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Resumo - Direito

Constitucional
Estado:
É a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado
em determinado território

Elementos:
Soberania

Finalidade

Povo

Território

Formas de governo:
· Monarquia: suas características são a vitaliciedade, a hereditariedade e a
irresponsabilidade do governante (não pode ser responsabilizado pelos
seus atos. art. 99 da CF/1824)

· República: o governante é o representante do povo, escolhido por este


através do sufrágio, para um mandato determinado, podendo ser
responsabilizado pelos seus atos.

Sistema de governo
São as técnicas que regem as relações entre o poder legislativo e poder
executivo no exercício das funções governamentais

PRESIDENCIALISMO (EUA): PARLAMENTARISMO (INGLATERRA):

Presidente é o chefe de Estado Distinção entre Chefe de Estado (representante do


e de Governo (chefia Estado, que exerce funções diplomáticas) e Chefe de
unipessoal, contido em uma Governo (Primeiro Ministro – exerce o poder
única pessoa); executivo)

Presidente eleito pelo povo Primeiro Ministro é escolhido pelo parlamento;

Mandato determinado Mandato indeterminado

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Voto de desconfiança: se um parlamentar, no todo ou
Parlamento não pode tirar o num importante aspecto particular, desaprovar a
presidente, exceto pelo política desenvolvida pelo Primeiro Ministro, propõe-
impeachment se o voto de desconfiança. Aprovado, deve o 1º
Ministro ser demitido.

Chefia do governo com responsabilidade política

OBS.: alguns doutrinadores apontam o semipresidencialismo, um sistema misto


com a presença de um presidente como chefe de estado e primeiro-ministro
como chefe de governo, modelo de governo atual da França e Portugal.

Organização do Estado
Espécies de Estados:

Estado Federal; indica desconcentração política e jurídica, com diversos


entes que compõem a federação

Art. 1º e 18 da CF.

União indissolúvel dos estados, municípios e distrito federal.

Não há possibilidade de criação de um estado independente

Origem histórica: Estados Unidos da América em 1787, logo que


declarada a independência norte-americana, em 1776, formou-se uma
confederação entre as ex-colônias britânicas (união de estados
independentes – cabia secessão)

Estado unitário: consiste na presença de um poder central, que é a cúpula


e o centro do poder político.

Estado unitário puro: somente um poder executivo, um poder legislativo,


um poder judiciário, todos centrais com sede na capital

Estado unitário descentralizado administrativa ou politicamente: são


criados órgãos territoriais desconcentrados, ganhando competência
administrativa e/ou política transferida por lei nacional

Estado regional: situa-se entre o Estado Unitário e o Federal, diferencia-se


do último por subdividir-se em regiões e tratar-se de uma concessão do
governo central em favor das regiões, e do primeiro por haver uma maior

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concessão de temas de competência das regiões. O estado nacional cria as
regiões. Ex. Itália

Estado autonômico: característica marcante do modelo espanhol.


Diferencia-se do estado regional porque as comunidades autônomas são
criadas por sua própria provocação, e tem autonomia legislativa em
diversas matérias.

→ O Brasil é uma república federativa, opondo-se a noção de monarquia

Noção de representação popular, coisa pública, eletividade do


representante. Contrapondo à hereditariedade da monarquia

→ Também é dotado de um sistema presidencialista,


opondo-se ao parlamentarista

Presidencialismo: responsabilização da representante perante ao estado.

Parlamentarismo: primeiro-ministro

→ Base jurídica: Constituição

→ Poder político é compartilhado pela União e entes


federativos

→ Todas as pessoas do Estado adquirem essa


nacionalidade, perdendo eventual nacionalidade de origem

Espécies de Federalismo:

Quanto a origem:

Agregação ou centrípeto: união de Estados que abrem mão da sua


independência, da soberania, para constituir um único estado. Por
exemplo: EUA, através da união das ex-colônias britânicas

Desagregação ou centrifugo (holding together Federation): Estado


unitário, reconhece autonomia às suas subdivisões territoriais
(províncias, estados-membros), dando a elas autonomia administrativa,
legislativa e competência constitucional (poder derivado decorrente).
Exemplo: Brasil, México.

