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C.E.

EDMUNDO SILVA

TRABALHO DE CONCLUSÃO
CURSO NORMAL – 2023
TURMA: CN3001
A FAMÍLIA E O PROCESSO
DE INCLUSÃO
A FAMÍLIA E O PROCESSO DE INCLUSÃO

 Ana Caroline Sabino de Oliveira


▪ Guilherme Oliveira dos Santos Adriani
▪ Jhennifer dos Santos Marinho
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL: Refletir sobre a importância do acompanhamento da
família no desenvolvimento da vida escolar do aluno incluso). Propõe-se o
estudo sobre a relação da família no contexto da educação inclusiva, haja visto
a importância do acompanhamento da família sobre a vida escolar do aluno e
das estratégias que as escolas podem adotar a fim de estreitar esta relação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
▪ Compreender o processo de inclusão no âmbito escolar e seus desafios.
▪ Identificar os fatores que distanciam as famílias no acompanhamento da vida
escolar.
▪ Apontar estratégias que oportunizem a parceria família e escola.
REFERENCIAL TEÓRICO
Foram consultadas obras de autores de referência sobre o tema como: Augusto
Jorge Cury, Emílio Figueira, Paulo Freire, Gilberta de Martinho de Januzzi,
Tiofelo Alves Galvão Filho Miranda, Isabel Parolin, Walquiria cordeira da Rocha
Santos, Levy Semionovitch Vygotysk.
RESUMO
A presente produção científica fundamenta-se nas experiências observadas no decorrer dos Estágios
Supervisionados, contados por educadores no que se refere à inclusão enquanto processo, às práticas observadas
até então, desafios enfrentados pelas escolas com relação ao estreitamento no diálogo junto às famílias deste
público específico. A negligência de alguns responsáveis quanto ao acompanhamento da vida escolar do aluno
desencadeia dificuldades no que se refere às práticas pedagógicas inclusivas. A necessidade de uma postura
dialógica junto às famílias, estratégias que estimulem e permitam esse contato, fortalece os laços e dá
autonomia à escola que, de uma forma mais concreta e segura pode adotar as melhores práticas que atendam às
especificidades desse público. Avaliação do processo de desenvolvimento/aprendizagem do aluno, a utilização
de relatórios descritivos sobre esse processo, laudos atualizados, suporte ao aluno e ao docente, dentre outros
fatores permeiam esse processo de inclusão. A proposta reflexiva sobre a relação família e escola no processo de
inclusão remete àqueles que se atenham a esta abordagem que incluir vai além de uma mera integração do
aluno. Incluir não é somente socializar. É permitir e dar condições de acesso e permanência do aluno na escola no
que se entende ao desenvolvimento de suas habilidades e competências, no âmbito do Direito, sob a ótica da
equidade. O tema inclusão é relativamente novo e se faz pertinente seu estudo em todo tempo, a fim de romper
com práticas descontextualizadas, arcaicas, sem compromisso ético com a formação humana. Atuar uma
perspectiva inclusiva é romper com paradigmas segregativos ainda presentes em muitas escolas e, por este
motivo, esta pesquisa é tão relevante, pois visa um olhar mais humano sobre o exercício da docência.
1. INCLUSÃO: ABORDAGEM HISTÓRICA
 A Declaração de Salamanca de (1994) marco e inicio da caminhada para educação especial e
inclusiva .
● Em 1954 surge a primeira (APAE) Associação de Pais e Amigos de Excepcionais – onde elas
acabaram predominando no Brasil em virtude do despreparo da escola pública para atender as
necessidades individuais dos alunos deficientes.
● começou a se fortalecer em diversos pontos do mundo como, Estados Unidos, Europa e a parte
inglesa do Canadá.
● O movimento cresceu, ganhou muitos adeptos em progressão geométrica como resultados de
vários fatores, entre eles, o que desdobramento de um fenômeno que se caracterizou a fase
Pós-Segunda Guerra Mundial. Feridos da guerra se tornaram deficientes.
● A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas
preocupadas com o problema da deficiência.
● Como se pode contatar na atual LDB, há sensível evolução, embora educação especial esteja
conceituada como modalidade de educação escolar oferecida a educandos portadores de
necessidades especiais.
1.1. Inclusão sob olhar da Lei
● No que diz respeito ao direito à educação, a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 assegura que pessoas com deficiência
tenham acesso a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de
toda a vida.
• A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com necessidades especiais receberem educação, de
preferência, na rede regular de ensino público, previsão Legal no inciso III do art. 208, visando a plena integração dessas
pessoas em todas as áreas da sociedade e o direito à educação, comum a todas as pessoas, por intermédio de uma
educação inclusiva, em escola de ensino regular, afim de assegurar o máximo possível do direito de inserção na sociedade.

● Bem como, tratado a Carta Magna.“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.” “Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.”

● O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei n.8.069, de 13 de julho de 1990, apresenta que aos pais ou
responsáveis tem obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na Rede Regular de Ensino, conforme previsto no
Artigo 55: “Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular

● A LDBEN, Lei n. 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, Art. 1º: O público-alvo da Educação Especial segundo a LDB, são
aqueles com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.

