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BANCA: CESPE
Introdução...................................................................................................................... 9
CONCEITOS INICIAIS..................................................................................................... 11
FORMA DE GOVERNO:.......................................................................................... 11
SISTEMA DE GOVERNO:........................................................................................ 11
FORMAS DE ESTADO............................................................................................. 11
Estado Unitário................................................................................................ 12
ESTADO FEDERADO E CONFEDERADO............................................................. 12
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODA FEDERAÇÃO.......................................... 14
ENTES FEDERADOS....................................................................................................... 14
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS..................................................................................... 15
DOS ENTES FEDERADOS............................................................................................... 15
União............................................................................................................................ 15
Bens da união........................................................................................................ 15
Terras devolutas:.................................................................................................... 15
COMPETÊNCIAS..................................................................................................... 17
ESTADOS MEMBROS.................................................................................................... 19
MUNICÍPIOS................................................................................................................. 19
DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS............................................................................. 21
QUESTÕES DA CASA DAS QUESTÕES............................................................................ 23
Base Legal..................................................................................................................... 27
Introdução
CONCEITOS INICIAIS
FORMA DE GOVERNO: Entende-se por forma de governo (ou sistema político) o conjunto de
instituições políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder
sobre a sociedade.
Tais instituições têm por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exer-
cício, inclusive o relacionamento entre aqueles que o detêm (a autoridade) e os demais mem-
bros da sociedade (os administrados).
A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida com a forma de Estado
nem com seu sistema de governo.
Se a forma de governo for caracterizada pela eletividade e pela temporariedade dos mandatos
do Chefe do Executivo, teremos a República; caso estejamos diante de um governo caracteriza-
do por sua hereditariedade e vitaliciedade, teremos a Monarquia.
•• Monarquia;
•• República;
•• Anarquia;
SISTEMA DE GOVERNO: A forma com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Exe-
cutivo no exercício das funções governamentais consubstancia outro importante aspecto da orga-
nização estatal. A depender do modo como se estabelece esse relacionamento, se há uma maior
independência ou maior colaboração entre eles, teremos dois sistemas (ou regimes) de governo:
o sistema presidencialista e o sistema parlamentarista. O Brasil adota o regime presidencialista.
FORMAS DE ESTADO: A forma de Estado é a maneira pela qual o Estado organiza sua população,
o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de igual espécie, que a ele ficarão
coordenados ou subordinados.
A posição recíproca em que se encontram os elementos do Estado (povo, território e poder po-
lítico) caracteriza a forma de Estado (Unitário, Federado ou Confederado).
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De acordo com a classificação doutrinária, existem três formas de Estado, quais sejam o Estado
Federal, o Estado Unitário e o Estado Confederado. O Brasil adotou a forma de Estado Fede-
rado e, por essa razão, iremos aprofundar os nossos estudos nesta modalidade, obviamente
traçando um paralelo com as outras formas.
Estado Unitário
O Estado Unitário é relativamente descentralizado; ao invés de Estados, possui províncias,
que,por sua vez, não possuem autonomia constitucional.
A pedra fundamental desse tipo de Estado é prescrita pela constituição do Estado Unitário
como um todo e só pode ser alterada por meio de uma modificação nessa constituição.
As unidades possuem apenas competência para a legislação provincial, dentro do que a consti-
tuição do Estado unitário prescrever.
A legislação em matérias da constituição é totalmente centralizada, ao passo que, no Estado fede-
ral, ela é centralizada apenas de modo incompleto, ou seja, até certo ponto, ela é descentralizada.
Mas será que podemos afirmar que não existe qualquer tipo de descentralização? Essa conclu-
são, embora possa parecer lógica, é, sem dúvida, equivocada. Isso porque apesar de o Estado
Unitário não possuir uma distribuição geográfica do poder político, haverá descentralização,
pois seria inviável, em sociedades altamente complexas, termos um Estado no qual não exis-
tisse qualquer descentralização. A necessidade de desburocratização e democratização (apro-
ximação entre polo central e população) é os responsáveis pela descentralização, que será
intitulada de descentralização administrativa, ou seja, o polo central vai criar regiões ou depar-
tamentos ou distritos ou municípios ou outra forma de descentralização. Essas vão se colocar e
se afirmar como braços da administração, dotados personalidade jurídica própria, e irão desen-
volver a aproximação entre o polo central e a sociedade com os objetivos já citados de desbu-
rocratização e democratização.
Como exemplo de Estados Unitários, temos Uruguai, Espanha e Brasil até 1891.
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A partir desse embate, foi declarada a independência das Colônias Americanas em 1776. Elas
passaram a enfrentar o desafio de elaborar um novo regime constitucional para dar lugar ao
espaço antes preenchido pela Lei Britânica.
Em 1777, foi estabelecido o Pacto Confederativo, que criava um Estado Confederado, uma uni-
dade frágil entre os Estados autônomos norte-americanos para fazer frente à Europa.
Em 1787, enfraquecidos pela forma de estado adotada, pois a liberdade trazia sérias consequ-
ências, doze delegados dos Estados Norte Americanos reuniram-se na Convenção de Filadélfia
para repensar o arranjo confederativo.
