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1) Formação do Estado: contratualistas

2) SOBERANIA E AUTONOMIA: Soberania significa poder de


autodeterminação plena, não condicionado a nenhum outro poder, externo
ou interno. A soberania, no federalismo, é atributo do Estado Federal como
um todo
Os Estados-membros dispõem de outra característica -a característica da
autonomia, que não se confunde com o conceito de soberania.

A autonomia de que gozam os Estados-membros significa capacidade de


auto-determinação dentro do círculo de competências traçado pelo poder
soberano, que lhes garante a auto-organização, autogoverno, autolegislação
e auto-administração, tudo isso exercitável sem subordinação hierárquica
aos poderes da União
Estrutura do Estado

✔Forma de Governo: República ou Monarquia.


✔Sistema de Governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo.
✔Forma de Estado: Estado Unitário, Regionalizado ou
Federação.
Estado Unitário

Sempre que houver qualquer grau de descentralização (administrativa,


legislativa e/ou política), estará à mercê do Poder Central do Estado.

A autonomia de eventual ente descentralizado não tem garantia contra a


vontade do governo central.

Estado Regionalizado

Quando existe descentralização, todavia não se pode dizer que em nível


significativo.

Brasil do período do Império seguia esse modelo.


Estado Constitucionalmente Descentralizado

* Os territórios descentralizados são previstos pela própria Constituição, e


possuem autonomia. Extinção dos territórios os regiões sópode ser feita
por mudança constitucional.

* Autonomia pode ser política e administrativa, em maior ou menos grau.


Características comuns de um Estado Federado

1) SOBERANIA E AUTONOMIA

Soberania significa poder de autodeterminação plena, não condicionado a


nenhum outro poder, externo ou interno. A soberania, no federalismo, é atributo
do Estado Federal como um todo. Os Estados-membros dispõem de outra
característica -a característica da autonomia, que não se confunde com o
conceito de soberania. A autonomia de que gozam os Estados-membros
significa capacidade de auto-determinação dentro do círculo de competências
traçado pelo poder soberano, que lhes garante a auto-organização, autogoverno,
autolegislação e auto-administração, tudo isso exercitável sem subordinação
hierárquica aos poderes da União.

2) EXISTÊNCIA DE UMA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Constituição Federal atua como fundamento de validade das ordens jurídicas


parciais e central. Ela confere unidade à ordem jurídica do Estado Federal,
buscando traçar um compromisso entre as aspirações de cada região e os
interesses comuns às esferas locais em conjunto.
Características comuns de um Estado Federado

3) PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS NA VONTADE FEDERAL

Para que os Estados-membros possam ter voz ativa na formação da vontade da


União ⎯vontade que se expressa sobretudo por meio das leis é que,
historicamente, foi concebido o Senado Federal, com representação paritária,
em homenagem ao princípio da igualdade jurídica dos Estados-membros.

4) INEXISTÊNCIA DE DIREITO DE SECESSÃO

Na medida em que os Estados-membros não são soberanos e que o que os une


não é um tratado de direito internacional, de que podem se desligar, no
exercício da soberania, mas uma Constituição Federal, é natural que se impeça
aos Estados o direito de se desligarem da União. Daí ser comum aos Estados
Federais –no que se distinguem das confederações –a afirmativa, nos textos
constitucionais, de ser indissolúvel o laço federal ou mesmo a proibição
expressa de desligamento dos entes federados.
A evolução político-institucional do Estado Brasileiro

Fase Colonial

a) Sistema de Capitanias Hereditárias: Divisão do território


brasileiro em 12 áreas, governadas por donatários;

b) Os Governadores Gerais (1549): Regimento do Governador


Geral, e início de uma unificação político-institucional;

c) Esfacelamento do poder das capitanias e surgimento de poderes


locais autônomos;

d) Criação e proliferação das Câmaras Municipais em áreas rurais


onde havia poder político
A evolução político-institucional do Estado Brasileiro

Fase Monárquica

a) Chegada de D. João VI ao Brasil (1808);

b) Elevação do Brasil do status de Colônia a Reino Unido de


Portugal (1815);

c) Proclamação da independência (1822) e a transferência dos órgãos


de Governo para o Brasil;

d) Teoria Constitucional com o surgimento, no Brasil influenciado


pelo Liberalismo/Positivismo, da idéia do Parlamentarismo,
Constitucionalismo, Federalismo, Democracia e República;

e) Constituição imperial de 1824: Transformação das capitanias em


províncias;

f) Senadores Vitalícios e Deputados eleitos censitariamente.


