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1- INTRODUÇÃO
A elaboração do Projeto Político Pedagógico representa um desafio para
todos os educadores, sendo que, questionava-se sobre os seus métodos e atualmente
questiona-se sobre os seus fins, sobre o papel que a escola atua no contexto social,
diversificando o que está em constante formação. Nesta perspectiva, o projeto político
pedagógico da escola é sempre um processo inclusivo, uma etapa em direção a uma
finalidade que permanece como horizonte da escola.
A construção deste projeto não é responsabilidade apenas de sua direção,
todos os elementos da escola participaram, sabe-se que é impossível desenvolvê-lo de
forma isolada e individual, pois o mesmo requer discussão na coletividade. Sua
construção significa formar para a cidadania e para essa precisa dar exemplos, ver e
assumir a educação como processo de formação, de convicções, afetos, modificações e
desejos, onde os processos de ensino aprendizagem são de aquisição das habilidades e
competências necessárias para a vida em sociedade.
Não pretendemos considerar o nosso Projeto Político Pedagógico
enquanto trabalho acabado, mas sim, como um processo contínuo e reflexivo, capaz de
ser modificado de acordo com as necessidades coletivas e individuais de todos os que
fazem a Escola Ney Ferreira, buscando assim o aperfeiçoamento da prática educativa, a
participação e envolvimento da família e a incansável luta por uma educação de
qualidade.
Avaliação institucional
TECNOLOGIA:
Nosso mundo está cada dia mais conectado e, mesmo que essa
transformação não ocorra de maneira democrática, cada dia são gerados volumes
astronômicos de dados sobre tudo o que fazemos, consumimos e temos interesse. Nesse
contexto, a ciência de dados tem como objetivo transformar essas informações em ações
concretas.
Este especial que integra o projeto de ciência de dados na educação o
Instituto Urbano em parceria com o CRIE (Centro de Referencia em Inteligência
Empresarial, da CPPE/UF-RJ)- é dedicado a explicar como essa ciência pode ser
aplicada a partir da exploração dos dados da educação.
Nele, você vai entender como abordagem interdisciplinar pode ser usada
na educação, requisitos e potencias benefícios, bem como as questões éticas a serem
consideradas na capacitação e tratamento dessas informações.
Assim, o conteúdo tem como objetivo agregar conhecimento.
TRABALHO
Deve-se compreender que o homem possui a capacidade potencial de
realizar-se como ser livre e universal, ao efetivar-se, no curso histórico, e ao mesmo
tempo, dar novos rumos à sua existência. Isso quer dizer que o homem está em um
constante processo de autoconstrução tanto em sua dimensão subjetiva quanto
intersubjetiva, possibilitado por sua atividade essencial, o trabalho.
Para Marx, o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana,
isso é uma dimensão ontológica fundamental, pois por meio dele o homem cria livre e
consciente, a realidade bem como a permitir dar um salto da mera existência orgânica à
sociedade.
EDUCAÇÃO INTEGRAL
O ato conceitual de educação integral envolve interatividade da educação
como meio. Em nosso ambiente educacional, a interligação com o meio e a sociedade
geral, precisa fazer pelo discente e aos demais que compõem ao meio. Metas, valores,
mudanças, que ajudem a crescer positivamente em aprendizagem de forma interativa,
participativas e valorizada.
Nossa escola e os responsáveis pela mesma reconhecem e têm por obrigação
mudar e ter avanço para o desenvolvimento e valorização.
Fundamentos do currículo
Não podemos perder de vista a principal função da escola: ajudar os alunos a
construir conhecimentos, formas de pensar e sentir mais elaboradas, assim como valores
sociais. Como diz Saviani: “Um currículo é, pois, uma escola funcionando, quer dizer,
uma escola desempenhando a função que lhe é própria.” Isso exige um movimento de
relação recíproca, entre o aluno e o universo a ser conhecido. Este universo, ou conjunto
de conhecimentos e experiências de aprendizagem – o currículo – a ser oferecido aos
nossos alunos atende aos princípios legais: LDB, contemplando a Base Nacional e a
parte Diversificada.
A proposta Curricular da escola está baseada na Base Nacional Comum
Curricular – BNCC - e no Referencial Curricular da Rede Municipal o qual se
fundamenta em dois grandes pilares: O desenvolvimento pessoal e social do aluno e a
ampliação do universo dos mesmos, adequando-se e respeitando a realidade educacional
e a peculiaridade sociocultural da clientela que atende, de forma que o faça crescer
enquanto pessoa, enquanto cidadão autônomo, crítico e com iniciativa e que saiba
identificar o que é bom e o que não é bom para a comunidade em que vive.
Assim as discussões sobre o currículo incorporam, com maior ou menor ênfase,
diálogos sobre os acontecimentos escolares, sobre os procedimentos e as relações
sociais que confrontam o cenário em que conhecimentos se ensinam e se aprendem,
sobre as transformações que desejamos e sobre as identidades que pretendemos
construir. Assim, temos:
Princípios do currículo
O respeito à diversidade
A parceria surge da convivência e do relacionamento da escola e da
comunidade com o objetivo e interesse comum de buscar novos horizontes e crescer
juntos. A nossa Escola tem parceria com a Secretaria de Educação, Associação de Pais e
Mestres e a Prefeitura Municipal.
Estas parcerias são importantes para o desenvolvimento e crescimento da nossa
escola, pois “... educar depende de uma relação mais ampla entre os pais dos alunos e
os professores do que a mera prestação de serviços.”.
A nossa escola tem uma relação de união e compromisso com muita
comunicação entre as parcerias envolvidas, buscando melhoria para a educação. É pela
comunicação que o homem expressa sentimentos, ideias, conceitos, bem como evolui
como ser humano interativo, que ensina e aprende em contato com o outro. É
imprescindível, assim, que tenhamos clareza da importância de apropriação das
habilidades que nos possibilitam uma comunicação verdadeira com o outro,
especialmente quando se estabelecem as relações entre escola e comunidade local, as
quais podem ser determinantes no processo de aprendizagem.
Diante disso a parceria é importante porque promove integração social na
comunidade e eleva o melhoramento e desenvolvimento na qualidade do ensino.
É importante que o gestor (a) pense em projetos de parcerias para escola, é
observe o discurso de Marlova Noleto, (Progestão, p. 103):
“Cabe ressaltar que parceria é uma arte; construí-la
envolve habilidades e até certo talento. É preciso respeitar cada
um dos componentes envolvidos e verificar claramente o que não
está sendo exposto nas conversas iniciais. É preciso descobrir
pontos de identidade e espaços nos quais a soma dos talentos e
das possibilidades individuais resultará em benefícios para todos
os participantes. Na esfera do conhecimento é fundamental
construir parceiros.”
O discurso aborda sobre a importância do gestor (a) estabelecer parcerias,
precisa procurar além das fontes publicas e associação de pais e mestres. Sua atuação
deve ser criativa em busca de fontes alternativas de recursos para o bom funcionamento
da escola, num processo de descentralização administrativa que enfatiza a autonomia da
gestão escolar.