Percebam o tamanho do problema!!
Haviam 13 estados independentes, autônomos e livres, que, em tese, pelo pacto confederativo,
precisam se unir para fazer frente à Europa. Ocorre que, na hora de enviar soldados, manti-
mentos, verbas, etc., para a Confederação, os estados simplesmente não mandavam, sob o
argumento de que eram livres e independentes, de que não precisavam mandar se não quises-
sem, ou seja, a Confederação tinha fracassado pela ausência de poder centralizador capaz de
manter uma unidade entre os Estados.
Assim, dessa reunião na Filadélfia, com duas formas de Estados fracassadas na mão, os doze dele-
gados abriram mão de suas liberdades e deram origem ao primeiro Estado Federado (detentor de
soberania e composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo próprio).
Ou seja, a Constituição Federativa Americana nasceu de Estado que eram livres e se tornaram
únicos – movimento que pode cair na prova com a denominação “Centrípeta” (de fora para
dentro). PERCEBAM QUE ESTAVA FALANDO DOS ESTADOS UNIDOS!!! No Brasil, tínhamos um
Estado Unitário e esse bloco se difundiu e criou estados autônomos, então, foi o contrário dos
EUA – por isso a nomenclatura é “centrífuga”.
Principais Diferenças
FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO
Estados autônomos Estados soberanos
Constituição Federal Tratado internacional
Autorizado direito de
Vedado direito de secessão
secessão
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Geralmente a Confederação é governada por uma Assembleia dos Estados Confederados,
que tem direitos e deveres idênticos. A Confederação tem personalidade jurídica, mas a sua
capacidade internacional é limitada. Do ponto de vista histórico, costuma ser uma fase de um
processo que leva à Federação, como nos casos dos Estados Unidos e da Suíça.
Entes Federados
A CF prevê a existência de quatro entes federativos, que são a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos eles autônomos e com auto-organização, auto-governo, auto-
-administração.
Importante ressaltar que autonomia não se confunde com soberania, o termo soberania que a
Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil irá
se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como um grande
bloco, onde nele está a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro,
povo este que é o verdadeiro titular da soberania.
O ente federativo União não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distri-
to Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e que se manifes-
ta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Assim, embora a União (e
somente a União) possa representar o Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que não está
"tratando com a União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta (República
Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito público externo.
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Vedações Constitucionais
O art. 19 contém vedações gerais dirigidas à União, Estados, Distrito Federal e Municípios; visam
o equilíbrio federativo; a vedação de criar distinções entre brasileiros coliga-se com o princípio da
igualdade; a paridade federativa encontra apoio na vedação de criar preferência entre os Estados.
UNIÃO
União é o ente que se relaciona INTERNAMENTE, é uma pessoa jurídica de direito público inter-
no (CC art. 41,I), formada pela reunião das partes componentes.
Iniciamos o nosso estudo da União apresentando os bens da União, que estão indicados no Art.
20 da CF, onde, dentre outros, estão incluídos os recursos minerais, inclusive os do subsolo, e os
potenciais de energia hidráulica (art. 20, VIII a X CF), que, após inúmeras demandas, decidiu-se
que é assegurada a participação dos Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da Adminis-
tração Direta da União, no produto desta exploração ou compensação financeira.
Bens da união
A Constituição da República, por sua vez, arrola os bens da União no art.20. Contudo, tal rol não
é exaustivo, mas exemplificativo, pois o inciso I do citado dispositivo constitucional generaliza e
ressalva a possibilidade de novos bens serem atribuídos à União.
Embora o artigo seja auto explicativo, alguns conceitos merecem destaque:
Terras devolutas:
Terras devolutas são aquelas que não se encontram afetadas a uma utilização pública e que se
afastam do patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, sem se incorporarem, por qual-
quer título, ao patrimônio de particulares.
Trata-se de áreas originariamente pertencentes à Coroa Portuguesa que as doou, em parte, aos
particulares, mas que não foram transferidas sob qualquer forma às pessoas privadas.
Com a declaração da independência do Brasil, tais terras foram legalmente caracterizadas como
bens públicos, inviabilizando os particulares a provarem sua propriedade através dos títulos hábeis.
Lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio ou que banhem mais
de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro
ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais:
A redação extremamente ampla do texto constitucional quanto à dominialidade das águas
(arts. 20, inciso III e 26, inciso I, da Constituição Federal) acaba por dificultar a gestão dos recur-
sos hídricos no nosso país.
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Ocorre que, na prática, considerando-se da nascente até o mar, praticamente todos os rios e
correntes d’água brasileiros ou banham mais de um Estado, ou servem de limites com outros
países ou se estendem a território estrangeiro ou dele provêm.
Além disso, a redação do art. 26, inciso I, da Constituição Federal também é extremamente
ampla quanto ao domínio estadual das águas, impondo como pertencente à União apenas as
“águas em depósito decorrentes de obras da União”.
Ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art.26, II:
O art. 10, parágrafo terceiro, da Lei nº 7.661/88 conceitua praia como sendo a área coberta e
descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subsequente de material detrítico,
tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos até o limite onde se inicie a vegetação natural,
ou, em sua ausência, onde comece outro ecossistema.