Quanto ao tratamento:

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Simétrico: Todos os entes federativos têm idêntico tratamento, não
podendo ser estabelecidas vantagens de um com relação ao outro

Assimétrico: Poder central pode dar tratamento diferenciado. Apesar da


assimetria de fato (entes nunca são idênticos), nem sempre terão
assimetria de direito (tratamento diferente oferecido pela constituição.

O Brasil adota o tratamento assimétrico

Quanto à separação das competências dos entes federativos:

Dual (dualista): forte separação das competências dos entes,


prevalecendo as competências privativas ou exclusivas de cada ente.

Termo bolo de camadas, competências separadas

Cooperativo: Atualmente, a CF adota tal modelo, criando organismos


regionais protetivos, que projetam a presença da união em amplas
áreas do território nacional, com a crescente cooperação administrativa
entre união e estados

Termo bolo de mármore, mistura, da interpenetração das camadas.

Quanto aos níveis de entes federativos:

Primeiro grau: União e estados-membros

De segundo grau: união, estados-membros e municípios

O município não tem poder constituinte derivado, nem


representação no congresso nacional, nem poder judiciário próprio,
diferente da união e dos estados.

Federalismo no Brasil
Início com o Decreto n.º 1, de 15 de novembro de 1889: transformou as
províncias do Império em Estados (unidades federativas).

Confirmação na Constituição de 1891 que no seu artigo 1º estabelecia:


“constitui-se, por união perpétua e indissolúvel das suas antigas Províncias,
em Estados Unidos do Brasil”

Influxo: Decreto n.º 19.398, de 11 de novembro de 1930, de Getúlio Vargas,


dissolvendo as Assembleias Legislativas e nomeando interventores para
cada Estado. A Constituição de 1937 (Polaca) promove um “Estado Federal
de fachada” – Federalismo de integração.

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Restabelecimento com a Constituição de 1946.

Constituição de 1967 restabelece o “federalismo de fachada”, sendo que o


AI 5 permite a nomeação de Governadores e Prefeitos de Capital por ato do
Presidente da República.

Constituição de 1988 restabelece a força do federalismo, buscando o


federalismo de equilíbrio.

Entes do Federal do Estado Brasileiro


Estados, União, DF, municípios são autônomos nos termos da CF. Não se
confunde soberania, que é destinada exclusivamente à República;

Autonomia:

Auto-organização, leis que constituem e organizam;

Autogoverno, governo próprio, representantes do executivo e


legislativo

Autonomia financeira, dispõem de lei orçamentaria/orçamento


próprio

Autonomia administrativa, corpo específico de servidores públicos


que atuam em nome do Estado

Os estados são detentores de poder constituinte derivado decorrente, logo,


se organizam por meio de constituição estadual

Vedações constitucionais, art. 19, aplicado a todos os entes:

Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencionar, embaraçar ou


manter com eles, ou seus representantes, relações de dependência, ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público

Laicidade do Estado. Não impede que haja colaboração do ente


público e igrejas de interesse públicos, como, por exemplo, ações
de assistencialismo.

Recusar fé aos documentos públicos

É possível a recusa de um documento de adulteração público, mas


não a fé.

Criar distinções entre os brasileiros ou preferências entre si.

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União
Competências:

Não legislativas: políticas e administrativas

Comum: distribui a competência de forma igual a todos os entes


federativos;

Ex: art. 23

A lei complementar fixa a cooperação entre os entes, considerando


o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito
nacional.

Exclusiva: são aquelas intransferíveis e indelegáveis aos demais entes


federativos

Ex: art. 21, I a V

Legislativa:

Privativa da união: competências, a princípio da união, mas podem ser


transferidas e delegadas aos estados.

Art. 22

Concorrente: enquanto a união faz a lei geral, cabe aos estados e ao


distrito federal elaborarem leis específicas, trata-se do federalismo de
cooperação

Estado pode estabelecer regras gerais, caso a união não o tenha


feito

Futura legislação da união suspende os efeitos da estadual no que


for contrária.

Estados
Bens: art. 26

Competências:

Não legislativa:

Comum: art. 23

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Residual ou remanescente: Competência que não é reservada à
união (Art. 21) ou ao município (art. 30) resta ao estado, fixação de
competência por exclusão

Explorar os serviços locais de gás canalizado.

