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Formas de Estado

Estados Unitários
Estados Compostos
Federalismo
Federalismo Brasileiro

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado


STRECK, Lenio Luiz. Ciência política e teoria do estado
Forma de Estado
Forma de organizar os elementos do Estado (poder – povo
– território)
Distribuição do poder político
Segundo o critério de unidade ou pluralidade de poderes
políticos:
Simples ou unitários
Compostos ou complexos
Estado Unitário ou simples

Forma dos Estados até final do século XVIII.


Forma mais comum de Estado.
Há um único centro irradiador de decisões políticas expressas
em lei.
Existe apenas um poder político.
O órgão que exerce a soberania nacional é único para todo o
território.
Estado Unitário ou simples

Desconcentrado
Descentralizado
Regional
Estado Unitário - Lenio Streck
Aspectos Positivos Aspectos negativos
1) ameaça à autonomia criadora das
1) a existência de uma só ordem
coletividades menores com o
jurídica, política e administrativa; desaparecimento dos grupos sociais
2) o fortalecimento da autoridade intermediários asseguradores das liberdades
estatal; individuais;
3) o reforço da unidade nacional; 2) sobrecarga administrativa do poder
4) uma burocracia única que, central;
assim, seria eficaz e racionalizada; 3) estancamento do autogoverno e
5) impessoalidade e imparcialidade desvinculação em face dos problemas
no exercício das prerrogativas de públicos;
governo. 4) temas de interesse local resolvidos no
plano da legislação nacional;
5) retardamento das decisões
administrativas.
Estado Unitário

Uma só ordem jurídica, política e administrativa.


Inexistência de coletividades inferiores dotadas de organismos e
competências próprias.
Unidade de sistema jurídico, excluindo qualquer pluralidade
normativa.
Único centro de decisão constituinte e legislativo.
Centralização da execução das leis e da gestão dos serviços.
Não existe autonomia dos agentes locais.
Estado Unitário -
Estratégias de desconcentração
Não cria agentes administrativos independentes.
As autoridades centrais designam agentes locais (dependem das
autoridades centrais).
Os agentes inferiores atuam como executores e controladores,
obedecendo o comando do poder central.
Transferência o poder de decisão das autoridades centrais para os
representantes locais.
Ausência de escolha (pelo povo) das autoridades locais.
As decisões são tomadas localmente e não na sede.
Estado Unitário
descentralização administrativa
Na descentralização administrativa com dependência frente ao Estado
Unitário, atua-se a partir da coletividade imediata, mas só
administrativamente.
A descentralização administrativa afeta apenas a organização da
administração pública, o que também implica, é claro, consequências
políticas.
Estado Regional
No Estado Regional ocorre uma descentralização, que pode ser
administrativa e política.
A descentralização política é sempre a nível territorial: são
províncias ou regiões que se tornam politicamente autônomas
por os seus órgãos desempenharem funções políticas,
participarem ao lado dos órgãos estaduais, no exercício de
alguns dos poderes ou competências de caráter legislativo e
governativo
Forma unitária com descentralização não elimina a completa
superioridade política e jurídica do poder central.
Estado Regional
Existe um poder político constituinte nacional, que
logicamente também tem seus poderes legislativos
estabelecidos pela Constituição e as regiões ( outros centros
de decisão política) com poderes exclusivamente legislativos
concedidos pela Constituição.
As regiões não dispõem do poder constituinte, pois o estatuto
regional tem de ser aprovado pelo órgão central.
As regiões não são unidades políticas distintas dos Estados.
As regiões são criadas pelo poder central e suas atribuições
políticas podem vir a ser alargadas como extintas por ele e
não por poder próprio.
Estado Regional

O grau de descentralização é variável.


Todo o território pode se dividir em regiões autônomas.
Pode existir regiões politicamente autônomas e regiões
apenas com descentralização administrativa (Estado
regional parcial).
A organização das regiões pode ser idêntica para todas
(Estado regional homogêneo) ou existir uma
organização diferenciada, isto é, regiões com estatuto
comum e outras de estatuto especial (Estado regional
heterogêneo).
Paraguai - Constituição Política de 1992