O “caput” do dispositivo supracitado, combinado com o art.225 da Constituição Federal, classi-
fica as praias marítimas como bens de uso comum do povo e, por fazerem parte da zona costei-
ra, também são consideradas patrimônio nacional. Igualmente, cumpre ressaltar que as praias
marítimas sempre estão situadas em terrenos de marinha e por consequência pertencem à
União conforme disposto no art.20, inciso VII, da Constituição Federal.
Já as ilhas costeiras resultam do relevo continental ou da plataforma submarina e as ilhas
oceânicas encontram-se afastadas da costa e nada têm a ver com o relevo continental ou com
a plataforma submarina.
Como se não bastasse, ao utilizar o termo “terceiros”, o legislador constitucional ainda deixou clara
a possibilidade de apropriação das ilhas oceânicas ou costeiras por pessoas de direito privado,
advertindo-se, entretanto, que tal apropriação privada não inclui o mar e as praias que as contornam,
pois estes são bens públicos de uso comum do povo, nos termos do próprio Código Civil.
Do mar territorial:
O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas
a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular brasileiro, como indicada nas
cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (art.1 º da Lei Federal n º
8.617, de 04 de janeiro de 1993), sendo que a soberania do Brasil estende-se ao leito, subsolo e
espaço aéreo subjacente ao mar territorial.
Trata-se de bem de uso comum do povo sob o domínio da União e também abrange as
chamadas águas interiores salgadas das reentrâncias do litoral como baías e enseadas.
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COMPETÊNCIAS
Repartição de competências é a técnica que a Constituição utiliza para partilhar entre os entes
federados as diferentes atividades do Estado Federal. Tal repartição é o ponto nuclear do Esta-
do Federado, visto que a autonomia dos entes federativos pressupõe-se a existência de compe-
tências que lhes são atribuídas como próprias diretamente pela CF.
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liaridades regionais. Porém, se a União não edita as normas gerais (como já explicitado), os Es-
tados e o DF irão exercer competência legislativa plena intitulada de competência suplementar
supletiva. Obviamente devemos registrar que eles irão editar toda a normatividade, pois não
há como editarem só a complemetação. Não como complementar o que não existe! Portanto,
eles editam a geral e complementam sua própria geral (que eles editaram). A legislação do Es-
tado ou DF então irá ter validade apenas no âmbito do Estado ou no âmbito do DF.
Ainda temos que acrescentar que, se existir, por parte dos Estados e DF, o exercício da compe-
tência suplementar supletiva e posteriormente a União vier a editar normas gerais (que eram
até então inexistentes!), essas irão suspender as normas estaduais ou distritais no que lhes fo-
rem contrárias. Esse, alias, é o teor do art.24§ 4º da CR/88 que preleciona que a superveniência
de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Por que se trata de suspensão e não de revogação? Como salientado na omissão de normas
gerais da União, os Estados-membros exercem competência legislativa plena. Ou seja, eles
editam toda a normatividade (normas gerais e suplementares) visto que não tem como eles
apenas suplementarem na medida em que não há como suplementar o que não existe!
No entanto, a União pode resolver editar as normas gerais (inexistentes). Com isso, essas
suspendem as normas estaduais que lhes forem contrárias. Porém, pode acontecer o seguinte:
a União posteriormente poderá editar outras normas gerais que, obviamente, irão revogar as
primeiras normas gerais por ela (União) editadas.
Neste contexto, pode ocorrer que as novas normas gerais editadas pela União não mais contra-
riam as normas editadas pelos Estados ou DF que estavam suspensas, então, temos que: se a
segunda norma geral editada pela União não contrariar aquelas normas editadas pelos Estados
ou DF (que estavam suspensas!), elas vão voltar a vigorar.
A CF enumera os poderes da União (art. 21 e 22), dos Estados (Art. 25 § 1º) e dos Municípios (art.
30) combinando possibilidades de delegação. A competência material pode ser exclusiva (art. 21)
e comum (art. 23); a competência legislativa pode ser privativa (art. 22) e concorrente (art. 24).
No tocante às competências, podemos elaborar o seguinte quadro esquemático.
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ESTADOS MEMBROS
Os Estados Federados tem autonomia político-administrativa, frente aos demais entes federati-
vos, regendo-se por suas próprias Constituições, ressalvando-se o que estiver vedado na Cons-
tituição Federal, os Estados não podem se contrapor àquilo reservado à competência de outro
ente, sob pena de intervenção.
Os Estados Membros, nos termos do Art. 25 organizam-se e regem-se por sua própria constitui-
ção, observados os princípios da Constituição Federal.
Sobre os bens do Estado, dispõe o Art. 26 quais pertencem aos Estados, e por óbvio são aque-
les que não pertencem a União.
Importante frisar que os Estados detém algumas competências que lhes são exclusivas, tais
como explorar serviço de gás canalizado. Instituir regiões metropolitanas, aglomerações urba-
nas e microrregiões.
Ademais, devemos ressaltar a importância dos Estados na divisão de competências, exercendo,
este a chamada competência RESIDUAL,ou seja “São reservadas aos Estados as competências
que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.
