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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

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LETRAS E LÍNGUA PORTUGUESA

RICARDO FERREIRA SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIVUAL

Saquarema
2021
RICARDO FERREIRA SILVA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIVUAL

RELATÓRIO APRESENTADO À UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR, COMO


REQUISITO PARCIAL PARA PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
INDIVIVUAL DE LETRAS E LÍNGUA PORTUGUESA.

Saquarema
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS – GRAMÁTICA E ENSINO ....................................
2 FUNÇÃO E ESTRUTURA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO(PPP).........9
3 PLANEJAMENTO ANUAL NO ENSINO MÉDIO.................................................12
4 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC.................................................................................................................. 15
5 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS
CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC...........................................17
6 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA..................................................................19
7 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS..............21
8 PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR................................................................23
9 ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO DO
DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA..............................................................25
10 PLANOS DE AULA..............................................................................................27
11 REGIMENTO ESCOLAR.....................................................................................32
12 ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA.....................................................................34
13 PLANO DE AÇÃO...............................................................................................36
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................39
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 40
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INTRODUÇÃO

Adriana é professora de Língua Portuguesa há 15 anos em uma escola


pública, localizada no interior da cidade onde mora. No início do ano letivo, ao saber
que as aulas continuariam de forma remota por conta da Covid-19, Adriana se sentiu
totalmente despreparada, pois a instituição na qual trabalha determinou que os
professores fizessem uso da plataforma Google Meeting e planejassem as aulas
com base nas metodologias ativas.
Na primeira semana de aula, percebeu que precisava fazer algo diferente,
pois os alunos, além de não interagirem durante as aulas on-line, ficavam o tempo
todo com a câmera fechada. Assim, começou a fazer um curso de formação
continuada em “Língua Portuguesa e Tecnologia Educacional Digital” ofertado por
uma Universidade Estadual e, já nas primeiras aulas, ficou encantada com a
possibilidade de fazer uso das metodologias ativas com o 1° ano do Ensino Médio.
Durante o curso, Adriana descobriu uma ferramenta, chamada Podcast. Trata-
se de um arquivo de áudio ou vídeo em formato digital que é transmitido pela
internet e funciona basicamente como um rádio digital. Pode-se baixar o arquivo no
computador ou celular para ouvir quando quiser, seja no trajeto a pé para a
universidade, no ônibus, no trem ou metrô voltando para casa.
Como a escola segue os documentos normativos oficiais, Adriana foi consultar
a Base Nacional Comum Curricular – BNCC – e o Currículo do Estado, e verificou
que eles indicam o trabalho com o gênero Podcast, por ser uma oportunidade de
explorar os gêneros textuais digitais nas aulas remotas, aproveitando os recursos
disponíveis para dar mais sentido às aulas, por intermédio da gravação e audição,
dando voz aos alunos, permitindo que desenvolvam seu protagonismo, dando mais
sentido à aprendizagem e tornando-a mais efetiva, ou seja, adotando-se as
metodologias ativas com o aluno sendo o protagonista do processo. Bem, pensando
nessa situação da professora Adriana, eu como futuro professor iria elaborar para
essa turma vários trabalhos e exercícios envolvendo o podcast.
O podcast seria de grande ajuda para esses alunos. O podcast é uma
ferramenta que resgata a oralidade, inspira criatividade e é usado cada vez mais
por professores e alunos. O fato de estar ganhando mais ouvintes todos os dias e
alcançar também as escolas tem a ver com seu potencial para
desenvolver habilidades cognitivas, além de acrescentar muito ao fazer
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pedagógico.
PLANO DE ENSINO

Identificação da escola: ESCOLA MUNICIPAL ORLANDO NUNES

Período de realização:
05 DE NOVEMBRO DE 2021 HORÁRIO 9:00 ÁS 10:00
12 DE NOVEMBRO DE 2021 HORÁRIO 9:00 ÁS 10:00
19 DE NOVEMBRO DE 2021 HORÁRIO 9:00 ÁS 10:00
26 DE NOVEMBRO DE 2021 HORÁRIO 9:00 ÁS 10:00

Ano: 2021

Competência Nº. 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e


práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses
conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de
atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação
social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica
da realidade e para continuar aprendendo.

Competência Nº. 7: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital,


considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para
expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e
coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho,
informação e vida pessoal e coletiva.

Competência Nº. 1
(EM13LP16) Produzir e analisar textos orais, considerando sua
adequação aos contextos de produção, à forma composicional e
ao estilo do gênero em questão, à clareza, à progressão temática e
à variedade linguística empregada, como também aos elementos
relacionados à fala (modulação de voz, entonação, ritmo, altura
e intensidade, respiração etc.) e à cinestesia (postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de
olho com plateia etc.).

Competência Nº. 7

(EM13LP18) Utilizar softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, além de


ferramentas e ambientes colaborativos para criar textos e produções
multissemióticas com finalidades diversas, explorando os recursos e efeitos
disponíveis e apropriando-se de práticas colaborativas de escrita, de construção
coletiva do conhecimento e de desenvolvimento de projetos.
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Área da BNCC: Linguagens.

Campo de Atuação: Práticas de linguagem no ambiente digital.

Objetivos:

Essa competência específica diz respeito às práticas de linguagem em ambiente


digital, que têm modificado as práticas de linguagem em diferentes campos de
atuação social. Nesse cenário, o objetivo é fazer com que os jovens tenham uma
visão crítica, criativa, ética e estética, e não somente técnica das TDIC e de seus
usos, para selecionar, filtrar, compreender e produzir sentidos, de maneira crítica
e criativa, em quaisquer campos da vida social. Além disso, é importante que os
estudantes compreendam o funcionamento e a potencialidade dos recursos
oferecidos pelas tecnologias digitais para o tratamento das linguagens (mixagem,
sampleamento, edição, tratamento de imagens etc.), assim como as
possibilidades de remidiação abertas pelos fenômenos multimídia e transmí-
dia, característicos da cultura da convergência.

Conteúdo:
Cronograma de atividades: período de realização de cada proposta. Se preferirem
pode colocar
em forma de quadro.
Percurso metodológico:
Descreva aqui cada uma das atividades/etapas a serem realizadas de forma
detalhada. (de 3 a 5
atividades).
Recursos e materiais necessários:
Apresente os recursos didáticos e digitais necessários. Se optar por utilizar textos,
vídeos ou
imagens deve colocá-los em anexo na íntegra ou a indicação do link para acesso.
Avaliação:
Descreva como as propostas serão avaliadas.
Referências:
Apresente todas as fontes utilizadas para consulta na elaboração das propostas.
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LEITURAS OBRIGATÓRIAS – GRAMÁTICA E ENSINO

O texto “GRAMÁTICA E ENSINO / Carlos Alberto Faraco “, apresenta uma


breve revisão histórica do ensino de gramática desde a Antiguidade Clássica. Desse
modo, o texto nos mostra que escola e gramática caminham juntas há milênios. No
currículo medieval, a gramática era uma das disciplinas do trivium
(Trívio (em latim: Trivium, de tres: três e vía: caminho) era, na Idade Média, o
conjunto de três matérias ensinadas nas universidades no início do percurso
educativo: gramática, dialética e retórica.
A associação de escola/ gramática remonta aos gregos alexandrinos. Foram
eles que criaram, por volta do século II a.C., a gramática como disciplina autônoma,
paralelamente a seus estudos de filologia, que se voltavam para a edição crítica dos
textos de autores gregos clássicos. A gramática, portanto, absorveu um conceito
filosófico (por exemplo, as classes dos nomes e dos verbos; e as noções de sujeito e
predicado) e, posteriormente, incorporou capítulos com conteúdos retirados da
retórica (as chamadas figuras de linguagem).
A primeira gramática (170 a.C. – 90 a.C.), lançou as bases de um modelo de
descrição organizado em dois grandes eixos: as classes de palavras e a sintaxe da
sentença. Entendida como “arte”, ou seja, como um saber prático, a gramática era
considerada o instrumento para o aprendizado da variedade assumida como
modelar. Nessa época, a gramática não era considerada isoladamente, mas, era
combinada com leitura, estudo e comentário dos textos dos poetas e prosadores
culturalmente prestigiados.
Por Quintiliano, ficamos sabendo (Livro I, cap. IV) que essa educação tinha
três estágios: no primeiro, as crianças aprendiam a ler e escrever; em seguida, iam
para a classe do grammaticus, professor cuja tarefa era ensinar a gramática e, ao
mesmo tempo, ler e comentar com os alunos os textos dos autores assumidos como
modelares, fazendo-os exercitar a expressão pela imitação desses autores; por
último, os alunos passavam a frequentar as aulas do rethor, que lhes ensinava a
retórica. A meta superior de todo esse processo educacional era formar o bom
orador. A etapa do grammaticus era vista como preparatória, complementar, auxiliar
ao que, de fato, importava: alcançar o domínio dos fundamentos e das práticas
retóricas.
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Nessa época, Quintiliano, defendia e recomendava que, nos estudos