Art. 1o- Estado social de direito, unitário,


indivisível e descentralizado na forma que se
estabelece na Constituição e nas leis
Artigo 156 Para efeitos de estruturação
político-administrativa do Estado, o território
nacional divide-se em departamentos, concelhos e
distritos, que, nos limites desta Constituição e das
leis, gozam de autonomia política, administrativa e
regulamentar de gestão de seus interesses, e de
autarquia na arrecadação e aplicação de seus
recursos.
O país está dividido em 17 departamentos.
Espanha - Constituição de 1978
Artigo 2
A Constituição fundamenta-se
na indissolúvel unidade da
Nação espanhola, pátria comum
e indivisível de todos os
espanhóis, e reconhece e garante
o direito à autonomia das
nacionalidades e regiões que a
integram e a solidariedade entre
17 comunidades autônomas
todas elas.
02 cidades autônomas
(Ceuta e Melilla)
Portugal ( Constituição de 1976)
Artigo 6.º
1. O Estado é unitário e respeita na
sua organização e funcionamento o
regime autonómico insular e os princípios
da subsidiariedade, da autonomia das
autarquias locais e da descentralização
democrática da administração pública.
2. Os arquipélagos dos Açores e da
Madeira constituem regiões autónomas
Portugal Continental - dividido em 18 dotadas de estatutos político-
distritos, administrativos e de órgãos de governo
Portugal - parte insular (regiões próprio.
autónomas)
Estados Compostos
Ocorre a associação ou união de Estados dando origem a um
novo Estado que os vai englobar ou integrar.
São aqueles que compõem uma pluralidade de estados.
Podem ser compostos de:
Estados com soberania internacional
Estado cuja soberania internacional corresponde apenas à
sua União, mas suas divisões internas têm certos poderes
autônomos.
União Pessoal, União Real, Confederação, Federação.
União Pessoal
Existe a coincidência da designação da mesma pessoa como
Chefe de Estado conforme o ordenamento dos Estados
envolvidos.
A duração da união é transitória, permace enquanto persistir a
coincidência que a mesma pessoa esteja no governo de dois ou
mais Estados.
Cada Estado independente tem seu chefe de estado, mas é a
mesma pessoa natural que tem o caráter de chefe de Estado nos
países da União.
Internacionalmente, cada Estado tem total soberania e é um
verdadeiro sujeito do Direito Internacional.
Exemplos de União Pessoal
Espanha e Sacro Império Romano-Germânico durante o reinado
de Carlos V
Portugal e Espanha de 1580 a 1640
Inglaterra e Escócia de 1603 a 1707
Grã-Bretanha e Hanover de 1714 a 1837
Países Baixos e Luxemburgo de 1816 a 1890
Portugal e Brasil em 1826 com D. Pedro IV (D. Pedro I do
Brasil)
Reino Unido e os Estados independentes membros da
Commonwealth que têm o soberano do Reino Unido como
Chefe de Estado (Canadá, Austrália, Nova Zelândia, entre
outros)
União Real
Dois ou mais estados independentes se reúnem.
A unidade deriva da conclusão de um acordo entre os Estados
soberanos.
A autoridade máxima é confiada a um único chefe de Estado.
A união dos Estados é tão próxima que, internacionalmente,
existe apenas uma entidade legal internacional, embora
internamente cada Estado regule legalmente suas próprias
instituições.
Os estados perdem sua soberania internacional e apenas retêm
sua soberania interna.
Exemplos União Real

De 1814 a 1905 Suécia


e Noruega.

O Império Austro-Húngaro
foi um resultado da união real
da Áustria e da Hungria, de
1867. Após a Primeira
Guerra Mundial essa união se
desintegrou.
Confederação
Sociedade de Estados juridicamente iguais, que se conservam soberanos.
É instituída por tratado.
Não chega a surgir um novo poder político ou mesmo uma autoridade supra
estadual .
Não gera uma cidadania. Não possui território próprio.
Cria uma relação jurídica internacional, um sistema de coordenação de
vontades políticas, cuja base contratual fundamenta-se numa limitação
consentida da soberania de cada Estado-membro para consecução de fins
comuns.
Tem personalidade internacional.
É criado um órgão permanente comum, com o nome de assembleia ou dieta,
composto por representantes dos Estados que compõem a Confederação.
Os representantes estão sujeitos às instruções de seus respectivos governos.
Direito de secessão - Conservando intacta a soberania, podem os Estados
participantes denunciar o tratado e retirar-se da Confederação.
São exemplos de Confederação:
Confederação dos Países Baixos (1579)
Confederação dos Estados Unidos (1778-1787)
Confederação Suíça (1815-1848),
Confederação do Reno (1806-1813)
Confederação Alemã (1815-1866).
Federação
Foedus ( pacto ou aliança)
século XVIII - EUA - 1787
Estratégia de descentralização do poder político
Repartição rígida de competências entre o órgão do
poder central, denominado União, e as organizações
regionais conhecidas por Estados-Membros.
Os estados/províncias gozariam de esferas de
autonomia em seu próprio território, bem como
direito à representação nas decisões nacionais.
Federação - EUA

