estudantes realizarão uma corrida de baixa intensidade em volta
da quadra.
3. Agilidade: Na escada de agilidade ou em uma adaptação da mesma, os estudantes realizarão
movimentos coordenados de mudança de direção o mais rápido possível, variando os
movimentos do lado direito e esquerdo.
4. Equilíbrio: Caso a escola possua a corda de slackline, a estique de forma segura e peça para
que os estudantes caminham sobre ela. A corda slackline pode ser adaptada, um exemplo é por
meio de uma linha de barbante e solicitar que os estudantes caminhem pisando somente sobre
essa linha.
5. Velocidade: Promova minicorridas de 50 metros para trabalhar a velocidade de reação dos
estudantes. A prova só será iniciada após o som do apito.
Uma sugestão é que cada grupo permaneça de 3’ a 5’ em cada estação montada. Após esse tempo,
cada grupo migrará para a estação vizinha no sentido horário.
Durante essa proposta, realize pequenas pausas para que os estudantes tomem água, a fim de se
hidratarem e ao final da aula, reúna-os no círculo da quadra para que os mesmos relatem suas
experiências e opiniões sobre a aula.
Professor(a), essa metodologia pode ser repetida durante o bimestre com objetivo dos discentes
aprimorarem suas capacidades físicas. Uma sugestão é realizar circuitos utilizando exercícios físicos
diferentes, mas que trabalhem os mesmos grupos musculares.

114
ANEXO
TEXTO: ROLÊ NA HISTÓRIA DO MOVIMENTO HUMANO ( ícone clicável)

Rolê na história do movimento humano

O movimento sempre fez parte da rotina das pessoas, nossos ancestrais tiveram que caminhar longos
trajetos com objetivo de encontrar terras seguras para construir os primeiros povoados e criar suas
famílias longe dos animais selvagens. Para comer, necessitavam ir em busca dos alimentos, ou seja, o
homem ia à caça, pescava, plantava, cuidava dessas plantações e as colhia.
Na Grécia antiga, o movimento desempenhou um papel significativo na história da educação física, era
cultural valorizar a saúde corporal através de exercícios físicos diários e competições esportivas. Um
exemplo foi a criação dos Jogos Olímpicos que foram realizados pela primeira vez por volta de 776
a.C, em Atenas.
Mais a frente da história, nos períodos das grandes guerras entre exércitos e impérios, os soldados
necessitavam estar fortes e resistentes para prováveis confrontos contra seus inimigos, para guerrilhar
utilizavam-se espadas, os primeiros registros da utilização de pólvoras foi a partir do século XII d.C.
Agora vamos dar um salto na história e chegar na Inglaterra, no século XIII, onde ocorreu a revolução
industrial, esse acontecimento mudou a história mundial e a rotina de milhares de pessoas que antes
viviam nos campos e se sustentavam na maioria das vezes da agricultura de pequeno porte e
artesanato.
Após esse acontecido, migrar para as cidades polos e trabalhar nas indústrias foram uma
oportunidade para vários arrimos de família da época, que trocaram suas plantações no campo para
realizar tarefas profissionais repetitivas características do serviço industrial sendo realizado por longas
jornadas de trabalho semanal.
Nos dias atuais, podemos refletir sobre os prejuízos à saúde pós revolução industrial:
● Sedentarismo e má alimentação: a falta de tempo tem sido pretexto para as pessoas
consumirem em excesso alimentos ultraprocessados (hipercalóricos), e não realizarem
exercícios físicos diariamente. Tais motivos são responsáveis por muitas doenças
cardiovasculares e mortes precoces, um exemplo é o infarto.
● Trabalhos digitais: muitas pessoas trabalham sentadas durante um grande período diário, isso
favorece a obesidade e dores na coluna e articulações.
● Poluição do ar e água: a exposição do homem a substâncias químicas presentes no ambiente
de trabalho industrial, junto com os liberados direto na atmosfera ou via fluvial favoreceu o
aumento da poluição do ar e água, influencia o surgimento de muitas doenças de saúde,
incluindo doenças respiratórias.
● Mobilidade urbana: os veículos e transportes públicos são de fácil acesso para a maioria das
pessoas, e muitas vezes não há necessidade de caminhar para chegar aos seus compromissos.
Vimos alguns fatores pós-período industrial que foram relevantes para as pessoas deixarem de se
movimentar e de gastar o excesso de caloria consumidos. Nos dias atuais, nossos jovens se
movimentam menos ainda, e esse fenômeno está diretamente relacionado a várias mudanças no estilo
de vida, uso da tecnologia, cultura, mudanças nas atividades de lazer, violência urbana, excesso de
veículos, entre outros. Ou seja, o mundo digital é muito atraente e através dos clicks podemos viajar
por todo mundo.

115
Influência das mídias na rotina das pessoas

É importante refletir sobre os riscos do sedentarismo e o aumento de jovens diagnosticados com


doenças crônicas. Algumas mudanças de estilo de vida contemporâneo favorecem esses ocorridos.
Rotinas como ficar em casa maratonando as plataformas digitais de filmes, séries ou ficar longas horas
nas redes sociais interagindo ou jogando com os amigos, compartilhar lanches ultraprocessados e
hipercalóricos são bem-vistos nas mídias sociais. Todas essas supostas rotinas citadas causam danos a
qualidade de vida dos jovens, alguns exemplos são:
● Obesidade.
● Doenças cardiovasculares e cardiorrespiratórias.
● Problemas musculares, ósseos ou posturais.
● Ansiedade ou depressão.
Para finalizar nossas reflexões, observamos também a influência das mídias sobre nossos corpos. As
mesmas são financiadas por grandes empresas, principalmente empresas dos segmentos estéticos,
que investem milhões de dólares para os (as) garotos (as) propagandas exibirem e consumirem suas
marcas através dos seus corpos musculosos e magros.
Isso impacta negativamente o psicológico das pessoas que são influenciadas a possuírem maus
hábitos e em seguida, incentiva fórmulas mágicas e rápidas para emagrecer ou hipertrofiar para se
adequarem aos padrões de beleza estabelecidos dentro da sociedade.
Fonte: (Portal Educação, 2023)

116
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA:

Competência 4: Compreender as línguas como fenômeno (geo) político, histórico, social, variável,
heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de
expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como respeitando as variedades linguísticas e
agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Acesso e pesquisa a sites, (EM13LGG403) Fazer uso do inglês como língua de comunicação
revistas, artigos, jornais de global, levando em conta a multiplicidade e variedade de usos,
esportes e/ou práticas corpo- usuários e funções dessa língua no mundo contemporâneo.
rais, em língua inglesa e
comparar diferentes visões e
interesses que se manifestam
na produção das notícias.
Conhecimento e vivência dos
esportes internacionais rela-
cionando-os aos esportes na-
cionais, quanto uso de movi-
mentos, regras, espaço físico
e materiais, na adaptação
aos esportes, jogos e brinca-
deiras de caráter nacional.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Aprendendo novos idiomas por meio do esporte.
A) APRESENTAÇÃO:
Olá, Professor(a)!
Neste planejamento de educação física, vamos refletir com os nossos estudantes sobre a importância de
sabermos nos comunicar em outros idiomas no mundo esportivo. Possuir essa habilidade se torna mais
importante a cada dia, pelo fato dos atletas brasileiros estarem em contato com outros atletas de
nacionalidades diferentes e competindo cada vez mais em países estrangeiros.
Sabemos que a língua portuguesa não está entre as línguas mais faladas do mundo, nesse sentido, é
importante corrermos atrás dessa desvantagem e buscarmos novos conhecimentos linguísticos para que
possamos entender e sermos ouvidos e também entendidos nos países que estamos passeando ou
competindo.
Sendo assim, o objetivo dessas aulas é mostrar que através do esporte, nossos estudantes podem
aprimorar e conhecer novas palavras estrangeiras, priorizando a Língua Inglesa, que é considerada a
língua universal.
Mostre algumas estratégias para utilizar o esporte como ferramenta de aprendizagem linguística e que é
possível aprender se divertindo.
Esse é um ótimo conteúdo para convidarmos os professores de inglês para promovermos a
interdisciplinaridade.
Vale ressaltar, que os elementos integrantes deste planejamento (procedimentos metodológicos,
contextualização, desenvolvimento, recursos e avaliação) podem ser modificados e adaptados de acordo
com a realidade da escola e com os recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para você e seus

117
estudantes.
Ele pode ser desmembrado em quantas aulas julgar necessárias, de acordo com as especificidades das
turmas atendidas, a flexibilidade de seu planejamento de ensino ou outras conveniências pedagógicas.

B) DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto impresso ou copiado no quadro, vídeos ou documentários


Recursos e providências
disponíveis na internet ou podcasts.

“Hi, Teacher! How are you?

In this class”, vamos relembrar grandes eventos esportivos internacionais no qual os atletas de alto
rendimento brasileiros tiveram a necessidade “to use the English Language” ou contar com ajuda de
tradutores para se comunicar durante as competições esportivas internacionais.“Some examples of
sports competition are: World Cup Football Qatar 2022, Volleyball National League 2023” and Olympic
Games Paris 2024”.
Para iniciar essa aula, uma sugestão é dividir a turma em grupos e solicitar que seus componentes
troquem ideias sobre os principais eventos esportivos de alto rendimento que eles conhecem.
Em seguida, solicite que os estudantes escrevam o nome do país e a sua língua oficial. Logo após, peça-
os para que usem seus dispositivos digitais para acessar o Youtube e pesquisar atletas brasileiros se
comunicando em inglês. Segue uma sugestão de conteúdo para introduzir esse momento:

 Jogadores falando outros idiomas.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vlQWXP6JoGg.

