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GESTÃO DEMOCRÁTICA CONTEXTO HISTÓRICO E LEGAL

Transformações de caráter social, político, econômico e cultural têm marcado a sociedade contemporânea. Muitas
delas são estruturais, o que interfere diretamente na educação.

No caso do Brasil, as mudanças ocorridas na política educacional, a partir dos anos de 1980, tiveram uma forte
característica de mobilização dos movimentos sociais, pois foi o momento em que toda a sociedade buscava mais.
Essa movimentação provocou a abertura de escolas e a maior participação da comunidade na realidade escolar em
busca do acesso e da permanência de todos no processo educativo.

A escola tem um papel fundamental na vida em sociedade. A aprendizagem dos conhecimentos acumulados pela
humanidade ao longo da história é seu desafio maior.

Repensar o modo pelo qual se daria a gestão dos espaços escolares era fundamental na instauração de uma
educação democrática. Foi neste contexto que a gestão escolar, em uma nova forma caracterizada principalmente
pela descentralização do poder e pela autonomia, se redimensionou e, gradativamente, se instaurou nos sistemas de
ensino como Gestão Democrática.

As discussões que envolvem a problemática da Gestão Democrática da escola pública remontam ao início da década
de 1980, sendo instituída legalmente a partir de sua implementação na Constituição Federal de 1988. Tanto na
Constituição Federal (CF) de 1988 como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996 estão inscritos os
princípios da educação nacional, que passaram a ser base para a implementação da Gestão Democrática. No artigo
206 da CF e no artigo 3.º da LDB consta que o ensino público deve ser ministrado de acordo com os preceitos da
Gestão Democrática que se ampara na própria legislação brasileira.

A forma como esse princípio se concretiza foi regulamentada nos artigos 14 e 15 da LDB n.º 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, a saber:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de
acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais
de direito financeiro público.

A LDB também indica que os estabelecimentos de ensino têm a incumbência de “articular-se com as famílias e
comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola” (Art. 12, inciso VI), assim como os
docentes que devem “colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade” (Art. 13,
inciso VI). Define também como incumbências dos estabelecimentos de ensino, incluso no Art. 12, a elaboração da
proposta pedagógica e, no Art. 13, a ampliação progressiva da autonomia pedagógica, administrativa e da gestão
financeira nas escolas. São conhecimentos legais essenciais aos diretores, líderes do processo democrático na escola.

Já o Plano Nacional de Educação, Lei n.º 13.005/2014, com vigência até 2024, prevê a articulação e a materialização
de uma política nacional de educação que se baseie nos princípios de participação, rompendo com as práticas
autoritárias ainda vigentes na gestão das escolas públicas. Dessa forma, a participação e o
controle social constituem-se elementos importantes da Gestão Democrática.

A meta 19 do Plano Nacional de Educação prevê a efetivação da Gestão Democrática, dentro de dois anos, por meio
de oito estratégias de políticas nacionais.

Assim como ocorre no Plano Nacional de Educação, o Plano Estadual de Educação também prevê na meta 19 o prazo
de dois anos para a efetivação da Gestão Democrática na educação e estabelece 16 estratégias de políticas
estaduais.
A ORIGEM DA GESTÃO ESCOLAR

A administração surgiu nas sociedades mais primitivas em razão da necessidade de resolver problemas de interesse
comum. Historicamente, a Administração da Educação no Brasil, tem oscilado entre ênfases na burocracia,
tecnocracia, na estrutura escolar e na gerência de verbas, com maior ou menor centralização e nas variações do uso
das leis, das máquinas e dos modelos.

Hoje, mais do que nunca reivindicam-se melhorias na qualidade de serviços educacionais de modo geral e na
formação básica de modo particular, apostando e considerando na capacidade de cada pessoa para a construção do
conhecimento, na condição de sujeito que reflete, age e faz.

O ambiente educacional diz respeito as pessoas e ao seu contexto sociocultural, fatos, conflitos de liberdade, de
decisão e as condições de vida, tanto em plano individual como coletivo.

A globalização do processo educativo torna imprescindível a busca de um nível interdisciplinar e complementar da


cultura para a conquista dos fins educacionais.

A maneira de administrar uma escola foi se transformando e se reciclando através dos tempos, com intuito de se
adequar aos problemas vigentes e as necessidades de cada época. A visão objetiva de se conduzir uma escola, até
bem pouco tempo, era considerada uma tarefa rotineira, que cabia exclusivamente ao diretor, centralizando na sua
pessoa as decisões administrativas. No entanto, a gestão escolar se transformou e seu administrador teve que se
adequar a um novo perfil, tendo que obter formação e conhecimentos específicos para exercer o cargo. Essas
mudanças não ocorreram instantaneamente, foram frutos de um processo lento e gradual.

Algumas pesquisas e estudos sobre a administração escolar é reportada aos pioneiros da educação nova, nos anos
30. O autor desses estudos, que se desenvolveram no âmbito da administração escolar, estavam marcados por
concepções burocráticas e funcionalistas, aproximando assim a organização escolar da empresarial. Tais estudos
ficaram conhecidos pelas seguintes denominações: administração e organização escolar ou simplesmente,
administração escolar.

QUAL É A FUNÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR (VÍDEO)

FUNDAMENTOS DO CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar cria uma relação entre a instituição e os pais, o que estimula a participação dos mesmos na vida
escolar dos filhos.

A participação das famílias na educação formal dos estudantes pode ir muito além do acompanhamento de boletins e
de conversas com professores. O envolvimento direto dos pais no dia a dia da escola, acompanhando questões
ligadas à administração e ao ensino, pode ser vital para a melhoria da educação - e os conselhos escolares são
ótimas formas de fazer isso acontecerem, por meio do conselho é possível envolver a comunidade e estimulá-la a
acompanhar os estudos dos seus filhos e o que está acontecendo na escola.

O Conselho Escolar no colégio possibilita uma maior democratização educacional, já que além de eleitos pela
comunidade escolar, os integrantes do conselho deliberam juntamente com todo o corpo administrativo e pedagógico
da escolar sobre questões que vão do plano educacional à merenda servida no colégio.

O Conselho é formado por representantes de todos os grupos envolvidos com a educação: funcionários e professores
da escola, pais e outros membros da comunidade. Ao trazer todos os interessados para discussão e tirar as decisões
da mão de poucos, ele transforma a escola em um ambiente mais democrático e transparente.

Como os Conselhos Escolares funcionam, porque eles são essenciais para uma boa gestão escolar?

1. Quais as funções do Conselho Escolar?

O Conselho monitora dirigentes escolares, assegurando a qualidade do ensino. Pode estabelecer metas, planos
educacionais, o calendário escolar e aprovar o projeto pedagógico da escola. Também cuida da situação financeira da
escola, definindo planos de aplicação de recursos e normas para a prestação de contas.
Apesar de possuírem essas linhas gerais, suas funções variam: os Estados são os responsáveis por estabelecer as
atribuições gerais dos Conselhos. Mas nem todas as unidades da federação têm legislação sobre o assunto.

2. Quem pode participar dos Conselhos Escolares?

Pais, representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e diretores da escola.

3. Quantos são e como os membros são eleitos?

A forma de escolha e o número de membros variam de escola para escola. Como são autônomas, as instituições
devem estabelecer suas próprias regras de eleição e o tamanho dos mandatos, dentro do previsto na legislação
estadual.

Na maioria dos Estados com regras, os mandatos são fixados entre um e dois anos. Os representantes são eleitos por
suas próprias categorias e o diretor é um membro nato do Conselho.

4. De quanto em quanto tempo o Conselho deve se reunir?

O MEC sugere reuniões mensais dos Conselhos. Além dessas reuniões, também são importantes as assembleias-
gerais, que contam com a participação de todos da comunidade escolar e não somente dos membros eleitos.

5. Os Conselhos Escolares são obrigatórios?

Não há a obrigatoriedade da existência deles em nível nacional e estadual. Em alguns municípios, porém, eles são
obrigatórios. Normalmente, as eleições dos diretores nessas cidades só podem ser feitas pelo Conselho - como o MEC
sugere em seus materiais. Apesar de a eleição do diretor pelo Conselho ser uma prática comum, há exceções, pois os
municípios e as escolas são autônomos.

6. Por que os Conselhos são necessários?

As escolas são autônomas na gestão dos seus recursos e na elaboração dos seus projetos pedagógicos. Para
estimular essa autonomia, cada vez mais o Governo Federal repassa recursos e materiais diretamente para as
escolas. Assim, elas podem resolver problemas específicos de cada comunidade. E a melhor maneira de saber o que
a comunidade precisa é trazê-la para a gestão administrativa e pedagógica da escola por meio dos Conselhos.

A prática ainda é pouco comum no país. O Brasil tem um regime democrático desde o fim da ditadura militar em
1985, mas a gestão das escolas públicas mudou de forma lenta desde então. As congregações formadas
exclusivamente por professores continuam a gerir a maioria das escolas. Muitas vezes, sem ouvir a comunidade ao
seu redor. Com a formação do Conselho, o cidadão vira um sujeito participante no destino de sua Educação e da sua
sociedade.

7. Desde quando a formação dos Conselhos é estimulada?

A gestão democrática do ensino público e a autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares estão
previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996.

Uma das metas do Plano Nacional de Educação, aprovado em 2000, é "promover a participação da comunidade na
gestão das escolas, universalizando, em dois anos, a instituição de Conselhos escolares ou órgãos equivalentes".
Nove anos depois, os Conselhos ainda não foram implantados em larga escala no país.

Desde 2004, o MEC tenta estimular a criação e o aperfeiçoamento deles por meio do Programa Nacional de
Fortalecimento dos Conselhos Escolares.

8. Como posso implantar um Conselho na minha escola?

A atitude de formar um Conselho pode partir dos educadores, dos alunos ou da comunidade ligada à escola. Pode
haver legislação municipal ou estadual que estabelece regras para a criação dos Conselhos. Por isso, é importante
procurar a orientação da Secretaria de Educação da sua cidade ou Estado.