No tocante ao Poder Legislativo Estadual – Assembleia Legislativa, a Constituição Federal regu-
la a quantidade de integrantes da Assembleia Legislativa, para auxiliar nos estudos elaboramos
o seguinte quadro:
MUNICÍPIOS
Os Municípios tem autonomia político-administrava em relação aos demais entes federados.
REGE-SE PELA SUA LEI ORGANICA, e não uma Constituição. Esta lei deverá observar o disposto
na Constituição Federal e Estadual (art. 29). Assim, a Lei orgânica deve guardar relação de
correspondência com o modelo federal acerca das proibições e incompatibilidades dos
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vereadores – por esse motivo (separação dos poderes) que não se admite a cumulação de
funções de vereador e secretário municipal.
Outro ponto interessante é que os municípios tem poder Executivo (prefeito) e Legislativo
(Vereadores) apenas, não possuindo poder judiciário.
No regime constitucional brasileiro, a autonomia municipal não é resultado de eventual
delegação do Estado-membro em que o Município se situa, mas da própria Constituição
brasileira.
Os seguintes princípios asseguram a mínima autonomia municipal:
a) poder de auto-organização (elaboração de lei orgânica própria);
b) poder de autogoverno (eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores);
c) poder normativo próprio ou auto legislação (elaboração de leis municipais dentro dos
limites de atuação traçados pela Constituição da República);
d) poder de auto-administração (administração própria para criar, manter e prestar os serviços
de interesse local, bem como legislar sobre os tributos e suas rendas).
A autonomia política compreende os poderes de auto-organização, de autogoverno e
normativo. O primeiro corresponde à capacidade de elaborar sua própria lei orgânica,
conforme autorização do artigo 29 da Constituição brasileira. A lei orgânica municipal equivale
à Constituição Municipal, pois deverá ser “votada em dois turnos, com o interstício mínimo de
dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado
e os seguintes preceitos”.
O segundo, isto é, o autogoverno, corresponde à eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos
vereadores, nos ditames do artigo 29 da Constituição brasileira. O governo local próprio exige
governantes próprios eleitos pelos cidadãos locais, fomentando a democracia representativa
e o contato mais direto com a população. A atual Constituição brasileira de 1988 extirpou
totalmente a nomeação de prefeito em qualquer municipalidade, fato que ocorreu
frequentemente no período da ditadura militar (1964-1985).
A eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores ocorre simultaneamente em todo o
Brasil para o mandato de quatro anos, permitida a reeleição para os dois primeiros e eleição
ilimitada para os terceiros. Na eleição para prefeito e vice-prefeito (Poder Executivo municipal)
prevalece o princípio majoritário e os dois concorrem numa mesma chapa.
Já a eleição para as Câmaras Municipais (Poder Legislativo municipal) obedece ao sistema
de representação proporcional e partidária, sendo o número de vereadores proporcional à
população e devendo ser fixado pela lei orgânica de cada Município, observados os limites
traçados pelo artigo 29, IV, alíneas a, b e c Constituição:
A terceira faceta da autonomia política municipal diz respeito ao poder normativo próprio ou
de autolegislação.
No tocante à legislação “sobre assuntos de interesse local”, a competência do Município se
caracteriza pela predominância do interesse, e não pela exclusividade, porque não existe
assunto municipal que não seja de interesse estadual ou nacional reflexo. Portanto, nas
palavras de Hely Lopes Meirelles, “a diferença é de grau, e não de substância”. Meirelles cita,
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ainda, como exemplos típicos o trânsito, a saúde pública, os serviços públicos, o urbanismo, o
poder de polícia, a regulamentação estatutária de seus servidores, a educação e a recreação
dos munícipes.[7]
O Supremo Tribunal Federal também já se manifestou sobre a competência do Município para
legislar sobre assuntos de interesse local na Súmula de Jurisprudência Predominante nº 645: “É
competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”.
Competência municipal:
O Art. 30 dispões sobre competência (material e legislativa) municipal, que também deve
observar o art. 23, o qual trata da competência municipal
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Questões
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4. (73111) FCC – 2012 – DIREITO 6. (56612) FCC – 2014 – DIREITO
CONSTITUCIONAL – Dos Estados Federados CONSTITUCIONAL – Da União (Art. 020 a 024),
(Art. 025 a 028), Da Organização do Estado Da Organização do Estado (Art. 018 a 043)
(Art. 018 a 043)
É competência privativa da União legislar
O Governador do Estado do Pará teve a sobre as matérias de direito
ideia de subdividir esse Estado em mais dois
Estados, cuja subdivisão só poderá ocorrer a) espacial, desapropriação, propaganda
mediante aprovação comercial e definição de crimes de
responsabilidade.
a) do Presidente da República, ouvidos os b) agrário, direito penitenciário,
Ministros da Justiça, da Casa Civil e do metalurgia e sistema cartográfico.
Planejamento. c) agrário, direito econômico, sistema
b) da população diretamente interessada, estatístico e registros públicos.
através de plebiscito, e do Congresso d) do trabalho, propaganda comercial,
Nacional, por lei complementar. metalurgia e proteção à infância e à
c) da maioria absoluta dos Deputados juventude.
