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Uberlândia-MG
Agosto, 2022
Considerações iniciais
Esse ensaio crítico será abordado sobre as formas de Estado e suas definições, um tema
que é necessário ser discutido em razão de ser um dos elementos principais da teoria
geral do Estado. Conforme a maneira como se estruturam esses elementos como: povo,
território e poder, se obtêm três formas de Estado, tais como, o Estado unitário, o Estado
federal e o Estado confederado que está dividido em tópicos e cada um desses Estados
será argumentado com sua definição, sua função e os exemplos de países que atuam.
I. Estado unitário
Um modelo que foi presente na formação dos primeiros estados europeus, como
Portugal, Espanha e França, é caracterizado como único Estado, ou seja, um poder
central que é somente um meio produtor de normas aplicadas sobre a população. Ainda
mais, esse modelo não tem divisão de estados-membros e não dispõe autonomia em
razão de ser centralizado cujos elementos que os compõem estão à ele relacionados.
Para Sahid Maluf, o Estado unitário é
Oposto da Federação, o Estado unitário tem toda a autoridade total sobre todas as
divisões políticas do país, tais como os estados, e devem seguir as regras do governo
central que é o centro do poder e há apenas um órgão executivo, legislativo e judiciário.
Atualmente, a maioria dos países do mundo é formada por Estados unitários, apesar
disso, consiste-se raro existir um Estado Unitário rígido sem qualquer nível de
descentralização devido a democracia obrigar uma flexibilização com a existência de
grau de distribuição de poderes.
Segundo Queiroz Lima, o Estado federal é formado pela união de vários Estados, isto
é, Estado de Estados. O federalismo, que é a palavra que vem do latim foedu, significa
aliança em razão de ter sido projetado em trato entre os Estados que davam sua
soberania para reunirem um novo Estado.
Neste modelo, o poder é separado entre a figura central e várias figuras regionais, para
que não haja probabilidade dos Estados-membros se separarem e serem soberanos.
Ainda mais, os Estados se unem de uma constituição que determina vários
competências e autonomias políticas, então pode-se dizer que esse modelo é formado
pela relação de coletividades da autonomia de organização, administração, governo e do
legislativo. Sumariamente, o Estado Federal possui autonomia, ou seja, dispõem
poderes vêm da própria constituição, mas a União, que é uma das esferas da soberania e
poder central, impede a soberania suprema e que os estados federais rompam o pacto e
formem novos Estados. Segundo Elcir Castello Branco, para evitar confusões
administrativas entre União e Estados-membros,
O Estado federal tem como estruturas em quatro princípios jurídicos, sendo elas:
Nos dias atuais, países como Brasil, Estados Unidos, México, Argentina e Venezuela
vivem do modelo de Estado Federal. Entretanto, vale ressaltar que o Estado federal
surgiu nos Estados Unidos que tinha como objetivo de protegerem das ameaças externas
e das tentativas de recolonização e foi na Constituição de 1787 norte-americana que o
Estado federal foi o marco inicial. Para José Alfredo de Oliveira,
Além do mais, Estados Unidos adotou esse modelo na função de buscar uma forma
híbrida para que tornasse harmonizável o grau de independência alcançado pelas treze
colônias, fazendo que cada colônia tenha seu poder central e a autonomia estadual é
ampla. Dessa forma, conclui-se que o Estado federal não é formado por bases teóricas, e
sim, da experiência norte-americana que foi bem-sucedida.
No Brasil, o Estado federal surgiu no ano de 1889 e atua até hoje, diferente do norte-
americano, ele é mais rígido e suas esferas de soberania é composta por União, estados
e municípios. Além disso, seu sistema é de Estado federal orgânico, na qual os Estados-
membros deveriam se organizar à imagem e semelhança da União. Nas palavras de
Antonio Lassance,
Antes do surgimento do Estado federal no Brasil, o país era controlado pelo Imperador,
que se tornava como Estado Unitário, portanto quando implementou o Estado federal,
segundo Afonso Arinos de Mello Franco, foi apontado como grande reivindicação
liberal e, consequentemente, um grande problema para o Império brasileiro.
É possível dizer que o Estado federal no Brasil resultou a derrota da maior parte dos
interesses da União e nas palavras de Sahid Maluf, surgiu como resultado fatal de um
movimento de dentro para fora e não de fora para dentro. (SAHID MALUD, Teoria
geral do Estado, 1990, p.169).
Um modelo que existiu na antiga Grécia durante as lutas contra Pérsia, onde o inimigo
comum criou o interesse das cidades-Estados formando uma confederação de Delos. O
Estado confederado tem como organização dos Estados independentes que possuem
interesses que se ligam para defesa externa de todos e paz interna e que os unem para
sua consecução.
Resumindo, é uma união entre os Estados, criado por pacto internacional com intenção
de assegurar a defesa comum. O Estado confederado surge à representação do todo, mas
não elimina a soberania dos Estados confederados, embora que possa limitá-la. Ainda
mais, os Estados que compõem preservam a soberania e a base jurídica no contexto
internacional. Na citação de Queiroz Lima,
Considerações finais
Após argumentar sobre as formas de Estado e suas definições, conclui-se que cada
forma de Estado dispõe sua definição e sua forma de atuar no países diferente das
outras. Como mencionado, pode-se dizer que o Estado unitário, uma das formas mais
antigas e seu próprio nome já diz, têm característica de ser o único Estado e não possui
autonomia tendo a autoridade total sob o governo. Também se discute o Estado federal,
que é totalmente oposta do Estado unitário, é caracterizado com aliança de vários
Estados tendo a formação pela coletividade de autonomia e seu fator essencial é a
descentralização de poder, ou seja, não há único poder. O Estado confederado é um
Estado incomum pelo fato de muitos países não adotarem esse modelo, que é a união de
vários países feito pelo pacto internacional com finalidade de assegurar a defesa
comum, além disso, o Estado confederado possui características muitos semelhantes
com Estado federal, o que diferencia principalmente é o direito de secessão. Como já
ditado, é um dos temas mais importantes para entender o Estado e foi essencial
apresentar esse ensaio apresentando as formas de Estado e suas definições de forma
explicativa.
Referências bibliográficas
• BRANCO, Elcir Castello. Teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 1988.
• NETO, Miguel Alfredo Malufe. Teoria geral do Estado. 20. ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 1990.