gramaticais, o professor deveria não só ensinar apenas a gramática em si. Mas,
deveria associar ao ensino da gramática como a leitura de textos exemplares, junto
com comentários e produção textuais e oratória dos alunos.
No entanto, concepção perdeu, com o passar do tempo, boa parte de sua
vitalidade e a gramática deixou de ser vista como disciplina complementar, auxiliar e
funcional e passou a ocupar um lugar central na educação linguística. Essa
mudança foi consequência das progressivas alterações do panorama
sociolinguístico da Europa ocidental depois do fim do império romano do Ocidente.
Essa pedagogia medieval que, em razão das mudanças históricas, teve de
pôr a gramática no centro do ensino apareceu sintetizada na Ratio Studiorum,
documento que, publicado em 1599, consolidou as diretrizes educacionais para os
inúmeros colégios dos jesuítas na Europa e fora dela (cf. The jesuit Ratio Studiorum
of 1599).
A Ratio Studiorum, focava no mesmo pensamento de Quintiliano em ensinar
gramática, associada com leitura, retórica, escrita e oralidade. A Ratio determinava
também que todo o ensino fosse em latim, devendo os alunos, no colégio, usar
apenas essa língua.
Havia também uma proibição explícita quanto ao uso da língua materna dos
alunos no ensino. Ela só poderia ocorrer excepcionalmente, restrita a um uso
puramente instrumental como, por exemplo, num breve resumo do texto que se iria
estudar, o que era aceitável apenas com os alunos das primeiras classes pelo fato
de que ainda não sabiam suficientemente o latim.
Entretanto, em 1592 a 1670 Jan Comênio que estava vinculado ao movimento
da reforma religiosa, defendia a tradução da Bíblia para as línguas vernáculas com o
objetivo de permitir a todos os crentes o acesso direto ao texto. Essa atitude resultou
na valorização das línguas vernáculas na Europa protestante e repercutiu na
proposta educacional de Comênio. Ele foi dos primeiros a defender que a educação
fundamental fosse feita na língua materna dos alunos e não mais em latim. Este
deveria ser ensinado apenas nas séries finais da educação secundária.
Assim, na proposta de Comênio, voltava ao centro da educação linguística o
domínio das práticas de leitura, de escrita e de oralidade. E a gramática perdia seu
estatuto. Comênio não dispensava totalmente a gramática como matéria de ensino,
mas chegava perto disso, reduzindo seu espaço a breves regras gerais descritivas
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dos fatos. Em suma, a história da educação linguística desde a Antiguidade até o


século XVII deu forma a três postulações pedagógicas referentes ao ensino de
gramática: seu estudo deve ser complementar e funcional (Quintiliano); seu estudo
deve ocupar o centro do ensino ( Ratio Studiorum ); seu estudo é quase
dispensável (Comênio).
Ainda hoje parece que deslizamos entre essas três postulações. Há quem
defenda um ensino sem gramática e voltado exclusivamente ao desenvolvimento
das práticas de leitura, de escrita e de oralidade. Talvez tenham sido os linguistas
Geraldo Mattos e Eurico Back os mais radicais defensores dessa tese entre nós (cf.
MATTOS E BACK, 1974). Há também quem pratique um ensino centrado na
gramática, embora não haja quem defenda abertamente essa centralidade, salvo,
talvez a mídia e o senso comum. Particularmente, visto que estou fazendo um
estágio, eu vejo a gramática, a leitura, a escrita, e a oralidade em conjunto como de
suma importância para o crescimento do aluno e de todos nós futuros professores.
Por último, os documentos oficiais mais recentes se referem sempre à
gramática como um conhecimento complementar, auxiliar e articulado com a leitura
e a produção de texto, embora não se estendam sobre como operacionalizar esse
princípio geral. Apesar dessa diretriz dos documentos oficiais, a gramática
permanece nas práticas escolares em posição de destaque, o que fica evidente seja
pela partição, em muitas escolas, das aulas de português em aulas de gramática, de
redação e de literatura, seja principalmente pelo conteúdo dos livros didáticos do
ensino fundamental e médio, que reservam um lugar privilegiado para os conteúdos
gramaticais arrolados pela NGB – Nomenclatura Gramatical Brasileira e detalhados
pelas gramáticas escolares (cf., por exemplo, o estudo de BAGNO, 2010).
Vem se tentando, em todos esses anos, difundir e consolidar uma concepção
para o ensino de português que busca tirar a gramática do centro das práticas
escolares, dando ênfase ao domínio da leitura, da escrita e da oralidade. É
consensual entre os linguistas-pedagogos a crítica ao ensino tradicional de
gramática centrado na transmissão da nomenclatura e de seus conceitos, seguida
de exercícios de mera identificação e classificação de palavras e funções sintáticas.
Aponta-se, nessa crítica, a total irrelevância desse saber para o desejável
aprimoramento das capacidades de leitura e expressão escrita ou oral.
Parece que ainda hoje não temos um padrão definido de como ensinar a
nossa língua, o nosso idioma para crianças e adultos. Mas, como professores,
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precisamos nos adequar as normas estabelecidas em nosso país para o ensino e


aprendizagem nas escolas, e, como futuros profissionais da educação precisamos
dar o nosso melhor para ajudar os nossos alunos. Por exemplo, precisamos
conhecer a função e a estrutura do PPP (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO).
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FUNÇÃO E ESTRUTURA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

Depois de lermos um exemplo de PPP, podemos então entender qual é a sua


função e sua estrutura dentro de uma escola. Vamos então responder agora ás
seguintes perguntas relacionadas com o PPP (PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO):

1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o


ambiente escolar?

O Projeto Político Pedagógico é um documento obrigatório para as escolas e


contém todas as metas, objetivos e os meios que serão usados para concretizá-los.
Por isso, se torna essencial para nortear as ações da escola e envolve não apenas
os professores e a equipe pedagógica, mas também os alunos, famílias e
comunidade escolar. O Projeto Político Pedagógico é feito para orientar o trabalho
durante o ano letivo e, por isso, deve ser um documento formal, mas ao mesmo
tempo acessível a todas as pessoas envolvidas na comunidade escolar. O PPP
deve funcionar como um norteador para as atividades da escola e contemplar não
apenas os objetivos e metas, mas também as ações que serão tomadas para
alcançá-los, levando em consideração a realidade da instituição de ensino. Por isso,
o Projeto Político Pedagógico deve ser atualizado no início de todo ano letivo e
consultado periodicamente para garantir que seja colocado em prática.
A escola não deve abrir mão de um plano de ação, de um projeto
político-pedagógico (PPP), para que a gestão não ocorra por meio de
improvisações. O projeto é a identidade da escola e deve comtemplar
toda a cultura, os valores e os modos de agir dos atores sociais que o
elaboram de modo participativo. Sem dúvida que, se não existisse o PPP, ficaria
muito mais complicado direcionar o ensino e aprendizagem nas escolas para o
benefício de todos os envolvidos. Além disso, temos que nos lembrar que cada PPP
é único, ou seja, cada PPP vai expressar as necessidades e finalidades da escola
envolvida. No atual cenário educacional surge a necessidade de se pensar em uma
gestão democrática e participativa, na qual professores, pais, alunos, equipe
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gestora, funcionários e comunidade local compartilham das decisões dentro da


escola e todos trabalham para um único objetivo.