4 de julho de 1776 - Declaração de Independência das


antigas colônias da Inglaterra na América do Norte.
Estados independentes, soberanos.
Em 1781 - Confederação formada pelos treze estados
soberanos originados das antigas colônias.
Em 1787 - Convenção da Filadélfia – Constituição -
primeira República Federativa e Presidencialista.
Submetido a um processo de ratificação pelos Estados que
integravam a antiga Confederação e que, portanto,
renunciaram a sua soberania.
Quanto à modo de formação:

Federalismo por agregação


Estados resolvem abrir mão de sua soberania e formam
um novo Estado, agora, Federativo, passando a ser, entre
si, autônomos.
Estados Unidos.

Federalismo por desagregação


A federação surge a partir de um determinado Estado
unitário que resolve descentralizar –se.
Brasil Constituição de 1891.
Quanto ao modo de separação de atribuições :
Federalismo dual
Estados Unidos em sua origem. Tendência de submissão do governo
federal.
A separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente
rígida, não se falando em cooperação entre eles.
O governo central não tem autoridade regulamentadora para intervir
nos assuntos econômicos e sociais em escala nacional.
A Constituição norte-americana não definiu, de forma específica, como
deveria ser a divisão das responsabilidades fiscais, o que permitiu a
alternância das forças relativas às diferentes esferas de governo ao longo
dos anos.
A aprovação da Décima Quarta (1868) e da Décima Quinta Emendas
(1870) atribuiu maior importância ao governo federal quanto à
definição de metas nacionais comuns, sobretudo na área dos direitos
individuais.
Quanto ao modo de separação de atribuições:
Federalismo cooperativo

EUA – Surge após a crise econômica de 1929 e a implantação da


política do New Deal, pelo Presidente Franklin Roosevelt.
Diminui a rigidez do modelo dual.
Maior intervenção da União no domínio econômico, a fim de
garantir o modelo do Estado de bem-estar social, a partir de
uma livre cooperação da União com as entidades federadas.
Atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente.
Crise do Estado de Bem-Estar Social no início dos anos 1970,
com uma retomada da visão em favor de uma maior
descentralização.
Brasil (1988) - Estado do Bem-Estar Social.
Características da Federação

Criação de um Estado único – União.


Um poder novo e distinto, o poder federal, surge acima dos
poderes políticos dos Estados nela integrantes.
Quando os Estados ingressam na federação perdem sua
soberania e preservam uma autonomia política limitada
estabelecida pela Constituição.
Participação dos Estados federados na formação e na
modificação da Constituição federal, seja por via
representativa, seja por referendos parciais.
A Soberania é desempenhada pelo Estado Federal - a União.
Base jurídica – Constituição e não um tratado.
A integração política e jurídica cabe à Constituição federal.
A Cidadania é atribuída pelo Estado Federal - União.
Cada cidadão fica simultaneamente sujeito a duas
Constituições - a federal e a do estado federado, sendo
submetido aos atos provenientes de órgãos legislativos,
executivos e jurisdicionais de ambos.
Não existe direito de secessão - o vínculo é indissolúvel.
Em algumas Constituições é expressa tal proibição.
A Constituição (1936) da ex-União Soviética era uma exceção
a essa regra, pois o art. 17 da Constituição previa a saída
livremente das Repúblicas federadas. A atual Constituição da
Federação Russa (1993) permite a saída de membros desde que
haja concordância da Federação Russa.
Distribuição de competências próprias a cada um dos entes
federados determinadas pela Constituição (expressas,
residuais e concorrentes)
Renda própria a cada esfera de competência.
Competência – encargos – receitas – recursos próprios
para cumprir os encargos de cada membro.
O poder político é partilhado entre os governos federal e
estaduais (e os municípios).
Repartição bicameral no legislativo federal.
Governo federal – participação das unidades federadas
(Senado – órgão legislativo de representação dos
Estados) e do povo (Câmara dos Deputados)
Histórica do Federalismo Brasileiro
fases de descentralização e centralização
Entre 1891 a 1929 - influências liberais - descentralização e
autonomia dos entes federados. Governo central fraco era
acompanhado por estados independentes fortes, com o poder de
regular e tributar o comércio interno e externo. Reforço das
hierarquias locais existentes - poder das oligarquias.
O poder político nacional - centrado em poucos estados -
Minas Gerais e São Paulo.
Descontentamento das oligarquias marginalizadas - eleições
presidenciais de 1930 - Vargas.
Histórica do Federalismo Brasileiro
fases de descentralização e centralização
1930-1945 - O período Vargas
formalmente federativo.
processo altamente centralizador na esfera política, com
redução de influências das oligarquias estaduais e aumento da
descentralização fiscal e administrativa com maior participação
nas receitas totais do governo.
O renascimento de ideias liberais, que visavam à descentralização
federal.
1946-1964 - nova descentralização no período democrático
marcado pelo enfraquecimento do poder central e pela
autonomia dos estados-membros
Histórica do Federalismo Brasileiro
fases de descentralização e centralização