Legislativa:

Expressa: art. 25

Residual (ou remanescentes): critérios semelhantes da não


legislativa. Competência da união (art. 22) e município (art. 30)

Delegada pela união. Art. 22, parágrafo único. CF (LC. 103/00 – piso
salarial)

Concorrente complementar: competência através da qual a união


elabora lei geral, enquanto estados e DF fazem leis específicas.

Competência legislativa concorrente suplementar: tratando de


competência concorrente entre união, estados e DF, se a união não
fizer lei geral, o estado pode fazê-la

Criação de Estados-membros
Não é possível o direito de secessão (criação de estado de independente
de entes que compõem a república)

Art. 18, §3º

Os estados podem se incorporar entre si, subdividir-se, ou se desmembrar


para anexação em outros, formarem novos estados ou territórios federais,
mediante aprovação da população que estejam diretamente interessadas
(plebiscito e lei complementar)

Pode um membro deixar de existir para anexar-se a outro.

Requisitos:

Plebiscito: consulta prévia à população

Havendo aprovação, há propositura do projeto de lei complementar

Essencial para disparar o processo.

Audiência das assembleias legislativas: oitiva das respectivas


assembleias legislativas dos Estados interessados (art. 48, VI) -

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meramente opinativa;

Aprovação pelo Congresso Nacional: Lei Complementar

Analise se é pertinente ou não, caráter meramente político.

Não é lei ordinária federal, é necessária aprovação majoritária

Obs.: a letra constitucional refere-se especificamente à população


diretamente interessada.

Municípios
Competências:

Não legislativa:

Comum: art. 23

Exclusiva ou enumerada: art. 30, iii a ix

Legislativa:

Expressa: lei orgânica. Deve ser compatível com a CF. art. 29, cf

Exclusiva: assunto de interesse local, art. 30, i – ex: súmula


vinculante 38 stf.

Elaborar plano diretor: é importante lei municipal que serve de


instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão
urbana. Art. 182, §1 º

Tributaria expressa: art. 156

Criação de municípios
Art. 18, §4º

Há possibilidade de criação, incorporação, fusão e desmembramento de


municípios

Requisitos:

Lei complementar federal: é necessário o estabelecimento genérico de


lei complementar do período possível para criação, incorporação, fusão
ou desmembramento dos municípios e o procedimento;

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Estudo de viabilidade municipal: deverá ser publicado e divulgado, na
forma da lei, estudos demonstrando a viabilidade da criação,
incorporação, fusão ou desmembramento de municípios;

Procura de estabelecer a possibilidade da criação dos municípios,


se atende o interesse público e se é financeiramente viável;

Plebiscito: consulta prévia às populações dos municípios envolvidos.

Edição de lei ordinária estadual dentro do período que a lei


complementar federal definir, desde que já tenha havido um estudo de
viabilidade e aprovação plebiscitária

A questão do município “putativo” – ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade)


3.682-MT – 18 meses para LC

E.C n. 57/2008 – convalidação dos municípios criados até 31/12/2006

Ação Direta de Omissão (ADO) 70 – Poder executivo paraense. Parecer da


PGR (02/06/22 – pendente de julgamento)

Congresso nacional, após 25 anos, não editou lei complementar exigida


pela CF. Parlamento se mantém omisso mesmo após o reconhecimento
de omissão do Congresso Nacional pelo STF, no julgamento da ADI
3.682-MT, e fixação do prazo de 18 meses para adoção de
providências.

Distrito Federal
Ente federativo autônomo como os demais, possuindo capacidade de auto-
organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.

Organizado por meio de Lei Orgânica do Distrito Federal (STF


reconhece posição de Constituição Estadual)

Além de Poder Executivo (Governador) e Legislativo (Câmara Legislativa),


diferentemente dos Municípios, ele também detém seu próprio Poder
Judiciário, Ministério Público

Autonomia mitigada: diferentemente dos Estados-membros, em razão de


sua menor população e dimensão, o DF necessita de auxílio da União para
gerir parte de seus serviços públicos (art. 32, § 4º, c.c. art. 21, XIV e XIII,
CF)

Competências:

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Não legislativa:

Comum

Legislativa:

Expressa: lei orgânica, art. 32

Híbrida: agrega competências de estados e municípios, art. 32, §1º

Delegada: art. 22, par. Único

Concorrente complementar: art. 24, §1º e 2º

Concorrente suplementar: art. 24, §3º

Tributária expressa: art. 156

Brasília
Capital federal, art. 18, §1º

Cidade sem ser município

Administrada pelo governador do DF e o poder legislativo é materializado


na câmara legislativa do DF.