Estaduais da Assembleia Legislativa do e) penal, direito penitenciário, cidadania e
Estado do Pará, após referendo popular. sistema cartográfico.
d) em dois turnos de votações na
Assembleia Legislativa do Estado do 7. (34116) FCC – 2010 – DIREITO
Pará, com aprovação de no mínimo dois CONSTITUCIONAL – Da Organização do
terços dos Deputados Estaduais em Estado (Art. 018 a 043), Da Organização
ambos os turnos de votação. Político-Administrativa (Art. 018 a 019)
e) das Câmaras Municipais por maioria
absoluta, cujos Municípios sejam No que tange à organização político-
afetados pela subdivisão do Estado. administrativa, assinale a alternativa correta
a) Os Estados poderão subdividir-se, mas
5. (56678) FCC – 2012 – DIREITO não formar novos Territórios Federais.
CONSTITUCIONAL – Dos Estados Federados b) Os Territórios Federais integram os
(Art. 025 a 028), Da Organização do Estado respectivos Estados limítrofes.
(Art. 018 a 043) c) É vedado aos Municípios criar
Os Estados-Membros da Federação preferências entre si ou recusar fé a
Brasileira documentos públicos.
d) É permitido à União subvencionar
a) possuem competência remanescente. igrejas, a critério do Presidente da
b) regem-se por lei orgânica. República.
c) podem emitir moeda no caso de guerra e) A fusão de Municípios independe
declarada. de consulta prévia às respectivas
d) não podem instituir regiões populações.
metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões. 8. (34122) FCC – 2011 – DIREITO
e) possuem como bens as terras devolutas CONSTITUCIONAL – Da Organização do Estado
indispensáveis à defesa das fronteiras. (Art. 018 a 043), Da União (Art. 020 a 024)
É competência privativa da União:
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BASE LEGAL
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IX – os recursos minerais, inclusive os do bio e capitalização, bem como as de seguros
subsolo; e de previdência privada;
X – as cavidades naturais subterrâneas e os IX – elaborar e executar planos nacionais e
sítios arqueológicos e pré-históricos; regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
XI – as terras tradicionalmente ocupadas
pelos índios. X – manter o serviço postal e o correio aé-
reo nacional;
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municí- XI – explorar, diretamente ou mediante au-
pios, bem como a órgãos da administração torização, concessão ou permissão, os ser-
direta da União, participação no resultado viços de telecomunicações, nos termos da
da exploração de petróleo ou gás natural, lei, que disporá sobre a organização dos
de recursos hídricos para fins de geração serviços, a criação de um órgão regulador
de energia elétrica e de outros recursos mi- e outros aspectos institucionais; (Redação
nerais no respectivo território, plataforma dada pela Emenda Constitucional nº 8, de
continental, mar territorial ou zona econô- 15/08/95:)
mica exclusiva, ou compensação financeira
por essa exploração. XII – explorar, diretamente ou mediante au-
torização, concessão ou permissão:
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta qui-
lômetros de largura, ao longo das fronteiras a) os serviços de radiodifusão sonora, e de
terrestres, designada como faixa de frontei- sons e imagens; (Redação dada pela Emen-
ra, é considerada fundamental para defesa da Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
do território nacional, e sua ocupação e uti- b) os serviços e instalações de energia elé-
lização serão reguladas em lei. trica e o aproveitamento energético dos
Art. 21. Compete à União: cursos de água, em articulação com os Es-
tados onde se situam os potenciais hidroe-
I – manter relações com Estados estrangeiros nergéticos;
e participar de organizações internacionais;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-
II – declarar a guerra e celebrar a paz; -estrutura aeroportuária;
III – assegurar a defesa nacional; d) os serviços de transporte ferroviário e
aquaviário entre portos brasileiros e fron-
IV – permitir, nos casos previstos em lei teiras nacionais, ou que transponham os li-
complementar, que forças estrangeiras mites de Estado ou Território;
transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente; e) os serviços de transporte rodoviário inte-
restadual e internacional de passageiros;
V – decretar o estado de sítio, o estado de
defesa e a intervenção federal; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
VI – autorizar e fiscalizar a produção e o co- XIII – organizar e manter o Poder Judiciá-
mércio de material bélico; rio, o Ministério Público do Distrito Fede-
ral e dos Territórios e a Defensoria Pública
VII – emitir moeda; dos Territórios; (Redação dada pela Emenda
VIII – administrar as reservas cambiais do Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de
País e fiscalizar as operações de natureza fi- efeito)
nanceira, especialmente as de crédito, câm-
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XIV – organizar e manter a polícia civil, a po- b) sob regime de permissão, são autoriza-
lícia militar e o corpo de bombeiros militar das a comercialização e a utilização de ra-
do Distrito Federal, bem como prestar assis- dioisótopos para a pesquisa e usos médicos,
tência financeira ao Distrito Federal para a agrícolas e industriais; (Redação dada pela
execução de serviços públicos, por meio de Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
fundo próprio; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) c) sob regime de permissão, são autorizadas
a produção, comercialização e utilização de
XV – organizar e manter os serviços oficiais radioisótopos de meia-vida igual ou inferior
de estatística, geografia, geologia e carto- a duas horas; (Redação dada pela Emenda
grafia de âmbito nacional; Constitucional nº 49, de 2006)
XVI – exercer a classificação, para efeito in- d) a responsabilidade civil por danos nucle-
dicativo, de diversões públicas e de progra- ares independe da existência de culpa; (Re-
mas de rádio e televisão; dação dada pela Emenda Constitucional nº
49, de 2006)
XVII – conceder anistia;
XXIV – organizar, manter e executar a inspe-
XVIII – planejar e promover a defesa perma- ção do trabalho;
nente contra as calamidades públicas, espe-
cialmente as secas e as inundações; XXV – estabelecer as áreas e as condições
para o exercício da atividade de garimpa-
XIX – instituir sistema nacional de gerencia- gem, em forma associativa.
