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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

ESTÁGIO: Atividade Especial Coletiva Estágio Supervisionado de Formação de Professores III


DOCENTES: ZILANA TEIXEIRA MARCELINO
DISCENTES: Humberto Felipe de medeiros

HUMBERTO FELIPE DE MEDEIROS


RELATORIO DE ESTAGIO E O CAPACITISMO NA ESCOLA

Projeto de colaboração apresentado ao curso de Graduação em


Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito para obtenção de nota na disciplina Atividade
Especial Coletiva Estágio Supervisionado de Formação de
Professores III.

NATAL
/RN

2022
RELATÓRIO DE ESTÁGIO

1- INTRODUÇÃO
O relatório que se inicia designa a atender as exigências vigentes na disciplina de
Estágio Supervisionado para a Formação de Professores III, do curso de Pedagogia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, com o objetivo de contemplar os eixos
básicos de ensino, pesquisa e extensão e relacioná-los aos saberes decorrentes das aulas
vivenciadas e o cotidiano do setor de direção e coordenação de uma instituição educacional.
A Escola Estadual Rômulo Wanderley (CNPJ: 01936651/0001-50), situada na Rua
Paratinga S/Nº Conjunto Soledade I, no bairro Potengi, Zona Norte da cidade de Natal.
O nome da instituição educacional é uma homenagem ao advogado e também professor
Rômulo Chaves Wanderley o qual exerceu também atividades como historiador, jornalista,
cronista e orador. Era natural de Açu onde nasceu no dia 3 de abril de 1910. Rômulo Wanderley
foi também secretário da Prefeitura de Angicos e vereador no mesmo município. A figura
ilustre morou em Natal, tendo estudado no Colégio Marista e Atheneu. Como jornalista
escreveu por mais de quinze anos no jornal “Tribuna do Norte”. Foi autor de vários livros,
vindo a falecer em Natal no dia 7 de janeiro de 1971.
Fundada em 21 de agosto de 1985, a E. E. Rômulo Wanderley encontra-se situada na
rua Paratinga s/nº, Conjunto Potengi, na Zona Norte da cidade de Natal/RN. Ocupa uma área
construída de 1.385,72 m² e encontra-se bem preservada em sua estrutura. A referida escola
possui oito salas de aula; diretoria; secretaria; sala para os professores; sala de espera; cozinha;
sala de vídeo; biblioteca; sala de leitura; sala de informática; três depósitos; dois banheiros para
professores; dois blocos de banheiros para alunos (masculino e feminino) e quadra de esportes.
Foi feita recente reforma para a construção de rampas de acessibilidade, troca de piso e
revestimento dos banheiros e adequação para alunos com deficiência.
A atual diretora, Elisrayane - Elis -, como é conhecida na escola, nos informou que a
escola recebe recursos provenientes do Ministério da Educação (MEC), através dos seguintes
programas: PDE - Programa de Desenvolvimento da Escola; PDDE - Programa Dinheiro Direto
na Escola e PNAE - Programa Merenda Escolar.
A escola supracitada atende o segmento de ensino fundamental I e II e no período,
encontram-se matriculados 478 alunos na instituição conforme o relatório de ocupação de vagas
(Anexo A), e tem seu corpo docente formado por 23 professores efetivos, 3 temporários e 2
coordenadoras. Possui também duas profissionais concursadas e efetivas no cargo de Suporte
Pedagógico.
Ao procurarmos a instituição, fui bem atendido pela Diretora, Elisrayane Talita Barbosa
Soares da Câmara, também pela Vice-diretora, Laíz Carlos de Araújo Maia, e pela
Coordenadora Pedagógica, Maria de Fátima de Andrade Lima Araújo, as quais prontamente
puseram-se a nosso dispor.

A Constituição Federal, instrumento de cidadania, expõe, entre outras palavras,


que a educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL,1988). Nesse contexto, o direito à
inclusão da pessoa com deficiência no ambiente escolar, de modo a garantir que outros
direitos se efetivem deve ser levado em consideração. Vale salientar que, a matrícula de
pessoas com deficiência na escola regular, não é garantia de aprendizagem, de inclusão,
muito menos garantia de que elas poderão exercer seus direitos em condições de
igualdade com os demais

Nesse sentido, pensando na perspectiva da inclusão, que visa uma sociedade


justa e igualitária, onde todos são respeitados considerando suas especificidades, é
necessário levar à reflexão um tema que vem sido debatido com mais ênfase nos últimos
anos, o capacitismo. O termo é pouco conhecido, mas traz grandes reflexões acerca de
como devemos nos conscientizar e não propagar preconceitos que têm como
consequência a exclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Dito isto, o projeto de
colaboração busca envolver a escola nessa discussão, trazendo à luz caminhos que possibilitam
o combate e a superação das posturas, atitudes e expressões capacitistas dentro desse ambiente
que deve ser essencialmente democrático.