Concepção de Educação:
Segundo Saviani: “O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e
indiretamente em cada individuo, a humanidade que é produzida histórica e
coletivamente pelo conjunto dos homens. Desse modo, o objeto da educação é, por um
lado, a identidade dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos
a fim de que se tornem parte da humanidade; por outro lado, diz respeito à descoberta
das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.” (2000).
A educação, nesta visão progressista, é um processo no qual o conhecimento vai
se construindo ao longo do tempo, por isso é um fato histórico. Nesta perspectiva a
educação visa firmar sujeitos conscientes de sua ação transformação na construção de
uma sociedade mais justa, tendo na apropriação do saber elaborado um instrumento de
lita social.
Concepção de Homem;
O homem é sujeito histórico, síntese de múltiplas relações sociais. Há uma
interação entre sujeito e objeto, mediatizada pelas condições do contexto social e
histórico. Para Saviani, “O que diferencia o homem dos outros animais é o trabalho.
Consequentemente, o trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas uma ação adequada
a finalidades. É, pois uma ação intencional.” (Saviani, 1992). O homem é capaz de
assimilar conhecimento e reproduzi-lo, e também produzir conhecimento e é capaz de
transformar a sociedade em que vive.
Concepção de Ensino;
O ensino tem como finalidade promover a interação entre aluno e o
conhecimento, de modo a possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais
para a transformação enquanto síntese das múltiplas ações sociais. O ensino tem que ter
atividades que promovam a reflexão – ação sobre a realidade, possibilitando um
processo mais significativo de apropriação – socialização – produção de saber.
Para Paulo Feire, no livro pedagogia da Autonomia (1996). “Ensinar exige
consciência de inacabado, reconhecendo ser condicionado pelas forças sociais, culturais
e históricas.” Ensinar requer bom senso, alegria, compreensão da realidade, esperança e
a convicção de que a mudança é possível.
Concepção de Infância;
A infância é um período da vida do ser humano que vai do nascimento à
puberdade, destinado não só ao desenvolvimento físico do individuo, como também seu
desenvolvimento intelectual e social. É na infância que os sujeitos se aprimoram para a
vida.
Segundo os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil –
volume I, desde que nasce a criança possui um papel social embasado na dialética
histórica x cultura da sociedade onde está inserida: “A criança, não é uma abstração,
mas um ser produtor e produtivo da historia e da cultura.”.
Dentro desta visão de infância, a escola pretende proporcionar as crianças não
somente cuidados necessários as desenvolvimento biológico, mas oportunizar um
atendimento e um processo de aprendizagem que juntos preparem as crianças para as
próximas etapas da vida.
Concepção de Aprendizagem;
A aprendizagem é um processo múltiplo, isto é, a criança utiliza estratégias
diversas para aprender, com variações de acordo com o período de desenvolvimento.
Desta forma, todas as estratégias são importantes e não são mutuamente exclusivas.
Podemos dizer que existe algumas estratégias que são importantes durante toda infância
como observar, imitar e desenhar. Registrar, levantar hipóteses sobre os fatos e asa
coisas, testá-las são atividades que a escola pode desenvolver na criança a partir dessas
estratégias.
Somente as situações que, de modo especifico problematizam o conhecimento
levam à aprendizagem. Não é qualquer proposta ou qualquer interação em sala de aula,
portanto, que promove a aprendizagem. Toda a atividade que aí de dê á criança precisa
ter uma intenção clara, isto é, o objetivo precisa estar explicitado para o professor e para
o aluno. Para que ocorra a aprendizagem é necessário retomar-se o conteúdo em
momentos diferentes, pois o domínio de um conteúdo dá-se ao longo do tempo.
Trabalhar muitas vezes o mesmo conteúdo, de formas diferentes, promove a ampliação
progressiva dos conceitos. (Fonte: Indagações sobre Currículo: Currículo e
desenvolvimento humano, 2009).
Concepção de Avaliação:
Entendemos a avaliação como um processo que avalia tanto a aprendizagem do
aluno quanto o trabalho do professor é da instituição como um todo. Ao avaliar, o
professor tem que ter em mente que cada aluno é diferente do outro e o seu processo de
aprendizagem também o é. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais: “A avaliação
é parte integrante do processo de formação, uma vez que possibilita diagnosticar
lacunas a ser superado, aferir os resultados alcançados considerando as competências a
serem construídas e identificar mudanças de percurso eventualmente necessárias.”.
Daí a necessidade que tem não só o professor, mas a escola, de pensar, planejar,
organizar e atuar com o objetivo de construir novas práticas avaliativas, passando a
considerar as diferenças individuais dos educandos e respeitando o tempo de cada um,
valorizando sua real aprendizagem.
Concepção de Escola:
Independentemente de suas modificações no decorrer da história, a escola foi à
instituição que a humanidade criou para socializar o saber sistemático. Isto significa
dizer que é o lugar onde, por principio é veiculado o conhecimento que a sociedade
julga necessário transmitir às novas gerações. Nenhuma outra forma de organização até
hoje foi capaz de substitui-la. Para cumprir seu papel de contribuir para o pleno
desenvolvimento da pessoa, prepará-la para a cidadania e qualificá-la para o trabalho,
como definem a Constituição Federal e a LDB, é necessário que suas incumbências
sejam exercidas plenamente. Assim, é preciso ousar construir uma escola onde todos
sejam acolhidos e tenham sucesso. (fonte: Módulo 1, p. 17. PROGESTÃO).
Objetivos e aspectos metodológicos
As atividades complementares
EDUCAÇÃO ESPECIAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
As ideias ligadas à temática ambiental não surgiram de um dia para outro. O
Meio Ambiente em que vivemos está em constantes mudanças, e todas as pessoas são
responsáveis por mantê-lo em condições adequadas ao desenvolvimento sustentável das
sociedades humanas, aonde numerosos fatos vem nos preocupando.
Segundo Rogério G. Nigro (2003): “a preservação do ambiente precisa de ajuda
de todos nós, e como professores, podemos motivar as crianças pequenas, adultos do
amanhã de forma positiva em relação a este tema”.
Somo capazes de construirmos um ambiente em que homens e outros seres da
natureza possam conviver, construindo uma visão mais preservacionista com esta
geração de estudantes e profissionais da educação.
E na escola com a implementação da Educação Ambiental que podemos
desenvolver atividades, projetos, no intuito de educar as comunidades, procurando
sensibilizá-las para as questões ambientais, e mobilizá-las para as questões ambientais, e
modificá-las para a modificação de atitudes nocivas e a apropriação de posturas
benéficas ao equilíbrio ambiental.
A escola Ney Ferreira em parceria com a Secretaria Municipal de Educação,
pois esta tem nos incentivado, enviando sugestões de projetos, ligados a questões
ambientais. E a escola vem desenvolvendo o tema: educação ambiental através de
projetos onde são feitos de forma coletiva, a fim de conscientizar as crianças,
comunidade e todas as pessoas envolvidas. Realizamos um mutirão com a participação
da comunidade escolar e local, (pais, alunos, professores, etc.), aos arredores da escola
para limpeza, plantamos árvores ao redor da escola, visitamos a horta comunitária,
conversas dirigidas sobre a temática, etc.