Professor(a), o próximo tópico poderá ser prático na quadra. Vamos proporcionar vivências esportivas
de vôlei.
Peça-lhes que pesquisem sobre os nomes dos principais materiais esportivos presentes durante as
práticas do vôlei e os traduza, e que façam pequenas frases na língua inglesa e compartilhem com seus
amigos de turma.

2º MOMENTO

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Bolas, cones, rede de vôlei, colchonetes, coletes e apitos.

“Teacher, how are you”?

Vamos iniciar nosso segundo momento prático na quadra, trocando aprendizados sobre os principais
nomes de materiais esportivos presentes durante as partidas de vôlei profissional. Seguem as principais
palavras vivenciadas durante uma partida de vôlei que, provavelmente, os estudantes durante as
pesquisas solicitadas irão trazer.

118
Nome em português Tradução na Língua Inglesa Frase simples em inglês

Jogador Player I’m a volleyball player.

Treinador Coach My coach is very intelligent.

Time Team Our team played today in


Miami.

Rede Net This volleyball net is low.

Vôlei Volleyball He doesn't like to play


volleyball.

Campeonato Championship Tomorrow there will be a


championship in the school.

Árbitro Referee Are you a referee?

Quadra Court We’d like to know the sports


field in your neighborhood.

Tênis Shoes Your shoes is nice.

Após essa troca de experiências, vivenciando nomes comuns relacionados ao vôlei e aprimorando seus
conhecimentos, aprendendo a utilizá-los em frases, apresente mais essas palavras relacionadas às
posições táticas dos jogadores e lances comuns durante as partidas.

Names of tactical positions in volleyball:


1. Outside hitter - ponta.
2. Opposite hitter - oposto.
3. Libero - líbero.
4. Setter - levantador.
5. Middle blocker - jogador central.
6. Attacker - atacante.

Tactical games actions:


1. Serve - saque.
2. Block - bloqueio.
3. Spike- cortada ou ataque.
4. Set - levantamento.
5. Dig - defesa.

119
REFERÊNCIAS
A HISTÓRIA do movimento humano e da educação física da Pré-História até a Idade. Portal da
Educação. [s. l.], 2023. Disponível em: https://blog.portaleducacao.com.br/a-historia-do-movimento-
humano-e-da-educacao-fisica-da-pre-historia-ate-a-idade/. Acesso em: 23 out. 2023.
JOGADORES brasileiros de rugby contam como inglês ajuda a superar barreiras no esporte. Marcas pelo
mundo. [s. l.], 2023. Disponível em: https://marcaspelomundo.com.br/anunciantes/jogadores-
brasileiros-de-rugby-contam-como-ingles-ajuda-a-superar-barreiras-no-esporte/. Acesso em: 31 out.
2023.
JOGADORES brasileiros falando outros idiomas. [S. l.: s. n.], 03 mar. 2023. 1 vídeo (5min e 10seg).
Publicado pelo canal Premier Fut Brasil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vlQWXP6JoGg. Acesso em: 25 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
MONTEIRO, Lídia. Sedentarismo da nova geração está ligado à tecnologia, dizem especialistas.
Saúde Plena. [s. l.], fev. 2017. Disponível em:
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2017/02/02/noticias-saude,201259/sedentarismo-da-
nova-geracao-esta-ligado-a-tecnologia-alertam-especia.shtml. Acesso em: 23 out. 2023.
O VOCABULÁRIO do vôlei em inglês. American & Brritish Academy. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://blog.abaenglish.com/pt/o-vocabulario-do-volei-em-ingles/. Acesso em: 31 out. 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sedentarismo". Brasil Escola. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/saude/sedentarismo.htm. Acesso em: 23 out. 2023.

120
121
Olá, estudante!

Convidamos você a conhecer e utilizar os Cadernos MAPA. Esse material foi elaborado com todo
carinho para que você possa realizar atividades interessantes e desafiadoras na sala de aula ou
em casa. As atividades propostas estimulam as competências como: organização, empatia,
foco, interesse artístico, imaginação criativa, entre outras, para que possa seguir aprendendo e
atuando como estudante protagonista. Significa proporcionar uma base sólida para que você
mobilize, articule e coloque em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades
importantes na relação com os outros e consigo mesmo(a) para o enfrentamento de desafios,
de maneira criativa e construtiva. Ficou curioso(a) para saber que convite é esse que estamos
fazendo para você? Então não perca tempo e comece agora mesmo a realizar essa aventura
pedagógica pelas atividades.

Bons estudos!

122
LÍNGUA PORTUGUESA

EXPLORANDO LINGUAGENS MULTISSEMIÓTICAS

Querido estudante,
Bem-vindos a uma jornada fascinante por meio das linguagens multissemióticas, uma experiência que
nos convida a desvendar o intrincado universo da comunicação em suas diversas formas. Ao
adentrarmos nesta sequência de atividades, prepare-se para explorar, analisar e criar textos que vão
além das palavras, incorporando elementos visuais, sonoros e verbais.

A Relevância da Multissemiose:
Nosso mundo contemporâneo é caracterizado por uma profusão de mensagens que não se limitam mais
ao domínio verbal. Imagens, sons e palavras convergem para criar uma sinfonia de significados,
desafiando-nos a compreender e produzir textos que vão além do tradicional. Esta sequência de
atividades é uma resposta a essa complexidade crescente, capacitando cada um de vocês a navegar e
contribuir ativamente para esse rico ecossistema de comunicação.

Objetivos da Jornada:
Analisar Crítica e Conscientemente: Vamos aprimorar a habilidade de analisar de forma crítica
discursos multissemióticos, desvendando os propósitos e intenções por trás de cada escolha visual,
sonora e verbal.
Produzir com Consciência: Ao compreender as nuances da multissemiose, vocês serão capazes de
criar textos que vão além das palavras, incorporando elementos visuais, sonoros e verbais de maneira
estratégica e eficaz.
Entender o Contexto: Aprenderemos a relacionar textos com suas condições de produção e contexto
sociohistórico, ampliando não apenas a capacidade de interpretação, mas também a de produção
consciente.
A Importância do Desafio: As atividades propostas não se limitam às paredes da sala de aula; é uma
oportunidade para desenvolver habilidades que transcendem o ambiente escolar. Ao final desta jornada,
esperamos que esteja munido não apenas de conhecimento teórico, mas também de uma perspectiva
afiada e crítica sobre como as linguagens multissemióticas moldam e são moldadas por nossa sociedade.
Preparem-se para Explorar: A cada etapa, convidamos você a mergulhar nas diversas formas de
expressão textual, a questionar, a analisar e, principalmente, a criar. Esta sequência é uma trilha de
descobertas e cada um de vocês será o explorador principal.

Vamos começar esta jornada pelas linguagens multissemióticas, desbravando um novo capítulo em
nossa compreensão do poder das palavras, imagens e sons.

123
Semiótica
Semiótica é a ciência que estuda os signos. Ela pode ser dividida em sintaxe, semântica e
pragmática. Na linguística, o signo é formado por um significante e um significado. O campo de
estudo da semiótica é vasto. Semiótica é a ciência que estuda os signos ou a significação. Ela é
dividida em:
▪ sintaxe (relação entre signos)
▪ semântica (relação entre signo e o que ele representa)
▪ pragmática (relação entre signos e seus intérpretes)
Sua origem está relacionada ao filósofo Charles Sanders Peirce; considerado, por alguns estudiosos,
o pai da semiótica geral.

O que é semiótica?
A semiótica é a ciência que estuda os signos, portanto, seu campo de estudo é amplo, pois abarca
todas as linguagens (verbais e não verbais), já que cada linguagem é formada de signos que
permitem a comunicação entre os indivíduos. Isso porque os signos estão associados a algum tipo de
representação. Queremos dizer, com isso, que os signos são sinais indicadores de algo, dentro de um
determinado contexto sociocultural.
Os signos podem ser vistos em toda parte e estão relacionados a elementos naturais e culturais.
Portanto, são signos, por exemplo: uma cor, um gesto, uma palavra, um ruído, um cheiro, uma
carta, um acontecimento, uma música, um olhar etc. De acordo com o contexto em que estão
inseridos, sempre associamos a eles alguma significação.

Divisões da semiótica
Sintaxe: estuda as relações entre os signos.
Semântica: preocupa-se com a relação entre os signos e aquilo que eles designam ou representam.
Pragmática: busca entender a relação entre os signos e seus intérpretes ou utilizadores.

Origem da semiótica
A semiótica surgiu nos estudos linguísticos e teve seu auge na década de 1960, com as pesquisas do
lituano Algirdas Julius Greimas (1917-1992). Contudo, a palavra “semiótica” foi usada, pela primeira
vez, pelo filósofo e linguista americano Charles Sanders Peirce (1839-1914).

Para que serve a semiótica?


A semiótica serve para entender os signos e, com base nisso, aprimorar a comunicação. Assim,
também é útil na análise do comportamento humano e da organização da sociedade, já que as
linguagens são instrumentos de expressão de pensamentos e emoções. Ela também é usada no
entendimento e aprimoramento das mídias sociais

Semiótica ou semiologia
“Semiótica” e “semiologia” são palavras sinônimas atualmente. O termo “semiologia” foi usado pelo
linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), que o entendia como uma ciência da
comunicação; mais tarde, passou a ser entendido também como ciência da significação.
No entanto, estudiosos, em outros países, utilizavam o termo “semiótica”. Então, alguns
pesquisadores, como Roman Jakobson (1896-1982) e Greimas, em 1969, optaram por utilizar apenas
a palavra “semiótica” e não mais “semiologia”.

124
Semiologia e semântica
A semiologia ou semiótica, originalmente, está relacionada ao reconhecimento do signo, à forma, de
modo que entende o significado como algo conceitual, intralinguístico ou intratextual.
Já a semântica está relacionada ao discurso, que depende do que é extralinguístico ou extratextual,
já que o sentido se constrói em uma situação comunicativa, em um contexto específico. Para saber
mais sobre essa área da gramática, leia o texto: Semântica.