Língua oficial e símbolos nacionais


Idioma oficial: língua portuguesa, art. 13

Símbolos nacionais: bandeira, hino, armas e selo nacionais

Regulamentação: Lei nº 5.700/71

Contravenção: art. 31, 34 e 35 da lei supra.

Modelo de repartição de competências:


Fixação de competência a união, deixando a residual aos estados

Eua, Argentina, México e Suíça

Enumeração das competências dos Estados, residual à União

Canadá

Indicação expressa das competências da União e dos Estados

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Venezuela

O Brasil adota sistema complexo fixando competência específica para


alguns entes e comum entre todos.

Durante a pandemia, a união faz a lei geral sobre saúde e combate ao


coronavírus (como a lei n. 13.979/2020), onde cada estado pode fazer suas leis
específicas, atendendo suas peculiaridades. Os municípios puderam, baseados
no art. 30, ii, legislar acerca da saúde e adotar medidas para combate à
pandemia.

Intervenção Federal e Estadual


É a retirada de autonomia de um ente federativo caso este extrapole os
limites da autonomia

Medida excepcional

Intervenção federal:
Art. 34

Intervenção da União em algum Estado, DF e nos municípios do território.

Hipóteses:

Espontânea:

Defesa da unidade nacional, art. 34, I e II

Manter a integridade nacional caso estado, por exemplo, tente se


separar do país

Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação a outra

Defesa da ordem pública, art. 34, III

Defesa das finanças públicas, art. 34, V

Provocada

Por solicitação: defesa dos poderes executivos ou legislativos


locais, art. 34, IV

Por requisição:

STF: defesa do poder judiciário, art. 34, IV

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STF, STJ ou TSE: desobediência a ordem ou decisão judicial,
art. 34, VI

PGR no STF: ADI interventiva (desrespeito aos princípios


sensíveis, por exemplo, direitos da pessoa humana), art. 34, VII;
não execução de lei federal, art. 34, VI, primeira parte.

Etapas possíveis:

Iniciativa: espontânea ou provocada (presente em todas as hipóteses)

Decreto interventivo: especificar a amplitude, o prazo, as condições de


execução e, caso couber, nomear interventor (art., 36, §1º)

Controle político: apreciação do Congresso nacional, art. 36, §§ 1º e 2º

Não se aplica aos casos de ações ajuizadas pelo PGR

Controle jurisdicional: somente nos casos de ação ajuizada pelo PGR


(ADI Interventiva)

Intervenção Estadual:
Art. 35

Intervenção do estado no município que compõem sua base territorial.

Iniciativa

De ofício pelo governador, decretada por este. 35, I a III

Provimento pelo TJ de representação para assegurar a observância de


princípios indicados na CF ou para prover a execução de lei, ordem ou
decisão judicial, art. 35, IV

Mesmas etapas possíveis da intervenção federal

Resumo - Direito Constitucional 12


Aula 01 - UA8 2023
Assistida

Data @06/02/2024

Descrição Aula introdutória

Status 🍃 Atrasada
Princípios fundamentais da CF
Princípios são espécies de normas jurídicas, portanto, dotados de
normatividades jurídica e eficácia

Em termo jurídico significa norma, têm eficácia jurídica. Os princípios


podem ser utilizados como parâmetro em casos concretos

Não é apenas valor de orientação, têm aplicação jurídica

Alexy define como “mandamentos da otimização” (Estado deve cumprir o


máximo possível desse objetivo, dentro dos limites jurídicos, orçamentários e
fáticos).
Importância acentuada diante do neoconstitucionalismo e do princípio de
interpretação da máxima efetividade.