Dessa forma é com essas atividades que promovemos uma continua reflexão que
culmine em uma mudança de mentalidade, apenas desta forma, conseguiremos
implementar, em nossas escolas, a verdadeira educação Ambiental, com atividades e
projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar
em construir um futuro no qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em
harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes.
TEMPO ESCOLAR
DOCENTES:
Deverá organizar o trabalho de ensino aprendizagem na sala de aula, e as
atividades extras classe. O professor deverá ser mediador no processo de ensino
aprendizagem e o agente de transformação que trabalhará em conjunto com a direção e
a equipe pedagógica na organização do currículo e na construção coletiva do Projeto
Politico Pedagógico e aplicá-lo
Art. 105º- São direitos dos professores:
Comparecer a reuniões ou cursos relacionados com atividades docentes que
sejam pertinentes;
Buscar aperfeiçoamento com especialização ou atuação em instituições
nacionais e estrangeiras.
Ter liberdade na formação do plano de sua mateia junto à unidade escolar.
Ter autonomia na escola do método de ensino a ser adotado, na formulação das
questões adotada na verificação da aprendizagem.
Gozar do respeito da direção, colegas e de quantos trabalham na unidade escolar.
Gozar de férias remuneradas.
Artigo 107º- São deveres dos professores:
Manter boa ordem em sua classe e promover participação do aluno no processo
de aprendizagem;
Elaborar e rever, anualmente, o plano de curso da disciplina, área de estudo ou
atividade;
Fazer, diariamente, a chamada dos alunos, anotando as faltas;
Colaborar com a direção, na execução dos trabalhos de caráter cívico, cultura ou
recreativo;
Não dispensar a classe antes do sinal de termino da aula;
Fazer o preenchimento das aulas, conteúdos, relatórios e frequência no SIGEN
Participar de reuniões do conselho de classe, docente, da coordenação, o que
constitui atividade docente, cuja falta acarreta penalidade de ordem disciplinar;
Participar das reuniões de pais e mestres, bem como atividades extras
promovidas pela unidade escolar;
Ministrar, terminando o ano letivo e de conforme com a determinação legal aos
alunos que não lograram aprovação direta, aula de recuperação, preparando o plano de
trabalho junto com a supervisão e a orientação educacional ou coordenação pedagógica.
Avaliar o aspecto qualitativo dos alunos por unidades didáticas, registrando as
devidas observações do diário de classe.
EDUCANDO:
Participar de todas as atividades propostas pelos professores, direção e equipe
pedagógica e acatar as regras do segmento escolar preservando o patrimônio físico da
escola. O educando é o sujeito da ação pedagógica.
5. ETAPAS DO ENSINO
• 5.1-Educação infantil
• Creche
• Pré-escola
A escola Municipal Ney Ferreira oferece as seguintes modalidades de
ensino Pré I e Pré II.
A turma do Pré I é composta por sete (07) alunos.
A turma do Pré II é composta por doze (12) alunos
As turmas funcionam no período matutino das 07h30min às 11; 30.
Anos iniciais
O Ensino Fundamental está organizado em duas fases: Anos Iniciais (1º ano ao
5º ano) e Anos Finais (6º ano ao 9º ano).Os Anos Iniciais são organizados em dois
momentos: o primeiro pauta o trabalho sistemático de alfabetização e, no segundo, são
aprofundados os conhecimentos, numa caracterização de maior fluência da língua,
admitindo-se as possibilidades de compreensão de situações mais complexas e abstratas.
Ainda há que compreender, principalmente, o primeiro momento como um período de
transição para as crianças, pois estão recém- -saídas da Educação Infantil. De acordo
com a BNCC (2017):
“Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter
como foco a Alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos
se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de
outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas
diversificadas de letramentos.”
Nessa fase, a alfabetização e o letramento se apresentam como base para a
organização curricular, trazendo, desta forma, o sentido de continuidade para a
aprendizagem nos dois primeiros anos; seguindo o princípio da progressão continuada
que assegura a todos os estudantes a oportunidade de ampliar, sistematizar e aprofundar
as aprendizagens básicas imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos, embora
cada ano possua competências e habilidades que devem ser desenvolvidas. A partir do
2º ano, a promoção para os anos seguintes obedece aos princípios de avaliações
regulares para todo o Ensino Fundamental. Os 3º, 4º e 5º anos mantêm a ideia de
consolidar aspectos significativos da alfabetização, tendo como base fundamental os
direitos de aprendizagem da criança, garantindo as condições básicas para o acesso aos
Anos Finais do Ensino Fundamental.
Contudo, a partir da homologação da BNCC, entendemos que a sistematização
da alfabetização deve ocorrer nos dois primeiros anos, enquanto a ortografização se
estenderá por todo o Ensino Fundamental, nos Anos Iniciais. O que se propõe é que haja
a construção da consciência fonológica, do conhecimento sobre as diferentes estruturas
silábicas, as regularidades ortográficas diretas, as diferentes grafias do alfabeto (nos
dois primeiros anos); construção das regularidades ortográficas (contextuais e
morfológicas) na ortografização; desenvolvimento da fluência em leitura (nos dois
primeiros anos) de forma gradativa em níveis de complexidade crescente.
Nos Anos Iniciais, os componentes curriculares tematizam diversas práticas,
considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e
contemporâneas, embasadas pelo processo de letramento. Já no Ensino Fundamental –
Anos Iniciais, as aprendizagens, nos componentes curriculares dessa área, ampliam as
práticas de linguagem conquistadas no Ensino Fundamental, nos Anos Iniciais,
incluindo a aprendizagem de Língua Inglesa.
No Ensino Fundamental, a diversificação dos contextos permite o
aprofundamento de práticas de linguagem artísticas, corporais e linguísticas que se
constituem e integram a vida social. Os estudantes devem se apropriar das
especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual estão inseridas,
compreendendo que elas são dinâmicas e que todos participam dos seus naturais e
constantes processos de transformação. A dimensão analítica das linguagens não é
apresentada como fim, mas como meio para a compreensão dos modos de se expressar e
de participar no mundo, constituindo práticas mais sistematizadas de formulação de
questionamentos, seleção, organização, análise e apresentação de descobertas e
conclusões.
Em consonância com a BNCC, em articulação com as competências gerais da
Educação Básica, a Área de Linguagens deve garantir aos alunos o desenvolvimento das
seguintes competências específicas:
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS
1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e
cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de
significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e
linguísticas) em diferentes campos da atividade humana, para continuar aprendendo,
ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção
de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital – para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o
outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões
do mundo contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas
diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir
conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.