2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento


normativo que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
se apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem
organizar seu currículo a partir desse documento. Com base na leitura que
você realizou, como as competências gerais da Educação Básica se inter-
relacionam com o PPP?
O Projeto Político Pedagógico (PPP) e a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) devem estar sincronizados para que possam assim direcionar toda a equipe
escolar na mesma direção, ou seja, tanto o PPP como a BNCC devem falar a
mesma língua na escola. As competências descritas pela BNCC podem ser
desenvolvidas de diversas maneiras pelo PPP, não aparecendo apenas no currículo
disciplinar. Integrar disciplinas, rever as avaliações com base na escuta de
estudantes e professores, incorporar aspectos culturais regionais nas práticas
pedagógicas, todas essas podem ser formas de atender às demandas da Base. O
projeto político-pedagógico também deve incentivar a cultura da participação,
estimulando o protagonismo dos professores e alunos nas mudanças.
Para a escola incorporar as propostas da BNCC ao projeto político-
pedagógico é necessário identificar quais são as competências que devem ser
desenvolvidas, considerando também a atuação que a escola, já têm dentro desses
campos de desenvolvimento. Ou seja, o primeiro passo para começar essa
construção é fazer um diagnóstico das práticas pedagógicas e do aprendizado dos
alunos. Conhecer a comunidade e os desafios de aprendizagem dela é essencial
para que o PPP não só contenha a identidade local, mas trace diretrizes condizentes
com o presente e futuro da instituição.

3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de


ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços
escolares e dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura
que você realizou do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de
avaliação?
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O processo de avaliação é feito de acordo com o desenvolvimento de cada


aluno com acertos e erros ajudando o próprio aluno a se desenvolver para alcançar
os seus objetivos durante o ensino e aprendizagem. Por traz das pontuações que
são exigidas nas provas, devem existir esse acompanhamento do progresso que
esse aluno teve em sua trajetória na escola.
Portanto, podemos dizer que a avaliação do processo de ensino e
aprendizagem, é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na escola,
com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em
relação à programação curricular. Sendo assim, a avaliação não deve priorizar
apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de investigação,
interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos
construídos e as dificuldades de uma forma dialógica.
O erro, passa a ser considerado como pista que indica como o educando está
relacionando os conhecimentos que já possui com os novos conhecimentos que vão
sendo adquiridos, admitindo uma melhor compreensão dos conhecimentos
solidificados, interação necessária em um processo de construção e de
reconstrução. Neste caso, o erro deixa de representar a ausência de conhecimento
adequado. Toda resposta ao processo de aprendizagem, seja certa ou errada, é um
ponto de chegada, por mostrar os conhecimentos que já foram construídos e
absorvidos, e um novo ponto de partida, para um recomeço possibilitando novas
tomadas de decisões.
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PLANEJAMENTO ANUAL NO ENSINO MÉDIO

O ensino de língua materna tem assumido, no ensino médio, uma perspectiva


estritamente gramatical normativa e filológica, isso significa que estão privilegiando o
estudo dos fatos de gramática da língua padrão, como conteúdos curriculares. No
entanto, mais recentemente – a partir da incorporação de estudos advindos da
Sociolinguística, da Psicolinguística, da Pragmática, da Análise do Discurso e da
Linguística Textual, passaram então a dar ênfase para as práticas de leitura de
mundo e a expressividade, destacando-se assim a produção de textos e a oralidade.
Pensando-se neste fato, qual seria então a proposta do professor quanto aos
conteúdos a serem trabalhados pela disciplina para a respectiva série do
Ensino Médio?
Bem, num mundo contemporâneo, de tão rápidas transformações e de tantas
contradições, estar formado para a vida real significa mais do que reproduzir dados,
denominar classificações ou identificar símbolos. Significa ser capaz de se
comunicar e argumentar; compreender e solucionar problemas; participar de um
convívio social como cidadão; fazer escolhas e proposições e, especialmente,
assumir uma atitude de permanente aprendizado. Nesse contexto, a língua materna
ocupa um papel central. Assim sendo, o ensino da língua materna, na atualidade,
requer como finalidades desenvolver no aluno seu potencial crítico, sua percepção
das múltiplas possibilidades de expressão linguística, sua formação como escritor e
leitor efetivo dos mais diversos textos representativos de nossa cultura.
Deste modo, a proposta do professor quanto aos conteúdos a serem
trabalhados pela disciplina para a respectiva série do Ensino Médio poderiam ser os
seguintes:
Planejamento do texto a ser elaborado conforme as condições de
produção para a realização, indicando previamente: o leitor pretendido, os efeitos
desejados, o texto e gênero mais adequado à situação. Decidir se a atividade deve
ser elaborada de modo individual ou coletivo, incentivando o questionamento e o
debate de ideias.
Desenvolvimento do texto: assegurar-se de que o aluno conheça
bem as características do texto a ser produzido, assim como a definição do gênero
mais adequado àquela situação de produção. Fornecer aos alunos outros textos
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semelhantes, evidenciando as marcas formais que os constituem, para fins


comparativos e como apoio à escrita de seu próprio texto.
Aprimoramento da produção textual e reescrita dos textos, pois
mesmo o escritor experiente costuma produzir várias versões do texto até chegar ao
que julga bem realizado. Esse movimento indica, sobretudo, o complexo processo
que envolve a atividade de escrita. Esse momento de revisão da produção textual,
na escola, pode representar uma oportunidade singular para a discussão das
produções realizadas; troca de ideias em grupos de discussão; a eleição de um dos
textos para um estudo mais aprofundado de questões gramaticais, ortografia,
adequação do léxico, entre outros elementos relevantes para a produção de
sentidos. Os grupos teriam um tempo para examinar os textos, propor mudanças e
reescrevê-los, com o objetivo de seu aprimoramento.
Esses conteúdos são de suma importância para a trajetória do aluno, pois, o
objetivo da disciplina nessa fase do ensino é preparar para a vida, qualificar para a
cidadania e para o aprendizado permanente, seja no eventual prosseguimento dos
estudos, seja no mundo do trabalho. Afinal, o ensino médio não é apenas um
período preparatório para o Ensino Superior ou estritamente profissionalizante. Esta
etapa do ensino na vida do aluno tornou-se muito importante para a sua vida como
ser humano e cidadão.
Quais seriam então as metodologias, os recursos e as formas de
avaliação? Considerando tais aspectos, o enfoque metodológico da leitura no
ensino médio, para que, de fato, contribua para o processo de formação de leitores,
não deve se deter simplesmente em atividades de localização de informações e a
paráfrase, é preciso propor a exploração da intertextualidade, da interdiscursividade,
da interdisciplinaridade, dos recursos linguísticos, dos recursos estilístico-estéticos e
de estratégias diversificadas, como, por exemplo, a antecipação, a predição, o
levantamento e checagem de hipóteses, a elaboração de inferências, comparação e
generalização de informações, o levantamento de questionamentos, entre outras, a
formação de juízos próprios com respostas de caráter subjetivo.
Enfim, o importante é que a orientação leitora ultrapasse a decifração do
material linguístico e o nível da construção do significado na estrutura das orações,
de modo que o ensino da leitura possibilite ao aluno desenvolver diferentes níveis de
compreensão leitora, constatar como se desenvolve sua comunicação com o texto e
refletir sobre o que dela resulta. Para tanto, é necessária uma participação ativa do
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aluno enquanto leitor. Assim, nas práticas de leitura em sala de aula, a interação
entre aluno e professor e a interação entre alunos são primordiais.
Um outro recurso para o aproveitamento do aluno em suas produções
textuais seria incluir diversos tipos de textos para serem analisados em sala de aula
como por exemplo: os jornais, as revistas, os folhetos, os hipertextos, enfim os mais
variados tipos de textos, suportes e gêneros. Isso, sem dúvida, vai contribuir muito
para o desenvolvimento do aluno como leitor, escritor e em sua maneira de se
comunicar com outras pessoas na sociedade.
Também se faz necessário que a escola promova leituras com abordagens,
temáticas e opiniões variadas, possibilitando aos alunos o diálogo com uma grande
diversidade de livros e de culturas, com visões de mundo diferentes umas das
outras, de modo que a leitura de um texto dialogue permanentemente com a dos
outros.
No ensino médio, sob essa perspectiva social e discursiva, a avaliação das
produções textuais deve abandonar os critérios quase que exclusivamente literários
ou gramaticais e deslocar seu foco para outro ponto: o bom texto é aquele que é
adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido, ou seja, se a escolha
do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o nível de língua estão adequados
ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.
A expectativa é formar alunos que sejam capazes de produzir e compreender
textos de uso social – orais e escritos – a fim de que tenham trânsito livre nas várias
situações comunicativas que permitam plena participação no mundo letrado. Trata-
se, portanto, da tarefa de contribuir para a formação de sujeitos capazes de
responder a diferentes exigências comunicativas que envolvam as diferentes
linguagens.
15

ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA


BNCC
Segundo o Ministério da Educação (MEC), os temas transversais “são temas que
estão voltados para a compreensão e para a construção da realidade social e dos
direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e com a
afirmação do princípio da participação política. Isso significa que devem ser
trabalhados, de forma transversal, nas áreas e/ou disciplinas já existentes”. Os
temas transversais, nesse sentido, correspondem a questões importantes, urgentes
e presentes sob várias formas na vida cotidiana. Mas, como devemos entender o
termo Transversalidade?
A transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias
modificadoras da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e
ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica, ou
seja, pretende-se que esses temas integrem as áreas convencionais de forma a
estarem presentes em todas elas, relacionando-as às questões da atualidade e que
sejam orientadores também do convívio escolar. Deste modo, qual a importância
de se trabalhar com os TCTs na escola?
A abordagem da contemporaneidade é uma busca pela melhoria da
aprendizagem. Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente com
os temas contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes durante
o processo e despertar a relevância desses temas no seu desenvolvimento como
cidadão. O maior objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua
educação formal reconhecendo e aprendendo sobre os temas que são relevantes
para sua atuação na sociedade. Assim, espera-se que a abordagem dos Temas
Contemporâneos Transversais (TCTs) permita ao estudante compreender questões
diversas, tais como cuidar do planeta, a partir do território em que vive; administrar o
seu dinheiro; cuidar de sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e
respeitar aqueles que são diferentes e quais são seus direitos e deveres como
cidadão, contribuindo para a formação integral do estudante como ser humano,
sendo essa uma das funções sociais da escola. Pensando nisso, dos TCTs
listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no meu curso de
graduação?
Como futuro professor, devo aprender a atuar como orientador e conselheiro,
utilizando os temas transversais para tratar de problemas sociais atuais, reavivando
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as potencialidades de cada um dos alunos e dando aos estudantes o estímulo para


ampliarem o seu entendimento sobre diversas questões.
Sendo assim, eu poderia trabalhar com multiculturalismo (diversidade
cultural), cidadania e civismo (vida familiar e social, educação em direitos
humanos), meio ambiente (educação para o consumo) e etc... Esses temas
poderiam ser trabalhados transversalmente no meu curso de graduação ( letras e
língua portuguesa ). Isso, enriqueceria mais ainda o meu aprendizado como
professor e também dos alunos. Tenho certeza que, em sala de aula como futuros
professores, podemos fazer muito através dos TCTs, para ajudar os alunos a serem
pessoas melhores e terem um bom ensino e aprendizagem em sua trajetória, ensino
este que servirá para todos os campos da sua vida. Bem, o Guia (TEMAS
CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS NA BNCC), apresenta uma metodologia
de trabalho para o desenvolvimento dos TCTs, baseado em quatro pilares.
Quais seriam estes pilares? E, como seria a minha perspectiva sobre essa
metodologia?
Observei no texto lido que, para haja um pleno desenvolvimento dos TCTs
nas escolas, os quatro pilares devem formar a base. Os quatro pilares são:
Problematização da realidade e das situações de aprendizagem; Superação da
concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica; Integração das
habilidade e competências curriculares à resolução de problemas; Promoção de um
processo educativo continuado e do conhecimento como uma construção coletiva.
A escola é um lugar em que se formam futuros pais de família, futuras
mamães, futuras donas de casa, futuros administradores, futuros engenheiros,
futuros professores, futuros empresários, futuros homens e mulheres de bem. Por
isso, eu vejo essa metodologia como de vital importância para desenvolver nos
estudantes o entendimento de como é o mundo em que vivemos e como eles podem
ser futuros cidadãos, sabendo lidar com situações que vão surgir em sua trajetória
de vida.
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PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS


CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC

Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) da BNCC buscam uma


contextualização do que é ensinado, trazendo temas que sejam de interesse dos
estudantes e de relevância para seu desenvolvimento como cidadão.
Como proposta de atividade para abordagem dos temas contemporâneos
transversais da BNCC, podemos incluir em sala de aula a leitura de diversos tipos
de textos como por exemplo: jornais, revistas, poemas, literatura, contos e etc...
Podemos incluir textos que falam sobre assuntos como preconceito, violência,
assédio e etc... Após a leitura destes textos, podemos analisar o texto juntos, e
conversarmos sobre o que cada um achou do texto lido, o que entenderam e assim
por diante.
Para que essa atividade possa ser realmente eficaz, podemos dividir a turma
em grupos e cada grupo fazer uma análise sobre o entendimento do texto e sobre a
sua origem e construção. Devemos analisar perguntas como: Por que aquele texto
foi escrito? Em que situação foi escrito? O que o autor estava querendo nos passar?
O que o texto ensina sobre a nossa pluralidade cultural? Como devemos se
comportar diante desta pluralidade em nossa sociedade? Como devemos tratar as
pessoas em nossa sociedade? O que o texto nos ensina sobre cidadania?
A ideia é que todos os alunos interajam sobre a ideia que cada texto quer nos
passar sobre pluralidade cultural. Podemos até mesmo incluir uma redação sobre o
tema apresentado em sala de aula. Acho que essa atividade traria bons resultados
no desenvolvimento dos alunos. Os Temas Transversais podem auxiliar os docentes
no ensino aos alunos.
O grande objetivo é que o estudante não termine sua educação formal tendo
visto apenas conteúdos abstratos e descontextualizados, mas que também
reconheça e aprenda sobre os temas que são relevantes para sua atuação na
sociedade. Assim, espera-se que os TCTs permitam ao aluno entender melhor:
como utilizar seu dinheiro, como cuidar de sua saúde, como usar as novas
tecnologias digitais, como cuidar do planeta em que vive, como entender e respeitar
aqueles que são diferentes e quais são seus direitos e deveres, assuntos que
conferem aos TCTs o atributo da contemporaneidade.
18

O conteúdo ministrado em sala de aula ao abranger questões sociais como


temas integrantes da realidade de todo ser humano deixa de transmitir conceitos
abstratos e sem relação com o cotidiano dos alunos, mas tornam-se instrumentos de
reflexão. As aulas podem não mudar a sociedade, porém propicia que se articulem
questionamentos acerca da sociedade, torna-se um espaço de transformação, onde
ajudamos no desenvolvimento de cada aluno como ser humano e cidadão.
Desta forma, existem múltiplas possibilidades didático pedagógicas para a
abordagem dos TCTs e que podem integrar diferentes modos de organização
curricular. Porém, destaca-se a orientação de que os TCTs sejam desenvolvidos de
um modo contextualizado e transversalmente, por meio de uma abordagem
interdisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar (preferencialmente).
Esses pressupostos buscam contribuir para que a educação escolar se
efetive como uma estratégia eficaz na construção da cidadania do estudante e da
participação ativa da vida em sociedade, e não um fim em si mesmo, conferindo a
esses conteúdos um significado maior e classificando-os de fato como Temas
Contemporâneos Transversais.
19

ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

A atuação do professor está presente desde a educação infantil. Então,


considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na educação
infantil, quais atividades fazem parte da rotina de trabalho do professor? E,
como essas atividades ocorrem?
Bem, podemos destacar algumas dessas atividades importantes, por
exemplo:
Momento do recebimento das crianças (acolhida): Esse é o primeiro

momento do dia que a criança terá contato com a sala de


aula, o professor e os colegas e, por isso, é importante que
ela se sinta animada para toda a rotina escolar. Uma
sugestão é criar na sala um ambiente em que as crianças se
sintam bem à vontade para interagir com os professores e
coleguinhas. Nesse ambiente haver jogos, brinquedos e
livros que possam ser utilizados pelas crianças enquanto
a professora recebe a cada um.
Momento de desenvolver as atividades planejadas no
(PPP): Seguindo as orientações da BNCC, esse é o momento
de interagir com as crianças. Essa interação pode ser
através de músicas, contar histórias, conversar sobre um
tema específico com elas e assim por diante, trabalhando
sempre com uma perspectiva lúdica.
Momento do almoço (alimentação): Esse momento de
alimentação também é uma atividade pedagógica, onde o
professor pode aproveitar para conversar com seus alunos
sobre a importância de se alimentar bem comento frutas e
20

legumes para que eles possam crescer com saúde. E, pode-


se aproveitar essa ocasião para contar uma história para
seus alunos. Crianças gostam de histórias. O importante é
sempre fazer com que esse momento seja lúdico e agradável
para as crianças. As crianças precisam entender que elas
são bem aceitas e bem recebidas. Isso vai contribuir para o
seu bom desenvolvimento na escola.

