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RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMILIA I

ANGELA MENDONÇA
Caracterização da família no contexto deste 
estudo
Considerando a família como um importante elemento na determinação
dos destinos pessoais e sociais, nas trajetórias educacionais e
profissionais dos sujeitos é preciso atentar para a heterogeneidade de
configurações familiares, a diversidade de recursos e posicionamentos
sociais, bem como a diversidade de comportamentos e relações que
podem estabelecer com as outras instâncias socializadoras. (SETTON
2002 p. 6)

“A família é considerada a primeira agência


educacional do ser humano e é responsável,
principalmente, pela forma com que o sujeito
se relaciona com o mundo, a partir de sua
localização na estrutura social.” (OLIVEIRA,
2010 p. 100).
Diagnosticando os entraves da relação 
família e escola
À família são impostos limites para entrar em questões próprias da
escola, como no campo pedagógico. Mas o mesmo parece não acontecer
com a escola em relação à sua entrada na família, pois aquela acredita
estar autorizada a penetrar nos problemas domésticos e a lidar com
eles, além de se considerar apta a estabelecer os parâmetros para a
participação e o envolvimento da família (OLIVEIRA, 2010 p. 104).

• Professores responsabilizam família pelo fracasso escolar;


• Pais queixam‐se que o ensino está diferente;
• Canais de participação ineficiente;
• Desinteresse da família;
• Inexpressiva participação da família na vida escolar;
O que o professor e a escola esperam da 
família?
Derivada do modelo de escolarização bem‐sucedido das classes médias, baseado
em aspirações familiares de ascensão escolar e social, na continuidade cultural
entre o lar e a escola, na forma patriarcal de organização familiar e numa
pedagogia escolar que requer a contribuição da família pelo dever de casa, a atual
política de participação dos pais no processo educacional articula a escola e a
família como espaços educativos de forma explícita e totalitária. (Carvalho, 2000
p. 8)

• Contribuir com a escola financeiramente ;


• Devem reforçar em casa o que o aluno aprende em sala de
aula;
• Preparar moral e eticamente a criança para que ela se
comporte adequadamente no ambiente escolar;
Influência da participação da família no 
aprendizado dos alunos
Assim, a escola que toma como objeto de preocupação levar o aluno a querer aprender
precisa ter presente a continuidade entre a educação familiar e a escolar, buscando
formas de conseguir a adesão da família para sua tarefa de desenvolver nos educandos
atitudes positivas e duradouras com relação ao aprender e ao estudar. Grande parte do
trabalho do professor é facilitada quando o estudante já vem para a escola predisposto
para o estudo e quando, em casa, ele dispõe da companhia de quem, convencido da
importância da escolaridade, o estimule a esforçar‐se ao máximo para aprender.
(PARO, 1999 p. 3)

A promessa de uma relação produtiva entre a escola e a


família inclui ganhos para a família (coesão,
.empoderamento.), para a escola (eficácia), para os
estudantes (o sucesso de todos) e para a sociedade (a
construção democrática a partir da base e do cotidiano).
(CARVALHO, 2000 p. 4)
Alternativas para que a participação da 
família ocorra
No entanto, o uso de estratégias deve ser adaptado às realidades distintas dos
alunos e professores, às demandas da comunidade e aos recursos disponíveis,
levando em conta as condições e peculiaridades de cada época ou momento
histórico. Neste sentido, é importante identificar as condições evolutivas dos
segmentos: professores, alunos, pais e comunidade, em geral, para o
planejamento de atividades no âmbito da escola. DESSEN, 2007 p. 26)

• Ampliar canais de comunicação;


• Proporcionar momentos de troca;
• Estabelecer parcerias;
• Oportunizar a tomada de decisão não só no âmbito
administrativo e financeiro mas também no pedagógico.
Participação na vida escolar: uma atitude 
de cidadania
“A dimensão da cidadania está ancorada numa participação
ativa no processo público e nos aspectos simbólicos e éticos
apoiados em fatores subjetivos que conferem um sentido de
identidade e de pertencimento.” (JACOBI 2008 p.8)

“Por outro lado, cada vez mais se toma consciência de que o


caminho para uma sociedade democrática não pode
restringir‐se ao voto nas eleições periódicas para ocupantes
de cargos parlamentares e executivos do Estado.” (PARO,
1999 p.1).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
Os papéis dos pais e mães
com os
MÍDIA filhos e filhas
/ ADOLESCÊNCIA
Distribuição do Tempo dos Adolescentes
Quem educa quem???
Escola - 11.000 horas instrução formal (Ginásio)
TV - 15.000 horas assistindo à TV (mesmo período)

Convívio com pais - 12 horas semanais


TV - 23 a 24 horas por semana
Fonte: Strasburger V, EUA, 1989.

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