mento de recursos hídricos e definir crité-
rios de outorga de direitos de seu uso; (Re- Art. 22. Compete privativamente à União legis-
gulamento) lar sobre:
XX – instituir diretrizes para o desenvolvi- I – direito civil, comercial, penal, processu-
mento urbano, inclusive habitação, sanea- al, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
mento básico e transportes urbanos; espacial e do trabalho;
XXI – estabelecer princípios e diretrizes para II – desapropriação;
o sistema nacional de viação;
III – requisições civis e militares, em caso de
XXII – executar os serviços de polícia maríti- iminente perigo e em tempo de guerra;
ma, aeroportuária e de fronteiras; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de IV – águas, energia, informática, telecomu-
1998) nicações e radiodifusão;
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XI – trânsito e transporte; sociedades de economia mista, nos termos
do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela
XII – jazidas, minas, outros recursos mine- Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
rais e metalurgia;
XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespa-
XIII – nacionalidade, cidadania e naturaliza- cial, defesa marítima, defesa civil e mobili-
ção; zação nacional;
XIV – populações indígenas; XXIX – propaganda comercial.
XV – emigração e imigração, entrada, extra- Parágrafo único. Lei complementar poderá
dição e expulsão de estrangeiros; autorizar os Estados a legislar sobre ques-
XVI – organização do sistema nacional de tões específicas das matérias relacionadas
emprego e condições para o exercício de neste artigo.
profissões; Art. 23. É competência comum da União, dos
XVII – organização judiciária, do Ministério Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
Público do Distrito Federal e dos Territórios I – zelar pela guarda da Constituição, das
e da Defensoria Pública dos Territórios, bem leis e das instituições democráticas e con-
como organização administrativa destes; servar o patrimônio público;
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 69, de 2012) (Produção de efeito) II – cuidar da saúde e assistência pública, da
proteção e garantia das pessoas portadoras
XVIII – sistema estatístico, sistema cartográ- de deficiência;
fico e de geologia nacionais;
III – proteger os documentos, as obras e ou-
XIX – sistemas de poupança, captação e ga- tros bens de valor histórico, artístico e cul-
rantia da poupança popular; tural, os monumentos, as paisagens natu-
XX – sistemas de consórcios e sorteios; rais notáveis e os sítios arqueológicos;
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V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conserva- CAPÍTULO III
ção da natureza, defesa do solo e dos recur-
DOS ESTADOS FEDERADOS
sos naturais, proteção do meio ambiente e
controle da poluição; Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se
VII – proteção ao patrimônio histórico, cul- pelas Constituições e leis que adotarem, obser-
tural, artístico, turístico e paisagístico; vados os princípios desta Constituição.
VIII – responsabilidade por dano ao meio § 1º São reservadas aos Estados as com-
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos petências que não lhes sejam vedadas por
de valor artístico, estético, histórico, turísti- esta Constituição.
co e paisagístico; § 2º Cabe aos Estados explorar diretamen-
IX – educação, cultura, ensino, desporto, ci- te, ou mediante concessão, os serviços lo-
ência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimen- cais de gás canalizado, na forma da lei, ve-
to e inovação; (Redação dada pela Emenda dada a edição de medida provisória para a
Constitucional nº 85, de 2015) sua regulamentação. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
X – criação, funcionamento e processo do
juizado de pequenas causas;
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§ 3º Os Estados poderão, mediante lei com- § 3º Compete às Assembléias Legislativas
plementar, instituir regiões metropolitanas, dispor sobre seu regimento interno, polícia
aglomerações urbanas e microrregiões, cons- e serviços administrativos de sua secretaria,
tituídas por agrupamentos de municípios li- e prover os respectivos cargos.