Anos finais
A etapa final do 6º ao 9º anos viabiliza, principalmente, a produção de
conhecimento dos estudantes que se encontram na faixa etária entre 11 e 14 anos. Nesse
período, continuam se evidenciando o lúdico e as tecnologias mediante o acesso às
diversas linguagens artísticas, corporal e às temáticas socioculturais que ampliam a
visão crítica e reflexiva. Ao mesmo tempo, prevê a consolidação das múltiplas
competências do Ensino Fundamental, de forma a assegurar aos estudantes a promoção
para o Ensino Médio.
No que se referem ao Ensino Fundamental (Anos Finais), os conhecimentos e
aprendizagens construídos implicam a sequência dos Anos Iniciais. Isso é possível pela
diversificação e aprofundamento das práticas sociais de leitura e escrita. Atende também
às transformações das práticas de linguagem que emergiram neste século, essas por sua
vez, devidas, em grande parte, ao desenvolvimento das tecnologias digitais da
informação e comunicação (TDIC).
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases22, essa etapa terá como objetivo a formação
básica do cidadão. Isso será possível a partir do desenvolvimento da capacidade de
aprender, de aprendizagem, bem como do fortalecimento dos vínculos familiares.
Assim, os alunos deverão ter domínios básicos de leitura, escrita e cálculo e, ainda, do
sistema político, do ambiente natural, da tecnologia, das artes, dos valores fundamentais
previstos pela sociedade. Isso, em certa medida, se materializa em situações que
despertam a solidariedade, a tolerância, o respeito, por exemplo. Sendo assim, é de
responsabilidade da família e da escola proporcionar aos estudantes momentos de
ensino e aprendizagem, justamente para que eles possam articular e estabelecer
conexões entre as informações e conhecimentos presentes no cotidiano com foco no
protagonismo estudantil, possibilitando novas experiências de leitura, escrita e oralidade
relacionada tanto ao contexto escolar quanto ao ambiente externo.
Nossos protagonistas são os adolescentes/jovens baianos que devem participar
com maior criticidade nas diversas situações comunicativas, interagindo com um
número cada vez mais crescente de interlocutores, materializados em contextos dentro e
fora da escola – reais e digitais. Assim, nossa proposta é contribuir ainda mais para sua
formação autônoma, integral, e, acima de tudo, para a valorização de sua cultura,
memória e território.
O organizador curricular e a contextualização da parte diversificada através dos
temas integradores acrescidos dos aspectos regionais e locais e do projeto de
vida para os anos finais (Art. 19 da Resolução CEE nº 137/2019)
ÁREA DE LINGUAGENS
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS
ÁREA DE LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável,
heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção
de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação
nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas
possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive
escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam
em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e
criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos e continuar aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude
respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem
adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do
discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações
sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a
conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos,
valores e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos,
interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa,
trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o
desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras
manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de
imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da
experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e
ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de
compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes
projetos autorais.
Copiar e colar os campos da BNCC.
Do Ensino Fundamental
Os anos iniciais se subdividem em dois momentos: 1º ciclo (1º e 2º anos) e o 2º
ciclo (3º ao 5º ano). O primeiro ciclo pauta o trabalho sistemático de alfabetização e, a
partir do segundo ciclo, são aprofundados os conhecimentos, numa caracterização de
maior fluência da língua, admitindo-se as possibilidades de compreensão de situações
mais complexas e abstratas.
Ainda há que compreender, principalmente, o 1º ciclo como um momento de
transição para as crianças, pois estão recém-saídas da Educação Infantil. De acordo com
a BNCC (2017):
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter
como foco a Alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos
se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de
outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas
diversificadas de letramentos.
Nos últimos anos, como parte do esforço para avançar rumo à universalização da
educação básica – e até como condição necessária e indispensável para a realização
desse objetivo prioritário da política educacional nacional, o Ministério da Educação do
Brasil ampliou e fortaleceu um conjunto de políticas voltadas especificamente para os
grupos sociais historicamente excluídos que não se beneficiaram da expansão do
sistema educacional verificado nas últimas décadas.
As políticas de inclusão e diversidade são voltadas aos grupos sociais
historicamente excluídos, como: jovens, adultos e idosos não alfabetizados ou com
baixa escolaridade, afrodescendentes e quilombolas, populações do campo, povos
indígenas, população privada de liberdade , crianças e adolescentes em situação de risco
e vulnerabilidade social, mulheres e pessoas com deficiência.
A política de educação de jovens e adultos, diante do desafio de resgatar um
compromisso histórico da sociedade brasileira e contribuir para a igualdade de
oportunidades, inclusão e justiça social, fundamenta sua construção nas exigências
legais definidas:
A Constituição Federal do Brasil/1988, incorporou como princípio que toda e
qualquer educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF. Art. 205). Retomado pelo
Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96, este
princípio abriga o conjunto das pessoas e dos educandos como um universo de
referência sem limitações. Assim, a Educação de Jovens e Adultos e Idosos, modalidade
estratégica do esforço da Nação em prol de uma igualdade de acesso à educação como
bem social, participa deste princípio e sob esta luz deve ser considerada.
Estas considerações adquirem substância não só por representarem uma dialética
entre dívida social, abertura e promessa, mas também por se tratarem de postulados
gerais transformados em direito do cidadão e dever do Estado até mesmo no âmbito
constitucional.
Sendo assim, o Artigo 208-CF alterado pela Emenda Constitucional Nº 59, de 11
de novembro de 2009, os Incisos I e VII passam a vigorar com as seguintes alterações:
I – “educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria;
“VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação
e assistência à saúde”.
Trata-se de um direito positivado, constitucionalizado e cercado de mecanismos
financeiros e jurídicos de sustentação. Esclarecemos que, a Educação de Jovens e
Adultos está baseada no que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDB 9.394.96, no Parecer CNE/CEB Nº11/2000, na Resolução CNE/CEB
Nº01/2000, no Plano Nacional de Educação (Lei 10.172/01), no Plano de
Desenvolvimento da Educação, nos Compromissos e acordos internacionais.
Esse público vem sendo atendido no âmbito da Educação Básica por meio da
Diretoria de Políticas de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD/MEC, a qual tem priorizado um
processo amplo democrático e participativo na construção de uma política pública de
estado para a educação de jovens e adultos. Ressaltamos que, essas ações têm
fortalecido e estreitado à parceria entre Estados e Governo Federal na busca pela
ampliação e melhoria da qualidade da educação de jovens e adultos.
1) Compreender as práticas educativas dos alfabetizadores na dimensão da
formação permanente.
2) Postura ética e responsável no trato à coisa pública, garantida pela
transparência e o bom uso dos recursos públicos, assegurado o controle social das ações
do Programa através do Conselho Municipal de Educação e/ou outras instâncias locais,
e criteriosa seleção de alfabetizadores, coordenadores e formadores, tendo por base
critérios técnico-pedagógicos e o compromisso com o social.
3) Construção coletiva do conhecimento e valorização das experiências dos
sujeitos durante todo o processo formativo.
4) Respeito à diversidade socioeconômica, política e cultural dos sujeitos
envolvidos.
5) Respeito às especificidades de cada localidade, saberes, valores, tradições,
experiências, potencialidades, desafios e à diversidade dos sujeitos envolvidos.