O professor tem uma grande responsabilidade dentro do espaço escolar.


Mas, ele não está sozinho. Ele tem o apoio de uma equipe pedagógica.
Sendo assim, de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor
tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da
Proposta Curricular?
A equipe pedagógica se torna responsável pela organização do trabalho
pedagógico nesse espaço educativo dentro da escola. O objetivo é sempre o
trabalho em equipe seguindo todas as orientações do PPP e BNCC para que todos
os alunos tenham uma excelente formação curricular, seja o ensino infantil, ensino
fundamental ou ensino médio. O contexto de diversidade e inclusão deve ser
considerado pela equipe pedagógica. Isso também inclui a formação dos
profissionais que estão na escola para que aja uma boa interação entre esses
profissionais no ambiente escolar. Todos devem ser bem acolhidos. A equipe
pedagógica também vai trabalhar as relações entre pessoas e profissionais, afinal,
todos fazem parte de uma equipe que tem o mesmo objetivo. A equipe pedagógica
deve orientar os professores que talvez tenham dificuldades de acordo com as
necessidades do professor. Talvez essa dificuldade seja elaborar um plano de aula
ou um plano de trabalho docente. Um curso de capacitação, por exemplo, pode ser
feito para ajudá-lo a desenvolver o seu trabalho.
No que se refere às atribuições da equipe administrativa, como podemos
descrever a importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a
qualidade dos processos educativos no contexto escolar?
21

A direção da escola é responsável pelo administrativo, financeiro, pelo


pedagógico, recursos humanos, as turmas, rotinas da escola e etc... De modo que a
equipe pedagógica deve estar bem unida com a direção e seguir o regulamento
interno da escola, além de seguir as orientações do PPP e BNCC. A relação da
equipe pedagógica com a direção é sem dúvida muito importante, pois, todo o
trabalho da escola deve seguir uma legislação Nacional, Estadual e Municipal. Para
que o ensino seja de qualidade nos processos educativos essa união entre direção e
equipe pedagógica se torna essencial.
22

METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS

Ao me apresentar na escola escolhida para realizar meu estágio, a pedagoga


me convidou para uma breve reunião onde alertou-me que a escola passa por um
período de mudanças e que a realidade poderá divergir do conceito de escola
idealizada para estagiar. De acordo com ela, a escola está com alto índice de
evasão e os alunos apresentam baixo rendimento em relação aos índices estaduais.
A pedagoga destacou uma série de questões que estariam interferindo no
cotidiano escolar e no rendimento dos alunos. Por ser uma escola com poucos
recursos financeiros e tecnológicos, mostrava-se pouco atrativa para os alunos.
Outro fator do baixo rendimento seria o uso ilimitado dos aparelhos celulares em
sala de aula, que acabavam distraindo os alunos ao longo das aulas.
Então, eu disse a ela que ia pesquisar e propor o uso de metodologias ativas
que contribuirão com a transformação da realidade apresentada por ela na escola.
Pensando nessa situação problema, e pensando em como poderia contribuir no meu
estágio e futuramente como professor para a melhoria nessa escola, eu dei a
seguinte sugestão para a pedagoga: Podemos criar uma atividade usando
WEBQUEST. Acho que seria muito bom utilizarmos o web Quest com os alunos.
Visto que o meu estágio é em língua portuguesa, acredito que, o ensino de língua
portuguesa por meio da metodologia Web Quest seria de grande ajuda para resolver
essa situação problema.
Embora a pedagoga tenha mencionado que a escola é uma escola com
poucos recursos financeiros e tecnológicos, ela também disse que existe o uso
ilimitado dos aparelhos celulares em sala de aula. Isso significa que o aluno tem
acesso à tecnologia. O problema é que essa tecnologia que está nas mãos dos
alunos o tempo todo não está sendo usada. Temos que usar essa tecnologia
disponível de outra forma. Vamos encontrar uma utilidade para essa tecnologia que
está disponível em sala de aula. Devemos usá-la de modo consciente no ensino e
aprendizagem. A metodologia web Quest pode fazer isso. Então, de que forma
podemos usar essa metodologia na escola, utilizando os celulares disponíveis nas
mãos dos alunos em sala de aula?
A Web Quest, é um roteiro de pesquisa na internet que estimula a autonomia
e o pensamento crítico do aluno. Os elementos básicos são:
23

INTRODUÇÃO: que fornece informações básicas para despertar o interesse


dos alunos;
TAREFA: que é a atividade a ser proposta;
PROCESSO: que são etapas para completar a tarefa;
RECURSOS: que são os links da internet usados para realizar a pesquisa.
CONCLUSÃO: que é o que foi aprendido, habilidades desenvolvidas,
sugestões para mais aprendizagem;
CRÉDITOS: que são as referências Bibliográficas.
Então, poderíamos pensar em um tema como, por exemplo, educação
inclusiva. A partir desse tema, vamos montar uma introdução que fale sobre a
história da educação no brasil. A tarefa a ser proposta deve visar o interesse do
aluno em buscar informações de como foi o desenvolvimento da educação em
nosso país e como a educação inclusiva se tornou tão importante nas escolas.
Vamos passar para os alunos as etapas para que ele possa completar essa tarefa.
Também, vamos disponibilizar links da internet que serão usados por eles nas
pesquisas em seus próprios celulares. Podemos enviar esses links para os alunos
através de WhatsApp, face book ou e-mail. Na conclusão dessa web Quest, os
alunos produzirão um texto falando sobre o tema e contando o que aprenderam, as
habilidades que desenvolveram e também poderão dar sugestões sobre o tema
abordado. Os alunos poderão enviar o texto para o professor utilizando um desses
meios: WhatsApp, face book ou e-mail. Acredito que, essa web Quest seria uma
maneira muito eficiente para melhorar a aprendizagem nessa escola. Lembrando
que, a web Quest pode ser feita não só em língua portuguesa, mas também, em
outras matérias.
24

PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR

O que é gestão escolar e como ela funciona nas escolas atualmente? Cada
vez mais presente nos debates educacionais, a gestão escolar tem a função de
garantir a qualidade da educação na instituição de ensino. Ela funciona como um
sistema de gestão que tem como foco a melhoria de resultados no processo de
ensino-aprendizagem. Em grande parte das escolas a gestão está concentrada na
figura do diretor. No entanto, o processo da gestão escolar deve ser compartilhado
pela comunidade escolar, para que todos trabalhem por um mesmo objetivo em prol
do ensino de qualidade. Todos devem seguir as orientações escritas, sugeridas e
acordadas no PPP (Projeto Político Pedagógico). Além do PPP, temos outros
documentos que podem nortear todas as ações de trabalho. Uma forma mais prática
desses documentos seria o Regimento Escolar.
Visto que em grande parte das escolas a gestão está concentrada na figura
do diretor, de que forma, poderíamos descrever as principais atribuições do (a)
diretor (a) da escola? E, como é a atuação desse profissional quanto ao
atendimento aos alunos e aos docentes?
O foco do diretor é sempre seguir as orientações do PPP, Regimento Escolar
e Ensino-aprendizagem dos alunos. O diretor não é uma figura distante dos alunos,
ele deve estar sempre presente e fazendo com que todos os funcionários cumpram
de perto todas as orientações desses documentos para que os alunos sejam sempre
beneficiados em todos os sentidos além do objetivo de ensino-aprendizagem de
qualidade. Desde o diretor até a equipe de limpeza, enfim, todos os funcionários
devem se esforçar ao máximo para que a escola cumpra o seu objetivo de entregar
um ensino-aprendizagem de qualidade para os alunos, e o diretor deve sempre estar
atento a isso. Ele deve estar sempre perto dos professores ajudando a cumprir com
suas designações e trabalho em sala de aula com os alunos. Ele deve estar atento
as necessidades dos professores para que eles possam dar aulas com eficiência.
Portanto, ele deve providenciar materiais pedidos com antecedência por estes
professores. O diretor também dá atenção especial a parte financeira para que os
recursos sejam usados da melhor forma possível e que contribua para melhoria da
escola de uma forma que beneficie todos, inclusive, em especial os alunos.
Sem dúvida que, a função do diretor é de vital importância na gestão escolar,
mas, vamos abordar aqui três aspectos importantes na função do diretor:
25