1964 – a 1988 - Regime Militar. - Período


centralizador.
Extinção dos partidos políticos
Fim da eleição popular para governadores
Autonomia fiscal dos entes federados foi reduzida,
tornando-os dependentes das transferências
provenientes da União.
1988 - A República Federativa do Brasil

Art. 1°, caput, da Constituição da República de 1988


(CR/88), constitui-se em um Estado Democrático de
Direito, formado pela união indissolúvel dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal.
Art. 18. A organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
Art. 60 § 4º Não será objeto de deliberação a
proposta de emenda tendente a abolir: I- a forma
federativa de Estado
A Constituição de 1988 estruturou um sistema
que combina competências exclusivas,
privativas com competências comuns e
concorrentes
Fundamentado no princípio da predominância
do interesse
União - matérias e questões de
predominante interesse geral, nacional.
Estados - matérias e assuntos de
predominante interesse regional.
Municípios - assuntos de interesse local
Distribuição de Competências
Exclusiva da União
Privativa da União
Comum
Concorrente
Residual ou remanescente dos Estados
Municípios - Exclusiva e Suplementar
Exclusiva da União - Indelegável - Competência política/administrativa – (art.
21 da CF) Ex.: emitir moeda, conceder anistia, assegurar a defesa nacional;
etc.
Privativa da União – Ex.: Legislar sobre o direito civil, comercial, penal,
processual (art. 22 da CF) etc.
Comuns – Ex.: Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
das pessoas portadoras de deficiência (Art. 23, II da CF) etc.
Concorrentes entre União e Estados – (Art. 24 da CF) Ex.: (I) legislar sobre
direito tributário, (II) orçamento, (XII) previdência social, proteção e defesa
da saúde, etc.
Poderes remanescentes para os Estados (art. 25, § 1º da CF): São reservadas
aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Poderes definidos indicativamente para os Municípios (art. 30 da CF)
Ex.: (I) legislar sobre assuntos de interesse local; (II) suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber, (III) instituir e arrecadar os tributos de sua
competência, (VII) - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.
União Europeia - Histórico
TRATADO DE ROMA – TRATADOS CEE E EUROTOM (1957)
Instituiu a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Comunidade
Europeia da Energia Atômica (EURATOM)
Países fundadores - França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo e
Itália
1973 - Dinamarca, Irlanda, Reino Unido
1981 - Grécia

ATO ÚNICO EUROPEU (1986)


Alargou as competências da CEE. Criação de um mercado único
europeu, abolindo as fronteiras internas e permitindo a livre circulação de
pessoas, mercadorias, serviços e capitais;
1986 - Espanha, Portugal
União Europeia - Histórico
TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA – TRATADO DE MAASTRICHI
(1992)
Altera a forma de cooperação entre os Estados membros e a designação de
CEE para União Europeia
1995- Áustria, Finlândia, Suécia

TRATADO DE NICE (2001)


Alterações nos tratados da União Europeia modificando o funcionamento
da Comissão e redefinição do sistema de votação do Conselho.
2004 - Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia,
Malta, Polónia, República Checa
2007 - Bulgária e Roménia.
União Europeia - Histórico
TRATADO DE LISBOA (13 de dezembro de 2007)
Reforço dos poderes do Parlamento Europeu, alteração dos
processos de votação no Conselho, introdução da iniciativa de
cidadania europeia, criação dos cargos de Presidente do Conselho
Europeu e de Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a
Política e Segurança, bem como de um novo serviço diplomático da
UE

Trata da repartição de competências da UE, competências dos países da


UE e competências partilhadas.
Trata dos objetivos e valores da UE .
Instituições da União Europeia
Parlamento Europeu
Conselho Europeu
Conselho da União Europeia
Comissão Europeia
Tribunal de Justiça da União Europeia
União Europeia - O Parlamento Europeu
Composição:
Os cidadãos europeus elegem diretamente os deputados ao Parlamento
Europeu ( 705 eurodeputados) a cada 5anos. Qualquer cidadão da UE pode
votar. Os deputados com pontos de vista políticos semelhantes trabalham em
conjunto nos grupos políticos, tal como nos parlamentos nacionais, em vez de
formarem grupos de acordo com a sua nacionalidade.