Importância da semiótica
Já que podemos encontrar signos em toda parte, a semiótica está associada a várias áreas do
conhecimento. Assim, ela é uma ciência de grande importância para entender fenômenos
comunicativos de caráter natural ou cultural. Por meio dela, é possível compreender os mecanismos
de comunicação humana e animal, associados a pensamentos, emoções ou instintos.

Fonte: Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/semiotica.htm

ATIVIDADES
1 − Como a combinação de elementos visuais, sonoros e verbais contribui para a eficácia de uma
mensagem publicitária?

A) Apenas os elementos visuais são relevantes.


B) Apenas os elementos sonoros são relevantes.
C) A combinação dos três elementos cria uma mensagem mais impactante e memorável.
D) Apenas os elementos verbais são relevantes.

2 − Qual é a principal função dos elementos sonoros em uma mensagem publicitária?

A) Transmitir informações detalhadas.


B) Envolver emocionalmente a audiência.
C) Fornecer estímulos visuais.
D) Criar um apelo estético.

3 − O que a seleção lexical em uma mensagem publicitária influencia?

A) Apenas a estética da mensagem.


B) A compreensão da mensagem.
C) Apenas a escolha de imagens.
D) O uso de elementos sonoros.

4 − Por que a escolha de imagens é uma consideração crucial na criação de mensagens publicitárias
eficazes?

A) Para confundir a audiência.


B) Para criar uma atmosfera sonora única.
C) Para transmitir informações verbais de maneira clara.
D) Para impactar visualmente e atrair a atenção.

125
5 − Quais são os benefícios da combinação harmoniosa de elementos multissemióticos em uma
mensagem publicitária?

A) Aumento da confusão da audiência.


B) Redução da retenção da mensagem.
C) Maior impacto e memorabilidade.
D) Diminuição do apelo emocional.

6 − O que se entende por "intencionalidade discursiva" ao considerar a combinação de elementos em


uma mensagem?

A) A intenção de confundir a audiência.


B) A intenção de comunicar uma mensagem clara e específica.
C) A intenção de usar apenas elementos visuais.
D) A intenção de evitar elementos sonoros.

126
CONECTANDO SABERES: LÍNGUA PORTUGUESA, TECNOLOGIA E CIDADANIA NA
FORMAÇÃO DE PENSADORES CRÍTICOS

Olá, estudante!

Ao longo desse percurso educacional, você terá a oportunidade de explorar notícias recentes, analisar
diferentes perspectivas em textos variados e participar de debates instigantes sobre a influência da
linguagem na construção de visões de mundo. O objetivo é promover não apenas o aprimoramento das
habilidades linguísticas, mas também o desenvolvimento de uma visão crítica e reflexiva sobre as
diversas formas de expressão presentes em nossa sociedade.
A abordagem centrada na sua participação ativa busca não apenas expandir seus conhecimentos
linguísticos, mas também capacitá-los a compreender e analisar criticamente o mundo ao seu redor.
Este convite à reflexão e ao diálogo é uma oportunidade única de cultivar habilidades que não apenas
contribuirão para o sucesso acadêmico, mas também para a formação de cidadãos críticos e
conscientes.

DO SENSO CRÍTICO A EVOLUÇÃO CRÍTICA

Introdução
O senso crítico é entendido através da capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e
racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, esse
indivíduo é dotado de senso crítico, onde segundo Carraher (1983), o pensador crítico não é livre de
valores e nem pretende ser. Ele valoriza a coerência, a clareza de pensamento, a reflexão e a
observação cuidadosa porque deseja compreender melhor a realidade social, sem o que a ação
responsável é condenada ao fracasso.
A percepção crítica é um instrumento de análise vinculado a politicidade, pois para se ter uma visão
crítica do meio é necessário um embasamento político, destacando a forma de análise espacial
encontrada em um determinado momento e relacionada à situações vivenciadas neste momento,
fazendo uma reflexão filosófica da situação, pois segundo Soares ( 2002 ) onde enfoca as relações ,
que Platão faz entre filosofia e política essas desenvolvem uma percepção interligadas onde a análise
e a descrição do meio são desenvolvidas.
O senso crítico é fundamentado através dessas análises filosóficas e políticas. Platão admite que não
baste, contudo, somente o envolvimento nas questões que caracterizam o cotidiano para se atingir
este estágio político, antes é preciso um gradativo processo de aprofundamento, de modo que se veja
claramente onde estão assentadas tais questões.
A questão política é fundamentada através de várias ideologias políticas, essas são de suma
importância para a compreensão da relação desenvolvida entre todos os acontecimentos metafísicos
do espaço ou do meio, onde a análise e os entendimentos das ideologias políticas resultam numa
melhor compreensão do fato crítico de o indivíduo admitir um senso crítico, pois no primeiro
momento esse senso crítico foi o ideal de análise, sendo que posteriormente é necessária uma
reformulação dessa concepção crítica tendo o indivíduo a necessidade de uma participação mais ativa
formando assim uma "Evolução Crítica".

127
Revolucionar a percepção crítica
O senso crítico é objeto de estudo e de várias situações onde se é descrito ou analisado os
acontecimentos do meio e esses necessitam de uma percepção política. No decorrer da história
mundial, a questão política é desenvolvida através de vários aspectos, esses se fundamentando e
enriquecendo cada vez mais, formando assim ideologias políticas vinculadas às situações econômicas,
sociais e culturais de um determinado povo. Segundo Marx e Engels (1845), há diversas maneiras de
enfocar a questão ideológica, destacando três características principais; a ideologia como falsa
consciência; ideologia como reflexo da infraestrutura econômica; ideologia como parte orgânica e
necessária de todas as sociedades.
A ideologia política está vinculada a uma série de fatores que englobam a relação da percepção das
articulações sociais, econômicas e em destaque as situações onde se encontra as relações de poder
político, essas compreendidas para um pensador crítico. Crespigny e Cronin (1999) relatam que a
ideologia política é enfocada e caracterizada por várias ideologias; o conservadorismo, o liberalismo, o
socialismo, o democratismo, o totalitarismo, o nacionalismo. Essas ideologias políticas defendem suas
linhas de pensamento vinculadas à questão crítica, pois o pensador crítico deve ter uma concepção
das ideologias políticas devido ao senso crítico necessitar de um embasamento político.
Um dos percussores e com uma grande participação no contexto político, o Estado se toma palco de
várias articulações, sendo objeto de especulações, tendo primeiramente o papel de controlar as
classes sociais, em teoria, mas favorecendo certas classes o que proporcionaram no decorrer da
história vários conflitos contra o Estado. Fernandes (1989) descreve a visão de Lenin, onde a
revolução se distingue precisamente da situação normal dos interesses dos Estados pelo fato de as
questões litigiosas da vida pública serem resolvidas diretamente pela luta das classes e por uma luta
das massas que vai até o recurso das armas.
Esses conflitos são o necessário para uma mudança na situação de descaso que o Estado neoliberal
tem em relação à sociedade, onde a vinculação do Estado com a sociedade e deixada de lado e as
políticas econômicas, sociais, culturais e principalmente humanas são de maneira implícita,
privatizadas ou globalizadas, com isso o pensador crítico que tem o senso crítico analisa essas
questões mais só o indivíduo que exerce uma evolução crítica participa de movimentos de
reivindicações para uma possível melhoria. O senso crítico analisa as condições do Estado Neoliberal,
e descreve que no envolver da história o Estado deixa de ser social e exerce uma ruptura com a
questão do estado-do-bem-estar-social, deixando a classe proletária numa situação de derrota
econômica e política, devido ao Estado após a II Guerra Mundial implantar uma nova disciplina fabril
e uma política salarial injusta. Apesar disso o detentor do senso crítico que realiza a análise deixa essa
situação só descrita, nesse momento que esse senso crítico se toma ultrapassada, havendo a
necessidade de o indivíduo ir à luta através de sua evolução crítica, ou melhor, colocar em prática o
senso crítico.
Considerações Finais
No decorrer da história, o senso crítico teve toda uma evolução tanto nos conceitos como na sua
característica, descrevendo e analisando situações embasadas nas correlações existentes no meio
espacial. Tanto na filosofia quanto na história e principalmente na geografia e sociologia, o senso
crítico exerceu um papel fundamental na ampliação de novos horizontes, desenvolvendo no pensador
crítico uma percepção necessária para elevar sua capacidade de raciocínio vinculado a sua
humanização.
No momento o senso crítico tornasse normal, por indivíduos relatarem e desenvolverem um
pensamento crítico, mas esses pensadores contemporâneos críticos estabilizaram o senso crítico, pois

128
admitem ter uma opinião crítica, mas não conseguem colocar em prática uma metodologia de
reversão ou intervenção da situação analisada, nesse momento o senso crítico se torna ultrapassado,
agora é preciso exercer ou ter uma "evolução crítica". Essa evolução crítica, primeiramente tem as
mesmas fundamentações do senso crítico, mas com uma percepção revolucionária, desenvolvendo a
análise das relações num todo e colocando em práticas propostas para uma melhoria dessas relações.
O detentor da evolução crítica tem uma necessidade de participar de movimentos sociais, políticos e
principalmente através de sua ideologia política, reivindicar, lutar ou até mesmo morrer para uma
mudança nos conceitos da sociedade tradicional, através desses empreendimentos sociais e a
multiplicação dos detentores da evolução crítica, a revolução acontecerá e as melhorias virão, pois
essa situação de degradação total do meio, e descaso social, não pode continuar.

Publicado por: Rogério Pereira Madeira


Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/sociologia/%20do-senso-critico-a-evolucao.htm.