O diretor tem que fazer com que toda estrutura de um colégio converta para o
melhor aprendizado dos alunos. Ele deve entender e fazer com que todos entendam
que, o foco tem que ser dentro do PPP da escola e saber que conflitos irão ter aos
montes, seja aluno-aluno, aluno-professor, professor professor e funcionários. O
diretor deve sempre estar à frente para solucioná-los.
Visto que a escola sempre tem uma situação a ser resolvida desde hidráulica
até elétrica e estrutural, como também a parte da alimentação, o diretor deve
direcionar todos esses funcionários a cumprir bem o seu trabalho para que os alunos
se sintam acolhidos e bem cuidados nessa escola.
Outro aspecto importante é fazer com que as verbas sejam bem usadas para
o melhor aproveitamento da escola e dos alunos. Isso envolve fazer reuniões com
os pais dos alunos e até mesmo com empresas contratadas para fazer o serviço.
Também envolve saber se essas empresas estão habilitadas para fazer tal serviço
elaborado pela escola, sempre mantendo o foco no ensino-aprendizagem dos
alunos.
26

ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO DO


DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA

No ambiente escolar, é comum a atuação da equipe pedagógica no


acompanhamento do professor na condução da disciplina em que atua. A
escola que oferta educação básica, ao mesmo tempo que articula teoria e
prática, também contribui com a formação de pessoas, auxiliando-as em sua
inserção na prática social e no mundo do trabalho. Seguindo essa
perspectiva, o estágio possibilita, ao acadêmico, além de caracterizar o
espaço escolar e observar a atuação específica de cada profissional,
observar a atuação integrada de todos os profissionais, visando ao êxito do
proposto pela escola.
Ao tratar dos elementos que contribuem para a integração dos
profissionais da escola, merece atenção a maneira como a equipe
pedagógica procura agregar o trabalho individual ao coletivo. Diante da
dinâmica escolar, o grande foco fica na centralização das atividades ou na
delegação de responsabilidade, na qual cada profissional pode demonstrar
sua parcela de compromisso. O clima harmônico, sustentado pelo
relacionamento interpessoal, permite ao estagiário observar, logo no início
das atividades, a “leitura da realidade”, que se expressa por meio de
diferentes comportamentos de cada profissional da escola. Quais são
algumas das atribuições da equipe pedagógica que auxiliam o professor
a organizar o Plano de Trabalho Docente?
Agir na implementação das Diretrizes Curriculares no
Projeto Político-Pedagógico na escola. Essas diretrizes
determinam desde o currículo que deve ser dado aos alunos,
até a ordem que deve ser seguida.
A equipe pedagógica também irá servir para orientar os
professores (O pedagogo deve orientar o professor em suas dificuldades
na escola. Até mesmo providenciar curso de capacitação para ajudar aqueles
professores que tem mais dificuldades), alunos, diretores e até os
27

pais sobre o processo pedagógico, também irá ouvir o que


todas essas pessoas tem a dizer, como forma de implementar
a democracia na escola. Também irá agir diretamente na
organização do trabalho pedagógico na escola, auxiliando
o professor a definir as melhores abordagens com os
diferentes tipos de alunos.
Além disso, de que maneira a equipe pedagógica poderá
orientar o professor, tendo como referência a utilização do
Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular?
O pedagogo deve apresentar a proposta curricular para
estabelecer a maneira de ensinar e formas de avaliação de
aprendizagem na escola. Além disso, é importante também a
organização do tempo, dos serviços prestados e também a
organização do espaço da escola. Todos os professores devem
se organizar para cumprir com as necessidades da escola e
cumprir o seu objetivo principal que é sempre o ensino e
aprendizagem de boa qualidade, tendo sempre como foco o
aluno. Nesse sentido, a equipe pedagógica tem função de
viabilizar o que for necessário para que a escola funcione da
maneira que almeja, dando o suporte ao professor na execução
do PPP e apresentar as melhores maneiras de agir no
determinado momento. A equipe pedagógica deve sempre
trabalhar para que aja harmonia com todos na escola. Todos
devem trabalhar para esta harmonia contagie a todos. Assim, a
escola vai sempre atingir o objetivo que é dar aos seus alunos
um ensino-aprendizagem de excelência.
28

PLANOS DE AULA

Plano de Aula 1
Língua
Identificação Disciplina Portuguesa
Série 6º série do Ensino Fundamental
Turma 11
Período Manhã
Leitura de textos
Conteúdo Pontuação
Transcrição de texto
Objetivo geral
Familiarizar os alunos com a leitura e escrita.
Objetivos específicos
Ler corretamente respeitando a pontuação;
Objetivos
Aprender a interpretar o texto;
Entender como transcrever um texto;
Ajudar os alunos a viver a leitura;
Mostrar a importância da oralidade.
Metodologia O professor inicialmente vai fazer a leitura do texto e
racionar junto com os alunos sobre o que o texto está
falando.
 Leitura do texto: ’Diversidade Sociocultural”.
 Raciocinar sobre o assunto do texto lido.
 O professor mostra a importância da pontuação.
 O professor faz uma análise do que os alunos
entenderam do texto.
 O professor mostra como fazer a transcrição do texto
apresentando um resumo do texto lido.

Agora, os alunos vão colocar em prática o que


aprenderam com o professor e vão procurar aplicar as
orientações recebidas por ele em sala de aula.

1) Inicialmente, os alunos ouvirão um pequeno trecho de


um texto oral e, em grupos, deverão transcrevê-lo.
2) A partir da transcrição, serão explicadas, aos alunos, as
diferenças entre a língua falada e a língua escrita.
3) Após a explicação, os alunos realizarão uma atividade
29

prática, em que deverão textualizar, em grupos, o texto


transcrito por eles anteriormente, eliminando marcas
estritamente interacionais, hesitações e partes de palavras.
4) Na sequência, os alunos deverão reestruturar o texto,
introduzindo pontuação e excluindo repetições,
reduplicações e redundâncias, bem como deverão
reconstruir as estruturas truncadas e as concordâncias,
além de reordenar o texto sintaticamente.
5) Ao final, cada grupo apresentará o texto reestruturado
para a turma.

 Utilizaremos para essa atividade inicialmente um texto impresso, onde


os alunos vão poder marcar os pontos altos do texto apresentado.

Recursos  Depois, utilizaremos a internet para consultar o texto e artigos que


falem sobre o mesmo assunto (os alunos poderão utilizar os seus celulares
ou tabletes para consultar outros textos semelhantes)

Atividades

 Solução de situações-problema;
Haverá uma situação problema para ser analisada.
 Leitura; oratória; debate; discussão roteirizada;
Os alunos vão ler e explicar o que entenderam, fazendo isso em
grupo em uma discussão roteirizada.
 Lista de exercícios; análise de textos; transcrição do
texto/imagens/vídeos e etc.
Depois, teremos exercícios para analisarmos os pontos altos do
texto. Então, os alunos farão uma transcrição do texto e teremos
Avaliação
imagens e vídeos para ajudá-los nessa tarefa.

Critérios de Avaliação

Completude da proposta; quantidade de acertos; interação com


os colegas; desenvolvimento da oratória e leitura e etc.

Avaliaremos o progresso do aluno em todos esses campos mencionados


e suas notas vão ser baseadas no seu progresso. Vamos aplicar a
avaliação continuada com base no progresso que o aluno tem feito na
leitura, oratória e interpretação textual.