O MEC ajuda diretamente as escolas por meio do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da
Secretaria de Educação Básica. No site oficial do programa, há 13 cadernos há materiais disponíveis para download.
Voltados para diversos aspectos da formação dos Conselhos, eles explicam as diferentes possibilidades para o
funcionamento e as diversas áreas de atuação deles.
Pais com vontade de participar do Conselho devem procurar a direção da escola para se informar sobre as regras e o
período para a eleição dos seus membros. Os Conselhos também costumam fazer reuniões abertas para aqueles que
desejam se envolver sem participar das eleições.

9. O que é essencial para o funcionamento do Conselho Escolar?

Como cada escola tem suas particularidades, o primeiro passo para o funcionamento do Conselho é a elaboração de
um regimento interno e de um regimento escolar que atenda as necessidades da comunidade e dos educadores
locais.

O regimento interno tratará da organização do Conselho. Ele determina a forma como são eleitos os membros, as
suas atribuições e a regularidade das reuniões. No regimento escolar, estão às normas que regem a escola como um
todo. Eles podem ser redigidos na assembleia geral, onde todos os membros da comunidade podem ser ouvidos e
votar.

CARACTERÍSTICAS DA GESTÃO ESCOLAR

A Gestão Escolar, anteriormente nomeada Administração Escolar, embora muitas de suas funções que hoje lhe são
atribuídas já existissem, é um termo mais recente. A mudança de denominação não foi apenas na escrita, mas
também de concepções teóricas a respeito dessa atividade, e, além disso, reflete as transformações oriundas de um
determinado contexto histórico.

No Brasil, um marco normativo foi a Constituição Federal de 1988 que institucionalizou a Gestão Democrática do
Ensino Público, sendo dessa forma assegurada como o princípio da educação pública. A partir dessa lei a organização
escolar ganha um novo perfil, agora não mais embasada nas conjeturas da administração, mas, sim, nos princípios da
Gestão, por possuir um caráter mais democrático.

Outro marco foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394, de 1996, que vem unir forças
com a Constituição de 1988, e com o mesmo objetivo, surge para assegurar o princípio da Gestão Democrática do
Ensino Público. Essa é a primeira das leis de educação a dispensar atenção particular à gestão escolar, esta se situa
no âmbito da escola e diz respeito a tarefas que estão sob sua esfera de abrangência.

Particularidades da instituição escolar

A partir de então, a escola passa a ter uma nova função social, pois esta se relaciona aos diferentes momentos da
história que varia ao longo do tempo; e assume distinta configuração na política educacional. Consequentemente,
suas incumbências modificaram-se:

A elaboração e a execução de uma proposta pedagógica são as primeiras e as principais das atribuições da escola. A
proposta pedagógica é, com efeito, o norte da escola, definindo caminhos e rumos que uma determinada
comunidade busca para si e para aqueles que se agregam em seu torno.
A escola tem como tarefa especifica a gestão de seu pessoal, de seus recursos materiais e financeiros.
Acima de qualquer outra dimensão é incumbência da escola zelar pelo ensino e a aprendizagem, que é a sua razão
de ser.
Uma importante dimensão da gestão escolar é a relação com a comunidade (Art. 12 da LDB).

Autonomia das escolas

É importante salientar um importante aspecto da gestão escolar que é a autonomia das escolas para prever formas
de organização que permitam atender as peculiaridades regionais e locais, às diferentes clientelas e necessidades do
processo de aprendizagem (LDB, Art. 23). Nesse mesmo sentido, outras medidas são previstas em lei com o objetivo
de promover uma cultura de sucesso escolar para todas as crianças.

Gestão Educacional

A gestão educacional é uma das instâncias que compõe a gestão governamental, e atualmente vem ganhando
destaque na pauta das discussões no âmbito nacional e internacional. Esse fenômeno se explica pela compreensão
de que a educação é um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de um país. Deste modo, o tema tem
despertado interesse de estudiosos, como também tem crescido a oferta de cursos de formação relacionados a esse
campo.
Aspectos Legais Centrais

Conforme a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, a educação é um direito social
assegurado a todos os brasileiros. Além disso, a Constituição também define a educação como “dever do Estado e da
família, a ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”.

No tocante ao Poder Público, essa atribuição é racionada entre as diferentes esferas governamentais (União, Distrito
Federal, Estados e Municípios), sob a forma de regime de colaboração (CF, Art. 211 e LDB, Art.8º).

Em nosso país, a gestão educacional segue a um sistema determinado por orientações gerais sobrevindas da LDB.
Essas diretrizes vão estabelecer, pela primeira vez em forma de lei, as incumbências para os estabelecimentos de
ensino, bem como prevê a flexibilidade no que se refere às formas de organização.

Nesse sentido, a escola é a instituição onde esse direito se viabiliza, e sua função é a socialização do saber
sistematizado. Essas orientações vieram para atender a necessidade de haver um ensino o mais padronizado possível
a nível nacional, seguindo o exemplo de países desenvolvidos.

Esferas do Poder Público e suas Incumbências

A gestão da educação nacional se expressa através da organização dos sistemas de ensino federal (União), estadual
e municipal, com suas incumbências e formas de articulação própria no que diz respeito à oferta de educação
escolar.

As competências dos diferentes entes federativos são:

União: assume o papel de coordenar, articular e redistribuir em relação às demais unidades federadas. Compete,
também, ao governo federal definir e assegurar as grandes linhas do projeto educacional do país;
Estados e Distrito Federal: tem como atribuição especifica o ensino médio. Bem como, a cada uma deles compete
“elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com os planos nacionais, integrando as suas
ações e as dos municípios”;
Estados, Distrito Federal e Municípios: apresenta a educação básica como uma atribuição compulsória. Enquanto que
a oferta do ensino fundamental é responsabilidade compartilhada dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Municípios: tem como atribuição a educação infantil. Incumbe também “organizar, manter e desenvolver o seu
sistema de ensino, integrando-os as políticas e planos educacionais da União e dos Estados”.
Regime de Colaboração

O regime de colaboração é uma forma de articulação capaz de responder aos crescentes requisitos de uma oferta de
educação básica em sintonia com as demandas da sociedade do conhecimento. No qual, as atribuições estão bem
definidas, porém em nem um momento é deixado de lado a principal finalidade de construção de sistema
educacional sólido, acessível à população e que tenha um mesmo padrão de qualidade.

Em suma, para o alcance do sucesso da gestão educacional deve ser realizada uma articulação estreita entre o
conhecimento de suas responsabilidades com a responsabilização de cada instância, trazendo por consequência a
garantia desse direito inalienável de todos que é a educação.

OS PILARES DA GESTÃO EDUCACIONAL (VÍDEO)

CONSELHO ESCOLAR NA DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO

CONHECENDO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

QUAL É O PAPEL DOS GESTORES NA IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC


(VÍDEO)
O FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESCOLAR

Gestão é uma expressão que ganhou forma no ambiente educacional acompanhado uma mudança de paradigma no
encaminhamento das questões desta área. É caracterizada pelo reconhecimento da importância da participação
consciente das pessoas nas decisões sobre a orientação e planejamento de seu trabalho.

O conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização do processo pedagógico, à participação


responsável de todos nas decisões necessárias e na efetivação mediante a um compromisso coletivo com resultados
educacionais cada vez mais significativos.

Gestão significa dar direção ao processo de organização e funcionamento da escola, comprometida com a formação
do cidadão. As escolas têm a responsabilidade de formar seus alunos de acordo com os princípios já apontados, é na
gestão da aprendizagem que elas devem concentrar seus esforços.

A compreensão dessa afirmação remete a um compromisso com o significado da reforma do Ensino Médio e com a
garantia do processo educativo que se realiza na escola. Processo este não individual, mas coletivo, envolvendo todo
o corpo docente, técnico-administrativo e a comunidade no planejamento, organização e desenvolvimento de um
projeto político-pedagógico.

É a intenção do que se quer fazer que define a direção da ação e as formas de organizar a execução, que se expressa
nos objetivos que irão nortear o que se apresenta como desejado e necessário. Somente a participação efetiva e
coletiva do conjunto dos educadores de uma unidade escolar garante que a verdadeira aprendizagem se viabilize e
se concretize.

É através do projeto pedagógico em ação, que em outras palavras significa gestão da aprendizagem, que serão
alcançados os objetivos propostos para o processo educativo, ao mesmo tempo em que se fortalecerá cada um dos
membros da escola, que poderão reavaliar sua própria prática.

Uma gestão que construa coletivamente um projeto pedagógico de trabalho possui características de transformação.
É necessário que a atuação na escola seja realizada com competência para que a aprendizagem aconteça, para que
as convicções se construam no diálogo e no respeito e as práticas se efetivem coletivamente no companheirismo e
na solidariedade.

PRINCÍPIOS DA GESTÃO ESCOLAR

A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na educação destinada a realizar o planejamento, a
organização, a liderança, a orientação, a mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos
necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para a promoção da aprendizagem e formação dos
alunos.

A gestão escolar, como área de atuação, constitui-se, pois, em um meio para a realização das finalidades, princípios,
diretrizes e objetivos educacionais orientadores da promoção de ações educacionais com a qualidade social, isto é,
atendendo bem a toda a população, respeitando e considerando as diferenças de todos os seus alunos, promovendo
o acesso e a construção do conhecimento a partir de práticas educacionais participativas, que fornecem condições
para que o educando possa enfrentar criticamente os desafios de se tornar um cidadão atuante e transformador da
realidade sociocultural e econômica vigente, e de dar continuidade permanente aos seus estudos.

Em caráter abrangente, a gestão escolar engloba, de forma associada, o trabalho da direção escolar, da supervisão
ou coordenação pedagógica, da orientação educacional e da secretaria da escola, considerados participantes da
equipe gestora da escola. Segundo o princípio da gestão democrática, a realização do processo de gestão inclui
também a participação ativa de todos os professores e da comunidade escolar como um todo, de modo a
contribuírem para a efetivação da gestão democrática que garante qualidade para todos os alunos.

Gestão escolar é o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, afinado com as diretrizes e políticas educacionais
públicas para a implementação de seu projeto político-pedagógico e compromissado com os princípios da democracia
e com os métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo (soluções próprias, no
âmbito de suas competências), de participação e compartilhamento (tomada de decisões conjunta e efetivação de
resultados) e autocontrole (acompanhamento e avaliação com retorno de informações).
A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação em educação, que objetiva promover a
organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessários para garantir o
avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a promoção efetiva da
aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade
complexa, globalizada e da economia centrada no conhecimento. Por efetividade entende-se, pois, a realização de
objetivos avançados, em acordo com as novas necessidades de transformação socioeconômico-cultural, mediante a
dinamização do talento humano, sinergicamente organizado.