ATIVIDADES
1 − Por que é importante trazer temas atuais para o contexto de ensino?

A) Para desafiar os estudantes.


B) Para manter todos atualizados.
C) Para facilitar o planejamento do professor.
D) Para evitar debates desconfortáveis.

2 − Em qual atividade os estudantes são encorajados a identificar as visões de mundo presentes em


textos variados?

A) Discussão de notícias recentes.


B) Simulação de debates.
C) Debate sobre a influência da linguagem.
D) Análise individual de textos.

3 − O que se espera alcançar por meio da simulação de debates sobre temas atuais?

A) Aprimorar habilidades de expressão oral e escrita.


B) Evitar conflitos de opiniões.
C) Restringir a participação dos estudantes.
D) Priorizar o consenso.

4 − Por que é relevante discutir a influência da linguagem na formação de opiniões?

A) Para limitar a liberdade de expressão.


B) Para promover uma análise crítica da comunicação.
C) Para padronizar o uso da linguagem.
D) Para evitar debates desconfortáveis.

129
5 − Qual é o propósito da análise crítica de informações?

A) Promover o compartilhamento de “Fake News”.


B) Desenvolver a capacidade de avaliação ética e estética de discursos.
C) Limitar o acesso às tecnologias digitais.
D) Ignorar fontes não convencionais de informação.

6 − Por que é essencial discutir a influência da linguagem na formação de opiniões em sala de aula?

A) Para evitar debates desconfortáveis.


B) Para promover uma análise crítica da comunicação.
C) Para reforçar apenas as visões preestabelecidas.
D) Para limitar o acesso a diferentes perspectivas.

7 − Qual é o benefício da análise crítica de informações na era digital?

A) Restringir a participação em debates políticos.


B) Desenvolver a habilidade de selecionar e compreender criticamente informações online.
C) Ignorar fontes digitais como fontes válidas.
D) Limitar o acesso a diferentes visões de mundo.

8 − Por que a série de atividades destaca a importância de posicionar-se criticamente diante de


diferentes visões de mundo?

A) Para evitar debates controversos em sala de aula.


B) Para promover uma análise crítica da linguagem.
C) Para padronizar a interpretação de textos.
D) Para desenvolver cidadãos críticos e conscientes.

130
DESENVOLVENDO HABILIDADES CRÍTICAS E ÉTICAS NAS TDICS

Olá, estudante!

Ao longo desta jornada de aprendizado, você será conduzido desde uma fase inicial de sensibilização,
despertando a consciência ambiental, até a análise crítica de editoriais e a reflexão sobre a parcialidade
e imparcialidade na construção de textos jornalísticos. As atividades propostas não apenas promovem a
interdiscursividade, mas também estimulam debates e produções textuais, consolidando, assim,
habilidades práticas e reflexivas.
Neste processo, cada aula se torna uma oportunidade para ampliar horizontes, questionar preconceitos,
e, acima de tudo, formar cidadãos informados e ativos. A linguagem jornalística, por vezes desafiadora,
será desvendada de forma acessível e contextualizada, preparando vocês não apenas para decodificar
informações, mas também para contribuir de maneira ética e crítica na sociedade atual.

Gêneros textuais do universo jornalístico

Os gêneros textuais do universo jornalístico, semelhantemente a tantos outros, caracterizam-se por


traços distintos, tanto em termos linguísticos, quanto em discursivos.
Manter-se informado retrata uma rotina inerente ao ser humano. Sim, buscamos saciar tal propósito
por meio da leitura do jornal impresso, on-line, por meio daquele veiculado pelo meio televisivo,
enfim, seja qual for a fonte de transmissão dessas informações, a pergunta que insiste e que,
sobretudo, move-nos constantemente ao proporcionarmos um espaço como esse a você, resulta do
seguinte propósito: ao se inteirar do conteúdo expresso numa notícia, numa reportagem, você já
atentou para as características linguísticas que norteiam esses gêneros textuais?
Ao tocarmos nesse ponto, torna-se urgente tocarmos em outro ainda mais importante, enquanto
interlocutores, o que buscamos numa notícia? E quem a produz, qual a intenção de fazê-la? Pois bem,
partindo de ambos os pressupostos, ora demarcados pela situação de produção (revelar a
informação), bem como pelo objetivo de se manter informado(a), temos motivos, digamos assim, “de
sobra” para fazer com esse mesmo espaço, perfazendo-se de intenções certeiras, realmente se
concretize, e que você realmente se familiarize com as marcas que delineiam os chamados gêneros
veiculados no meio jornalístico.
Eles, por sua vez, diferenciando-se de alguns outros, são publicados, ou seja, são expostos
independentemente de qualquer que seja o meio de divulgação: revistas, jornais, meio virtual, enfim.
E mais: levando em consideração as expectativas demarcadas por alguém que se encontra do outro
lado, a linguagem e a estrutura do discurso insistem cada vez mais em serem fatores preponderantes.
Desta feita, até aqui fizemos com que você se situasse na condição de interlocutor, embora não
esteja descartada a possibilidade de você se encontrar de todo(a) contextualizado(a) à situação de
enunciador, ou seja, emissor. Contextos caracterizados por uma situação de produção no meio
escolar, acadêmico, e por que não dizer naquele em que você se encontra pleiteando uma tão
sonhada vaga na universidade ou até mesmo no serviço público, hein? Daí, agarre essa oportunidade
que para você proporcionamos e confira muito mais!!!

Fonte: Gêneros textuais do universo jornalístico https://brasilescola.uol.com.br/redacao/generos-textuais-universo-


jornalistico.htm.

131
ATIVIDADES
1 − O que caracteriza a linguagem jornalística?

A) A subjetividade na narrativa.
B) A imparcialidade na seleção de detalhes.
C) A ênfase na expressão artística.
D) A ausência de pontos de vista diferentes.

2 − Qual é o papel fundamental da ética na prática jornalística?

A) Criar notícias sensacionalistas.


B) Manter a imparcialidade e veracidade.
C) Promover pontos de vista parciais.
D) Ignorar a responsabilidade social.

3 − Por que a consciência ambiental é considerada um tema crucial na contemporaneidade?

A) Porque não impacta a sociedade.


B) Porque é um assunto irrelevante para o jornalismo.
C) Porque não há relação entre jornalismo e meio ambiente.
D) Porque influencia atitudes e comportamentos.

4 − Qual é o objetivo principal da análise de editoriais?

A) Ignorar diferentes pontos de vista.


B) Promover a imparcialidade.
C) Identificar e compreender diferentes perspectivas.
D) Suprimir a linguagem jornalística.

5 − O que a escolha lexical e a estrutura de frase impactam na linguagem jornalística?

A) A neutralidade da informação.
B) A interpretação do leitor.
C) A complexidade da linguagem.
D) A ausência de pontos de vista diferentes.

6 − Qual é o desafio ético comumente enfrentado pelos jornalistas?

A) Manter a subjetividade na produção de notícias.


B) Ignorar a veracidade dos fatos.
C) Lidar com a pressão por notícias sensacionalistas.
D) Garantir a imparcialidade na cobertura jornalística.
7 − Por que a imparcialidade é considerada uma característica fundamental na produção de notícias?

A) Para promover a subjetividade.


B) Para favorecer pontos de vista específicos.
C) Para garantir uma informação equilibrada.
D) Para ignorar diferentes perspectivas.

132
8 − Qual é o impacto da escolha linguística na construção de sentidos em textos jornalísticos?

A) Não tem influência na interpretação do leitor.


B) Facilita a compreensão, mas não influencia.
C) Pode influenciar a interpretação do leitor.
D) É irrelevante na produção de notícias.

133
EXPLORANDO E EXECUTANDO A DIVERSIDADE LITERÁRIA: ANÁLISE DE OBRAS EM
POESIA E PROSA

Olá, estudante!

Bem-vindo a uma jornada de descobertas nos intrincados universos da linguagem e da literatura. Ao


longo destas aulas, vamos explorar as diversas formas de expressão, concentrando-nos nas linguagens
artísticas, corporais e verbais que moldam nossas narrativas individuais e coletivas.
Nosso foco principal será a análise crítica de obras literárias em poesia ou prosa, desvendando suas
características estilísticas, estruturais e temáticas. A prática constante será nossa aliada, culminando na
produção de resenhas críticas, que não apenas fortalecerão habilidades de interpretação, mas também
abrirão espaço para expressões individuais.
Em meio a essa exploração, reservaremos momentos especiais para a realização de um sarau de poesia
e uma feira cultural. Como esses eventos se integram ao aprendizado? Como as expressões culturais
locais influenciam nossa compreensão das obras literárias? Essas questões serão exploradas durante
nossa jornada.
A culminância desta jornada será uma roda de conversa, um espaço para consolidar aprendizados e
compartilhar experiências, incluindo reflexões sobre o impacto do sarau e da feira cultural. Cada reflexão
contribuirá para nossa compreensão coletiva da importância das linguagens e da literatura em nossas
vidas.
Este percurso convida você a se tornar coautor de suas próprias narrativas, explorando os encantos da
linguagem e da literatura. Vamos embarcar juntos nesta jornada educacional, que se entrelaça com a
riqueza cultural que nos cerca!

ATIVIDADES
1 − O que se espera alcançar com a análise crítica de obras literárias em poesia ou prosa?

A) Memorização de trechos
B) Compreensão profunda das características dos gêneros
C) Ênfase apenas na estrutura
D) Redução das nuances estilísticas

2 − Qual é a proposta da atividade prática de produção de resenhas críticas?

A) Decodificar palavras-chave
B) Desenvolver habilidades de interpretação e expressão escrita
C) Ignorar as opiniões individuais
D) Limitar-se a resumos simples

3 − O que é priorizado durante a realização do sarau de poesia e da feira cultural?