6) Indissociabilidade da teoria e da prática durante as ações de educação e de
formação.
Compromisso político-social dos gestores, dirigentes, instituições formadoras e
educadores com as ações transformadoras da realidade social.
8) Formação na perspectiva da intersetorialidade.
9) Ações formadoras que favoreçam a autonomia dos sujeitos considerando as
especificidades dos jovens, adultos e idosos tendo em vista as suas diferentes trajetórias,
expectativas e experiências.
10) Fortalecer as identidades culturais no processo de formação.
“Retomado pelo art. 2º da LDB, este princípio abriga o conjunto das pessoas e
dos educandos como um universo de referência sem limitações. ” (Pág. 22).
Os exames da EJA devem primar pela qualidade, pelo rigor e pela adequação.
Eles devem ser avaliados de acordo com o art. 9º, VI da LDB. É importante que tais
exames estejam sob o império da lei, isto é, que sua realização seja autorizada, pelos
órgãos responsáveis, em instituições oficiais ou particulares, especificamente
credenciadas e avaliadas para este fim.
Ora, as instituições, tanto umas como outras, estão compreendidas dentro de
cada sistema, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Assim,
tanto as instituições de ensino mantidas pelo poder público estadual e do Distrito
Federal, como as instituições de ensino fundamental e médio, criadas e mantidas pela
iniciativa privada, de acordo com o inciso III do art. 17, podem oferecer cursos da EJA.
Segundo o art. 18, as instituições de ensino fundamental fazem parte das competências
dos Municípios.
Também os exames só poderão ser oferecidos por instituições que hajam obtido
autorização, credenciamento específico e sejam avaliadas em sua qualidade pelo poder
público, de acordo com o art. 7o , o art. 10, IV, o art. 17, III, o art. 18, I da LDB e, no
caso de educação a distância, consoante o Decreto n. 2.494/98.
As instituições educacionais de direito público ou de direito privado, que sejam
credenciadas para fins de exames supletivos, regram-se pelo art. 37 da Constituição
Federal, que assume o cidadão na condição de participante e usuário de serviços
públicos prestados.
Diz o artigo 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
50 A gestão democrática implica a cooperação e diálogo com instituições e
organizações que já possuem experiência na área. Especial ênfase deve ser dada aos
municípios que, face às suas novas responsabilidades, ainda estão em processo de
consolidação no assunto.
51 De acordo com De Plácido e Silva (1991), o direito de regresso se define
como toda a ação que cabe a pessoa, prejudicada por ato de outrem, em ir contra ela
para haver o que é seu de direito, isto é, a importância relativa ao dispêndio ou
desembolso que teve, com a prestação de algum fato, ou ao prejuízo, que o mesmo lhe
ocasionou. (p.95) Neste sentido, cabe ao próprio estudante controlar a qualidade deste
serviço público.
VISÃO E PLANEJAMENTO:
CONCEITO:
Tecnologia e inovação podem contribuir muito para garantir equidade, qualidade e
contemporaneidade na educação pública, assim como melhorias na gestão educacional.
Para que isso se torne realidade é necessário não apenas ter claro os benefícios
educacionais que a tecnologia pode gerar, como também contar com mecanismos para o
planejamento, a implementação, o financiamento e a avaliação das ações de tecnologia
nas redes de ensino. É preciso ainda compreender que a adoção de tecnologia e
inovações é uma ação complexa que demanda atenção a diversos fatores, como por
exemplo, a formação de professores e equipes gestoras, a produção e disponibilização
de conteúdos e recursos digitais, acesso à internet de qualidade, a disponibilidade de
equipamentos multiplataforma, etc. Tais fatores não podem ser definidos apenas pelo
governo central; estados, municípios e escolas devem ser fortalecidos e ser
protagonistas do planejamento e implementação das ações de tecnologia e inovação nas
redes de ensino.
OBJETIVOS:
A nova política nacional deve oferecer mecanismos para que estados e
municípios planejem, programem, financiem e avaliem seus planos de tecnologia na
educação.
PREMISSAS:
§ Os entes subnacionais devem ser os protagonistas do planejamento da adoção
de tecnologia em suas redes de ensino; ao governo federal cabe coordenar o processo,
dar diretrizes e financiamento.
§ Quando o ente subnacional não tiver capacidade de formulação e
implementação da sua própria política, poderá ser disponibilizado apoio técnico dos
governos federal e estaduais para a elaboração e implementação dos planos.
§ A adoção de inovação e tecnologia na educação deve ser uma atividade
discutida na rede de ensino e planejada detalhadamente; por isso, os governos estaduais
e municipais, assim como, em alguns casos, as regionais de ensino e as próprias escolas,
deverão elaborar planos próprios de inovação e tecnologia na educação, os quais
estabeleçam as atividades, estratégias para implementação, financiamento,
monitoramento e avaliação das ações nas 4 dimensões, sempre alinhadas com as
políticas educacionais atuais.
§ A política nacional, assim como os planos estaduais e municipais, deve
estabelecer claramente prazos para a construção e revisão das atividades, além de
desenvolver mecanismos rigorosos de monitoramento e avaliação.
Governos municipais
§ Elaborar os planos municipais de inovação e tecnologia, em consonância com
o Plano Municipal de Educação, seguindo modelo proposto pelo MEC e pelo estado, os
quais deverão necessariamente contemplar as quatro dimensões;
§ Orientar as escolas na inserção de ações e políticas de inovação e tecnologia
nos seus projetos político-pedagógicos;
§ Criar instrumentos de diagnóstico e acompanhamento da adoção de tecnologia
por professores e gestores para monitorar avanços e identificar barreiras, considerando o
que foi estabelecido no projeto político-pedagógico de cada escola.
§ Criar governança do programa para gerenciar a adoção de tecnologias e
inovação nas escolas.
Escolas
§ Incluir ações e políticas de inovação e tecnologia educacional no seu projeto
político-pedagógico, com base em diagnóstico sobre adoção de tecnologia na
escola.
B) COMPETÊNCIAS:
CONCEITO
Os atores centrais do processo de ensino e aprendizagem precisam ter não
apenas clareza sobre o potencial impacto de inovação e tecnologia na educação e contar
com instrumentos para incorporá-los em seu dia-a-dia; é necessário também que eles
saibam utilizar tecnologias para fins pedagógicos e para a gestão, integrados ao
currículo e respeitando os diferentes níveis de ensino.
Dessa forma, é essencial que os professores tenham o conhecimento e as
habilidades para incorporar recursos tecnológicos em suas práticas pedagógicas e na
gestão da sala de aula; também professores e gestores (de todos os níveis devem ter a
capacidade de utilizar com facilidade recursos tecnológicos, o que contribuirá para
melhoras no ensino e na gestão).
OBJETIVOS
Fortalecer a habilidade dos profissionais da educação, incluindo os das
secretarias e regionais de ensino, para gerar e incorporar inovações e tecnologias nas
salas de aula e na gestão escolar. Isso se dará por duas vias: de um lado, pela
incorporação de elementos sobre inovação e tecnologia na formação inicial e na
formação continuada, sendo privilegiadas as metodologias ativas; por outro lado,
estados e municípios fortalecerão mecanismos de colaboração e troca de experiências
entre os profissionais da educação sobre tecnologia e inovação na educação.
