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FACULDADE IEDUCARE- FIED

GRADUAÇÃO EM DIREITO

DAFNE LIMA BRANDÃO

RESENHA AVALIATIVA- FEDERALISMO

TIANGUÁ- CE

2020
Dafne Lima Brandão

RESENHA AVALIATIVA- FEDERALISMO

Trabalho de Direito Constitucional,


resenha avaliativa referente ao assunto
“Federalismo”, apresentado no curso de
Bacharelado em Direito da Universidade
Ieducare- FIED.

Orientador: Renê Iarley da Rocha


Marques

TIANGUÁ- CE

2020
Inicialmente, antes de expor de fato o conceito de federação, é
necessário conhecer a origem da palavra em si, sua etimologia. Partindo dessa
análise, o vocábulo é derivado de foedus, do latim, que, partindo de uma
tradução superficial, se traduziria como “pacto, união aliança”. Ou seja, a
própria etimologia da palavra já traz, subjetivamente, o que virá a ser
federalismo e a federação. Segundo Michel Temer, é dessa forma que se
nasce o federalismo, que seja explicado a seguir, a partir de um pacto, união e
aliança entre os estados.

Federalismo é um sistema político que visa à união dos Estados de


um país de modo que todos estes sejam autônomos entre si. Este sistema
compreende aos municípios, estados e ao distrito federal (de acordo com os
artigos 25, 29, 32 da Constituição Federal), independentes um dos outros, mas
sujeitos a um governo federal que governa sobre todos. O Federalismo é a
forma de Estado adotada por vários países ao redor do mundo, dentre eles
Brasil, Austrália, índia e Estados Unidos da América, o que lhe distingue das
outras formas de Estado é a parcial autonomia política e administrativa que
seus membros ganham em troca de sua soberania em nome do Federalismo.

Esse sistema, se dá pelo sistema político em que diversos estados


se unem, formando assim um Estado Federal, mas cada um assegurando a
sua autonomia. O Federalismo é uma forma de governo que une vários
estados em apenas um, todos possuindo autonomia interna, mas todos
obedecem a Constituição Federal, prosseguindo o modelo da pirâmide
hierárquica de Hans Kelsen, é garantida a descentralização do poder,
permitindo a autonomia legislativa e administrativa, em muitos casos, podendo
alcançar a esfera jurisdicional.

Adentrado as formas de organização política-administrativa, de fato,


todo território autônomo existem divisões internas que auxiliam a facilitar a
administração. Diante da necessidade de dividir a administração e o controle
do país, foi designada uma fragmentação do território brasileiro em estados,
municípios e distritos, existindo ainda outras regionalizações, como as regiões
e os complexos regionais. No Brasil, o país é gerenciado e controlado por
entidades ligadas ao governo, sendo uma subordinada a outra.
O Brasil possui 27 unidades de Federação, 26 estados e 1 distrito
federal, uma das unidades federativas que foi criada com intuito de abrigar a
capital do país, a cidade de Brasília. A maior parte das decisões políticas
acontece na sede do governo federal que se localiza nessa cidade.

Os estados são as maiores unidades de hierarquia organizacional


politico-administrativa do país, os estados são chefiados por um governador, o
qual possui o poder executivo nesses estados. As localidades chamadas de
capital são onde se encontram as sedes do governo, geralmente um município
dentro do estado onde haverá um maior desenvolvimento econômico devido o
fluxo de importância política que o mesmo possui.

Sendo assim, faz-se necessário citar as competências dos entes


federativos. Tais competências estão previstas e reservadas na Constituição
Federal. No artigo 21. Apresentam- se as tarefas materiais exclusivas da
União, no artigo 22, apresentam se as atribuições privativas de cunho
legislativo da União. Artigo 23 são as competências materiais comuns, artigo
24, as atribuições legislativas concorrentes.

Seguindo a ordem hierárquica, a União se dá como pessoa jurídica


de direito público interno, entidade federativa autônoma em relação aos
Estados-membros, munícipios e Distrito Federal, possuindo competências
administrativas e legislativas determinadas constitucionalmente. Os estados
possuem autonomia, tem a capacidade de auto-organização, desde que estes
sigam firmemente a Constituição Federal, pois esta não dá pleno poder aos
Estados, apenas permitem que decidam, por si só, questões internas, desde
que não firam as decisões do Estado Federal.

O Distrito Federal possui competência legislativa conferida aos


estados e municípios (daí o entendimento de um ente misto), bem como
competências concorrentes com a própria União, recebendo os tributos
atribuídos aos estados e municípios. Os municípios são uma entidade política
constitucionalmente e rigidamente prevista, possuindo renda própria e poder de
autodeterminação, assim como os entes citados anteriormente. Assim como os
estados-membros, os municípios escolhem seus representantes executivos e
legislativos, sendo os últimos os vereadores, que ocupam a câmara municipal,
sendo elemento básico para as atividades da autonomia plena do município.

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