 PREVITALLI, Ivete Miranda; VIEIRA, Hamilton E. Santos. Educação e


Referências
diversidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2017.
30

Plano de Aula 2
Língua
Identificação Disciplina Portuguesa

Série 1º ano do ensino médio


Turma 15
Período Tarde
TEXTO LITERÁRIO
Exemplos de textos literários

ORALIDADE
Variações linguísticas;

Relato de opiniões, conhecimento por meio de argumentos


verbais;

PRÁTICA DE LEITURA
Análise e reflexão das dificuldades da língua em textos orais
Conteúdo e escritos.

PRODUÇÃO DE TEXTO
Leitura e elaboração de textos;

Coerência e coesão textual.

Objetivos

Objetivo geral

Entender o texto literário;

Reconhecer a plurissignificação da linguagem;

Identificar texto literário;

Comparar textos literários e analisar aspectos formais e


temáticos;

Identificar a intertextualidade.

Objetivos específicos

Expressar-se oralmente;
31

Identificar as diferentes linguagens e seus recursos


expressivos;

Utilizar os sinais de pontuação na organização de textos;

O professor levará uma apresentação no Power point


(elaborado pelo professor) para explicação dos conteúdos. E
após explicações, os estudantes deverão desenvolver
atividades sobre o tema estudado. As mesmas serão
entregues em cópias e eles deverão colá-las nos cadernos. A
correção será oralmente.
O professor vai fazer o seguinte:

 Apresentação do conteúdo;
 Leitura de textos;
 Explicação sobre variação linguística;
 Consideração de coesão e coerência textual;
 Considerar exemplos de textos literários.

Logo depois, os alunos vão iniciar suas atividades da


Metodologia seguinte forma:

1) Inicialmente, os alunos ouvirão um pequeno trecho


de um texto oral e, em grupos, deverão identificar se
é um texto literário.
2) Depois, os alunos vão transcrever o texto com suas
palavras.
3) Agora os alunos vão identificar as variações
linguísticas nesse texto.
4) Considerar em grupo por que existe variação
linguística e porque é importante falarmos sobre
isso.
5) Procurar na internet outros exemplos de textos
literários.

Análise Literária, com a utilização do livro didático e outros meios. Essas


atividades consistem no estudo de imagens e poemas.
 Livro didático;
 Power point;
Recursos
 Busca no google sobre textos literários;
 Textos impressos para análise e anotações;
 Vídeos no youtube falando sobre o conteúdo abordado.

Avaliação
32

Atividades

 Avaliação com 10 questões de múltipla escolha sem consulta;


 Avaliação do desempenho;
 Avaliação participação;
 Avaliação dos deveres de casa e da participação dialógica dos
estudantes durante as aulas.

Critérios
 completude da proposta; quantidade de acertos; interação com os
colegas etc.

MOLLICA, MARIA CECILIA. Introdução à sócio linguística - o tratamento


da variação. Cidade: São Paulo. Editora contexto
Referências
MEIRELES, Cecília. Mundo Engraçado. Disponível em:
https://www.pensador.com/texto_literario_engracado/. Acesso em: 20
abril. 2021.
33

REGIMENTO ESCOLAR

Como o regimento e o PPP se aplicam nas ações do cotidiano da


escola? Enquanto no PPP são apresentadas as ações educativas necessárias ao
ensino e aprendizagem, o Regimento Escolar apresenta as normas, as “regras” que
regem tais ações, bem como descreve o papel de cada segmento que compõe a
comunidade escolar.
O regimento escolar é elaborado para que possa ser claramente descrita
todas as competências que cada seguimento, cada setor e cada pessoa dentro da
escola que tem uma função e que tenha um cargo, possa saber exatamente aquilo
que compete a ele realizar. Assim, a escola funcionará da maneira correta seguindo
todas as instruções do regimento escolar. Portanto, qual a função do regimento no
ambiente escolar? E, quais aspectos são contemplados em um regimento
escolar? A sua função é manter em ação todas as orientações apresentadas e
acordadas no PPP e também no Regimento Escolar. A sua função é manter todos
com um único objetivo e mesmo pensamento que é levar a escola ao estado de
EXCELÊNCIA em todo o processo oferecido de Ensino-aprendizagem tendo sempre
o aluno como foco principal.
Todos precisam conhecer esses documentos e suas orientações. Isso vai
permitir conhecer a instituição e tudo que está envolvido nesse ambiente escolar.
Todos os funcionários da escola devem conhecer esses documentos para que a
ação de cada um seja interativa e funcionem corretamente no seu dia a dia.
O regimento escolar é um conjunto de regras que definem a organização
administrativa, didática, pedagógica, disciplinar da instituição, estabelecendo normas
que deverão ser seguidas para na sua elaboração, como, por exemplo, os direitos e
deveres de todos que convivem no ambiente. Define os objetivos da escola, os
níveis de ensino que oferece e como ela opera. Dividindo as responsabilidades e
atribuições de cada pessoa, evitando assim, que o gestor concentre todas as
ordens, todo o trabalho em suas mãos, determinando o que cada um deve fazer e
como deve fazer.
Como o documento irá guiar a escola em todas as suas esferas, ele deve ser
bastante detalhado e conter todas as informações necessárias para melhor
funcionamento da escola. E dentre as diversas informações que deve conter estão
as seguintes:
34

As referências sobre quem é a escola e como ela funciona (quais são os seus
níveis de ensino, em que turnos opera, qual a carga horária dos períodos, quantos
serão os dias letivos, etc.); Os objetivos da instituição; Os direitos e deveres da
direção, do corpo docente e dos demais funcionários, também dos alunos e de seus
responsáveis; bem como as devidas punições para as eventuais infrações;
Especificações sobre o sistema de avaliação da instituição de ensino; A existência
de projetos especiais, dentre outros aspectos.
Sem dúvida que, o Regimento Escolar, junto com o PPP são documentos que
direcionam a escola para uma melhor aprendizagem e qualidade de ensino dos
alunos. Todas as escolas devem seguir de perto e pôr em prática em suas ações
diárias as orientações desses documentos tão importantes para as instituições de
ensino em nosso país.
35

ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA

Na equipe diretiva, é muito importante garantir um alinhamento entre


diretor e coordenador pedagógico para que o processo ensino-aprendizagem
seja favorecido e cumpra o seu objetivo de entregar um ensino de qualidade.
O diretor junto com o coordenador pedagógico faz a construção do
PPP, que por sua vez vai dar um norte, um objetivo a todo o trabalho
envolvido na escola, desde o diretor até o responsável pela limpeza na
escola. De que forma isso acontece? Quais as principais atribuições do
(a) diretor (a) da escola?
Sem dúvida que, o diretor exerce uma importante função no cotidiano
escolar. Entre suas obrigações, podemos destacar a rotina no setor administrativo e
financeiro, o trabalho em prol do desenvolvimento pedagógico, a coordenação do
corpo docente e até a integração família-escola. Seu papel corresponde ao de um
líder, podendo influenciar a todos de maneira positiva ou negativa.
Uma das principais atribuições é garantir que todos sejam ouvidos e
implementar em toda a escola o PPP (Projeto Político-Pedagógico – PPP). O
coordenador assessora tecnicamente a construção do PPP em todas as suas
etapas, enquanto o diretor garante que todos sejam ouvidos e o projeto
implementado. E todos são todos mesmo: alunos, pais, professores, equipe de
apoio, coordenador, comunidade. Esse documento tem força de lei dentro da escola.
Por isso é importante o envolvimento de todos nesse projeto.
Outra atribuição do diretor é organizar e direcionar todos os trabalhos como a
construção do PPP e o REGIMENTO ESCOLAR. O trabalho realizado na escola é
colocado dentro do PPP. Portanto, o PPP deve conter todas as orientações para que
tudo seja benéfico ao ensino e aprendizagem dos alunos. Todos os seguimentos
escolares devem interagir nas suas funções para que o ambiente seja favorável para
aprendizagem. Isso significa que a equipe diretiva deve trabalhar juntas para tudo
funcione de maneira ordeira e organizada. De que forma então, é a atuação desse
profissional quanto ao atendimento aos alunos e aos docentes?
36