A) Apenas a exposição de obras literárias


B) A expressão de opiniões individuais
C) Desconectar a cultura local das obras literárias
D) Ignorar a participação ativa dos estudantes

134
4 − Qual é a importância de analisar obras literárias de estilos de época em estudo?

A) Para memorizar datas de lançamento


B) Para compreender as mudanças na linguagem literária ao longo do tempo
C) Para focar apenas nas obras contemporâneas
D) Para ignorar influências históricas

5 − O que significa desenvolver a habilidade de inferir informações em textos e gêneros diversos?

A) Decodificar palavras
B) Interpretar e extrair significados mais profundos
C) Limitar-se ao sentido literal
D) Ignorar o contexto

6 − Qual é o objetivo principal da participação em eventos culturais, como saraus e feiras culturais?

A) Apenas socializar obras próprias


B) Limitar-se à interpretação individual
C) Contextualizar a obra literária no âmbito cultural
D) Ignorar a importância dos eventos culturais

7 − O que é esperado dos estudantes ao analisar obras literárias em poesia ou prosa?

A) Apenas decorar trechos


B) Desenvolver resumos simples
C) Identificar características estilísticas, estruturais e temáticas
D) Ignorar as nuances estilísticas

8 − Qual é a relação entre a análise de obras literárias e a compreensão das mudanças na linguagem
literária ao longo do tempo?

A) Não há relação
B) A análise limita-se ao contexto contemporâneo
C) A análise permite identificar mudanças e permanências na linguagem
D) A análise ignora influências históricas

135
REFERÊNCIAS
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Educational Technology & Society, v. 17, n. 4, p. 17, 2014.
BARRETO, Raquel Goulart. Tecnologia e educação: trabalho e formação docente. Educação &
Sociedade, v. 25, n. 89, p. 1181-1201, 2004.
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DIONÍSIO, A. P. Multimodalidade discursiva na atividade oral e escrita. In: MARCUSCHI, L. A.;
DIONÍSIO, A. P. Fala e escrita. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 177-196. BATISTA, A. C.
Gêneros textuais e multimodalidade: práticas de linguagem na era digital. Contexto, 2018.
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Gêneros textuais do universo jornalístico"; Brasil Escola.
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GRAGNANI, Juliana. Como 'comportamento de manada' permite manipulação da opinião
pública por fakes: bbc News Brasil. Londres, 09 dez 2017. Disponível em:
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MADEIRA, Rogério Pereira. Do Senso Crítico a Evolução Crítica. Sociologia. meuartigo.brasilescola.
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136
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SOUZA, Warley. Literatura: Brasil Escola. [s.l.]:[s.d.]. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura. Acesso em: 03 nov. de 2023.
ZILBERMAN, Regina. O Papel da literatura na escola. Via Atlântica, São Paulo, n. 14, p. 11-22, dec.
2008. ISSN 2317-8086. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50376.
Acesso em: 03 nov. 2023.

137
LÍNGUA INGLESA

A MATTER OF OPINION

Welcome student!

Um debate é uma discussão ou competição estruturada sobre um assunto ou resolução. Um debate


formal envolve dois lados: um que apoia uma resolução e outro que se opõe a ela. Tal debate está
vinculado às regras previamente acordadas. Eles podem ser julgados para declarar um lado vencedor.
Debates, de uma forma ou de outra, são comumente usados em sociedades democráticas para explorar,
resolver questões e problemas.
Decisões em reuniões, audiência pública, assembleia legislativa ou assembleia local são frequentemente
alcançadas através de discussão e debate. Na verdade, qualquer discussão sobre uma resolução é uma
forma de debate, que pode ou não seguir regras formais.
Debater é uma ótima maneira de aprender as habilidades de resolução de problemas, de comunicação e
de defesa.
Para melhorar o conhecimento do tópico e ótimas habilidades de escuta, você pode aprender a pensar
criticamente, usar habilidades persuasivas, aprender a ouvir para defender, compreender e analisar
informações.
Nas atividades abaixo você aprenderá a desenvolver sua capacidade de argumentação e conhecer o
vocabulário típico de um debate em língua inglesa.

The language of debating

It is our opinion that………


It is our belief that……
Starting
In our opinion, we feel that…..
Our position on ___________ is…….
From our view, we feel that……..

Our point is…..


Firstly, I’d like to state……
Secondly…….
Clarifying To begin with……..
More over……..
To clarify…….
The main point I want to raise is…..
For these reasons, I ask you…….

138
The opposition states that____________ however…..
Our opponents claim that_________but….
To Oppose or We can’t agree on____________because……
Counter We pointed out that_____________, therefore……..
That may be interesting, but……..
That’s a good point but the reality is……..
I may agree if________________but……

I think/don’t think …
I agree/disagree with …
One plus/minus is …
One reason is …
I’m for/against…
Other
I support … because …
expressions
I’m opposed to … because …
An upside/downside is …
One plus/minus is …
A positive/negative is …
An argument for/against this is …
The main benefit / A big problem is …

ATIVIDADES
Read the text below and solve the questions that follow.

Emir and Paul discuss a design for a client


Paul: So?
Emir: I’m not convinced by that idea.
Paul: Why?
Emir: Well, this design is just too simple.
Paul: It’s not simple, it’s minimal. Plus, it’s what the client asked for.
Emir: I’m not so sure. Look … Look at these designs here. I think this is the style that the client
wants.
Paul: Hmmm … I think I disagree. They said they wanted it clean and minimal.
Emir: These designs are clean and minimal.
Paul: Look, don’t get me wrong, Emir. I like them, but I don’t think they fit the brief. For
example, here, there’s just a bit too much going on.
Emir: OK, I see what you mean, but without all the colour, it would look a bit … empty.
Paul: True. OK, how about taking that and that away? So it still looks interesting, but less busy.
Emir: OK … maybe you’ve got a point there. Actually, that has given me an idea.

Emir: So we remove the blue. I think that creates a nice balance.
Paul: Yeah, yeah. I think you’re right. Changing the circles helped too.
Emir: I agree. So we’re happy with this now?
Paul: Yes, definitely.
Emir: So it looks like we can agree!
Paul: Occasionally.

139
1 – Put the phrases (a–h) in the correct group (1–2).
Groups Phrases

1. Agreeing

2. Disagreeing

A) I think I disagree.
B) I’m not so sure.
C) Maybe you’ve got a point there.
D) Don’t get me wrong, but I don’t think so.
E) I agree.
F) I’m not convinced.
G) I think you’re right.
H) Yes, definitely.

2 – Decide which sentence gives the best summary of the text.

A) Emir and Paul discuss the design but can’t agree on any changes.
B) Emir and Paul disagree on the design, but they make some changes and finally agree.
C) Emir and Paul both agree on the design and decide no changes are needed.

3 – Put the words in the correct order.

A) by not idea. I’m that convinced


B) so not I’m sure.
C) disagree. I think I
D) they fit. get me think that wrong, but I don’t Don’t
E) what a bit empty. you mean, I see but it looks
F) there. point a got OK, maybe you’ve
G) you’re I right. think
H) we like So agree! looks it

4 − Complete the dialogue.

convinced definitely get me wrong got a point


I disagree not so sure right what you mean

A: Here’s my design for the new advertising campaign. What do you think?

B: I’m not (1)__________________ that this is what the client wants.

A: But they asked for bright colours.

B: I think (2) __________________ . They said they wanted the design to be fresh and fun.

A: But this design is fresh and fun.

B: I’m (3) __________________ .

A: Really?

B: Don’t (4) __________________ , I like your design but it doesn’t fit the brief.

140
A: I see (5) __________________. I guess it’s a bit too flashy.

B: What about changing the red and the stars?

A: Maybe you’ve (6) __________________ there. I think you’re (7) __________________ . Is that
better?

B: Yes, (8) __________________ .

5 – Write your opinion in English using the expressions presented in this plan.

Do you agree or disagree? Why or why not?

A) Argument: We feel people should have wild animals as pets because it will help animals from
becoming extinct.

What do you think: ___________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

B) Argument: All people should stop eating meat because too much land is needed for growing
and feeding livestock.

What do you think: ___________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

C) Argument: All cars should be painted yellow because yellow cars are involved in the least
amount of accidents.

What do you think: ___________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

141
ENGLISH AS A LINGUA FRANCA

Welcome!

Milhões de pessoas no mundo estudam a língua inglesa ou a usam em seu dia a dia. São falantes
nativos ou falantes não-nativos que usam o inglês como segunda língua. Hoje, uma em cada quatro
pessoas no mundo usa inglês.
Língua Franca é aquela “que é usada habitualmente por pessoas cujas línguas maternas são diferentes,
a fim de facilitar a comunicação entre elas.” (Unesco,1953).
Características atuais da Língua Inglesa:
1) as alterações sofridas pela língua conforme são apropriadas por diferentes usuários;
2) sua forte vinculação com o desenvolvimento econômico;
3) o fato de que 80% das interações em língua inglesa no mundo ocorrem entre falantes não nativos;
4) a quantidade de pessoas que a utiliza para os mais variados domínios;
5) a possibilidade de inserção global pelo domínio desta língua;
6) a grande quantidade de pessoas que desejam adquirir esta língua pelos
benefícios que ela traz;
7) as mudanças no sentido de “propriedade” da língua;
8) sua dissociação dos EUA e Inglaterra;
9) a possibilidade de atendimento às necessidades globais e locais pelo uso desta língua.
O inglês está sendo usado cada vez mais como uma forma de dois falantes com línguas maternas
diferentes se comunicarem, por isso usá-la como língua franca. Porém, nem todo mundo conhece a
história da língua inglesa.
Por essa razão, neste bloco de atividades, você, estudante, terá a oportunidade de conhecer um pouco
sobre a história da língua inglesa além das informações relacionadas à comemoração do Dia da Língua
Inglesa.