Compete, pois, à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a
cultura das escolas, para realizar ações conjuntas, associadas e articuladas, sem as quais todos os esforços e gastos
são despendidos sem muito resultado, o que, no entanto, tem acontecido na educação brasileira, uma vez que se
tem adotado, até recentemente, a prática de buscar soluções tópicas, localizadas, quando, de fato, os problemas são
globais e inter-relacionados.

A gestão escolar constitui uma dimensão importantíssima da educação, uma vez que, por meio dela, se observa a
escola e os problemas educacionais globalmente e se busca, pela visão estratégica e as ações interligadas
abrangerem, tal como uma rede, os problemas que, de fato, funcionam e se mantêm em rede.

Cabe ressaltar que a gestão escolar é um enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo. O fim último da
gestão é a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos, de modo que, no cotidiano que vivenciam na escola
desenvolvam as competências que a sociedade demanda, dentre as quais se evidenciam pensar criativamente;
analisar informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar ideias com clareza, oralmente e
por escrito; empregar a aritmética e a estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar decisões
fundamentadas e resolver conflitos.

GESTÃO ESCOLAR COM EXCELÊNCIA (VÍDEO)

AS ATRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO ENQUANTO GESTOR

A educação escolar tem como objetivo formar o sujeito para a cidadania e atuação democrática. Para isso a escola
deve exercer um trabalho coletivo a fim de que todos os profissionais da educação trabalhem de maneira articulada
no sentido participativo.

O Pedagogo enquanto gestor possui a atribuição de organizar e intervir na prática educativa, tendo em vista que o
núcleo gestor tem como objetivo operacionalizar e orientar o trabalho dos demais profissionais para que a escola
atinja seus objetivos.

Tendo conhecimento das possíveis condições precárias das estruturas didático-pedagógicas e da existência de
práticas não democráticas no âmbito da administração escolar é preciso que toda a equipe pedagógica esteja atenta
e saiba oferecer sugestões de melhoria do trabalho e propostas de mudança, organizando esforços conjuntos na
busca pela transformação e otimização do trabalho institucional.

Quem está à frente da gestão escolar necessita ter autoridade para dirigir ações e delegar responsabilidades, além
de acompanhar o processo pedagógico e tomar decisões, ou seja, encontrar a medida mais adequada para
determinadas situações, de modo a encontrar soluções diante das adversidades. Assim, cabe ao gestor pedagógico
orientar e mediar o trabalho desenvolvido na instituição de ensino.

O papel do pedagogo é fundamental na organização de um trabalho pedagógico coerente. No entanto, as ações


pedagógicas são desenvolvidas em diferentes setores que compõem a organização escolar, fato este que torna o
processo coletivo e não individual. O entendimento, de senso comum, que um profissional é o grande responsável
pela transformação da escola é um terrível engodo. O pedagogo exerce um papel central com articulador do processo
educativo, mas, sozinho não tem poder para estimular a participação da comunidade na gestão da escola. Esse é um
desafio político e social, engendrado em bases complexas da organização da sociedade, extrapolando as ações pelas
quais o pedagogo responde.

Como as ações didáticas-pedagógicas estão inseridas em todos os contextos institucionais e o pedagogo é o


profissional responsável em mediar as atividades pedagógicas, deve contar com o auxílio dos demais sujeitos que
fazem parte do núcleo escolar, portanto constitui-se em um trabalho coletivo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394/1996 estabelece as normas de gestão democrática na
escola em seus artigos 3º e 14º. No art. 3 VIII, afirma a garantia da gestão democrática na rede pública e o art. 14 a
participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico e a necessidade da efetiva
presença da comunidade nas atividades escolares.

O diretor é responsável pelo conjunto institucional bem como integrar os diversos setores da escola, além de realizar
atividades burocráticas. A função do diretor escolar é, portanto organizar o trabalho administrativo exercendo uma
gestão democrática que leve em consideração a opinião de todos os sujeitos que compõem a escola sendo flexível na
tomada de decisões. São atribuições do gestor pedagógico dirigir e coordenar o andamento dos trabalhos, o clima de
trabalho, a eficácia na utilização dos recursos e meios, em função dos objetivos da escola; assegurar o processo
participativo de tomada de decisões e, ao mesmo tempo, cuidar para que essas decisões se convertam em ações
concretas; assegurar a execução coordenada e integral das atividades dos setores e elementos da escola, com base
nas decisões tomadas coletivamente; articular as relações interpessoais na escola e entre a escola e a comunidade
(incluindo especialmente os pais).

O gestor é visto como um líder diante dos demais profissionais da educação, que está a frente na operacionalização
do trabalho pedagógico, orientando a organização do trabalho tendo em vista um ambiente onde todos os
educadores possam realizar suas funções coletivamente, assegurando um trabalho democrático, a participação no
planejamento, tomada de decisões, mediando relações interpessoais e dando um suporte aos interesses do educando
e necessidades do professor.

GESTOR NA ESCOLA

O QUE É GESTÃO ESCOLAR (VÍDEO)

FUNÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR

O gestor deve ter compromisso com as ações de mudanças, fazendo-se presente, assíduo nas discussões que gerem
análise crítica organizacional, orientando e construindo mecanismos de controle do que foi planejado e está sendo
executado.

O gestor deve perceber e mostrar às equipes que toda relação de confiança começa com compromissos claramente
definidos e comunicados.

Avaliar os resultados obtidos pela escola em sua função de favorecer a formação integral de seus alunos e assegurar
o acesso, a permanência e o sucesso escolar de sua aprendizagem. Considerar a qualidade do ambiente escolar e a
adoção de mecanismos de monitoramento e avaliação desses resultados, com o objetivo de melhorá-los.

Existem algumas alternativas de ações que podem fazer com que a Gestão Escolar tenha uma sensível melhora no
desempenho das funções coletivas. Algumas dessas alternativas podem ser destacadas:

• O acompanhamento do desempenho da aprendizagem dos alunos e condições para promovê-los, estabelecendo


metas para sua melhoria;

• Mobilização de pais, alunos, professores e funcionários através de inovações dentro da escola, onde todos
participam ativamente dos trabalhos.

• Escolas eficazes são aquelas que utilizam de forma criativa o seu espaço, formando ambientes especiais;

• Elaboração e compromisso nos projetos desenvolvidos pela comunidade escolar;

• Procura contínua de toda comunidade de recursos para as atividades escolares;

• Criação e desenvolvimento da cooperação e do espírito de equipe;

• Promoção da formação integral dos alunos, em função dos princípios éticos, políticos e estéticos e da articulação
entre áreas do conhecimento e aspectos indispensáveis ao cidadão;

• Identificação do caráter educativo do ambiente físico, social e cultural da escola na organização de seus espaços e
práticas;

• Constatação da melhoria dos índices de frequência às aulas, permanência, aprovação e aproveitamento escolar de
seus alunos e correção do conteúdo escolar, mediante análise comparativa de resultados obtidos nos anos
anteriores;

• Divulgação aos pais e comunidade dos resultados das ações educacionais voltadas para a aprendizagem dos
alunos;

• Constatação de índices positivos de satisfação dos pais, dos alunos e dos professores com a escola, a partir de
levantamentos periódicos;

• Adoção de mecanismos de monitoramento e avaliação da implementação do projeto pedagógico da escola, e


proposição de planos de melhoria para sua implantação, junto aos professores, alunos e pais.

COMO DEVE SER A GESTÃO DE UMA ESCOLA (VÍDEO)

DIFICULDADES EM EXERCER O PAPEL DE GESTOR

GESTÃO EDUCACIONAL

O conceito de gestão escolar está associado ao fortalecimento da democratização do processo pedagógico, à


participação responsável de todos nas decisões necessárias e na sua efetivação mediante a um compromisso coletivo
com resultados educacionais cada vez mais significativos.

A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que pretende promover a organização, a
mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir os avanços, e os
processos sociais/educacionais nos estabelecimentos de ensino. A aprendizagem dever ser direcionada para os
alunos de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da
economia centrada no conhecimento.

Compete à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura
das escolas, de modo que sejam orientados para resultados e caracterizados por ações conjuntas, associadas e
articuladas.

A gestão escolar deve ser vista como instrumento fundamental do seu dinamismo, na medida em que possibilita a
integração entre os dados da realidade e a estrutura da organização.

O termo gestão democrática ganhou expressão no final da década de 1970 e no início da década de 1980, com a
instabilidade econômica e política em nível internacional começando a surgir questionamentos que ensaiaram novas
perspectivas teóricas no âmbito da administração.

O papel de diretor de escola ainda é discutido dentro das diversas áreas de estudos educacionais e desconhecido por
uma grande parcela da comunidade escolar, principalmente no que diz respeitos às tarefas que lhes são atribuídas. O
que podemos compreender de imediato é que suas competências não podem ser restritas as áreas administrativas,
como prestações de contas e reuniões, pois apesar do âmbito escolar depender de uma organização administrativa
para funcionar, é na parte pedagógica que o gestor escolar encontra a sua essência.

A direção mais capacitada é aquela que reuni em sua gestão a integração do setor administrativo com o pedagógico,
fazendo por vezes passar desapercebido o limite entre os mesmos. É nesta integração entre o administrativo e o
pedagógico que se faz presente na escola, onde os dois aspectos se unem em plena harmonia, constatando assim a
competência técnica da gestão.

É exatamente no sucesso obtido através da delegação de funções, que está a chave para o bom funcionamento da
escola, já que ao saber ordenar, o diretor contribui, para que cada um dos componentes da comunidade escolar
possa render todo seu potencial e assim colaborar na tarefa de conduzir a escola, tornando sua administração
participativa e acima de tudo democrática.
Uma das grandes dificuldades de administrar uma escola são exatamente as diferenças existentes entre seus
membros e atividades, cada pessoa, cada situação no contexto educacional tem suas peculiaridades. Alunos,
professores, funcionários, expõem suas necessidades, prioridades e déficits compondo uma cultura escolar. Cada
instituição se difere uma da outra, demonstrando elementos culturais próprios, sendo impossível estabelecer um
padrão que coordene essa cultura escolar, por isso é importante que o diretor conheça a realidade e as prioridades
da sua escola. Neste sentido é difícil para a escola se apropriar de parâmetros elaborados no plano nacional, se o
contexto em que a unidade escolar está inserida aspira objetivos muitas vezes contrários aos objetivos nacionais.