O diretor de uma escola deve ter os olhos e ouvidos abertos, percebendo o


que está certo ou errado, o que não funciona e o que funciona, em que aspectos
pode melhorar em si mesmo, nos professores, nos alunos, nos objetivos da escola,
na disposição do tempo, na visão que os outros fazem da instituição, nas suas
próprias atitudes e habilidades. Precisa perceber a importância de capacitar seus
professores a fim de que se vejam como ótimos profissionais, criando autoconceito
positivo nos mesmos. Também precisa assessorar individualmente e coletivamente
o corpo docente no trabalho pedagógico interdisciplinar. Sendo assim, os
professores estarão sempre envolvidos no desenvolvimento da escola.
O diretor se norteia por esses documentos como o PPP e o REGIMENTO
ESCOLAR, para que todos os funcionários cumpram suas obrigações e para que os
alunos sejam ricamente beneficiados no ensino-aprendizagem. No entanto, para que
essa equipe diretiva seja eficaz, ela precisa estar bem preparada, experiente e com
profissionais multidisciplinares.
37

PLANO DE AÇÃO

Na Escola Municipal “GOUVEA SANTOS”, está acontecendo


muita evasão escolar, principalmente nas aulas de língua
portuguesa. A maioria dos alunos do 6º ao 9º ano e Ensino
Descrição da situação- Médio, estão tendo dificuldade de assistir as aulas de língua
problema portuguesa, pois, o professor está tendo dificuldade de
interagir com os alunos através dos meios digitais
programados pela escola em documentos como PPP e
Regimento Escolar.

O diretor da escola poderá solucionar esse problema


providenciando para o professor de língua portuguesa, como
também para todos os outros que apresentarem a mesma
dificuldade, um curso de informática e mídias digitais para
que assim esse professor possa saber como se comunicar e
interagir com alunos através dos meios programados pela
escola.
O diretor poderá programar esse curso para todos os
professores. O curso deve ser feito em dias e horários em que
Proposta de solução os professores estão livres para que possam praticar e depois
colocar em prática em sala de aula.
Uma maneira bem simples de começar a interagir com esses
alunos seria por meio do WhatsApp que já é muito usado por
todos. Através do aplicativo pode-se passar o conteúdo para
um dever de casa por exemplo. O professor poderá receber as
respostas no seu próprio WhatsApp e depois poderá
documentar isso.
Esta é uma proposta que poderá ser aliada a outras sugestões.

Objetivos do plano de ação


Objetivos desse plano de ação:
 Fazer com que os alunos permaneçam em sala
de aula;
 Interagir com alunos na linguagem por meios
digitais que está sendo muito usado em
nossos dias;
 Fazer com que a escola cumpra o que foi
acordado no PPP e Regimento Escolar;
 Dar aos alunos um ensino-aprendizagem de
qualidade;
 Capacitar os professores para que eles não
tenham nenhuma dificuldade de interagir com
38

os alunos utilizando dos meios digitais para


ensinar o conteúdo proposto;
 Dar uma formação continuada aos
professores.

Fundamentos dessa abordagem teórico-metodológica


utilizada, com referência aos autores ou teorias que
subsidiaram esse Plano de Ação. (PPP) Projeto Político
Pedagógico.

2.2.2. Competências Comunicativas


Linguagens: Trata-se da utilização das diferentes linguagens,
favorecendo a expressão e partilha de informações,
experiências, ideias e sentimentos, produzindo sentidos que
levem ao entendimento mútuo. É o domínio de repertórios
da comunicação e multiletramento, como acesso a
diferentes plataformas e linguagens.
Cultura Digital: Proporciona compreender, utilizar e criar
Abordagem teórico- tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética. Por
metodológica meio dessa Cultura, o aluno e a aluna tornam-se
competentes para comunicar, acessar e produzir
informações e conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria. As ferramentas digitais, a
produção multimídia e a linguagem de programação
proporcionam, também, o exercício da ética.
Argumentação: Propicia ao sujeito a condição de
argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis, formulando, negociando e defendendo ideias,
pontos de vista e decisões comuns, com base em
Direitos Humanos, consciência socioambiental, consumo
responsável e ética. Por meio desta competência consolida-
se a ciência sobre modos de expressão e reconhecimento de
pontos de vista diferentes.

Recursos
Recursos necessários para colocar em prática
o plano apresentado:

 Recursos financeiros para a contratação de


um curso de informática e mídias digitais;
 Fazer uso de recursos digitais grátis como
redes sociais como you tube e face book;
 Usar software grátis como o LIBRE OFFICE para
a elaboração de conteúdo;
 Usar aplicativos grátis como TELEGRAM e
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WHATSAPP;
 Fazer apresentações em POWER POINT para
interagir com os alunos e etc...

Esse plano de ação trará muitos benefícios para todos os


envolvidos:
Vai contribuir para que os alunos se sintam bem acolhidos
em sala de aula pelos professores;
Também vai mostrar o interesse que a escola tem em ajudar
os seus alunos a crescerem em conhecimento e como
cidadãos;
As famílias desses alunos também serão ajudadas por terem
Considerações finais os seus filhos dentro das escolas e não nas ruas fazendo
outra coisa;
Os professores serão ajudados profissionalmente e terão
uma capacitação continuada como profissionais da
educação;
A escola será um ambiente acolhedor para esses alunos e a
evasão com certeza vai diminuir e com o tempo vai acabar,
pois todos se sentirão bem nessa instituição de ensino.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desse estágio foi de grande ajuda para mim como futuro
professor de letras e língua portuguesa. Aprendi que a escola deve seguir de
perto documentos legais como PPP (Projeto Político Pedagógico), BNCC e
REGIMENTO ESCOLAR.
Vi a importância que a instituição escolar deve dar a todos os seus
alunos. Também vivenciei algumas situações em que futuramente terei que
enfrentar quando estiver dando aula e isso nos prepara para essas situações
que com certeza irão ocorrer durante a nossa trajetória como professores.
Achei muito instrutivo esse estágio para o meu trabalho no futuro como
professor. Eu quero ter uma formação continuada e ter foco sempre no
ensino-aprendizagem dos alunos. Sei que isso vai me ajudar muito a interagir
com os meus alunos e ajuda-los a crescerem profissionalmente e como
cidadãos.
Mais do que aprender a preparar aulas, o estágio evidenciou a
importância da relação professor-aluno, confirmando que o respeito,
dedicação e boa vontade resultam em pequenas vitórias na sala de aula.
Aprendi que essa interação entre professor e aluno contribui muito para
alcançarmos os objetivos programados pela instituição diante de documentos
como PPP, REGIMENTO ESCOLAR E BNCC.
Quero muito colocar em prática tudo que aprendi nesse estágio em
uma sala de aula. Não vejo a hora de começar a dar aulas profissionalmente
como professor de letras e língua portuguesa.
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REFERÊNCIAS

FARACO, Carlos Alberto. Gramática e ensino. Rio de Janeiro, Revista 19 volume 2,


p. 11-26, Jul-Dez 2017.

BERNARDO, Elisangela da Silva.; BORDE, Amanda Moreira.; CERQUEIRA,


Leonardo Meirelles. Gestão escolar e democratização da escola: desafios e
possibilidades de uma construção coletiva. Revista on line de Política e Gestão
Educacional, Araraquara, v.22, n. esp.1, p. 31-48, mar., 2018. E-ISSN:1519-9029.

ALVES, N. & GARCIA, R.L. (orgs.) O sentido da escola

MACHADO, M.L.C.A. A LÍNGUA MATERNA NO ENSINO MÉDIO: Finalidades e


organização curricular. Teias v. 18 • n. 49 • 2017(abr./jun.): Ensino de língua materna
no ensino médio.

BACICH, Lilian. Web Quest: como organizar uma atividade significativa de


pesquisa. Inovação na educação. São Paulo, 22 de março de 2020.
Disponível em: https://lilianbacich.com/2020/03/22/webquest-como-
organizar-uma-atividade-significativa-de-pesquisa/ Acesso em: 26 de Abril
de 2021.

HAMZE, Amélia. Os temas transversais na escola básica. Disponível em:


https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/os-temas-transversais-
na-escola-basica.htm Acesso em: 26 de Abril de 2021

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