Sujeitos públicos, na república, podem ser sancionados

O regime federativo e republicanismo são cláusulas pétreas, embora esta


seja implícita

Estado democrático de direito


País fundado numa Constituição e regido pelo princípio da legalidade, seja para
as pessoas, seja para o Estado;
Estado Democrático (princípio da soberania popular): “governo do povo, pelo
povo e para o povo”

O Brasil é estado de direito democrático e social

Soberania - capacidade de exercer poder interna e externamente, ligada à


ideia de independência

Aula 01 - UA8 2023 1


à livre iniciativa há o ideal de não se cercear a iniciativa privada

Aula 01 - UA8 2023 2


Aula 02 - UA1 2024
Assistida

Status 🌱
💡 Constitucionalismo: pretende limitar o estado

Federação brasileira
Art. 3º, CF/88, apresenta os objetivos da república

Cláusula pétrea implícita: não estão expressas no art. 60

O art. 60, CF/88 apresenta as cláusulas pétreas.

O poder judiciário não tem legitimidade popular, diferentemente do poder


legislativo e executivo

Estado unitário: centralização do poder

O poder está contido em único ente

Governo central

Estado Federal: união, estados (unidades federativas), municípios e d.f.

O Estado se subdivide

Confederação: união entre nações Federação: estabelecida e criada,


independentes, documentadas por necessariamente, por uma
tratados constituição

Nível de fusão e exigência menor Nível de fusão e exigência maior

Aprovada a secessão, separação Vedada a secessão, haverá


das nações intervenção

Cada entes de poder (união, estados, município) têm sua autonomia política,
gerencial e administrativa; todavia, a soberania está limitada à república
federativa, que se trata da união dos sujeitos
Espécies de Federalismo:

Aula 02 - UA1 2024 1


Origem:

Agregação, nações independentes Desagregação, a criação dos estados


decidem se fundir, aglutinar, e tornar após a criação da união. Um Estado
um país. Movimento de liberdade das inteiro que se ramifica em unidades
nações - EUA federativas - Brasil

Tratamento dos entes federativos


Simétrico
Assimétrico

A própria constituição admite às exceções, visando mirar a promoção


de igualdade

Há divergências doutrinarias quanto a espécie de tratamento que o


Brasil adere, mas a ideia mais aceita é sobre assimetria dos entes

💡 Há necessidade de cautela para que medidas provisórias não se


tornem eternas. Medidas provisórias não devem se tornar lei e devem
ser efetivas

Modelo de separação das competências dos entes

Dual (dualista): Cada ente é designado para tratar sobre um determinado


assunto
Cooperativa: todos os entes contribuem e, muitas vezes, agem em conjunto

Quanto aos níveis de entes federativos

Primeiro grau: dividido em apenas dois entes, união e Estados-membros

Segundo grau: mais complexo, com mais entes, união, Estados-membros e


Municípios (este não tem poder constituinte derivado, representação no
congresso nacional ou poder judiciário próprio)

Símbolos nacionais: bandeiras, hino, as armas (simbologia que representa


o país), as amas e selos nacionais, regulamentadas pela lei n.º 5.700/71
(que é dotada de exigência estabelecidos durante a ditadura militar)

Infrações a estes são consideradas contravenções

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Aula 03 - UA1, PT. 2
Assistida

Status 🌱
Cada um dos quatro entes que põem a república são dotados de autonomia,
logo, espaço de realização de poder;

Envolve a organização, o governo, administração e a legislação de cada


ente

Cada um dos entes tem liberdade para legislar

DISTRITO
UNIÃO ESTADO MUNICÍPIO
FEDERAL

Câmara dos
PODER Assembleia Câmara Câmara
Deputados
LEGISLATIVO Legislativa Legislativo Municipal
Senado

PODER
Presidente Governador Governador Prefeitos
EXECUTIVO

Constituição Constituição Lei orgânica


NORMA Lei Distrital
Federal Estadual dos municípios

Justiça Federal
Justiça do Não possui
PODER Trabalho Justiça Justiça do Poder
JUDICIÁRIO Justiça Militar Estadual Distrito Federal Judiciário
Federal próprio
Justiça Eleitoral

💡 É importante observar que o Distrito Federal acumula poder de estado


e município, de modo que o poder executivo é liderado apenas pelo
Governador, mas há a divisão de regiões administrativas.

A União Federal não deve ser confundida com o Estado Brasileiro;

A União é detentora de autonomia, não de soberania.