Assumir a direção de uma escola é demonstrar as situações existentes e compartilhar problemas buscando sempre
as melhores soluções. Com esse novo conceito chamado cultura organizacional, pode-se entender que a maneira de
administrar uma escola ganhou novos rumos, exigindo do diretor uma ampliação de suas competências, devendo ter
inúmeras aptidões que o possibilite lidar com os diversos obstáculos inerentes a uma escola. Saber trabalhar com os
profissionais que o cerca e com os alunos, exigindo-lhe todo seu potencial, sempre respeitando opiniões, limitações e
divergências para que possam mostrar que a finalidade do trabalho de todos dentro da organização escolar é gerar
uma educação de qualidade

OS DESAFIOS DA BNCC PARA OS GESTORES (VÍDEO)

GESTÃO EDUCACIONAL E GESTÃO ESCOLAR

A gestão educacional nacional é baseada na organização dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal e das
incumbências desses sistemas; das várias formas de articulação entre as instâncias que determinam as normas,
executam e deliberam no setor educacional; e da oferta da educação pelo setor público e privado.

Cada sistema tem um papel a desempenhar no contexto educacional do País. No que diz respeito à educação básica,
cabe aos Estados, Distrito Federal e Municípios ofertá-la, por sua vez, o ensino médio é um dever dos Estados e do
Distrito Federal e a educação infantil dos Municípios.

As instituições de ensino cuja União é responsável são as escolas particulares e órgãos federais, já aos Estados e
Distritos Federais compete as instituições de ensino mantidas por eles, as de nível superior mantidas pelos
Municípios, as particulares de ensino fundamental e médio, os órgãos estaduais de educação e as instituições
municipais de ensino particulares de educação infantil. Aos Municípios compete as instituições de educação infantil e
de ensino fundamental e médio mantidas pelos municípios, as instituições particulares de educação infantil e os
órgãos municipais de educação.

Como podemos perceber, embora os entes federativos compartilhem responsabilidades, cada um possui atribuições
próprias, tendo a União o papel de coordenar e articular os níveis de sistemas, os Estados e o Distrito Federal o de
elaborar e executar políticas e planos educacionais e os Municípios de organizar, manter e desenvolver seu sistema
de ensino através da sua integração com as políticas e planos educacionais da União e dos Estados.

Diferente da gestão educacional, a gestão escolar, trata das incumbências que os estabelecimentos de ensino
possuem, respeitando as normas comuns dos sistemas de ensino.

Cada escola deve elaborar e executar sua proposta pedagógica; administrar seu pessoal e seus recursos materiais e
financeiros; cuidar do ensino-aprendizado do aluno, proporcionando meios para a sua recuperação; e articular-se com
as famílias e a comunidade, proporcionando um processo de integração.

Outro ponto importante na gestão escolar é a autonomia que a escola possui e que estar prevista na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996. Através dessa autonomia as escolas conseguem atender as
especificidades regionais e locais, assim como as diversas clientelas e necessidades para o desenvolvimento de uma
aprendizagem de qualidade.

Com base nisso, podemos perceber que a gestão educacional é compreendida através das iniciativas desenvolvidas
pelos sistemas de ensino. Já a gestão escolar, situa-se no âmbito da escola e trata das tarefas que estão sob sua
responsabilidade, ou seja, procura promover o ensino e a aprendizagem para todos.

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR FEITA PELO GESTOR


GESTÃO ESCOLAR, CONCEITOS E COMO DESENVOLVER (VÍDEO)

A GESTÃO DE QUALIDADE

A qualificação da gestão tem como característica um processo de análise, avaliação e definição dos objetivos, no qual
toda a equipe deverá estar envolvida. É necessário que o gestor conheça quais os aspectos que, em conjunto
favorecem o desenvolvimento da escola e da qualidade de ensino.

Uma visão global e abrangente sobre os elementos que garantem a qualidade do ensino, de modo a promover um
avanço consistente na transformação das escolas e melhoria da aprendizagem dos alunos.

O que determina a efetividade da escola são muitos fatores complexos, dinâmicos para o real papel na qualidade do
ensino, os indicadores mais associados para esse sucesso são: liderança educacional, flexibilidade e autonomia, clima
escolar, apoio da comunidade, processo/ensino aprendizagem, avaliação do desempenho acadêmico, supervisão de
professores, materiais, textos de apoio pedagógico e espaço adequado.

O gestor escolar é responsável pela promoção da integração de todos esses itens dentro do ambiente escolar, tendo
interesse em conhecê-los e refletir sobre eles.

Essas orientações são para o desenvolvimento de escolas capazes de promover resultados significativos na formação
de seus alunos.

Ações para a formação da melhoria da gestão:

• Estabelecer metas para a melhoria objetiva da aprendizagem, do desempenho de seus alunos e das condições
para promovê-los;

• Melhorar e aumentar a capacidade de mobilização de pessoas em torno da educação: professores, pais, alunos e
comunidade;

• Comprometimento com o desenvolvimento de programas de alcance a médio e longo prazo;

• Melhorar a mobilização e utilização eficaz de recursos para a educação;

Para obtenção da qualidade na escola, alguns pressupostos podem ser seguidos:

• O trabalho essencial da escola são as atividades desenvolvidas a partir da realidade dos alunos, das possibilidades
da comunidade e das peculiaridades do meio ambiente;

• A base de toda a comunidade escolar é o projeto político/pedagógico que envolva toda a comunidade em sua
construção, implementação e gestão;

• A educação continuada do corpo docente e burocrático/administrativo deve ser uma constante, para ajudar e
facilitar o trabalho pedagógico eficaz;

• Prédios, salas e espaços educativos em condições satisfatórias;

• O gestor escolar deve estar perfeitamente integrado ao processo, coordenando e aprovando todas as iniciativas
para o êxito da proposta pedagógica, que deve ser construída por toda a comunidade interna e externa à instituição.

ENVOLVIMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

MODELOS DE GESTÃO

Gestão é uma expressão que ganhou destaque no contexto educacional acompanhando uma mudança de padrões no
caminho das questões desta área. É caracterizada pelo reconhecimento da importância da participação consciente e
esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação e planejamento do seu trabalho.
Ser gestor/administrador não é a única razão da existência da escola, também deve ser além disso um espaço aonde
acontece a prática pedagógica permitindo que a crianças relacionam-se entre si, com os professores, ideias, valores,
ciências e arte cultural, concretizando sua missão de criar a oportunidade para que eles se desenvolvam e
reconstruam o conhecimento.

Não será a eliminação dos especialistas, nem a abertura ou delegação de suas funções específicas a todos os
professores, ou ainda a eleição direta para diretor de escola a garantia de sucesso no alcance de resultados
satisfatórios da prática pedagógica e de sua gestão democrática. Na construção de sua identidade como um
ambiente organizado, com um projeto político pedagógico próprio e com base nas convicções que envolvem o
processo como construção coletiva é o caminho para uma gestão democrática.

É importante notar que a ideia de gestão educacional desenvolve-se associada a outras ideias globalizantes e
dinâmicas em educação, como por exemplo, o destaque a sua dimensão política e social, a ação para a
transformação, participação e cidadania.

A sociedade tenta definir e ajustar com precisão quais conhecimentos, saberes, informações, habilidades e
competências os professores devem ser portadores para se ajustarem ao meio educacional, em que medida este
ajuste tem afetado as escolas?

A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresenta as seguintes determinações:

Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica,
de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de
direito financeiro público.

Os estabelecimentos de ensino, como unidades sociais dinâmicas devem ser entendidos ao se caracterizarem por
uma rede de relações entre os elementos que nelas interferem, direta ou indiretamente e a sua metodologia
demanda um novo enfoque de organização, sendo esta a necessidade que a gestão tenta responder. Veremos nos
próximos capítulos as diferentes formas de gestão escolar.

GESTÃO ESCOLAR ADMINISTRATIVA (VÍDEO)

ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

Ainda hoje encontramos gestores da educação que não estão habituados a ser acompanhados em seus resultados e
preferem permanecer desta forma. Sem monitoramento não há cobranças e desafios e estes podem permanecer em
sua zona de conforto. Por outro lado, nos deparamos com alunos e professores que estão em busca de resultados
educacionais melhores, que necessitam ver o resultado de seu esforço diário em sala de aula.

GESTÃO PEDAGÓGICA

A gestão pedagógica avalia o trabalho do professor realizado na escola, atualizando e enriquecendo a sua
metodologia, pela adoção de processos criativos e inovadores, implementando medidas pedagógicas que levem em
conta os resultados da avaliação dos alunos e a atuação dos educadores com o objetivo da melhoria do rendimento
escolar.

Verifique em sua escola se ocorre o atendimento aos seguintes itens:

• Atualização continua do currículo escolar e sua implementação, tendo como referências as Diretrizes Curriculares
Nacionais, os Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como a evolução da ciência, tecnologia e cultura.

• Identificação, ao longo do ano letivo, dos resultados e das dificuldades de aprendizagem dos alunos, pela
articulação com as famílias, comunidade e entre o seu plano de trabalho e o projeto pedagógico.

• Realização de inovações e projetos de melhoria da prática pedagógica na escola, que resultem na elevação da
autoestima e na formação integral do aluno.

• Realização na escola do processo pedagógico, considerando os princípios da inclusão, as necessidades


diferenciadas e/ou especiais dos alunos.

• Organização de turmas, horários e atividades extraclasses, a partir de critérios pedagógicos, de modo a assegurar
a qualidade do ensino e a favorecer a aprendizagem dos alunos.

O PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR PEDAGÓGICA (VÍDEO)

ESTABELECENDO OBJETIVOS

PARTICIPAÇÃO EFETIVA DOS PROFESSORES

SISTEMAS DE GESTÃO ESCOLAR (VÍDEO)

GESTÃO DE PESSOAS

A gestão de pessoas tem como referência o compromisso com professores, funcionários, pais e alunos, com o projeto
pedagógico, levando em conta as formas de incentivo a essa participação, desenvolvendo trabalhos em equipe,
lideranças, motivação das pessoas, formação continuada e a avaliação de seu desempenho.