A evolução político-institucional do Estado Brasileiro

Fase Republicana

a) Liberalismo e ideal federalista;


b) Criação dos “Estados Unidos do Brasil”;
c) Fim da Monarquia e Instituição da República;
d) Constituição de 1891:
- Sistema Presidencialista;
- Separação de Poderes em três esferas apenas
- Política do “coronelismo”
- República do “Café com Leite”
e) Revolução de Trinta e a queda da República Velha
O Federalismo Brasileiro

PODER CONSTITUINTE DOS ESTADOS-MEMBROS

O poder constituinte originário ao adotar a opção federalista confere aos


Estados-membros o poder de auto-organização das unidades federadas.
Estas, assim, exercem um poder constituinte, que não é igual ao poder
constituinte originário, porque écriatura deste e se acha sujeito a limitações
de conteúdo e de forma.

O poder constituinte do Estado-membro é, como o de revisão, derivado,


por retirar a sua força da Constituição Federal, e não de si próprios. A sua
fonte de legitimidade éa Constituição Federal.

O poder constituinte do Estado-membro é subordinado aos limites


impostos pelo poder constituinte originário. É, ainda, condicionado às
regras de forma estabelecidas pelo poder constituinte originário.
CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTADOS-MEMBROS

Os Estados têm governo próprio, desempenhando as funções dos três poderes estatais –
Executivo, Legislativo e Judiciário.

Os Estados-membros podem-se incorporar uns aos outros ou desmembrar-se, formando novos


Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por
meio de plebiscito, e por aprovação do Congresso Nacional, por meio de lei complementar.

Os governadores são as autoridades executivas máximas e a Assembléia Legislativa éa sede do


Poder Legislativo. A Constituição Federal regula com alguma minúcia tanto as eleições para
ambos os poderes como aspectos de remuneração dos seus titulares (arts. 27 e 28 da CF) e de seu
funcionamento. Diz que lei regulará a incitativa popular no processo legislativo local e estende
aos deputados estaduais as normas de inviolabilidade e imunidade atinentes aos parlamentares no
Congresso Nacional.

Da forma como concebeu a Assembléia Legislativa, não se abre chance para que os Estados
adotem um sistema bicameral no Poder Legislativo.

A intervenção dos Estados nos Municípios segue o disposto no art. 35 da Constituição Federal,
observando-se, ali, o propósito de garantir a administração democrática nos Municípios.
Criação e funcionamento dos Municípios

Muitos sustentam que, a partir da Constituição de 1988, os Municípios passaram a gozar


do status de integrantes da Federação, uma vez que, agora, além de autonomia, contando
com executivo e legislativo próprios, contam também com o poder de auto-organização,
por meio de lei orgânica (art. 29). É tido como definitivo, outrossim, para corroborar essa
tese, o artigo inaugural da Carta da República, em que se afirma que a República
Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal.

Embora seja essa a corrente predominante, há ponderosas razões em contrário, baseada


no fato de ser típico do Estado Federal a participação das entidades federadas na
formação da vontade federal, do que resulta a criação do Senado Federal, que, entre nós,
não tem, na sua composição, representantes de Municípios. Os Municípios tampouco
mantêm um poder Judiciário, como ocorre com os Estados e com a União.

Os Municípios podem ser criados fundidos ou desmembrados na forma do art.18, §4º,


com a redação da Emenda Constitucional n. 15/96. Exige-se, portanto, lei estadual para
essas ocorrências, plebiscito que escutará tanto a população do eventual novo Município
como dos demais envolvidos, estudos de viabilidade do novo ente e que se respeitem as
limitações de calendário dispostas em lei complementar federal.
Criação do Distrito federal

Para abrigar a sede da União, o constituinte criou o Distrito Federal.

O Distrito Federal não se confunde quer com um Estado-membro, quer com um


Município, acolhendo características ora de um ora de outro, ora, ainda, de ambos.
Rege-se, por exemplo, por uma lei orgânica

O Distrito Federal goza de autonomia, podendo se auto-organizar, por meio de lei


orgânica própria. Dispõe das atribuições também de auto-governo, autolegislação e
auto-administração nas áreas de sua competência exclusiva.

O DF exerce competências dos Estados e dos Municípios. Mas não pode


subdividir-se em municípios.

O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Distrital, composta por Deputados


distritais em número equivalente ao triplo da representação do Distrito Federal na
Câmara dos Deputados, em que conta com 8 parlamentares.
Territórios

Embora, hoje, não haja nenhum território, a Constituição Federal abre


ensejo a que eles sejam criados, por lei complementar federal (art. 18, §2º).
Esses territórios são descentralizações administrativas da União, carecendo
de autonomia.

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