ATIVIDADES
English Language Day is celebrated on 23 April. Read about where English came from, how it came to
be spoken all over the world and how it is changing.

English Language Day


What is English Language Day?
English Language Day was first celebrated in 2010, alongside Arabic Language Day, Chinese Language
Day, French Language Day, Russian Language Day and Spanish Language Day. These are the six official
languages of the United Nations, and each has a special day, designed to raise awareness of the history,
culture and achievements of these languages. Why is English Language Day celebrated on 23 April? This
day was chosen because it is thought to be Shakespeare’s birthday, and the anniversary of his death. As
well as being the English language’s most famous playwright, Shakespeare also had a huge impact on
modern-day English. At the time he was writing, in the 16th and 17th centuries, the English language
was going through a lot of changes and Shakespeare’s creativity with language meant he contributed
hundreds of new words and phrases that are still used today. For example, the words ‘gossip’,
‘fashionable’ and ‘lonely’ were all first used by Shakespeare. He also invented phrases like ‘break the ice’,

142
‘all our yesterdays’, ‘fainthearted’ and ‘love is blind’. Can you guess what they mean?

The origins of English


The story of the English language began in the fifth century when Germanic tribes invaded Celtic-
speaking Britain and brought their languages with them. Later, Scandinavian Vikings invaded and settled
with their languages too. In 1066 William I, from modern-day France, became king, and Norman-French
became the language of the courts and official activity.
People couldn’t understand each other at first, because the lower classes continued to use English while
the upper classes spoke French, but gradually French began to influence English. An estimated 45 per
cent of all English words have a French origin. By Shakespeare’s time, Modern English had developed,
printing had been invented and people had to start to agree on ‘correct’ spelling and vocabulary.

The spread of English


The spread of English all over the world has an ugly history but a rich and vibrant present. During the
European colonial period, several European countries, including England, competed to expand their
empires. They stole land, labour and resources from people across Africa, Asia, the Americas and
Oceania. By the time former British colonies began to gain independence in the mid-20th century,
English had become established in their institutions. Many brilliant writers from diverse places across
Africa, the Caribbean and Asia had started writing in English, telling their stories of oppression. People
from all over the world were using English to talk and write about justice, equality, freedom and identity
from their own perspectives. The different varieties of English created through this history of migration
and colonisation are known as World Englishes.

International English
More than 1.75 billion people speak English worldwide – that’s around 1 in 4 people around the world.
English is being used more and more as a way for two speakers with different first languages to
communicate with each other, as a ‘lingua franca’. For many people, the need to communicate is much
more important than the need to sound like a native speaker. As a result, language use is starting to
change. For example, speakers might not use ‘a’ or ‘the’ in front of nouns, or they might make
uncountable nouns plural and say ‘informations’, ‘furnitures’ or ‘co-operations’.
Are these variations mistakes? Or part of the natural evolution of different Englishes? ‘International
English’ refers to the English that is used and developed by everyone in the world, and doesn’t just
belong to native speakers. There is a lot of debate about whether International English should be
standardised and, if so, how. What do you think? If you’re reading this, English is your language too.

Fonte: (Learn English British Council, [2023])

1 − Are the sentences true or false?

A) Portuguese is one of the official languages of the United Nations.


B) Shakespeare was born and died on the same day.
C) Shakespeare invented many new words and phrases.
D) In the fifth century, French was the official language in Britain.
E) English came to be spoken in many countries of the world because of migration and
colonisation.
F) People from former British colonies took English and used it to describe their own experience.
G) About a quarter of the people in the world speak English.
H) Everyone agrees that it’s a bad thing to have many varieties of English.

143
2 − Complete the sentences with the words in the box.

awareness impact independence lingua franca


oppression printing tribes varieties

1. Each official UN language has a special day that aims to raise ……………………………………… of its
history, culture and achievements.

2. Shakespeare had a huge ……………………………………… on modern-day English.

3. The English language began to develop in the fifth century when Germanic
……………………………………… invaded Britain.

4. By Shakespeare’s time, Modern English had developed, ……………………………………… had been


invented and people had to start to agree on ‘correct’ spelling and vocabulary.

5. British colonies began to gain ……………………………………… in the mid-20th century.

6. Many brilliant writers from all over the world used English to tell their stories of
……………………………………… .

7. World Englishes are the different ……………………………………… of English created through this
history of migration and colonisation.

8. When two speakers of other first languages use English to communicate with each other, they
are using English as a ……………………………………… .

144
REFERÊNCIAS
AGREEING and disagreeing. Learn English British Council. [s.l.], [2023]. Disponível em:
https://learnenglish.britishcouncil.org/skills/speaking/b1-speaking/agreeing-disagreeing?page=1.
Acesso em: 25 out. 2023.
DEBATE Printables. Worksheet place, [s.l.], [2023]. Disponível em:
https://worksheetplace.com/index.php?function=DisplayCategory&showCategory=Y&links=2&id=360
&link1=43&link2=360. Acesso em: 25 out. 2023.
ENGLISH Language Day. In: Earn English British Council. Earn English British Council, [s.l.],
[2023]. Disponível em: https://learnenglish.britishcouncil.org/sites/podcasts/files/LearnEnglish-
Magazine-English-Language-Day.pdf. Acesso em: 20 nov. 2023.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 27ª edição. Rio
de Janeiro: editora FGV, 2010.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.

145
ARTE

DE OUTROS CARNAVAIS

O carnaval é uma festa popular que teve sua origem durante a Antiguidade nas festas aos deuses. Com
o passar dos tempos foi mudando sua organização e se espalhando em várias culturas diferentes. No
Brasil acontece a maior festa de carnaval do mundo e, geralmente em fevereiro. Nossa festa se
apresenta de várias formas. Exemplos:
▪ No Rio e em São Paulo acontecem desfiles de escolas de samba.
▪ Na Bahia a festa é organizada com trios elétricos, pelas ruas.
▪ Em Minas Gerais a folia acontece com as centenas de blocos de rua.
▪ Pernambuco temos o famoso frevo:
○ No Recife temos o famoso Galo da Madrugada, que também é um bloco de rua.
○ Em Olinda temos o desfile dos bonecos gigantes.
▪ Algumas cidades organizam festivais de música.
▪ Existem clubes que organizam bailes, com direito a matinê para as crianças.
▪ Muitas pessoas preferem participar de acampamentos e retiros religiosos para fazer meditações e
descansar.
▪ Existem destinos para os que gostam de aproveitar esse período para praticar esportes radicais
ou fazer turismo ecológico.

Independentemente de como você aproveita seu carnaval, na Quarta-Feira de Cinzas se inicia o período
da quaresma (40 dias até a Páscoa). Esse é um período que os fiéis da Igreja Católica utilizam para a
preparação para a Páscoa.

Encontramos no carnaval relação com as 11 expressões artísticas:


1. Música: a arte dos sons produzidos por vozes ou instrumentos musicais.
2. Dança: a arte do movimento corporal.
3. Pintura: depositar pigmentos sobre uma superfície.
4. Escultura: modelar materiais como argila, madeira, pedra criando um objeto.
5. Teatro: arte de representar uma história para um público.
6. Literatura: é a expressão através da escrita.
7. Fotografia: a arte de captar imagens.
8. Cinema: surgiu com os irmãos Lumière que desenvolveram uma máquina para passar as fotografias
rapidamente dando ideia de movimento. É a arte de fazer filmes.
9. História em Quadrinhos (HQ): é uma história contada numa sequência de desenhos feitos dentro
de quadros/tirinhas.
10. Jogos eletrônicos: ou games - são programas nos quais as pessoas interagem com objetos
virtualmente, tendo que ultrapassar desafios, cumprindo metas e se divertindo. Fonte: (Adair, 2023).

146
11. Arte digital: arte feita com computador, celular e outras tecnologias.
Fonte: (Minas Gerais, 2023)

O período das festas de carnaval envolve e se relaciona com várias esferas da sociedade como:

▪ cultura e memória (Patrimônio Histórico Cultural),


▪ turismo,
▪ economia (indústria, comércio, serviços),
▪ política,
▪ religião,
▪ impacto ambiental,
▪ sustentabilidade,
▪ inclusão social,
▪ segurança pública,
▪ violência,
▪ entretenimento,
▪ saúde pública,
▪ educação,
▪ infraestrutura,
▪ trânsito,
▪ poluição sonora,
▪ acampamentos/retiros, família etc.

ATIVIDADES
1 – Qual é a tradição de carnaval da sua família?

2 – O carnaval tem vários significados. O que é carnaval para você?

3 – Você já ouviu falar sobre máscara social? No dia a dia as pessoas usam máscaras sociais como o
brincalhão, o durão, o engraçado, o indiferente etc.

“As máscaras são instrumentos que usamos para tentar nos adaptar a determinadas circunstâncias e,
assim, nos reinventar para continuar seguindo. Elas nos permitem agir como se fôssemos capazes de
qualquer coisa e nos protegem daquilo que acreditamos que pode nos prejudicar.
Ou seja, as máscaras são mecanismos de defesa inconscientes que tentam proteger nosso verdadeiro
“eu” quando ele pode estar em perigo. É uma engrenagem que nos permite sobreviver”

Fonte: (Tobias, 2023)

Reflita sobre o que você leu no texto e, a fim de dar vida a essas máscaras, crie uma que represente a
face social. Essa criação precisa fazer sentido para você.

4 – O carnaval é uma festa que envolve várias áreas da sociedade como política, economia,
entretenimento, turismo etc. Junte com alguns colegas e crie uma música para o carnaval. Pense no
tema que vai trabalhar.

Pode fazer a releitura de uma música.