PREMISSAS:
§ O preparo dos profissionais para o desenvolvimento e incorporação de
inovações e tecnologias no currículo, nas práticas pedagógicas e na gestão deve
começar na formação inicial, nos cursos de pedagogia e licenciatura;
§ A formação continuada dos profissionais da educação sobre inovação e
tecnologia é essencial;
§ As formações e capacitações, em diferentes formatos (presencial,
semipresencial e online) devem contemplar metodologias ativas, nas quais os
profissionais possam experimentar na prática as tecnologias que poderá incorporar;
assim, o foco das formações não pode ser o uso instrumental de recursos tecnológicos,
mas sim sua experimentação para posterior adoção em suas práticas pedagógicas e de
gestão;
§ Deve-se buscar, com as formações e capacitações, fortalecer as habilidades dos
profissionais da educação de fazer a curadoria das diferentes tecnologias e recursos
digitais disponíveis.
§ Os profissionais da educação devem ser capacitados para produzir conteúdos
recursos digitais e para utilizar práticas de compartilhamento entre pares.
§ Deve ser garantida a existência de equipes permanentes para diagnóstico,
formação, monitoramento e avaliação da introdução e do uso das tecnologias nas
escolas. As diretrizes de atuação das equipes supracitadas, assim como a quantidade
necessária e o perfil desejado dos profissionais, serão elaboradas emparceria com o
CONSED e com a UNDIME.
Governos municipais:
§ Criar programa municipal de capacitação sobre inovação e tecnologia na
educação e na gestão escolar, que seja semipresencial, privilegie metodologias ativas de
formação e busque desenvolver nos profissionais a capacidade de gerar e selecionar
conteúdos e recursos digitais.
§ Criar e fortalecer mecanismos de colaboração e trocas de experiência sobre
tecnologia e inovação na educação entre os profissionais de educação, em articulação
com as redes municipais de educação.
§ Constituir equipes permanentes de formadores, preparados e responsáveis por
auxiliar os profissionais da educação na incorporação de tecnologia em seu trabalho.
Seu trabalho deve estar integrado às políticas de formação nacionais
§ Criar instrumentos de diagnóstico e acompanhamento das ações de
capacitações sobre inovação e tecnologia na educação Escolas
§ Criar práticas e rotinas de troca de experiências sobre tecnologia e inovação na
educação entre todos os membros da comunidade escolar (alunos, pais, professores e
gestores)
§ Diagnosticar periodicamente o grau de adoção de inovações e tecnologias dos
professores e gestores, e com base nos resultados desses levantamentos, incluir ações e
políticas de inovação e tecnologia educacional no projeto político pedagógico.
Governos municipais
§ Criar e manter plataforma municipal de conteúdos e recursos digitais, que
complemente a plataforma federal e a estadual com conteúdos e recursos da sua rede de
ensino, particularmente relevantes para a realidade do município;
Escolas
§ Produzir e selecionar os conteúdos e recursos digitais que utilizará, de acordo
com suas prioridades e necessidades previamente identificadas em seu projeto político-
pedagógico.
D) INFRAESTRUTURA
CONCEITO: acesso à internet em velocidade que atenda às demandas
educacionais, em equipamentos que permitam o uso de diversos conteúdos e recursos
digitais, é uma condição básica para que todos os estudantes brasileiros aproveitem os
benefícios da cultura digital e adquiram as competências necessárias para sua plena
inserção na sociedade tecnológica, com uso ético e produtivo dos recursos tecnológicos.
Para isso é necessário que diversos atores se mobilizem para garantir que as escolas
brasileiras tenham acesso à internet veloz, sendo que estados e municípios deverão ter
maior autonomia e mecanismos para prover conectividade e comprar equipamentos de
acordo às suas realidades locais.
OBJETIVOS: oferecer a todas as escolas brasileiras internet de alta velocidade,
em equipamentos diversificados, com acesso wi-fi, reconhecendo o papel do governo
federal como principal financiador de conectividade e equipamentos, sendo que estados
e municípios assumem seu protagonismo na definição dos modelos de equipamentos e
na definição da modalidade de acesso à internet.
PREMISSAS:
§ Garantir acesso à internet em velocidade que atenda às demandas educacionais
deve ser uma prioridade da política de inovação e tecnologia educacional. O governo
federal tem um papel central na promoção e financiamento da conectividade nas escolas
brasileiras, porém cabe aos estados e municípios definirem qual a melhor modalidade
para a contratação de internet em cada localidade;
§ A infraestrutura nas escolas deve contemplar diversos tipos de equipamentos
não apenas computadores e tabletes; o uso de tecnologia em vários formatos, para
atender diferentes demandas (incluindo necessidades assistivas) é importante para o
desenvolvimento de diferentes atividades educacionais.
§ As escolas devem ter autonomia para demandar equipamentos necessários de
acordo com seu projeto pedagógico, a partir de alternativas oferecidas pelo estado e/ou
município.
§ Orientações e estratégicas que promovam o uso seguro de recursos
tecnológicos, o que inclui aspectos relacionados à privacidade no uso dos recursos e dos
dados gerados, devem estar presentes nessa nova política.
Governos municipais
§ Contribuir com a elaboração dos planos estaduais de conectividade, indicando
a situação de suas escolas em relação à conectividade (velocidade real e modalidade de
contratação).
§ Realizar, para o plano municipal de inovação e tecnologia, uma análise sobre a
situação dos equipamentos no município, que inclua um diagnóstico sobre os
equipamentos existentes e em funcionamento e a definição dos equipamentos que
deverão ser adquiridos;
§ Lançar editais específicos para a compra de equipamentos, de acordo com a
demanda das escolas;
§ Promover atores locais na rede credenciada estadual de fornecedores que
podem oferecer suporte ao uso e manutenção dos equipamentos.
§ Criar políticas de descarte e destinação dos componentes tecnológicos, em
consonância com as políticas nacionais e estaduais de gestão de resíduos.
Escolas
§ Sistematizar a demanda dos equipamentos que necessita, de forma que os
governos estaduais e municipais possam criar mecanismos para sua aquisição.
CONCEITO E OBJETIVOS
Art. 4º A Política de Assistência Estudantil da Universidade Federal da Bahia
para graduação é uma estratégia de ação afirmativa, constituída por um conjunto de
princípios, diretrizes e objetivas que norteiam a elaboração e implementação de
intervenções que promovam o acesso, a permanência e preparem para a pós-
permanência. E desta sorte, contribuir, com estratégias de equidade, para que a
comunidade estudantil trilhe o caminho da vida universitária com igualdade de
oportunidade e logre êxito (sucesso acadêmico), através da superação cotidiana dos
desafios e adversidades, especialmente, àquelas que são frutos dos efeitos das
vulnerabilidades socioeconômicas geradas pelas desigualdades sociais pelo racismo,
pelo sexismo, pelo capacitismo, pela lgbtfobia, pelo idadismo e outros.