É representação externa da república

Aula 03 - UA1, PT. 2 1


Une o interesse comum

Competência da União
A competência é medida jurisdicional e política

COMPETÊNCIA NÃO LEGISLATIVA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA


Atribuição de atividades concretas Normas de conduta

Comum (art. 23, CF): Privativa (art. 22, CF): A


princípio, é da União; oposta à
Exclusivo (art. 21, CF): Não pode
competência exclusiva, permite a
delegar a estado algum. Por
delegação. A união pode ceder
exemplo: Declarar Guerra
uma parte de sua competência
São temas de interesse em favor dos estados, mediante
nacional uma lei complementar e sobre
pontos específicos que
justifiquem essa sessão de
competência

Concorrente (art. 24, CF): Entes


pários; a união trata sobre as
regras gerais, já aos Estados e
DF resta a competência de
legislar sobre questões
específicas.

Territórios
Territórios não possuem crivo para serem considerados entes federativos

Comandado por Governador nomeado pelo presidente

Estados
As antigas províncias do Brasil Império são transformadas em Estados-
membros por um decreto pré-constitucional

Deste modo, o Brasil foi criado por desagregação, uma vez que as
províncias, que formavam um único Estado, tornaram-se em unidades
federativas

Permite-se controle de constitucionalidade às Constituições Estaduais

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💡 Terras devolutas: terras sem proprietários; são divididas entre a
união, que seja de interesse nacional, e aos estados às que não têm
interesse da união

O estado tem competência “residual”, o que não competência da união ou do


município, é jurisdição do Estado

Pontualmente, a CF prevê a exploração dos serviços de gás canalizado


aos estados.

Concorrente complementar: quando falta uma regra geral, o estado pode


regular

Concorrente suplementar: quando não há regra geral, o estado tem


prorrogativa para criar

Criação de novos estados


Cisão: quando um estado se se subdivide e forma dois novos

Fusão: estados se unindo e formando um novo

Desmembramento: quando uma parte do estado se desagrega e torna-se


um novo

Para criar-se um novo Estado, é necessário a demanda de um grupo local do


congresso nacional

É vedada a secessão, nenhum Estado pode se desmembrar do Brasil

Municípios
Os municípios têm competência de interesse local

Anterior a CF/88, não havia a prerrogativa de ente federativo


Não tem poder constituinte, mas lei orgânica

O munícipio

Aula 03 - UA1, PT. 2 3


Aula 04 - UA2, PT. 3
Assistida

Status 🌱
Competências do Município
Não legislativa:

Comum: art. 23

Exclusiva ou enumerada: art. 30

⚖️ Compete ao município decidir o horário de funcionamento do


comércio local

⚖️ Apesar de elencado no art. 30, saúde e educação continuam sendo


competência dos três entes.

Legislativa:

Expressa:

Exclusiva:

Exclusiva suplementar:

Elaborar o plano diretor:

Tributário:

A constituição permite a criação, incorporação, fusão e o


desmembramento de municípios

Criação, um território que se torna um novo município

Não há a possibilidade de um município separar-se da federação

Distrito Federal
Sede territorial do governo da União;

Aula 04 - UA2, PT. 3 1


A lei orgânica do DF tem condição de norma constitucional, diferente da lei
orgânica dos municípios

Intervenção
Temporário, mas não há prazo estipulado para este

Respeita-se o princípio da proporcionalidade

Princípio da taxatividade: diz respeito as hipóteses de intervenção

Os chefes do ministério público têm legitimidade para provocar o Supremo


Tribunal para intervenção. Trata-se de ADI interventiva por desrespeito aos
princípios sensíveis

Princípios sensíveis são aqueles que se infringidos ensejam a mais


grave sanção que se pode impor a um Estado Membro da Federação:
a intervenção, retirando-lhe a autonomia organizacional, que
caracteriza a estrutura federativa.

Hipóteses
A intervenção não é obrigatória. Segue princípio da discricionariedade do
presidente, seja por oportunidade ou conveniência;

Pode acontecer de forma:

Espontânea Provocação
Caso as altas cúpulas do judiciário
impuserem a intervenção, deve-se
ser cumprida. A decisão do
presidente não é considerada

Aula 04 - UA2, PT. 3 2

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