● Plano Nacional de Educação – Lei nº 10.172 destaca: “o grande avanço que a década deveria produzir seria a construção de
uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”.
2. A ESCOLA INCLUSIVA
 A inclusão nas escolas, além de assegurar esse direito, também conta com um papel crucial
para o desenvolvimento psicológico e social de jovens com deficiência.
 A instituição deve fornecer um espaço de conexões interpessoais, já que o ambiente escolar é
um local onde as crianças são capazes de construir laços com pessoas que não são da família.
 De acordo com (SANTOS, 2015, p. 15)O sentido do termo inclusão perpassa vários contextos:
entre eles, as escolas que implica não somente a inserção da criança com necessidades
educacionais especiais no ensino regular, mas o fornecimento de apoio para que possa
aprender.
 A escola, portanto, deve proporcionar subsídios para que a criança possa se desenvolver de
modo satisfatório segundo suas necessidades e dificuldades a partir de meios que venham a lhe
favorecer de modo positivo.
3. A FAMÍLIA
● A família é uma instituição social importante no processo de desenvolvimento das
crianças. Nela recebe as primeiras instruções e valores os quais vão acompanhá-la por
toda a sua vida, portanto, esta também é responsável pelo desenvolvimento pleno e
satisfatório da criança e, por consequência, do aluno.
● muitas famílias não se sentem responsáveis pelo desenvolvimento escolar dos filhos, visto
que muitas sequer demonstram preocupação ou expectativa diante da vida escolar dessas
crianças.
● Segundo PAROLIN, 2007, p. 36: “A qualidade do relacionamento que a família e a escola
construírem serão determinantes para o bom andamento do processo de aprender e de
ensinar do estudante e o seu bem viver em ambas as intuições”.
4. RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA
 Como seria fantástico se as famílias percebessem a importância da parceria com a escola dos filhos, facilitaria a
vida de todos: os alunos aprenderiam muito mais, a escola faria um trabalho mais produtivo e a família poderia ser
considerada uma instituição autêntica.
 Exemplo: Evento anual organizando pela Prefeitura de Araruama no Colégio Municipal Darcy Ribeiro onde reúne
responsáveis de alunos com deficiência e professores. Nesse evento tem bate-papo e muitas brincadeiras.
 Segundo CURY, 2015 em Pais brilhantes, Professores Fascinantes p. 14:Atualmente, não basta ser bom, pois a crise
da educação impõe que procuremos a excelência. Os pais precisam adquirir hábitos de pais brilhantes para
revolucionar a educação. Os professores precisam incorporar hábitos de educadores fascinantes para atuar com
eficiência no pequeno e infinito mundo da personalidade dos seus alunos.
 Para VYGOTSKY, 1998, uma perspectiva Histórico-Cultural da Educação.)O princípio de contínua interação entre a
base biológica do comportamento e as mutáveis condições sociais; os fatores biológicos preponderam sobre os
sociais apenas no início da vida. Com o desenvolvimento do pensamento, o próprio comportamento da criança
passa a ser orientado pelas interações que estabelece (Vygotsky,1998. p.130).
 FREIRE, 1999, p. 25 afirma que: “ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua
produção ou a sua construção”.
 De acordo com FIGUEIRA, 2014, p.33: Será fundamental que vocês, enquanto pais e família, estimulem seus filhos a
encarar suas limitações não a encarar suas limitações não como obstáculo, mas como um desafio e processo
criativo da luta dele contra tudo que o limita dele contra tudo que o limita tudo que o limita.
CONCLUSÃO
Essa produção consistiu em abordar um tema que está atualmente em destaque,
revelando a importância do quanto a família assume um papel de grande importância
no processo educativo inclusivo da pessoa com necessidades especiais. O bom diálogo e
uma boa comunicação entre a família e a escola também podem ser fatores positivos
para alcançar uma melhor participação das famílias na vida escolar de seus filhos.
Família e escola devem ser parceiras inseparáveis no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos da inclusão. Portanto, apesar dos limites e das possibilidades,
a família e a escola devem caminhar juntas, buscando apoio uma na outra de forma que
o aluno seja o centro e o objetivo maior de todo o processo de ensino e aprendizagem.
Por fim, este estudo teve o intuito de provocar o diálogo, a reflexão sobre o papel
desempenhado por ambas as instituições que são alicerce para a formação da
sociedade; quanto a importância da parceria necessária entre elas visando o processo
de desenvolvimento educativo do aluno especial seja satisfatório, atendendo suas
necessidades e que garanta a participação ativa da família no espaço escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96.Brasília. MEC, 1996.BRASIL. Estatuto da
Criança e do Adolescente: Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.BRASIL,
2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
CURY, Augusto Jorge. 1958-Pais brilhantes, professores fascinantes - Rio de Janeiro: Sextante. 2003.
FIGUEIRA, Emílio. conversando sobre educação inclusiva com a família. 2.ed. São Paulo: AgBook, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
JANUZZI, Gilberta de Martinho. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas. Autores
Associados, 2004. Coleção Educação Contemporânea.
MIRANDA, T. G.; GALVÃO FILHO, T. A. (Org.) O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador:
EDUFBA, 491 p., 2012.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
PAROLIN, Isabel. Professores formadores: a relação entre família, à escola e a aprendizagem. Série: práticas educativas.
Curitiba: Positivo, 2007.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO.
Brasília: Diário Oficial da União de 10 de janeiro de 2001.
SANTOS, Walkiria Cordeiro da Rocha, Família: Uma aliada da educação inclusiva? Universidade de Brasília – Brasília/2015.
VYGOTSKY, Levy Semionovitch. A formação social da mente. São Paulo: livraria Martins Fontes. Editora LTDA, 1998.

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