Verifique em sua escola se ocorre o atendimento aos seguintes itens:

• Promoção na escola de ações de formação continuada e em serviço, para o desenvolvimento de conhecimentos,


habilidades e atitudes, bem como para elevar a motivação e autoestima dos profissionais, tendo em vista a melhoria
do atendimento às necessidades escolares cotidianas.

• Promoção regular da integração entre profissionais da escola, pais e alunos, visando a articulação de suas ações, à
unidade de propósitos e de visão educacional.

• Promoção de ações para desenvolver equipes e lideranças, mediar conflitos e favorecer a organização dos
segmentos escolares, em clima de compromisso ético e solidário.

• Adoção de práticas avaliativas do desempenho de professores e funcionários, ao longo do ano letivo, para
promover a melhoria contínua desse desempenho no cumprimento e metas educacionais.

• Estabelecimento da unidade de atuação dos diversos segmentos da comunidade escolar, pela promoção do
conhecimento e compreensão da legislação educacional, do regimento da escola e demais normas legais que
orientam os direitos e deveres de professores, funcionários, pais e alunos.

• Promoção de práticas de valorização e reconhecimento do trabalho dos professores e funcionários, no sentido de


reforçar ações voltadas para melhoria da qualidade do ensino.

PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA

Uma educação pública de qualidade envolve a integração de elementos. Dentre esses elementos está a participação
da família como fator determinante, desde que haja na escola uma abertura efetiva para essa participação, indo
muito além de simplesmente participar da reunião de pais.

Esse tipo de participação enriquece o trabalho educativo que é desenvolvido na escola, enriquece os próprios
familiares e a própria ação educativa que as famílias desenvolvem em suas casas.

A ausência da participação da família no ensino aprendizagem dos alunos, podem ocasionar baixo desempenho e
até mesmo a repetência escolar.

A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA


(VÍDEO)

GESTÃO AUTÔNOMA

O gestor autônomo é aquele capaz de estabelecer as regras e normas de seu modo próprio de agir, com a
colaboração das comunidades escolares e locais para elevar a qualidade educacional.

Não se pode negar a importância e a necessidade da direção escolar, no entanto as tarefas administrativas e
burocráticas não podem absorver o tempo integral do gestor em detrimento do aspecto pedagógico. É essencial que
o diretor de escola seja um educador com prática docente em instituições da educação.

O tema autonomia do gestor escolar encontra respaldo na própria Constituição, promulgada em 1988, e na lei de
Diretrizes e bases da Educação Nacional - LDB 9394/96. Ambas criam as bases para a consolidação da democracia
participativa na escola pública mediante instrumentos e procedimentos que possibilitam a tomada de decisões, a
execução, o acompanhamento e a avaliação desses processos no âmbito da escola, com a participação da
comunidade escolar.

A autonomia faz parte da própria natureza da educação, a qual busca a preparação do ser humano para viver
produtivamente em grupo, ser responsável, vivenciar e aprimorar processos criativos e solucionar desafios
cotidianos.

A autonomia da gestão escolar se consolida quando a escola já é capaz de estabelecer as normas de conduta no
âmbito de sua própria ação específica. O gestor autônomo é aquele capaz de estabelecer regras do seu modo de agir
com a colaboração da comunidade.

A autonomia está intimamente associada ao que chamamos de responsabilização à ética e ao bem estar coletivo,
requerendo transparência e responsabilização por suas ações e resultados.

Os gestores escolares podem ser agentes de suas próprias ações, devem usufruir de todo o poder de decisão que lhe
é permitido, especialmente quando elaboram o regimento da escola, apoiam as decisões, exercem seu papel
movidos pela responsabilidade das decisões coletivas, as quais privilegiam a aprendizagem, a organização didática e
pedagógica e as avaliações que apontam caminhos de aprimoramento da aprendizagem.

A escola que a comunidade almeja é autônoma, porque é administrada por pessoas com capacidade de mobilizar
pessoas e realizar o trabalho pedagógico, administrativo e financeiro coletivamente, incluindo e respeitando pais,
alunos, professores, funcionários e gestores na superação das dificuldades, dos conflitos, no processo de tomada de
decisões e avaliação de resultados obtidos.

Seguem algumas sugestões de planejamento e implementação da gestão autônoma:

• Dedicar um tempo diário à reflexão sobre o estado atual da escola e o seu amadurecimento necessário.

• Cada pessoa planeja e implementa a sua própria gestão da autonomia, sendo coerente com a premissa da
construção autônoma.

• Com o hábito da reflexão, identificar os pontos fortes e fracos pertinentes ao roteiro do seu desenvolvimento.

• Estabelecer metas de crescimento para a maturidade a médio e longo prazo, devendo, identificar os pontos fracos
a serem desenvolvidos e priorizá-los.

• Monitorar cada etapa estabelecida e alterá-la, replanejar e retomar o projeto, nos casos em que a mudança não
esteja acontecendo.

• Buscar ajuda e conhecimento técnico, especializado ou geral sempre que necessário.


A autonomia é uma qualidade a ser desenvolvida no âmbito da educação. Seus valores devem aprimorados uma
busca constante de autoconhecimento e modificação.

A autonomia é um crescimento por vezes solitário, depende especialmente de cada interessado, sem esquecer que a
convivência social proporciona apoio e parâmetros para o desenvolvimento e o amadurecimento.

ATITUDES DE UM GESTOR INOVADOR (VÍDEO)

EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE

GESTÃO DE SERVIÇOS

Serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra. Os serviços são responsáveis pela criação de uma
maioria significativa de novos trabalhos, qualificados ou até mesmo sem qualificação. É importante trabalhar com a
gestão de serviços para conseguir atender as necessidades da escola, alunos e comunidade.

É necessário trabalhar além da gestão de serviços, buscar a excelência da qualidade para se criar um ambiente
organizado e harmonioso para o crescimento dos indivíduos.

Verifique em sua escola se ocorre o atendimento aos seguintes itens:

• Disponibilizar à comunidade serviço ágil e atualizado de documentação escolar, escrituração e informação, diários
de classe, estatísticas, legislação e outros.

• Promoção de ações que favorecem a conservação, higiene, limpeza, manutenção e preservação do patrimônio
escolar das instalações básicas, equipamentos e materiais pedagógicos.

• Busca de formas alternativas para criar e obter recursos, espaços e materiais complementares para melhoria da
realização do projeto pedagógico da escola.

• Disponibilização do espaço da escola, nos fins de semana e períodos de férias, para a realização de atividades que
congreguem a comunidade local, de modo a garantir maximização de seu uso e socialização de seus bens.

• Planejamento, acompanhamento e avaliação da execução dos recursos financeiros da escola, levando em conta as
necessidades do projeto pedagógico, os princípios da gestão pública e a prestação de contas à comunidade.

RECURSOS FINANCEIROS QUE MANTÉM A ESCOLA

GESTÃO PARTICIPATIVA

A participação é uma necessidade humana que se caracteriza por uma força de atuação onde se reconhece e assume
seu poder de exercer influência. O poder é resultado de sua competência e vontade de compreender, decidir e agir
em torno das questões que lhe são propostas.

A falta de consciência participativa influencia negativamente na organização social. Para as pessoas que constituem
o ambiente escolar com mobilização efetiva e esforços individuais para superar atitudes de acomodação, alienação,
comportamentos individualistas, procura-se construir um espírito de equipe.

Para a autonomia da escola, a Gestão Escolar promove a criação e a sustentação de um ambiente propício ao
envolvimento integral dos profissionais, alunos e pais no processo social escolar, pois essa participação desenvolve
uma consciência social crítica e um sentido pleno de cidadania.

O Gestor procura direcionar o processo de participação na escola com a criação de uma visão de conjunto associada
à ação cooperativa, promovendo um clima de confiança e valorizando as capacidades de todos os participantes.
Integram-se esforços, estabelecendo a demanda de atividades centradas nas ideias e não em pessoas. Assumindo
um compromisso em conjunto, pode-se construir a participação em uma ação coletiva onde todos são fundamentais
para o processo educacional.

Numa organização como a escola, a gestão é uma dimensão do próprio ato educativo. Definir objetivos, selecionar
estratégias, planificar, organizar, coordenar, avaliar as atividades e os recursos, ao nível da sala de aula, ou ao nível
da escola, são tarefas com sentido pedagógico e educativo evidentes. Elas não podem ser dissociadas do trabalho
docente e subordinarem-se a critérios externos, meramente administrativos.

A redefinição da profissão docente e as próprias mudanças nos modelos e práticas de ensino têm valorizado a
abordagem do professor como um gestor de situações educativas. O professor não é apenas o que transmite
conhecimentos aos alunos, mas o que cria as condições necessárias para que estes aprendam. É portanto um
organizador e disponibilizador de recursos, em conjunto com os seus colegas.

Por tudo isto se vê o papel central que a participação dos professores desempenha para o êxito da gestão de uma
escola e para a sua adequação aos objetivos educativos.

Existem algumas características da gestão participativa, são elas:

• Compartilhamento de autoridade e de poder;

• Responsabilidades assumidas em conjunto;

• Valorização e mobilização do trabalho em equipe;

• Canalização de talentos e iniciativas em todos os segmentos da organização;

• Compartilhamento constante e aberto de informações.

Estas características fazem da gestão um processo de democratização, conceitualizando uma escola bem dirigida,
evidenciada pelo bom desempenho dos alunos, pela percepção clara dos professores sobre o seu trabalho, exibindo
uma cultura de interação entre os funcionários e a participação na construção dos objetivos pedagógicos, curriculares
e de prática em sala de aula.

A participação como qualquer melhoria substancial, requer acima de tudo o envolvimento nos programas de
atividades. Existem diversos objetos que se forem colocados em pratica propiciarão o envolvimento de todos no
contexto escolar, como também facilitará o seu desempenho.

É aconselhável redigir um código de valores que represente o empenho de todos da escola com a gestão
participativa, logo após deve-se construir o comprometimento pessoal dos gestores. Se a equipe de apoio
técnico/administrativo não estiver envolvida, os professores sempre questionarão se o seu trabalho é válido.