Segundo Riscal; Riscal; Stabelini (2020, p.4) a coordenação é uma função de origem até
recente nas escolas públicas. A discussão sobre a necessidade de um profissional da educação
exercer atividades de coordenação do trabalho pedagógico começou na década de 1980 e
paulatinamente tornou-se reivindicação do movimento de sindicatos e associações docentes,
como uma maneira de democratização da práxis educativa. Como vimos, o centro de ação do
coordenador pedagógico é a organização do trabalho educativo na instituição escolar, o qual
deve ser executado em colaboração com a direção, professores e toda comunidade escolar.
Consiste em articulação, planejamento, execução e avaliação das açoẽs pedagógicas realizadas
no âmbito escolar.
De acordo ainda com esses autores, por se tratar de atividade recente, algumas tarefas
realizadas por esse profissional ainda estão em processo de discussão e consolidação. A falta de
definição mais precisa acarreta, em algumas situações, possíveis desvios de função podendo,
em alguns casos, transformar o coordenador em uma espécie de “faz tudo” na escola.
Na escola Estadual Rômulo Wanderley, essa função é exercida por Maria de Fátima de
Andrade Lima Araújo ou simplesmente “Fatinha” como é carinhosamente conhecida na
instituição de ensino. Fatinha iniciou sua trajetória na escola em 1981 onde foi convidada a
trabalhar como professora da pré-escola no turno intermediário. Em 1892 tornou-se estatutária
como professora permanente do Estado. Até 2003 passou por todas as turmas da pré-escola ao
5º ano - chamado de série na época. No mesmo ano foi convidada pelo governador Garibaldi
Alves para assumir o cargo de diretora da escola. No entanto, preferiu ser vice-diretora ao
ocupar o cargo de uma pessoa que gostava muito na época, a qual estava candidata à reeleição.
Ficou nesse cargo de 2003 a 2005 trabalhando com outra diretora nomeada pela SEEC. Em
2006, no primeiro ano de eleição nas escolas estaduais, Fatinha se candidatou e ganhou a
eleição com 98% dos votos. Ficou na direção até 2008 quando terminou seu mandato. Assumiu
a coordenação em 2009 permanecendo no cargo até 2011. Em 2012 candidatou-se ao cargo de
direção, novamente sendo eleita e atuou até 2015. Recebeu uma portaria da SEEC para que
permanecesse no cargo até 2016. Houve nova eleição e Fatinha continuou diretora até 2019.
Atualmente está na coordenação esperando sua aposentadoria. Toda a sua trajetória na
educação foi dedicada à mesma escola onde até hoje é muito querida e respeitada tanto pelos
colegas como pela comunidade.
De acordo com a Coordenadora, sua perspectiva de trabalho é baseada na gestão
democrática, assim como os demais gestores da escola, algo que nós pudemos confirmar
durantes as reuniões e discussões que tivemos acesso, uma vez que, todos os atores,
professores, alunos, pais e a comunidade, são ouvidos e considerados para que as decisões
fossem tomadas mediante negociações, ou seja, há um princípio participativo e colaborativo na
administração e realização dos processos pedagógicos da escola. E sobre a gestão democrática,
Gadotti (2014, p. 2), pondera:
A gestão democrática não é só um princípio pedagógico. É também um
preceito constitucional. O parágrafo único do artigo primeiro da Constituição
Federal de 1988 estabelece como cláusula pétrea que “todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”,
consagrando uma nova ordem jurídica e política no país com base em dois
pilares: a democracia representativa e a democracia participativa (direta),
entendendo a participação social e popular como princípio inerente à
democracia.