147
5 – Escreva exemplos da relação que o carnaval pode ter com:

A. Cultura e memória
(Patrimônio Histórico
Cultural)

B. Turismo

C. Economia (indústria,
comércio, serviços)

D. Política

E. Religião

F. Impacto ambiental

G. Sustentabilidade

H. Inclusão social

I. Segurança pública

J. Violência

K. Entretenimento

L. Saúde pública

M. Educação

N. Infraestrutura

O. Trânsito

P. Poluição sonora

Q. Acampamentos e retiros
espirituais

R. Família

148
DA CRIAÇÃO À EXPOSIÇÃO - POR TRÁS DA OBRA

Caro estudante, todo trabalho artístico envolve uma complexidade em seu processo de inspiração,
criação e exposição ao público que vai desde a fruição do conceito pelo artista até a obra estar pronta.
Nesta perspectiva, este momento de estudo, tem como objetivo, te levar para visitar um museu,
exposição ou ateliê. E, observar como é o funcionamento do local e as relações entre museu e artista.
Existem muitos artistas espalhados pelo Brasil. Minas Gerais sempre esteve na vanguarda artística,
assim temos muitos artistas nas várias expressões artísticas.
− Você conhece algum artista?
− O que ele produz?
− Ele vende?
Faça uma lista dos artistas que você conhece ou já ouviu falar. Pode ser pela TV, internet, livros
didáticos ou por meio de conversas com os colegas.
Agora revisite sua memória e tente se lembrar se você já foi a algum evento cultural como: exposições
de arte, shows, feiras de obras artísticas. O que estava em exposição? Eram pinturas, esculturas ou
ambas? O que mais gostou ou não? As obras estavam só à mostra ou também, à venda? Já teve a
curiosidade de entender como se dá a precificação da arte? Quem coloca o preço dos quadros e
esculturas?
Acesse alguma exposição on-line pode ser no Google Arte e Cultura. Escolha um artista e observe as
obras ou escolha visitar uma exposição em sua cidade. Faça uma reflexão sobre tudo o que viu, pois
cada detalhe é importante.

ATIVIDADES
1 − Explique com suas palavras o que é uma exposição de arte:

2 − Você sabe que o curador é a pessoa que organiza uma exposição? Então, chegou sua hora! Seja
um curador e organize uma exposição artística. Para isso, você precisará seguir as legendas abaixo para
criar uma anotação esboçando o seu evento e pensar em cada detalhe:

▪ Tema/assunto abordado
▪ Tipos de obras (pintura, escultura, artesanato, história em quadrinhos etc)
▪ Artistas (critérios)
▪ Local
▪ Tempo de exposição
▪ Disposição das obras
▪ Lista de convidados
▪ O que mais?

3 − Acesse o site do Museu Inhotim em Brumadinho, que é considerado o maior museu a céu aberto do
mundo. Observe as obras. Escolha uma obra e faça uma releitura.
 Inhotim.
Disponível em: https://www.inhotim.org.br/.

149
Exemplos de obras:

Inmensa (Cildo Meireles) Dor de Cabeça (Edgar de Souza)

Fonte: (Wikipédia, 2023)


Fonte: (Wikipédia, 2023)

4 – Acesse a exposição on line: Tempo de Brincar: o universo poético das infâncias, no acervo do Museu
Nacional de Belas Artes. Está no site Google Arte e Cultura. Observe. Olhe o que você tem em casa.
Escolha os objetos e brinquedos que poderiam fazer parte desse museu baseado, apenas, no que você
tem em casa.

 Google Arts e Culture.


Disponível em: https://artsandculture.google.com/story/DQXRpL3lsbFcJg?hl=pt-BR.
Disponível em: https://artsandculture.google.com/story/DQXRpL3lsbFcJg

5 − Observe as imagens abaixo, e responda às perguntas de A a E:

Abaporu Madame Le Brun, Autorretrato


Fonte: (Wikipédia, 2023)

Fonte: (Wikipédia, 2023)

150
Festa no Barco Aurélia de Sousa, Auto-Retrato

Fonte: (Wikipédia, 2023)


Fonte: (Wikipédia, 2023)
Lygia Pape Ex Orbis

Fonte: (Wikipédia, 2023)


Fonte: (Wikipédia, 2023)

A) Se fosse uma exposição, que tema você daria?


B) Quais são os artistas que estão sendo expostos?
C) O que as obras têm em comum?
D) Quais são as expressões artísticas presentes?
E) Se pudesse, qual preço você cobraria por cada obra?

6 − Faça 10 fotografias sobre o mesmo tema. Pode ser de lugar, pessoa, objetos, paisagem, natureza
morta etc. Organize as fotos como se fossem uma exposição. A ordem das fotos tem que fazer sentido.
Faça um Reel no Instagram ou vídeo no Tik Tok com as fotos.

151
REFERÊNCIAS
ABAPORU. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abaporu. Acesso em: 10 nov. 2023.
AURÉLIA DE SOUSA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aur%C3%A9lia_de_Sousa. Acesso em: 10 nov. 2023.
AUTO-RETRATO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89lisabeth-Louise_Vig%C3%A9e-Le_Brun. Acesso em: 10 nov.
2023.
BELO Horizonte surpreendente. Portal Oficial de Belo Horizonte, Belo Horizonte, 2023. Disponível
em: http://portalbelohorizonte.com.br/visitas-virtuais/exposicoes. Acesso em: 03 nov. 2023.

BEZERRA, Juliana. História e Origem do Carnaval. Toda Matéria, [s.l], [s.d.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/historia-e-origem-do-carnaval/. Acesso em: 25 out. 2023
DOR DE CABEÇA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Edgard_de_Souza_-
_Dor_de_Cabe%C3%A7a_(Inhotim).jpg. Acesso em: 18 dez. 2023.

EX ORBIS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regina_Silveira. Acesso em: 10 nov. 2023.
GOOGLE Arts & Culture - Brasil. Google Arts & Culture, [S.l.], [s.d.]. Disponível em:
https://artsandculture.google.com/search?q=brasil. Acesso em: 03 nov. 2023.
INHOTIM. Inhotim, Brumadinho, [s.d.]. Disponível em:
https://www.inhotim.org.br/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwtJKqBhCaARIsAN_yS_mNxMgIodm1nlt9tLLJ
IFfp-7W-ybXd359nLXKkfD6lSrzReZwKHLsaAsAIEALw_wcB. Acesso em: 03 nov. 2023.
INMENSA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Inmensa_Brumadinho.jpg. Acesso em: 18 dez. 2023.
LYGIA PAPE. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Pape. Acesso em: 10 nov. 2023.
MARY CASSATT. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2023. Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Cassatt. Acesso em: 10 nov. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
TOBIAS, Ângela. C. Quais máscaras você usa no seu dia a dia? A Mente é Maravilhosa, [S.l.],
2023. Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/quais-mascaras-voce-usa/ . Acesso em: 30
out. 2023.
VARELLA, Paulo. 10 dicas de como montar uma exposição de arte e fazer sucesso. Arte ref - Notícias
em arte contemporânea. [S.l.], 2023. Disponível em: https://arteref.com/video/10-dicas-de-como-
montar-a-uma-exposicao-de-arte-e-fazer-sucesso/. Acesso em: 03 nov. 2023.

152
EDUCAÇÃO FÍSICA

MOVIMENTO HUMANO E SUAS ADAPTAÇÕES ATÉ CHEGAR AO MUNDO


CONTEMPORÂNEO

Olá, estudante!

Nos dias atuais, ficar deitado no sofá navegando na internet não é visto com maus olhos. Sabemos que
nesse mundo digital existem inúmeras possibilidades de entretenimento, no qual podemos ficar horas
nos divertindo e aprendendo, ou seja, esse ambiente também é lugar de ganhar dinheiro.
Os profissionais da saúde sabem que a internet é muito atrativa e importante de ser explorada, mas o
grande problema é que essas ferramentas estão sendo utilizadas de forma errada.
Nos dias atuais há inúmeros jovens adquirindo doenças crônicas, ósseas, musculares, posturais, visuais,
psicológicas, entre outras, em que o principal motivo é a falta de estímulo motor.
A cada ano as indústrias farmacêuticas e empresas de segmentos estéticos em geral, seguem
aumentando seus lucros, seus produtos iludem as pessoas que querem ter resultados rápidos através do
consumo de produtos industrializados, mexendo com o nosso psicológico, ao mostrar que a saúde está
relacionada a corpos magros e musculosos.
Sabemos que não há fórmula mágica para o corpo perfeito e que todos nós possuímos um biotipo e
temos que respeitá-lo.
Dentro dos objetivos da ginástica de condicionamento físico, a estética é o mais abordado, tanto para
emagrecer ou hipertrofiar. Esse é um dos principais motivos das academias de musculação estarem
cheias. Mas, não é só isso que importa. Foquem nos seus objetivos e desfrutem dos benefícios
vivenciados por quem curte exercícios físicos.

Estudante, com objetivo de aprimorarem seus conhecimentos relacionados à cultura do movimento


humano e influências das grandes mídias nos nossos corpos, leiam o texto a seguir e respondam as
questões em seguida.

Rolê na história do movimento humano


O movimento sempre fez parte da rotina das pessoas, nossos ancestrais tiveram que caminhar longos
trajetos com objetivo de encontrar terras seguras para construir os primeiros povoados e criar suas
famílias longe dos animais selvagens. Para comer, necessitavam ir em busca dos alimentos, ou seja, o
homem ia à caça, pescava, plantava, cuidava dessas plantações e as colhia.
Na Grécia Antiga, o movimento desempenhou um papel significativo na história da educação física, era
cultural valorizar a saúde corporal através de exercícios físicos diários e competições esportivas. Um
exemplo foi a criação dos Jogos Olímpicos que foram realizados pela primeira vez por volta de 776
a.C, em Atenas.