mítrofes, para integrar a organização, o plane-
jamento e a execução de funções públicas de § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular
interesse comum. no processo legislativo estadual.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Go-
vernador de Estado, para mandato de quatro
I – as águas superficiais ou subterrâneas, anos, realizar-se-á no primeiro domingo de ou-
fluentes, emergentes e em depósito, ressal- tubro, em primeiro turno, e no último domingo
vadas, neste caso, na forma da lei, as decor- de outubro, em segundo turno, se houver, do
rentes de obras da União; ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, janeiro do ano subseqüente, observado, quanto
que estiverem no seu domínio, excluídas ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada
aquelas sob domínio da União, Municípios pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
ou terceiros;
§ 1º Perderá o mandato o Governador que
III – as ilhas fluviais e lacustres não perten- assumir outro cargo ou função na adminis-
centes à União; tração pública direta ou indireta, ressalva-
IV – as terras devolutas não compreendidas da a posse em virtude de concurso públi-
entre as da União. co e observado o disposto no art. 38, I, IV
e V. (Renumerado do parágrafo único, pela
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Legislativa corresponderá ao triplo da represen-
tação do Estado na Câmara dos Deputados e, § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-
atingido o número de trinta e seis, será acresci- -Governador e dos Secretários de Estado
do de tantos quantos forem os Deputados Fede- serão fixados por lei de iniciativa da Assem-
rais acima de doze. bléia Legislativa, observado o que dispõem
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitu-
Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes cional nº 19, de 1998)
as regras desta Constituição sobre siste-
ma eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Ar- CAPÍTULO IV
madas. Dos Municípios
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica,
será fixado por lei de iniciativa da Assem-
votada em dois turnos, com o interstício míni-
bléia Legislativa, na razão de, no máximo,
mo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
setenta e cinco por cento daquele estabele-
membros da Câmara Municipal, que a promul-
cido, em espécie, para os Deputados Fede-
gará, atendidos os princípios estabelecidos nes-
rais, observado o que dispõem os arts. 39,
ta Constituição, na Constituição do respectivo
§ 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Estado e os seguintes preceitos:
(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998) I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e
dos Vereadores, para mandato de quatro
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anos, mediante pleito direto e simultâneo habitantes e de até 160.000 (cento sessen-
realizado em todo o País; ta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009)
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito
realizada no primeiro domingo de outubro g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municí-
do ano anterior ao término do mandato dos pios de mais de 160.000 (cento e sessenta
que devam suceder, aplicadas as regras do mil) habitantes e de até 300.000 (trezen-
art. 77, no caso de Municípios com mais de tos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Constitucional nº 58, de 2009)
Emenda Constitucional nº 16, de1997)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Muni-
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no cípios de mais de 300.000 (trezentos mil)
dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da habitantes e de até 450.000 (quatrocentos
eleição; e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
IV – para a composição das Câmaras Muni-
cipais, será observado o limite máximo de: i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Muni-
(Redação dada pela Emenda Constitucional cípios de mais de 450.000 (quatrocentos e
nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide cinquenta mil) habitantes e de até 600.000
ADIN 4307) (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de
até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Reda- j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Muni-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 58, cípios de mais de 600.000 (seiscentos mil)
de 2009) habitantes e de até 750.000 (setecentos
cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de
até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Mu-
dada pela Emenda Constitucional nº 58, de nicípios de mais de 750.000 (setecentos e
2009) cinquenta mil) habitantes e de até 900.000
(novecentos mil) habitantes; (Incluída pela
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes
e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municí-
(Redação dada pela Emenda Constitucional pios de mais de 900.000 (novecentos mil)
nº 58, de 2009) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão
e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitan-
tes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municí-
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, pios de mais de 1.050.000 (um milhão e cin-
de 2009) quenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um
milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municí- pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
pios de mais de 80.000 (oitenta mil) habi-
tantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu-
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitu- nicípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
cional nº 58, de 2009) duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) ha-
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municí- bitantes; (Incluída pela Emenda Constitu-
pios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) cional nº 58, de 2009)
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o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Muni- w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos
cípios de 1.350.000 (um milhão e trezen- Municípios de mais de 7.000.000 (sete mi-
tos e cinquenta mil) habitantes e de até lhões) de habitantes e de até 8.000.000
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) (oito milhões) de habitantes; e (Incluída
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitu- pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
cional nº 58, de 2009) x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu- Municípios de mais de 8.000.000 (oito mi-
nicípios de mais de 1.500.000 (um mi- lhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
lhão e quinhentos mil) habitantes e de até Constitucional nº 58, de 2009)
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) ha- V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito
bitantes; (Incluída pela Emenda Constitu- e dos Secretários Municipais fixados por lei
cional nº 58, de 2009) de iniciativa da Câmara Municipal, observa-
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos do o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
Municípios de mais de 1.800.000 (um mi- 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
lhão e oitocentos mil) habitantes e de até pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) VI – o subsídio dos Vereadores será fixado
habitantes; (Incluída pela Emenda Constitu- pelas respectivas Câmaras Municipais em
cional nº 58, de 2009) cada legislatura para a subseqüente, ob-
servado o que dispõe esta Constituição,
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu- observados os critérios estabelecidos na