Claro que, para seguir os princípios de uma gestão democrática, enfrenta-se o grande
desafio de garantir, efetivamente, a participação de todos os envolvidos nas decisões que
envolvem o funcionamento da escola como um todo. Mas a proposta de uma escola aberta à
comunidade e integrada com todos aqueles que a compõem, existe.
Falando mais sobre as atribuições da coordenação pedagógica, na escola em questão, podemos
dizer que existe uma mescla de atividades operacionais, administrativas e pedagógicas. Ou seja,
a Coordenadora Pedagógica se desdobra para dar conta de muitas demandas, por exemplo: se
responsabiliza pelos assuntos administrativos quando a diretora não está presente; lida
diretamente com os pais ou responsáveis pelas crianças quando surge algum problema;
responde pelas reuniões pedagógicas que envolvem planejamento, quinzenal e 'cobranças' junto
aos professores acerca das atividades, e desenvolvimento dos educandos no sentido de analisar
como está ocorrendo o processo; responde pela atualização dos boletins das crianças,
frequência e possíveis transferências; auxilia e orienta os professores com pesquisas e
elaboração de atividades;
Percebemos que há uma relação de colaboração entre os discentes e a
coordenação no sentido de propiciar, tanto um bom ambiente de trabalho, quanto um
trabalho de qualidade visando beneficiar os educandos

2 JUSTIFICATIVA
O contexto que motivou a escolha do tema abordado nesse projeto de colaboração
surgiu durante o conversas com outros colegas sobre instituições de ensino para se estagiar.

De acordo com Vendramin (2019), “o capacitismo é a leitura que se faz a respeito de


pessoas com deficiência, assumindo que a condição corporal destas é algo que, naturalmente, as
define como menos capazes.” Este, manifestado por meio de expressões ou atitudes, pode impor
limites e resultar na exclusão das pessoas com deficiência na sociedade, no ambiente em que
está inserido. Ainda de acordo com Vendramin (2019), o capacitismo está presente em situações
sutis e subliminares que são acionadas pela propagação de um senso comum ligando a imagem
da pessoa com deficiência a uma das variações dos estigmas construídos socialmente. Atitudes
ou expressões capacitistas, intencionais ou não, podem reduzir a pessoa com deficiência à sua
condição.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com


Deficiência), visando a inclusão social e cidadania dispõe em seu Art. 4º o seguinte texto
“Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e
não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.” Nesse sentido, buscamos desenvolver uma
pesquisa que identificasse discursos e atitudes capacitistas, bem como, suas implicações no
desenvolvimento da pessoa com deficiência no ambiente escolar.

Desse modo, a relevância do projeto ser realizado com a colaboração de um grupo de


sete estudantes com deficiência do turno vespertino, como também, funcionários e Equipe
Técnica Pedagógica - ETEP, se deve a importância de identificar os entraves que se apresentam
no caminho rumo à inclusão de fato.
3 OBJETIVO GERAL
- Investigar como o capacitismo se manifesta no ambiente escolar.

4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar atitudes capacitistas que resultam na exclusão do aluno com deficiência;
- Evidenciar os aspectos a serem melhorados para promoção da inclusão.

5 REFERENCIAL TEÓRICO

A concepção de deficiência vem se modificando ao longo dos anos de acordo com a


sociedade e as crenças de cada época, segundo Marchesan (2017), a deficiência esteve
relacionada por muito tempo a castigos divinos, seres amaldiçoados, explicações sobrenaturais,
o que levava a segregação ou exclusão da pessoa com deficiência da sociedade, depois ocorreu a
mudança de associação de deficiência como algo divino para um desvio biológico, e deste
segundo, para um aspecto social. É importante ressaltar que para que ocorra a inclusão de fato,
devemos considerar a necessidade de cada sujeito no meio em que está inserido, e neste sentido,
o ambiente em que a pessoa com deficiência está inserida pode potencializar ou não sua
deficiência. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, dispõe em seu Art. 2º:

Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de


longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual,
em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas. (BRASIL, 2015)

Nesse contexto, a escola tem um papel fundamental, já que não basta inserir a pessoa
com deficiência no ambiente escolar, é necessário que esse ambiente esteja adequado para
recebê-la. A escola pode e deve organizar-se para oferecer meios que eliminem as barreiras
fazendo com que as pessoas com deficiência possam exercer seus direitos em condições de
igualdade.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com


Deficiência) em seu Art. 3º define e destaca as barreiras que impedem a participação plena e
efetiva dessas pessoas na sociedade:

Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que


limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a
fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de
movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à
compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas
em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos
e privados abertos ao público ou de uso coletivo;
b) barreiras arquitetónicas: as existentes nos edifícios públicos e
privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de
transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave,
obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a
expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por
intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da
informação;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou
prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em
igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da
pessoa com deficiência às tecnologias. (BRASIL, 2015, Art.3º)

Podemos destacar dentre as barreiras apresentadas acima, as barreiras atitudinais,


ligadas diretamente ao capacitismo, que discrimina a pessoa devido a sua condição de
deficiência, impedindo-a de exercer seus direitos como os demais. Ainda de acordo com a Lei
13. 146/2015 Art. 4º:

§ 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma


de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o
propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o
reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.
(BRASIL, 2015).

Nesse sentido a escola, desenvolve um trabalho que tem como objetivo geral “Definir
diretrizes que promovam a inclusão de pessoas com necessidades educacionais específicas
(PNEEs), buscando o respeito às diferenças e à igualdade de oportunidades.”

É impossível pensarmos em uma escola verdadeiramente inclusiva sem darmos atenção


às barreiras impostas pela sociedade, como o capacitismo. Dito isto, é importante que a escola
realize ações que promovam a superação dessas barreiras proporcionando uma educação que
estimule o potencial das pessoas com deficiência, mantendo o foco na capacidade, respeitando as
especificidades, e oferecendo a elas o direito de exercer em condições de igualdade todos os
seus direitos.
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Foi escolhido abordar o “capacitismo”. Sendo assim, seguimos etapas que passaram por:
consultas a trabalhos científicos que abordam assuntos relacionados ao capacitismo,
levantamento do número de alunos atendidos pela escola, bem como elaboração do
questionário e dos termos de consentimento e assentimento.

Para alcançar os objetivos relatados nessa pesquisa utilizamos como instrumento para coleta de
dados, um questionário composto de vinte e uma perguntas, sendo vinte fechadas (nele
apresentamos três alternativas de respostas para que o estudante escolhesse uma delas), e uma
pergunta aberta, que permitiu ao estudante liberdade de resposta e escrever abertamente o que
achou conveniente relatar. Os estudantes responderam ao questionário, separadamente, em uma
sala disponibilizada para esse fim. Segundo Gil (2008) o questionário apresenta uma série de
vantagens, dentre elas destaco: a possibilidade de atingir grande número de pessoas; garantia de
anonimato das respostas; a liberdade de responder no momento que julgarem mais conveniente.
O processo de construção do questionário se deu após a definição dos objetivos da pesquisa.
Segundo Gil (2008, p. 124):

O questionário constitui hoje uma das mais importantes técnicas


disponíveis para a obtenção de dados nas pesquisas sociais.
Entretanto, em virtude de haver vários termos que são frequentemente
utilizados como sinônimos, o termo questionário aparece muitas vezes
imerso em certa imprecisão. Assim, é comum falar-se em entrevista,
formulário, teste, enquete e escala com sentido próprio ao de
questionário.

Os estudantes e responsáveis pelas pessoas envolvidas nessa pesquisa assinaram termos


de consentimento e assentimento antes de responderem ao questionário. Os pais dos
participantes menores de idade, como também, os estudantes maiores de idade, assinaram um
termo de consentimento. Já os menores de idade, assinaram um termo de assentimento. Todos os
envolvidos, ficaram cientes por meio desses termos do objetivo geral e finalidade da pesquisa. O
tempo necessário para desenvolvimento desse projeto.
Por meio dessa pesquisa com sete estudantes com deficiência, espera-se a reflexão dos
envolvidos, estudantes e comunidade escolar, acerca da inclusão e exclusão de pessoas com
deficiência no ambiente escolar e contribuir com a definição de futuras ações de combate ao
capacitismo que se apresenta como barreira impeditiva a efetivação dos direitos adquiridos
pelas pessoas com deficiência.

7 CRONOGRAMA

DATA ATIVIDADE
30/09/22 Conhecer a escola e observação da estrutura.

Observação do secretariado, corpo docente e equipe


04/10/22 a 07/10/22 de apoio da escola.

10/10/22 Participação em reunião com a coordenadora


pedagógica e professores/ planejamento
quinzenal.
11/10/22 Pesquisa sobre o capacitismo, elaboração do
questionário.