Art.5º A coordenação da execução da Política de Assistência Estudantil da
Universidade Federal da Bahia para Graduação é prerrogativa da Pró-Reitoria de
Ações Afirmativas e Assistência Estudantil – PROAE.
Art. 6° O Público- Alvos desta política são todas/os as/os estudantes de
graduação dos cursos presenciais da UFBA. Que estejam regularmente matriculados
nesta universidade e em acordo com o Regulamento de Graduação e Pós-Graduação -
REGPG.
§1º Caberá aos Órgãos da Administração Central e Unidades Acadêmicas
colaborar com a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil na
implementação das suas políticas.
§2º A estrutura e organograma da PROAE estão estabelecidos no Regimento
Interno da Reitoria da UFBA.
Art.7º São objetivos da Política de Assistência Estudantil da UFBA:
I – oportunizar e democratizar as condições de permanência das/os estudantes na
educação superior pública federal;
II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais no acesso, na
permanência e conclusão da educação superior;
III - contribuir para a promoção da inclusão social e da cidadania pela educação;
IV - promover, acompanhar e apoiar os programas de atenção à saúde integral
do/a estudante;
VI – propor e assegurar os direcionamentos éticos dos programas, projetos,
atividades, ações da Assistência Estudantil da UFBA;
V – reduzir as taxas de retenção e evasão;
VII – assegurar a coerência entre os setores, órgãos, equipamentos de serviços,
programas, projetos, atividades, ações voltadas para a assistência estudantil na UFBA;
VIII – colaborar na proposição de diretrizes para coleta de dados sócio
demográficos das/os estudantes da UFBA, de modo que os perfis coletados sejam
efetivos à leitura das realidades, contribuindo com a eficácia e eficiência das ações da
Assistência Estudantil;
SEÇÃO I
SUBSEÇÃO I
A Base Nacional Comum de Formação Docente afirma que “no mundo de hoje,
não é mais possível crivar verdades absolutas, sejam elas científicas, culturais, éticas ou
políticas”. Diz o texto: “É preciso preparar crianças, jovens e adultos para um mundo
cada vez mais móvel flexível, em que a instantaneidade pode trazer informações tanto
rápidas quanto incertas. Diante do paradigma de que não basta ter acesso, é preciso
filtrar, selecionar e expandir conhecimentos, a BNCC traz dez competências gerais para
que a nova geração possa viver num mundo mais equânime, mais justo e solidário”.
O futuro professor precisa desenvolver tais competências em sua formação para
que possa passar os mesmos princípios a seus alunos.
Veja a seguir os dez princípios:
1. Compreender e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para
poder ensinar a realidade com engajamento na aprendizagem do aluno e na sua própria
aprendizagem colaborando para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva;
2. Pesquisar, investigar, refletir, realizar a análise crítica, usar a criatividade e
soluções tecnológicas, para selecionar, organizar com clareza e planejar práticas
pedagógicas desafiadoras, coerentes e significativas;
3. Valorizar e incentivar as diversas manifestações artísticas e culturais, das
locais às mundiais, e a participação em práticas diversificadas da produção artístico-
cultural para que o aluno possa ampliar seu repertório cultural;
4. Utilizar diferentes linguagens - verbal, corporal, visual, sonora e digital para
se expressar e fazer com que o aluno se expresse para partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos produzindo sentidos que
levem ao entendimento mútuo;
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
docentes, como recurso pedagógico e como ferramenta de formação para comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
potencializar as aprendizagens;
6. Valorizar a formação permanente para o exercício profissional, estar sempre
atualizado na sua área de atuação e nas áreas afins, apropriar-se de novos
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem ser um profissional eficaz e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania, ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade;
7. Buscar desenvolver argumentos com base em fatos, dados e informações
confiáveis para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas, para poder desenvolver o
autoconhecimento e o autocuidado nos alunos;
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza,
para promover ambiente colaborativo nos ambientes de aprendizagem;
10. Agir e incentivar, pessoal e coletivamente, com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários para que o ambiente de
aprendizagem possa refletir esses valores.
Paulo Freire disse: “Ninguém luta contra as forças que não compreende cuja
importância não mede cujas formas e contornos não discernem” (1979, p. 22). A escola
e a família devem aprender a trilhar de forma unida esse caminho complexo que é a
constituição de propostas educacionais inclusivas para todo e qualquer aprendiz. Deve
juntas, aprender a discernir quais são as amarras que, de fato, impedem ou atrapalham o
acontecimento de uma educação de qualidade para todas as crianças, adolescentes e
jovens da educação básica brasileira, tanto na rede pública quanto na rede privada.
Houve uma real proximidade entre escolas e famílias durante o período de
pandemia e ensino remoto. A tela dos computadores e dos celulares causa uma falsa
impressão de proximidade e distanciamento. No menor desconforto, desligar a câmera e
o microfone é um reflexo imediatista.
Apesar do esforço e dedicação de muitos professores aprenderem a planejar e
ministrar suas aulas remotamente, e de inúmeras famílias se voltarem desesperadas para
as escolas em busca de alguma forma de seus filhos interagirem e terem acesso à
educação para não perderem o ano letivo, ainda assim, as telas são um aparato de
considerável bloqueio social.
A ausência daquele tempo que antecede o início da aula presencial, o intervalo
entre as aulas e o término das aulas, onde os aprendizes brincam, brigam e conversam,
interfere na habilidade interacional, na capacidade de produzir e manter diálogos, de
conviver com as diferenças de cada um, de tolerar os humores, de interpretar as
expressões faciais, de querer ficar mais um pouco junto com os colegas.
Creio que seja necessário observarmos com atenção quais são os reais impactos
desse tempo de isolamento e distanciamento social na constituição de nós mesmos e de
nossa sociedade. Após cuidadosa análise, pensarmos em como conduziremos a
educação dos aprendizes e as nossas próprias relações sociais daqui para frente.
Partindo do princípio básico de que a comunicação, seja ela qual for, norteia
nossas relações interpessoais, distintos são os momentos em que a escola tem a
oportunidade de estabelecer o contato necessário com os pais. Este acontece
normalmente por meio de alguns instantes vivenciados na chegada e na saída dos
alunos, por intermédio das reuniões que se dão de forma periódica, por telefone e por
meio da linguagem escrita. Acerca desta última modalidade, entram em cena os
famosos bilhetes, cujas finalidades se manifestam sob as mais variadas formas.Outro
aspecto que também se demarca como relevante diz respeito ao fato de que o portador
do bilhete, no caso, o aluno, não deve ser concebido somente como um mensageiro,
digamos assim, dada a condição de ele ser o sujeito ativo nesse processo (é sobre ele
que o assunto faz referência). Torna-se necessário, antes de tudo, que esse alguém se
conscientize, inteire-se, de toda a situação. Não importando o assunto a ser tratado no
bilhete, o que realmente deve ser levado em conta é a clareza das informações prestadas
mediante o ato comunicativo. Assim, fazendo menção, mais uma vez, aos papéis
definidamente estabelecidos, a necessidade de colocar os responsáveis a par de uma
dada situação torna-se fator preponderante, desde que, como antes mencionado, haja
precisão e objetividade naquilo que está sendo discutido.