Outro fator importante é promover a capacitação em serviço de professores e pais para que se desenvolvam as
habilidades necessárias à atuação participativa, assim os membros da escola necessitarão de orientação e tempo
para aperfeiçoá-las.

Não circular a informação de cima para baixo na organização escolar também é um passo fundamental, pois muitos
gestores acreditam que gestão democrática é apenas fornecer informações e na verdade é a troca ideias entre
gestores, professores e demais.

Embora nem todos tenham interesse em participar do processo decisório, a maioria gosta de saber que alguns de
seus colegas tenham participado do processo de decisão, representando suas percepções. Quando todos se sentem
envolvidos e responsáveis pelo sucesso da escola em todos os seus aspectos, significa que os objetivos estão sendo.

A gestão que tem por bandeira o compartilhamento da sua autoridade, das decisões, pode viabilizar a valorização e
mobilizar a equipe onde todos se sintam responsáveis e assumam a seu compromisso em conjunto.

ALCANÇANDO A QUALIDADE DE ENSINO

É de extrema importância para a sociedade que o país coloque a educação no topo das prioridades. Ressalta-se que
se essa iniciativa for realizada, a probabilidade de atingir um ensino de qualidade é grande.
Uma educação de qualidade vai muito além de um prédio bonito, limpo e organizado. Envolve dimensões que nem
sempre estão visíveis como os laços estabelecidos entre as famílias e a gestão escolar, um ambiente seguro, uma
equipe de trabalho cooperativa e com objetivos comuns, uma boa gestão e ainda desenvolver temas e atividades
interessantes para o educando para que este esteja cada vez mais envolvido na sua própria educação.

COMO A GESTÃO ESCOLAR PODE IMPULSIONAR O


DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGENS (VÍDEO)

GESTÃO DEMOCRÁTICA

A escola, como uma instituição deve procurar a socialização do saber, da ciência, da técnica e das artes produzidas
socialmente. Deve estar comprometida politicamente e ser capaz de interpretar as carências reveladas pela
sociedade, direcionando essas necessidades em função de princípios educativos capazes de responder às demandas
sociais.

A gestão democrática em educação está articulada ao compromisso sócio-político com os interesses reais e coletivos.
A possibilidade de uma ação administrativa na construção coletiva exige participação de toda a comunidade escolar
nas decisões do processo educativo, o que resultará na democratização das relações que se envolvem na escola,
contribuindo para o aperfeiçoamento administrativo-pedagógico.

Esta gestão busca o envolvimento coletivo nas salas de aula pelos pais, professores, funcionários e alunos, que
possuem liberdade de decisões no processo educacional, para melhorar a qualidade de ensino.

A gestão democrática, é uma administração onde a educação é tarefa de todos, família, governo e sociedade, para
tanto é necessário o comprometimento de todos os sujeitos participantes do processo educacional, que devem
compartilhar deste como um trabalho coletivo.

É indispensável que a gestão democrática seja vivenciada no dia a dia das escolas, sendo incorporada ao cotidiano e
se torne tão essencial à vida escolar, quanto é a presença dos professores e alunos.

Na gestão democrática é importante a presença organizada da sociedade na escola, acompanhando e participando


do processo educacional, onde o gestor descentraliza o poder e distribui responsabilidades entre todos. Outro fator
importante é a estrutura física, pois em um ambiente agradável a aprendizagem torna-se eficaz, contribuindo para
que o aluno permaneça na escola.

A democratização da gestão é de importante no início de uma jornada transformadora para a melhoria na qualidade
do desempenho escolar, lembrando que não é o único caminho, pois algumas condições legais, políticas e estruturais
devem ocorrer em um ambiente favorável, com apoio dos secretários de educação.

Uma exigência ao administrador/educador é de que compreenda a dimensão política de sua ação administrativa
respaldada na ação participativa, rompendo com a rotina insensível que permeia a dominação das organizações
modernas.

Através da administração participativa, o indivíduo passa a assumir a responsabilidade de suas ações, com o poder
para influir sobre o conteúdo e a organização dessas atividades.

O planejamento participativo constitui-se num processo político, vinculado à decisão tomada em benefício da maioria.

Com a aplicação da política da universalização do ensino deve-se estabelecer como prioridade educacional a
democratização do ingresso e a permanência do aluno na escola, assim como a garantia da qualidade social da
educação.

Os artigos 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam
que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica.
Obedecem aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico.
Devemos enfatizar que a democracia na escola por si só não tem significado, só faz sentido se estiver vinculada a
uma percepção de democratização da sociedade.

A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações:


Art. 14 Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de
acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I. participação dos profissionais da educação
na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.

Art. 15 Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de
direito financeiro público. Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei decreta a
gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não estabelece diretrizes bem definidas para
delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o
caráter deliberativo da autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado. É preciso que educadores e
gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e de uma política no sentido de criar novas formas de
participação na escola pública, tais como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam,
falam, escrevem sobre o autoritarismo, liberdade da escola pública e as desigualdades da sociedade brasileira. É
tecendo redes de falas e de registros, ações e intervenções que surgirão novos movimentos de participação ativa e
cidadã.

A gestão democrática da educação está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à coordenação de
atitudes que propõem a participação social no planejamento e elaboração de políticas educacionais; na tomada de
decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades de aquisição; na execução das resoluções escolares; nos
períodos de avaliação da escola e da política educacional.

Na perspectiva de uma gestão democrática, ideias e comportamentos novos surgem, nos quais precisa-se acreditar e
adotar:

• O gestor é aquele que está na liderança, a serviço da comunidade escolar para o alcance de suas finalidades.

• Os especialistas (supervisor, orientador, diretor) são possuidores de um conhecimento específico em uma área,
assim como cada professor o é, o trabalho coletivo dessas diferentes especialidades na escola é que provocará
mudanças.

• A expectativa que os alunos, pais, comunidade têm em relação à escola é uma dimensão que não pode ser
ignorada e sim conhecida para ser atendida.

• Os indivíduos precisam assumir as responsabilidades de suas atividades, sem que alguém lhes diga sempre o que
e como fazer. Não pode existir a dicotomia, onde uns pensam e outros executam, mas todos precisam ter e
desenvolver o compromisso político próprio do ato educativo.

• O individualismo, a desconfiança, a acomodação e o egoísmo devem ceder lugar ao sentido coletivo da crítica e
autocrítica, do direito e do dever, da responsabilidade social frente ao ato educativo.

• O gestor deve ser sensível as necessidades e aos interesses dos diversos grupos, agilizar o controle dos mesmos,
resultando em ações criadoras.

• A gestão da escola passa a ser o resultado do exercício de todos os componentes da comunidade escolar, sempre
na busca do alcance das metas estabelecidas pelo projeto político/pedagógico construído coletivamente.

O entendimento de que a principal função da administração escolar é realizar uma liderança política, cultural e
pedagógica sem perder de vista a competência técnica para administrar a instituição que dirige.

O gestor demonstra que a escola tem a possibilidade de, em cumprimento com a legislação que os rege, usar sua
criatividade e colocar o progresso administrativo a serviço do pedagógico e assim facilitar a elaboração de projetos
educacionais que sejam resultantes de uma construção coletiva dos componentes da escola.

O QUE É UMA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA (VÍDEO)

FUNÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

No cenário educacional contemporâneo a questão da gestão democrática tem sido alvo de grandes debates,
principalmente, na escola pública que muitas vezes interioriza uma gestão pautada no conservadorismo e
tradicionalismo. A escola vista como uma organização social, cultural e humana requer que cada sujeito envolvido
tenha o seu papel definido num processo de participação efetiva para o desenvolvimento das propostas a serem
executadas.

Neste contexto, o gestor é um dos principais responsáveis pela execução de uma política que promova o
atendimento às necessidades e anseios dos que fazem a comunidade escolar. Partindo desse princípio, a escola
precisa rever o papel do gestor escolar no sentido de promover a gestão democrática como prática mediadora do
trabalho pedagógico.

QUAL É O OBJETIVO DA GESTÃO ESCOLAR (VÍDEO)

FORMAÇÃO ACADÊMICA DO PROFESSOR

A FORMAÇÃO DE GESTORES ESCOLARES

O movimento pelo aumento da competência da escola exige maior habilidade de sua gestão, em vista do que a
formação de gestores escolares passa a ser uma necessidade e um desafio para os sistemas de ensino.

Sabe-se que, em geral, a formação básica dos dirigentes escolares não se assenta sobre essa área específica de
atuação e que, mesmo quando a têm, ela tende a ser genérica e conceitual, uma vez que esta é, em geral, a
característica dos cursos superiores na área social.

Não se pode esperar mais que os dirigentes enfrentem suas responsabilidades baseados em “ensaio e erro” sobre
como planejar e promover a implementação do projeto político pedagógico da escola, monitorar processos e avaliar
resultados, desenvolver trabalho em equipe, promover a integração escola-comunidade, criar novas alternativas de
gestão, realizar negociações, mobilizar e manter mobilizados atores na realização das ações educacionais, manter
um processo de comunicação e diálogo aberto, planejar e coordenar reuniões eficazes, atuar de modo a articular
interesses diferentes, estabelecer unidade na diversidade, resolver conflitos e atuar convenientemente em situações
de tensão.

O trabalho de gestão escolar exige, pois, o exercício de múltiplas competências específicas e dos mais variados
matizes. A sua diversidade é um desafio para os gestores. Dada, de um lado, essa multiplicidade de competências, e
de outro, a dinâmica constante das situações, que impõe novos desdobramentos e novos desafios ao gestor, não se
pode deixar de considerar como fundamental para a formação de gestores, um processo de formação continuada, em
serviço, além de programas especiais e concentrada sobre temas específicos.

A gestão escolar constitui-se em uma estratégia de intervenção organizadora e mobilizadora, de caráter abrangente
e orientado para promover mudanças e desenvolvimento dos processos educacionais, de modo que se tornem cada
vez mais potentes na formação e aprendizagem dos seus alunos. Como tal, ela envolve áreas e dimensões que, em
conjunto, tornam possível a realização desses objetivos.