14/10/22 Envio do questionário a supervisora pedagógica


para revisão e possíveis
ajustes.
17/10/22 Final das entrevistas

19/10/22 Revisão do Projeto

21/10/22 Reunião com a coordenadora pedagógica p finalizar os


desafios da gestão junto aos estudantes com
necessidades educacionais especiais

8 AVALIAÇÃO DO PROJETO

Após a coleta de dados e entrega dos dados obtidos por meio de questionário aplicado
aos estudantes com deficiência, os gestores, responderão a uma avaliação escrita composta por
cinco perguntas onde atribuirão notas de 0 à 10.

1 – O tema e problema investigado, o capacitismo, foi relevante?


2 – A metodologia utilizada estava adequada?

3 - Com o uso dos dados coletados por meio desse projeto, você conseguiu identificar as
atitudes e expressões capacitistas dentro da escola?
4 – Você conseguiu identificar os alunos que sofrem com o capacitismo na escola?

5 – O projeto contribuiu para que sejam elaboradas ações de combate ao capacitismo?

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O capacitismo se apresenta de diversas formas no ambiente escolar. Reconhecer que ele


existe, identificar como ele se manifesta, e planejar ações para combatê-lo, é fundamental para
que possamos desvincular das pessoas com deficiência padrões impostos pela sociedade que as
enquadram como incapazes. O padrão da “normalidade” pode e deve ser combatido, visto que
contribui para a exclusão das pessoas com deficiência da sociedade. A educação, propulsora de
tantos outros direitos, deve está organizada de modo a respeitar as diferenças e garantir os
direitos das pessoas com deficiência numa sociedade tão injusta e desigual

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Presidência da República, 2016. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 11 de outubro.
2022.

BRASIL. Lei nº 13.146/15. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 11
de outubro. 2022.

GADOTTI, Moacir. Gestão democrática da educação com participação popular no


planejamento e na organização da educação nacional. In: Conferência Nacional de
Educação. 2014.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Disponível
em: https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c- mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-
social-1989.pdf. Acesso em: 10 de outubro. de 2022.

MARCHESAN, Andressa. Discurso sobre a deficiência e algumas possibilidades de sentidos. Anais do


5º Encontro da Rede Sul Letras, p. 107, 2017.
RISCAL, S. A.; RISCAL, J.R.; STABELINI, A. M. O papel da coordenação pedagógica no
processo de democratização da escola pública. Disponível em:
file:///home/chronos/u85660389fe68f3dd40640c5cafbdc9dbd1fe3517/MyFiles/Downloads/
1341-3980-1-PB.pdf. Acesso em: 04/09/2021.
SANTOS, LL de CP; OLIVEIRA, Nilza Helena de. O coordenador pedagógico no contexto
de gestão democrática da escola. XXIII Simpósio ANPAE. Porto Alegre-RS, 2007.

VENDRAMIN, Carla. Repensando mitos contemporâneos: o capacitismo. Simpósio


Internacional Repensando Mitos Contemporâneos, 2019.
-ANEXOS
ANEXO A - Relatório de Ocupação de Vagas
ANEXO B – Ficha de Frequência – Humberto felipe de Medeiros
ANEXO C – Ficha de Avaliação – humberto Felipe de edeiros
ANEXO D- QUESTIONÁRIO

1 – Que espaço, além da sala de aula, gosta de frequentar na escola?


( ) Biblioteca ( ) Recepção ( ) Refeitório ( ) Sala do NAPNE ( ) Banco da árvore ( ) Pátio
principal ( ) Laboratórios ( ) Quadra poliesportiva ( ) Outro
2 – Você tem amigos na escola?

( ) Sim, muitos ( ) Sim, poucos ( ) Não


3 – Você sente dificuldades para interagir com seus colegas de turma?
( ) Sim ( ) Não ( ) Um pouco
4 – Você sente dificuldades para interagir com seus professores?
( ) Sim ( ) Não ( ) Um pouco
5 – Você sente dificuldade em realizar as atividades propostas pelos
professores? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
6 – Os professores costumam ajudar nas atividades quando sente
dificuldade? ( ) Sim, sempre ( ) Sim, às vezes ( ) Não
7 – Você já se sentiu ofendido por causa da sua deficiência? Com que
frequência? ( ) Sim, sempre ( ) Sim, às vezes ( ) Não
8 – Você se sente capaz de fazer qualquer coisa independente da sua deficiência?
( ) Sim, totalmente ( ) Sim, em partes ( ) Não
09 – Você já ouviu de algum professor da escola que você não pode fazer algo por causa da
sua deficiência?