É dever legal e social das escolas e das famílias o compromisso com uma
educação de qualidade. É também dever das escolas ter um relacionamento de qualidade
com as famílias e para isso esta articulação precisa ser assegurada, como definido na
Constituição Federal de 88:
Art. 205. “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho”.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 96 também reforça entre os objetivos da
educação escolar do ensino fundamental, o fortalecimento dos vínculos de família:
Art. 32 (...) “a formação básica do cidadão compreendida como: I – o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta
a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social”.
E no artigo 12 ressalta o papel da escola como articuladora da relação escola
família:
Art.12. “Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a incumbência de: VI – articular-se com as famílias e a
comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII – informar
pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais,
sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta
pedagógica da escola.”
A família ocupa um papel primordial na educação do indivíduo, para uma vida
plena de cidadania, representada pela postura otimista, solidária e transformadora de sua
realidade e do meio no qual está inserido. Pretende-se que os grupos familiar e
comunitário aos quais pertence o educando, sejam referências de afetividade,
orientações e estímulos positivos para a continuidade de sua jornada em busca do
conhecimento - que é uma indispensável ferramenta para o progresso individual e
coletivo.
A inter-relação escola-família-comunidade precisa ser amplamente incentivada
para que a participação ocorra em todo o processo educacional. O início dessa atitude
cooperativa e responsável é a elaboração conjunta do Projeto Político-Pedagógico da
escola, documento que orientará todas as práticas didático-pedagógicas e sociais de uma
escola cidadã e democrática. Através dessa “carta-magna” da instituição, a comunidade
escolar encontrará o respaldo legal para suas decisões e atividades.
Outro aspecto relevante da interação família-escola é a sua atuação colaborativa
tanto no acompanhamento das atividades dos alunos com necessidades educacionais
especiais, quanto nos chamados transtornos de aprendizagem, que também demandam o
atendimento de uma equipe especializada e multidisciplinar para a devida assistência.
Somam-se a essa participação da família, um ambiente escolar construtivo e a
necessidade de que o desenvolvimento curricular seja contextualizado à realidade social
do discente: suas vivências, potencialidades, limitações, desafios, percepções de mundo
e, principalmente, do seu histórico familiar. Todos esses fatores interferem positiva ou
negativamente na sua aprendizagem, requerendo, portanto, uma adequação dos
conteúdos, situando- os mais próximos das experiências e dos interesses do aluno.
7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O PPP é um documento que pertence a todos, que fazem a EMNF. Por isso, todos têm
que se apropriar muito bem dele e zelar pela sua plena implementação. Várias
estratégias serão utilizadas nesse processo, destacando-se a realização de todas as metas
e objetivos traçados neste documento, por meio do qual os docentes e todos envolvidos
na elaboração e realização do PPP para a aplicação dos aspectos teórico-metodológicos
propostos. Será um processo colaborativo, permanente, baseado na reflexão sobre a
prática. O objetivo será sempre aprimorar as competências educacionais do corpo
docente, em busca de uma educação de excelência. Os discentes assim como
funcionários e pais sempre que possível, serão convidados a participarem, ativamente,
desse processo.
Assim temos alguns objetivos e metas a serem cumpridas pela a instituição:
• Atendimento extraclasse;
• Gerenciamento dos recursos financeiros de maneira participativa, visando
também, e primordialmente, as questões pedagógicas.
Todos comprometidos com uma educação de qualidade para as nossas crianças, como
diz (Freyre apud Vasconcelos 1981, p. 79): “... Ninguém educa ninguém. Ninguém se
educa sozinho. Os homens se educam em comunhão, mediados pela realidade.”.
• CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de (re)elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola Ney
Ferreira dá-se inicio no ano de 2022, onde o atual diretor faz uma pesquisa sobre o
histórico da escola. Retomando sua (re)elaboração em outubro de 2022, por meio de
uma reunião com docentes, onde a proposta foi apresentada pela professora
coordenadora e gestor da escola. Nesta reunião foi traçada uma agenda de reuniões e
encontros pra 2022, para discutir a (re)elaboração do P.P.P. A partir destes registros e
encontros com alunos, professores, funcionários, pais, mães, responsáveis e a
comunidade como um todo; a gestão realiza encontros para dar inicio a parte de
produção textual do projeto.
A instituição tem a possibilidade de construir um documento que se constitui em
fundamentação das práticas reais adotadas no cotidiano da escola.
É notório afirmar que realizar experiências socializadoras com um grupo
bastante heterogêneo nos aspectos sociais, econômicos e cultural, nos levou a momentos
de turbulência, principalmente pela falta de hábito cultural de participar de forma
democrática e autônoma de um documento de grandeza que é o Projeto Politico
Pedagógico.
O nosso diferencial, que nos faz superar as turbulências, principalmente em
torno da desanimação, na “crença” que este documento irá da certo.
Sendo que a proposta é um instrumento de trabalho que indica rumo, direção e é
construído com a participação de todos os profissionais da instituição, família e
representantes da comunidade local. Sua função é de garantir o bem estar e o
desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos, psicológicos e intelectual.
Tendo um compromisso de interdisciplinar por partes dos profissionais envolvidos, e
deverá estar em constante reflexão e em permanente reconstrução.
Neste momento final, fica a certeza de que a luta por uma educação de
qualidade, necessita de politicas públicas educacionais que qualifique os profissionais,
de mais autonomia pedagógica as escolas, recursos e condições necessárias e mais
ainda, garantir que as escolas possam ter momentos como este que as leve a
organizarem, planejarem suas ações e perspectivas pedagógicas que venham somar com
as politicas publicas governamentais para proporcionar uma educação cidadã.
Lembrando que a nossa escola, enquanto subsistema social, permeado por um
processo formal de desejos, finalidade, objetivos, metas, estruturas, currículo, avaliação,
filosofia, visão escolar, processo de decisão, relações de trabalhos, num tempo e espaço
pedagógico, precisam de uma referência eficiente e eficaz e que aqui se faz representar
de forma presente, e efetiva na vida de toda comunidade Ney Ferreira.
REFERÊNCIAS
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Gil (Orgs). Juventudes: outros
olhares sobre a diversidade. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de
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. Currículo, Território em Disputa. Petró- polis, RJ: Vozes, 2013
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. Experiências de inovação educativa: o currículo, na Prá- tica da Escola. In:
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Antonio Flavio Barbosa (Org.). Currí- culo: políticas e práticas. Campinas, SP:
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ASSEMBLÉIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos
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< >. Aces- so em: 15 dez. 2019.
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<http://www.legislabahia.ba.gov.br/documentos/decreto-no-
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<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/dire-
trizes_nacionais_educacao_escolar_quilombola.pdf>. Acesso em: 16 set.2018