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Mais a frente da história, nos períodos das grandes guerras entre exércitos e impérios, os soldados
necessitavam estar fortes e resistentes para prováveis confrontos contra seus inimigos, para guerrilhar
utilizavam-se espadas, os primeiros registros da utilização de pólvoras foi a partir do século XII d.C.
Agora vamos dar um salto na história e chegar na Inglaterra, no século XIII, onde ocorreu a revolução
industrial, esse acontecimento mudou a história mundial e a rotina de milhares de pessoas que antes
viviam nos campos e se sustentavam na maioria das vezes da agricultura de pequeno porte e
artesanato.
Após esse acontecido, migrar para as cidades polos e trabalhar nas indústrias foram uma
oportunidade para vários arrimos de família da época, que trocaram suas plantações no campo para
realizar tarefas profissionais repetitivas características do serviço industrial sendo realizado por longas
jornadas de trabalho semanal.
Nos dias atuais, podemos refletir sobre os prejuízos à saúde pós revolução industrial:
● Sedentarismo e má alimentação: a falta de tempo tem sido pretexto para as pessoas
consumirem em excesso alimentos ultraprocessados (hipercalóricos) e não realizarem
exercícios físicos diariamente. Tais motivos são responsáveis por muitas doenças
cardiovasculares e mortes precoces, um exemplo é o infarto.
● Trabalhos digitais: muitas pessoas trabalham sentadas durante um grande período diário, isso
favorece a obesidade e dores na coluna e articulações.
● Poluição do ar e água: a exposição do homem a substâncias químicas presentes no ambiente
de trabalho industrial, junto com os liberados direto na atmosfera ou via fluvial favoreceu o
aumento da poluição do ar e água, influencia o surgimento de muitas doenças de saúde,
incluindo doenças respiratórias.
● Mobilidade urbana: os veículos e transportes públicos são de fácil acesso para a maioria das
pessoas, e muitas vezes não há necessidade de caminhar para chegar aos seus compromissos.
Vimos alguns fatores pós - período industrial que foram relevantes para as pessoas deixarem de se
movimentar e de gastar o excesso de caloria consumidos. Nos dias atuais, nossos jovens se
movimentam menos ainda, e esse fenômeno está diretamente relacionado a várias mudanças no estilo
de vida, uso da tecnologia, cultura, mudanças nas atividades de lazer, violência urbana, excesso de
veículos, entre outros. Ou seja, o mundo digital é muito atraente e através dos clicks podemos viajar
por todo mundo.

Influência das mídias na rotina das pessoas


É importante refletir sobre os riscos do sedentarismo e o aumento de jovens diagnosticados com
doenças crônicas. Algumas mudanças de estilo de vida contemporâneo favorecem esses ocorridos.
Rotinas como ficar em casa maratonando as plataformas digitais de filmes, séries ou ficar longas horas
nas redes sociais interagindo ou jogando com os amigos, compartilhar lanches ultraprocessados e
hipercalóricos são bem vistos nas mídias sociais. Todas essas supostas rotinas citadas causam danos a
qualidade de vida dos jovens, alguns exemplos são:
● Obesidade.
● Doenças cardiovasculares e cardiorrespiratórias.
● Problemas musculares, ósseos ou posturais.
● Ansiedade ou depressão.
Para finalizar nossas reflexões, observamos também a influência das mídias sobre nossos corpos. As
mesmas são financiadas por grandes empresas, principalmente empresas dos segmentos estéticos,

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que investem milhões de dólares para os (as) garotos (as) propagandas exibirem e consumirem suas
marcas através dos seus corpos musculosos e magros.
Isso impacta negativamente o psicológico das pessoas que são influenciadas a possuírem maus
hábitos e em seguida, incentiva fórmulas mágicas e rápidas para emagrecer ou hipertrofiar para se
adequarem aos padrões de beleza estabelecidos dentro da sociedade.

ATIVIDADES
1 – Na sua opinião, o que atraem os jovens contemporâneos a realizarem atividades de entretenimento
on-line sem que haja a necessidade de sair de casa?
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2 – Quais são os principais motivos de pessoas em idade escolar estarem adquirindo doenças crônicas,
ansiedade e depressão?
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3 – Qual o papel da tecnologia e das redes sociais para o estilo de vida sedentário e como isso pode ser
combatido?
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4 – Sobre as mídias de comunicação e propagandas de empresas dos segmentos estéticos ou fitness,


qual a sua opinião sobre as influências nos nossos corpos e estilo de vida?
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5 – Escreva um texto, relatando a importância da educação física escolar e os benefícios de suas


práticas para uma melhor qualidade de vida.
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APRENDENDO INGLÊS POR MEIO DO VOLEIBOL

Olá, estudante!

Neste conteúdo, vamos refletir sobre a importância de sabermos nos comunicar em outros idiomas. No
mundo dos esportes, é de extrema importância possuir essas habilidades, principalmente os atletas de
alto rendimento, que estão em viagens e em contato com pessoas estrangeiras durante as competições.
Não podemos esquecer dos atletas que disputam competições on-line, nas modalidades E-Sports, no
qual necessitam dominar a língua inglesa para se comunicarem nesse mundo virtual.
Sabemos que a língua portuguesa não está entre as línguas mais faladas do mundo, nesse sentido, é
importante corrermos atrás dessa desvantagem e buscarmos novos conhecimentos linguísticos para que
possamos entender e sermos ouvidos e também entendidos nos países que estamos passeando ou
competindo.
Mesmo sabendo que existem tecnologias que facilitam a comunicação entre pessoas que não falam a
mesma língua, dominar outro idioma é um diferencial que pode mudar a vida das pessoas,
principalmente, no aspecto profissional.
Estudante, o objetivo desse conteúdo é incentivá-los a estudar novos idiomas, priorizando a língua
inglesa que é considerada a língua universal. Através do esporte, podemos aprender novas palavras e
frases, por meio das competições esportivas mundiais, filmes ou séries, leituras, podcasts, vídeos, entre
outros.

ATIVIDADES
Estudante, para vocês aprimorarem o vocabulário esportivo e conhecerem novas palavras em inglês, a
seguir leiam com atenção as principais palavras presentes em uma partida de vôlei.

Volleyball vocabulary

Portuguese name English name Phrase in English

Jogador Player I’m a volleyball player.

Treinador Coach My coach is very intelligent.

Time Team Our team played today in Miami.

Rede Net This volleyball net is low.

Vôlei Volleyball He doesn't like to play volleyball.

Campeonato Championship Tomorrow there will be a championship


in the school.

Árbitro Referee Are you a referee?

Quadra Court We’d like to know the sports field in


your neighborhood.

Possibilidade De Último Ponto Match Point Now is match point.


Para Finalizar O Set Ou Jogo.

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Após essa troca de experiências, vivenciando nomes comuns relacionados ao vôlei e aprimorando seus
conhecimentos, aprendendo a utilizá-los em frases, veja mais essas palavras relacionadas às posições
táticas dos jogadores e lances comuns durante as partidas.

Names of tactical positions in volleyball:

1. Outside hitter - ponta.


2. Opposite hitter - oposto.
3. Libero - líbero.
4. Setter - levantador.
5. Middle blocker - jogador central.
6. Attacker - atacante.

Tactical games actions:


1. Serve - saque.
2. Block - bloqueio.
3. Spike- cortada ou ataque.
4. Set - levantamento.
5. Dig - defesa.
6. Forearm pass - manchete.

Com objetivo de aprimorar seus conhecimentos, responda as questões abaixo:

1 – Na sua opinião, qual a importância de um atleta de alto rendimento saber falar outros idiomas?
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2 – Cite algumas competições internacionais esportivas nas quais você viu atletas, imprensa ou outros
meios de comunicação utilizando a língua inglesa.
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3 – Qual a maior dificuldade encontrada pelos jovens em aprender novos idiomas?


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4 – Cite as principais palavras aprendidas em inglês durante a leitura do texto “volleyball vocabulary”.
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5 – Pesquise vídeos, podcasts ou séries de atletas brasileiros se comunicando em inglês e compartilhe


com seus amigos de turma.

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REFERÊNCIAS
A HISTÓRIA do movimento humano e da educação física da Pré-História até a Idade. Portal da
Educação. [s. l.], 2023. Disponível em: https://blog.portaleducacao.com.br/a-historia-do-movimento-
humano-e-da-educacao-fisica-da-pre-historia-ate-a-idade/. Acesso em: 23 out. 2023.
JOGADORES brasileiros de rugby contam como inglês ajuda a superar barreiras no esporte. Marcas
pelo mundo. [s. l.], 2023. Disponível em: https://marcaspelomundo.com.br/anunciantes/jogadores-
brasileiros-de-rugby-contam-como-ingles-ajuda-a-superar-barreiras-no-esporte/. Acesso em: 31 out.
2023.
JOGADORES brasileiros falando outros idiomas. [S. l.: s. n.], 03 mar. 2023. 1 vídeo (5min e 10seg).
Publicado pelo canal Premier Fut Brasil. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vlQWXP6JoGg. Acesso em: 25 out. 2023.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: ensino
médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2022. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-
cursos-crmg. Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de Formação
e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em:
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 19 jan.
2024.
MONTEIRO, Lídia. Sedentarismo da nova geração está ligado à tecnologia, dizem especialistas.
Saúde Plena. [s. l.], fev. 2017. Disponível em:
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2017/02/02/noticias-saude,201259/sedentarismo-da-
nova-geracao-esta-ligado-a-tecnologia-alertam-especia.shtml. Acesso em: 23 out. 2023.
O VOCABULÁRIO do vôlei em inglês. American & Brritish Academy. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://blog.abaenglish.com/pt/o-vocabulario-do-volei-em-ingles/. Acesso em: 31 out. 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Sedentarismo. Brasil Escola. [s. l.], 2023. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/saude/sedentarismo.htm. Acesso em: 23 out. 2023.

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