( ) Sim, sempre ( ) Sim, às vezes ( ) Não

10 - Você já ouviu de algum colega de turma que você não pode fazer algo por causa
da sua deficiência?
( ) Sim, sempre ( ) Sim, às vezes ( ) Não

11 – A escola possui material didático adequado para atender às suas


necessidades? ( ) Sim ( ) Sim, mas não é suficiente ( ) Não
12 – Os profissionais da escola estão preparados para atendê-lo adequadamente?
( ) Sim, todos ( ) Sim, alguns ( ) Não
13 – Os métodos de ensino estão adequados?
( ) Sim, totalmente ( ) Nem todos os métodos estão adequados ( ) Não 14 – A
estrutura física da escola está adaptada às suas necessidades?
( ) Sim, totalmente ( ) Sim, em partes ( ) Não

15 – Alguém, no ambiente escolar, já realizou alguma atividade/tarefa por


você por acreditar que você não conseguiria fazer?
( ) Sim ( ) Às vezes ( ) Não

16 – Quando está acompanhado(a), alguma pessoa já dirigiu uma pergunta


que seria para você, mas foi direcionada ao seu acompanhante?
( ) Sim, com frequência ( ) Às vezes ( ) Não

17 – Você já ouviu a frase: “você é especial”, apenas por ser uma


pessoa com deficiência?
( ) Sim, com frequência ( ) Às vezes ( ) Não

18 – Você já ouviu a frase: “que bom que, apesar de tudo, você


é feliz”? ( ) Sim, com frequência ( ) Às vezes ( ) Não
19 – Você necessita de atividades com conteúdos
adaptados? ( ) Sim, totalmente ( ) Sim, às vezes
( ) Não
20 – Você se sente bem no ambiente escolar?
( ) Sim, sempre ( ) Sim, às vezes (
) Não 21 – Tem alguma coisa que você gostaria
de relatar?

ANEXO E- termo de consentimento


Eu, portador(a)
do CPF
, responsável pelo (a) estudante
, portador do CPF , autorizo sua participação nessa pesquisa desenvolvida pelo pesquisador
Humberto Felipe de Medeiros, portadora do CPF 03411487410,sob supervisão da coordenadora
pedagógica. Trata-se de pesquisa que fará parte de um projeto de colaboração apresentado à
disciplina de atividade especial coletiva estágio supervisionado de formação de professores III, do
Curso de Pedagogia Presencial/Natal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e tem como
objetivo geral investigar como o capacitismo se manifesta no ambiente escolar. O estudante participará
desta pesquisa respondendo a um questionário constituído por 21 questões, que serão respondidas
de forma presencial na escola, podendo ser interrompido e aplicado posteriormente caso surjam
imprevistos ou
se assim desejar. Não há riscos nessa participação e nem compensações financeiras.
Minha identidade e do(a) estudante ao qual sou responsável, bem como qualquer informação
que possa levar a elas, não será revelada, sendo utilizados nomes fictícios em publicações acadêmicas
relacionadas. Desse modo, afirmo ter conhecimento sobre a pesquisa e seus procedimentos
metodológicos.
Quaisquer dúvidas relacionadas à pesquisa poderão ser esclarecidas pelos fones
(84)988949797 ou pelos E-mail humberto.medeiros.034@ufrn.edu.br com as pesquisador
Autorizo que o material e informações obtidas nessa pesquisa possam ser publicados em
seminários, em periódicos científicos ou em outros formatos de trabalhos acadêmicos. Me foi
esclarecido que as informações por ele(a) fornecidas ficarão sob a responsabilidade e guarda das
pesquisadoras que tomarão todos os cuidados para proteger os dados por ele(a) fornecidos.
Ciente do que foi exposto, estou de acordo que o estudante acima mencionado participe desta
pesquisa. Assino este consentimento em duas vias, ficando com a posse de uma delas.

RESPONSÁVEL
PELO
ESTUDANTE

Eu humberto felipe de medeiros, declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento
Livre e Esclarecido do responsável para participação do estudante neste estudo.

PESQUISADOR

Natal, de de 2022.

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