nicípios de mais de 2.400.000 (dois milhões respectiva Lei Orgânica e os seguintes limi-
e quatrocentos mil) habitantes e de até tes máximos: (Redação dada pela Emenda
3.000.000 (três milhões) de habitantes; (In- Constitucional nº 25, de 2000)
cluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
2009) a) em Municípios de até dez mil habitantes,
o subsídio máximo dos Vereadores corres-
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos ponderá a vinte por cento do subsídio dos
Municípios de mais de 3.000.000 (três mi- Deputados Estaduais; (Incluído pela Emen-
lhões) de habitantes e de até 4.000.000 da Constitucional nº 25, de 2000)
(quatro milhões) de habitantes; (Incluída
pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) b) em Municípios de dez mil e um a cinqüen-
ta mil habitantes, o subsídio máximo dos Ve-
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos readores corresponderá a trinta por cento do
Municípios de mais de 4.000.000 (quatro subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído
milhões) de habitantes e de até 5.000.000 pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
(cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) c) em Municípios de cinqüenta mil e um a
cem mil habitantes, o subsídio máximo dos
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Vereadores corresponderá a quarenta por
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
(seis milhões) de habitantes; (Incluída pela de 2000)
Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
d) em Municípios de cem mil e um a trezen-
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Mu- tos mil habitantes, o subsídio máximo dos
nicípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) Vereadores corresponderá a cinqüenta por
de habitantes e de até 7.000.000 (sete mi- cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
lhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
Constitucional nº 58, de 2009) de 2000)
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VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por de transporte coletivo, que tem caráter es-
cento) para Municípios com população aci- sencial;
ma de 8.000.001 (oito milhões e um) habi-
tantes. (Incluído pela Emenda Constituição VI – manter, com a cooperação técnica e fi-
Constitucional nº 58, de 2009) nanceira da União e do Estado, programas
de educação infantil e de ensino fundamen-
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais tal; (Redação dada pela Emenda Constitu-
de setenta por cento de sua receita com fo- cional nº 53, de 2006)
lha de pagamento, incluído o gasto com o
subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela VII – prestar, com a cooperação técnica e fi-
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) nanceira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do
Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda VIII – promover, no que couber, adequado
Constitucional nº 25, de 2000) ordenamento territorial, mediante planeja-
mento e controle do uso, do parcelamento
I – efetuar repasse que supere os limites de- e da ocupação do solo urbano;
finidos neste artigo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) IX – promover a proteção do patrimônio
histórico-cultural local, observada a legisla-
II – não enviar o repasse até o dia vinte de ção e a ação fiscalizadora federal e estadual.
cada mês; ou (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 25, de 2000) Art. 31. A fiscalização do Município será exerci-
da pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
III – enviá-lo a menor em relação à propor- controle externo, e pelos sistemas de controle
ção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído interno do Poder Executivo Municipal, na forma
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) da lei.
§ 3º Constitui crime de responsabilidade § 1º O controle externo da Câmara Muni-
do Presidente da Câmara Municipal o des- cipal será exercido com o auxílio dos Tribu-
respeito ao § 1o deste artigo. (Incluído pela nais de Contas dos Estados ou do Município
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios, onde houver.
Art. 30. Compete aos Municípios:
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
I – legislar sobre assuntos de interesse local; competente sobre as contas que o Prefei-
II – suplementar a legislação federal e a es- to deve anualmente prestar, só deixará de
tadual no que couber; prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.
III – instituir e arrecadar os tributos de sua
competência, bem como aplicar suas ren- § 3º As contas dos Municípios ficarão, du-
das, sem prejuízo da obrigatoriedade de rante sessenta dias, anualmente, à disposi-
prestar contas e publicar balancetes nos ção de qualquer contribuinte, para exame e
prazos fixados em lei; apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.
IV – criar, organizar e suprimir distritos, ob-
servada a legislação estadual; § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conse-
lhos ou órgãos de Contas Municipais.
V – organizar e prestar, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, os ser-
viços públicos de interesse local, incluído o
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endida a proveniente de transferências, na § 1º O decreto de intervenção, que especifi-
manutenção e desenvolvimento do ensino cará a amplitude, o prazo e as condições de
e nas ações e serviços públicos de saúde. execução e que, se couber, nomeará o inter-
(Redação dada pela Emenda Constitucional ventor, será submetido à apreciação do Con-
nº 29, de 2000) gresso Nacional ou da Assembléia Legislativa
do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municí-
pios, nem a União nos Municípios localizados em § 2º Se não estiver funcionando o Congres-
Território Federal, exceto quando: so Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-
-se-á convocação extraordinária, no mesmo
I – deixar de ser paga, sem motivo de força prazo de vinte e quatro horas.
maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada; § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art.
35, IV, dispensada a apreciação pelo Congres-
II – não forem prestadas contas devidas, na so Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o
forma da lei; decreto limitar-se-á a suspender a execução
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigi- do ato impugnado, se essa medida bastar ao
do da receita municipal na manutenção e restabelecimento da normalidade.
desenvolvimento do ensino e nas ações e § 4º Cessados os motivos da intervenção, as
serviços públicos de saúde; (Redação dada autoridades afastadas de seus cargos a es-
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) tes voltarão, salvo impedimento legal.
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a
representação para assegurar a observância
de princípios indicados na Constituição Es-
tadual, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I – no caso do art. 34, IV, de solicitação do
Poder Legislativo ou do Poder Executivo
coacto ou impedido, ou de requisição do
Supremo Tribunal Federal, se a coação for
exercida contra o Poder Judiciário;
II – no caso de desobediência a ordem ou
decisão judiciária, de requisição do Supre-
mo Tribunal Federal, do Superior Tribunal
de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III – de provimento, pelo Supremo Tribunal
Federal, de representação do Procurador-
-Geral da República, na hipótese do art. 34,
VII, e no caso de recusa à execução de lei
federal. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 45, de 2004)
IV – (Revogado pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
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