As dimensões de organização dizem respeito a todas aquelas que tenham por objetivo a preparação, a ordenação, a
provisão de recursos, a sistematização e a retroalimentação do trabalho a ser realizado. Elas objetivam garantir uma
estrutura básica necessária para a implementação dos objetivos educacionais e da gestão escolar. Elas diretamente
não promovem os resultados desejados, mas são imprescindíveis para que as dimensões capazes de fazê-lo sejam
realizadas de maneira mais efetiva.

Essas dimensões envolvem a fundamentação conceitual e legal da educação e da gestão educacional, o


planejamento, o monitoramento e avaliação das ações promovidas na escola, e a gestão de seus resultados de modo
que todas as demais dimensões e ações educacionais sejam realizadas com foco na promoção da aprendizagem e
formação dos alunos, com qualidade social.

As dimensões de implementação são aquelas desempenhadas com a finalidade de promover, diretamente, mudanças
e transformações no contexto escolar. Elas se propõem a promover transformações das práticas educacionais, de
modo a ampliar e melhorar o seu alcance educacional.

As competências de implementação envolvem a gestão democrática e participativa, gestão de pessoas, gestão


pedagógica, gestão administrativa, gestão da cultura escolar e gestão do cotidiano escolar, com foco direto na
promoção da aprendizagem e formação dos alunos, com qualidade social.

As dimensões de organização se apresentam em quatro dimensões:

• Fundamentos e princípios da educação e da gestão escolar;

• Planejamento e organização do trabalho escolar;

• Monitoramento de processos e avaliação institucional;

• Gestão de resultados educacionais.

As dimensões de implementação são aquelas mais diretamente vinculadas à produção de resultados:

• Gestão democrática e participativa;

• Gestão de pessoas;

• Gestão pedagógica;

• Gestão administrativa;

• Gestões da cultura escolar;

• Gestão do cotidiano escolar.

Ao ter em mente uma visão de conjunto das dimensões de gestão escolar, cabe ao diretor, ao colocá-las em prática
de forma integrada e interativa, ter em mente, também em conjunto, os fatores internacionalmente citados como
responsáveis pelo sucesso educativo das escolas, a saber:

• Liderança profissional;

• Visão e metas compartilhadas pelos agentes educativos;

• Ambiente de aprendizagem;

• Concentração no processo ensino-aprendizagem;

• Ensino estruturado com propósitos claramente definidos;

• Expectativas elevadas;

• Reforço positivo de atitudes;

• Monitoramento do progresso;

• Direitos e deveres dos alunos;

• Parceria família-escola;

• Organização orientada à aprendizagem.

As demais unidades deste manual remeterão a estes aspectos, para cuja efetivação na escola, muito depende a
competência do diretor escolar.

DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO


DEMOCRÁTICA

A escola atravessa hoje uma fase de profundas transformações. O modelo tradicional onde havia a divisão do
trabalho em que uns pensavam e outros executavam já não cabe mais no mundo globalizado.

A escola atual convive com novas ideias inerentes à descentralização do poder incentivando qualidades como a
autonomia, conselhos escolares, flexibilidade dos currículos e programas.
A função da escola não surge apenas na tentativa de ocupar os educandos com qualquer atividade, sem que haja
uma preocupação com a função pedagógica, pois é na escola que devem ser oferecidas as oportunidades
educacionais necessárias para que o próprio aluno tenha garantido a sua educação básica.

A gestão escolar tem um papel muito importante no sentido de fazer com que a prática humana seja realmente
realizável, fazendo o aluno ser constantemente valorizado, como uma atitude de respeito perante a vida. A escola faz
uso do Projeto Político Pedagógico que deve guiar, orientar e proporcionar o sentido ao qual a escola deseja chegar,
em outras palavras, o PPP é em resumo a realização de um objetivo para que a escola seja ideal para todos que a
procuram.

Para que o PPP possa ser colocado em prática à gestão escolar tem que saber lidar com as mais diversas situações
que na escola surgem.

Compreender e respeitar as diferenças sutis entre as mais diversas funções dos profissionais dentro do ambiente
escolar, mas sempre tendo em mente que todos trabalham voltados para o mesmo objetivo comum de fazer com que
a escola continue cumprindo o seu papel enquanto instituição educacional.

A gestão escolar demanda competência técnica de conhecimentos específicos para a sua atuação, para poder ser
desempenhada de forma adequada. Para coordenar uma escola existe a necessidade da formação específica, dentro
desta habilidade técnica a gestão não é um processo desligado da atividade educacional.

Muitas pessoas que fazem parte da comunidade escolar interpretam as práticas que a gestão desempenha como
autoritárias e muitas vezes arbitrárias. Não se pode pensar em autoritarismo na educação, no espaço escolar onde se
constroem as condições subjetivas para interferir no contexto em que se encontra, onde as opiniões, as diferenças e
os problemas fazem parte das situações cotidianas.

A gestão dispõe do conselho escolar, das reuniões pedagógicas ou técnicas para abrir espaços de intervenções,
sugestões, discussões de ideias e principalmente para a construção da democracia no espaço escolar.

A grande dificuldade que o gestor pode encontrar neste aspecto é a não aceitação da comunidade escolar em se
envolver nas atividades pedagógicas que lhes são propostas. Neste caso uma das estratégias é fazer com que as
decisões sejam tomadas em grupo, onde o gestor irá escutar não só as ideias contrárias às ideias propostas mais
também sugestões e contribuições. O gestor não deve colocar em execução uma decisão sem antes certificar-se de
que foi bem compreendida e aceita por todos da comunidade escolar.

A participação do grupo na tomada de decisões é a garantia de maior identificação de todos com o trabalho a ser
realizado, deixando exercer de maneira democrática a sua gestão.

A educação precisa buscar uma nova ética onde o aluno não seja visto como uma peça qualquer da engrenagem da
máquina produtiva. É função da escola disponibiliar uma educação de qualidade com suporte na participação, no
diálogo e na crítica.

Uma educação que tenha compromisso com o processo de independência dos seus alunos enquanto cidadãos
necessita de um espaço para a reflexão, o debate democrático das ideias, a formulação de novas propostas e a troca
de experiências.

O desafio para que a gestão seja democrática é abrir o espaço escolar, não só físico mas também pedagógico para a
comunidade, esse é mais um passo para que se torne um local onde a aprendizagem possa ser assimilada,
construída e modificada quando necessário.

A organização escolar não permite uma transformação abrupta na sua concepção pedagógica, administrativa e
financeira. Nenhuma mudança organizacional introduz-se da noite para o dia, nem pode expulsar totalmente as
práticas até então vivenciadas.

É preciso que ocorra a participação de todos os envolvidos para que de fato tenhamos uma mudança significativa
dentro das relações vivenciadas no ambiente escolar.

Esta participação, porém, deve ser compreendida como mais uma possibilidade de interação, como uma busca de
soluções, de tomada de decisões que tragam benefícios para a coletividade.
A POSTURA DO GESTOR ESCOLAR

QUAL O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR (VÍDEO)

RELAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE

A comunidade escolar está sendo chamada a compartilhar as tomadas de decisões, por várias razões. Uma delas é o
próprio processo de democratização da sociedade, ampliando os canais de participação. Outra razão é que a escola
está inserida numa comunidade heterogênea, cuja população tem expectativas e necessidades múltiplas que a
escola precisa levar em consideração.

Nessa proposta participativa, o diretor/gestor passa a ser o grande articulador das ações de todos os segmentos, o
condutor do projeto da escola, aquele que prioriza as questões pedagógicas e que mantém o ânimo de todos na
construção do trabalho educativo.

Com a participação da comunidade, a escola tem a possibilidade de buscar soluções próprias mais adequadas às
necessidades e aspirações dos alunos e de suas famílias, conquistando aos poucos maior autonomia para definir seu
projeto. Desta forma a escola tem maiores chances de encontrar caminhos para atender as expectativas da
sociedade a respeito de sua atuação.

É necessário que a família recupere a ideia de que a educação não é tarefa somente da escola e passe a perceber
que a mesma deve ser uma responsabilidade compartilhada.

Nem a escola nem a família possuem condições de realizar uma educação completa, visto que, cada ser humano
possui características únicas. Logo, para haver uma educação que venha atender as necessidades múltiplas do
indivíduo é preciso que as instituições realizem atividades conjuntamente e transmitam conhecimento de forma
cooperativa garantindo o bom êxito do aluno, tanto na vida escolar quanto na vida social

Em conjunto consegue-se resolver mais adequadamente problemas como a democratização do acesso, a reprovação
e evasão. As soluções surgem mais rapidamente quando a comunidade entra na escola, questões de vagas e critérios
de matrícula podem ser melhor trabalhadas e a repetência e evasão escolar podem diminuir.

Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos aspectos educacionais estabelecem-se situações de
aprendizagem de mão dupla, a escola atende sua função pedagógica perante os pais e a comunidade influencia os
caminhos da escola. As famílias começam a perceber o que seria um bom atendimento escolar, a escola aprende a
ouvir sugestões e aceitar sugestões.

A aprendizagem mútua fortalece a conquista da autonomia da escola, que sai da posição de subordinada, em que
apenas espera ou contesta as diretrizes do sistema de ensino, para assumir a responsabilidade pelas suas próprias
atuações.

A escola que busca autonomia reivindica seus direitos diante do poder público, mas também faz opções, define
rumos e realiza com serenidade seu trabalho, integrando-se na luta a favor do sucesso escolar de seus alunos.

No entanto, não é suficiente permitir formalmente que a comunidade participe da administração da escola; é preciso
que haja condições que propiciem essa participação:

• Para a comunidade, participar da gestão de uma escola significa inteirar-se e opinar sobre assuntos para os quais
muitas vezes se encontra despreparada, representa todo um aprendizado político e organizacional, da visão da
direção da escola, passando a não esperar decisões prontas para serem seguidas. Pensar a escola não como um
organismo governamental, mas dirigido pelos seus usuários;

• A direção se vê colocada diante de tarefas eminentemente políticas, pois assume o papel de dirigente técnico e
político;

• Para os alunos, a principal mudança refere-se à sua relação com os professores e com a direção. Assumir sua parte
da responsabilidade na direção da escola e do processo pedagógico, deixando de esperar soluções prontas.
Ao longo dos anos as escolas vem adquirindo papéis e funções diferentes. Se antes a educação era pouco enfatizada,
atualmente é almejada por grande parte da coletividade, esperando ser uma solução para superar as inúmeras crises
que a sociedade atual enfrenta. A crescente participação da família na escola contribui para todo o processo
educativo e ainda para melhoria do ambiente escolar, pois, mediante a relação família/escola certamente
construiremos uma educação democrática e participativa.