Função:
Decisões sobre a legislação da UE em conjunto com o Conselho da União
Europeia. Se o Parlamento e o Conselho não chegarem a acordo sobre um ato
legislativo, não haverá nova legislação. O Parlamento elege o presidente da
Comissão Europeia e tem o direito de aprovar ou destituir toda a Comissão
Europeia. Além disso, aprova o orçamento da União Europeia.
União Europeia - O Conselho Europeu

O Conselho Europeu reúne os líderes eleitos dos


países da UE, ou seja, os chefes de Estado ou de
Governo.
Estes reúnem-se, pelo menos, quatro vezes por ano.
O Conselho Europeu define as principais prioridades
e orientações políticas gerais da UE.
O seu presidente é eleito a cada dois anos e meio.
União Europeia - O Conselho da União Europeia
Representa os governos dos países da UE.
No Conselho, os ministros de todos os países da UE reúnem-se
para debater e tomar decisões sobre as políticas e legislação.
O assunto em debate determina os ministros que devem
comparecer à reunião.
O Conselho é um dos dois órgãos da UE com poder legislativo.
O Conselho toma a maior parte das decisões mediante votação
por maioria e, em alguns casos, por unanimidade.
A Presidência do Conselho é assumida por um país da UE
diferente a cada seis meses.
União Europeia - A Comissão Europeia
A Comissão Europeia é composta por 27 comissários — um por
cada país da UE. Juntamente com o presidente da Comissão
Europeia, os comissários constituem o poder executivo da UE,
sendo responsáveis pelo seu funcionamento diário.
O mandato da Comissão Europeia é de cinco anos.
O presidente da Comissão Europeia é indicado pelos Estados-
Membros através do Conselho Europeu e é formalmente eleito pelo
Parlamento Europeu.
Os outros comissários são propostos pelos governos dos respetivos
países e aprovados pelo Parlamento Europeu.
União Europeia - Tribunal de Justiça da União Europeia

O Tribunal de Justiça assegura queas leis sejam interpretadas e


aplicadas uniformemente.
Se um tribunal nacional tiver dúvidas sobre a interpretação desta
legislação, pode solicitar esclarecimentos ao Tribunal de Justiça.
Os países nem sempre aplicam a legislação da UE na íntegra.
Neste caso, a Comissão ou outro país da UE pode submeter a questão à
apreciação do Tribunal de Justiça.
O Tribunal está sediado no Luxemburgo e é composto por um juiz por
cada país da UE.
União Europeia - competências
Exclusiva da UE – Ex.: União aduaneira, Política monetária para
os Estados-Membros cuja moeda seja o euro; Estabelecimento das
regras de concorrência necessárias ao funcionamento do mercado
interno ....
Partilhada entre a UE e os Estados-Membros - (os Estados-
Membros só podem agir se a UE optar por não o fazer) Ex.:
Política social, Defesa dos consumidores, Transportes...
UE tem competência para apoiar, coordenar ou completar a ação
dos Estados-Membros. Ex.: Proteção e melhoria da saúde humana;
Indústria; Cultura; Turismo; Educação, formação profissional,
juventude e desporto
União Europeia

União Europeia não é uma estrutura acabada, mas antes um


sistema em construção cujos contornos finais não estão ainda
definidos.
O único ponto comum entre as organizações internacionais
tradicionais e a União Europeia reside no fato de a União também
ter nascido de um tratado internacional.
Os Estados-Membros renunciaram a uma parte da respectiva
soberania em favor da União.
A renúncia de uma parte da respectiva soberania em favor da
União levanta a questão de ser possível concluir que a estrutura da
UE já se identifica com a de um Estado federal???
União Europeia
As competências das instituições da União Europeia estão
circunscritas à realização dos objetivos consagrados pelos tratados
e a certos domínios para os quais possuem competências definidas
especificamente.
Estas instituições não podem, por isso, fixar livremente os
respectivos objetivos, nem responder a todos os desafios de um
Estado.
À União Europeia falta a plenitude de competências que caracteriza
um Estado e a faculdade de instituir novas competências (a
chamada competência das competências).

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