PROMOVENDO LAÇOS AFETIVOS

Um dos laços afetivos que pode contribuir para a maior qualidade da educação é aquele estabelecido entre o gestor e
as famílias de seus educandos isso porque as escolas e a família são instâncias que mais diretamente têm influência
no processo de desenvolvimento e de aprendizagem dos alunos.

Nessa perspectiva a escola e a família, devem ao máximo aproveitar as possibilidades e estreitamento de relações,
pois a parceria e a união de esforço sem dúvida geram elementos facilitadores de aprendizagem, e que implica para
a qualidade da educação.

O papel formativo da escola e da família, verificando–se que existem características que são peculiares a ambas
como a formação de valores. Portanto, a escola é uma instituição de educação formal com profissionais habilitados,
cabendo a esta dar os primeiros passos para que a parceria aconteça, pois implicará na melhoria da qualidade do
ensino oferecido.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA ESCOLA

A construção e execução da proposta político-pedagógica envolvem a todos com o objetivo de orientar a prática
escolar, buscando uma escola democrática e uma educação de qualidade.

A democratização na Gestão Escolar possui alguns instrumentos importantes onde se consegue a desejada qualidade
e autonomia pelo conselho escolar, através da proposta político-pedagógica da escola que estabelecem as diretrizes
nas área administrativa, financeira e pedagógica, e orientam ações elaboradas e legitimadas por decisões colegiadas.

O papel do diretor é essencial nestas circunstâncias, pois o gestor ultrapassa o papel de simples planejador
profissional, tornando-se o conselheiro e facilitador das decisões em todos os níveis da organização.

O projeto político/pedagógico da escola é entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que
estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e dar significado as
atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção
participativa que envolva ativamente os diversos segmentos escolares.

Ao desenvolvê-lo, as pessoas reavaliam suas experiências, refletem suas práticas, atualizam valores, expõem seus
desejos, demonstram seus saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas
identidades, estabelecem novas relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades e
propostas de ação. Este movimento visa à promoção da transformação necessária e desejada pelo coletivo escolar e
comunitário. Nesse sentido, o projeto político-pedagógico é uma ação humana transformadora, resultado de um
planejamento baseado no diálogo.

A elaboração do projeto político-pedagógico deve começar pela reflexão sobre a prática para, em seguida,
fundamentá-la. Mas isso só é possível se criarmos as condições concretas para a formação continuada do professor e
de todos os segmentos escolares. Ao começar a construção do seu projeto, inicia-se um processo de formação
continuada da comunidade escolar, demanda que vai surgindo de forma mais evidente dada as características desse
trabalho político-pedagógico e formativo.

Aprende-se fazendo e, ao se fazer, aprende-se a (re)aprender. O conjunto destas (re)aprendizagens, reflexões, ações
e relações, somado ao trabalho pedagógico, administrativo, financeiro e comunitário da escola, tudo baseado na
leitura da realidade da comunidade, deve ser traduzido na forma de princípios, diretrizes e propostas de ação. E isso
nos possibilita estruturar o Projeto Político Pedagógico da escola, bem como organizar o seu currículo.

Ao analisar a influência positiva da escola na vida das pessoas, indicamos elementos para pensarmos e rediscutirmos
a escola autoritária que temos, com a finalidade de direcioná-la para uma escola voltada para a emancipação e a
participação democrática.
Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado
confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade. Um projeto educativo
pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação
plausíveis, comprometendo seus atores e autores.

A LDB (Lei 9394/96), em seu artigo 12, inciso I, prevê que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, tenha a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica",
deixando explícita a ideia de que a escola não pode dispensar da reflexão sobre sua intencionalidade educativa.
Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto prioritário de estudo e de muita discussão.

O projeto pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano do
ambiente escolar, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada e, o que é fundamental, participativa. É
uma metodologia de trabalho que possibilita reavaliar a ação de todos os agentes da instituição.

O PPP não é modismo e nem é documento para ficar engavetado em uma mesa na sala de direção da escola. Ele
supera o simples agrupamento de planos de ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do trabalho
que indica rumo, direção e é construído com a participação de todos os profissionais da instituição.

O Projeto Político Pedagógico tem como intuito a organização do trabalho pedagógico em dois níveis. Primeiro na
organização da escola como um todo, e depois na sala de aula, na maneira como a prática pedagógica vem obtendo
resultados. Dessa forma o PPP busca a organização do trabalho pedagógico da escola na sua totalidade.

Para que a escola possa construir o seu projeto, deve gozar de uma certa autonomia, para que se possam alcançar os
objetivos educacionais, pois cada escola convive em realidades diferentes, daí a necessidade da escola se apropriar
do contexto sócio-econômico e cultural, para compreender a comunidade em que se encontra inserida, e assim poder
construir a sua identidade enquanto uma instituição de cunho educativo.

A principal possibilidade de construção do Projeto Político Pedagógico passa pela relativa autonomia da escola de sua
capacidade de direcionar sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de
debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva. Dará condições necessárias à organização do trabalho pedagógico.

Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por concepções teóricas sólidas e supõe o
aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas
educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim terão uma postura
comprometida e responsável. Trata-se da conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia.

Essa autonomia não deve ser confundida com apologia a um trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada
que transforme a escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação nas considerações legais de todo o
sistema de ensino, perdendo, assim, a perspectiva da sociedade como um todo.

A autonomia implica responsabilidade e comprometimento com as instituições que representam a comunidade


(conselhos de escola, associações de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que haja participação e
compromisso de todos.

Uma organização que aprende é um local em que as pessoas em todos os níveis estão coletivamente procurando
melhorar suas capacidades de criarem. Um grupo que aprende é aquele que está continuamente refletindo e
analisando sua performance, buscando desta forma a qualidade.

QUAL É A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA A GESTÃO


ESCOLAR (VÍDEO)

POSTURA E COMPORTAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

DICAS PARA UM GESTOR QUE QUER FAZER A DIFERENÇA


(VÍDEO)
LIDERANÇA EDUCACIONAL

Hoje para se conseguir qualquer cargo numa instituição de ensino a exigência principal é se comunicar e lidar com as
pessoas. É uma qualidade que reflete a realidade frequente.

As ideias necessitam chegar a mente e ao coração dos liderados. Temos que criar procedimentos para falar com as
pessoas que estão ao nosso redor, e os métodos utilizados hoje por um gestor devem ser muito mais flexíveis.

Temos que trabalhar a liderança assumindo riscos maiores, com retornos maiores, não falamos de ser irresponsável,
mas saber lidar com o risco é uma característica fundamental ao sucesso.

Cada indivíduo que almejar a liderança precisa ter uma visão que direcione as pessoas sob sua orientação. Essa
abordagem deve dar suporte aos objetivos escolares, e não ser uma cópia desta. As pessoas anseiam um propósito
que dê sentido a seu trabalho.

Um bom líder escolar elabora uma visão de futuro fácil de ser assimilada e depois transmite para que todos possam
trabalhar juntos e aplicar de forma prática.

A liderança efetiva da direção da escola, e não sua atitude de controle e cobrança é um fator primordial na qualidade
da gestão e do ensino. Gestores eficazes são líderes, estimulam os professores, funcionários, pais, alunos e
comunidade a utilizarem o seu potencial na promoção de um ambiente educacional positivo e no aprimoramento de
seu próprio potencial, orientado para a aprendizagem e construção do conhecimento; encoraja os membros da
comunidade escolar a serem criativos e proativos na resolução de problemas e enfrentamento de dificuldades.

O exercício dessa liderança, pelo dirigente demanda o desenvolvimento de habilidades específicas e a transformação
do sentido do seu trabalho. As escolas têm uma grande responsabilidade com os professores, alunos, colaboradores e
fornecedores que fazem parte de um processo coerente, o qual deve ser liderado por pessoas de visão sistêmica
dispostas a servir antes de serem servidas, pessoas que:

Tenham ações proativas e busquem o aprendizado constante;


Possuam criatividade e capacidade de inovação;
Disponham de uma consciência coletiva, sejam flexíveis, persistentes e motivados para a atividade;
Possuam pensamento estratégico;
Tenham a capacidade de liderar pessoas, administrando conflitos e lidando com a adversidade cultural, com
integridade e honestidade, reforçando sempre o trabalho de equipe;
Sejam orientados para resultados com responsabilidade e a serviço do grupo;
Dominem a gestão financeira, dos seres humanos e da tecnologia;
Possuam habilidades de comunicação e relacionamento, influenciando a negociação e a persuasão com aptidões
interpessoais, para comunicação oral, na construção de parcerias através de políticas claras e consistentes.

O papel do líder não é impor regras e dar ordens. Para liderar é preciso servir, e isso requer que ele tenha humildade,
seja aberto, honesto e direto com as pessoas, sempre de maneira respeitosa.

Servir não significa fazer o que os outros querem, mas o que os outros precisam para serem responsáveis. As
pessoas têm necessidade de receber estímulos para se tornarem o melhor que puderem ser, e a necessidade é uma
legítima exigência física ou psicológica para o bem-estar do ser humano. Liderar é identificar e satisfazer
necessidades legítimas.

É através do serviço que se constrói a autoridade. O líder comprometido dedica-se ao crescimento e aperfeiçoamento
de seus liderados. Ao pedirmos às pessoas que lideramos para que se tornem o melhor que puderem, que se
esforcem no sentido de se aperfeiçoarem sempre, devemos também demonstrar que nós, como líderes, estaremos
também empenhados em crescer e nos aperfeiçoarmos constantemente.

Liderar com autoridade exige muito trabalho e esforço, requer compromisso, paixão, investimento nos liderados e
clareza por parte do líder a respeito do que ele pretende conseguir do grupo.

O trabalho de tratar os outros com respeito, ouvir ativamente, ter e expressar consideração, elogiar, reconhecer,
estabelecer objetivos, deixar clara as expectativas, dar às pessoas condições para manterem o padrão estabelecido
se torna uma tarefa diária para o líder.
ANALISANDO O TRABALHO DO GESTOR

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