Você está na página 1de 35

Como elaborar um Projeto Pedagógico

1. Como fazer um projeto? Tema do Projeto – a questão apresentada pelo educador, pode não ser
um problema para o aluno, por isso podemos permitir que os alunos definam os temas, que
formulem problemas e coloquem o pensamento em funcionamento pela necessidade de entendê-lo
melhor e alcançar soluções. 
• Trabalho em grupo – é enriquecedor, pois cada um poderá contribuir de maneira criativa para
realização de um trabalho coletivo (uma rede), de acordo com seu interesse, trocando idéias,
discussões, ou melhor um processo de construção de cooperação.

2. Como fazer um projeto? Tema do Projeto definido por: alunos professores comunidade.
Explorar uma questão; Definir os problemas; Soluções.

3. Como fazer um projeto? trabalhar em grupos enriquece o trabalho; Contribuição criativa; Troca
de idéias e discussões.

4. Projeto: Nome/Título 
• Justificativa (por que?) 
• Objetivos (necessidades a alcançar) 
• Atividades (o que fazer?) 
• Estratégias (como fazer?) 
• Acompanhamento (direcionamento) 
• Avaliação (estímulo).

5. Como fazer um projeto? Acompanhamento do Projeto 


• Avaliação do processo de desenvolvimento do aluno durante a realização do projeto. 
• Perguntar. 
• Contra-argumentar 
• Orientar sem fornecer soluções.

6. Uso de mídias e tecnologia 


•internet, jornais, rádio, tv, máquina fotográfica, filmadora etc. 
•Pastas e sub-pastas; grupos; apresentação; outras ferramentas(power point,word, paint, porta
USB, etc.)

7. Outras atividades paralelas: 


• Show de talentos 
• Exposição de desenhos 
•Exposição de fotos 
•Desfile de modas 
•Painel de poesia 
•Jogral 
•Leitura de textos (Art. da Constituição Federal, Passagens históricas, etc.) 
•Teatro.

DICAS:
- Estar sempre interagindo com os alunos;
- Dinamizar ao máximo as atividades;
- Avaliar cada tarefa, sem deixar que as atividades se acumulem muito; 
- Incentivar a participação dos professores e dos alunos em todas as fases do projeto;
- Ler sempre sobre o assunto; 
- Explicar detalhadamente cada atividade; 
- Se colocar sempre a disposição para eventuais dúvidas; 
- Acompanhar sistematicamente o desenvolvimento do projeto.

Verbos adequados à formulação de objetivos

IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO COMPARAÇÃO

Identificar Descrever Comparar

Reconhecer Caracterizar Diferenciar

Denominar Expor Contrastar

Apontar Narrar Relacionar

Indicar Traçar Confrontar


Designar Contar Igualar

Intitular Listar Discernir

Mostrar Relatar Separar

Rotular Imitar Nivelar

Assinalar Apresentar Discriminar

Mencionar Enumerar Ligar

Evocar Excluir/incluir

Determinar Traçar paralelo

Refletir/citar

CLASSIFICAÇÃO CONCLUSÃO APLICAÇÃO

Classificar Concluir Aplicar

Escolher Deduzir Empregar

Ordenar Decidir Utilizar

Numerar Justificar Construir

Separar Resumir Praticar

Selecionar Criticar/julgar Efetuar

Distinguir Analisar Executar

Agrupar/reagrupar Apreciar Efetivar

Categorizar Examinar Criar

Colecionar Conceituar Elaborar

Dividir Definir Confeccionar

Subdividir Generalizar Explicar

Qualificar Inventar

Linha Construtivista
Inspirado nas idéias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade,
já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua
interação com a realidade e com os colegas.

Uma aluna de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e
concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o
contato com letras e textos.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a
experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio,
entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e
construindo as características do mundo.

Noções como proporção, quantidade, causalidade, volume e outras, surgem da própria interação
da criança com o meio em que vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a
realidade de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua
conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de objetos e de pessoas
onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o que irá acontecer.

O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota
da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações
padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do
aluno.
As disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada
rígida.

Existem várias escolas utilizando este método. Mais do que uma linha pedagógica, o
construtivismo é uma teoria psicológica que busca explicar como se modificam as estratégias de
conhecimento do individuo no decorrer de sua vida.

Linha Montessoriana
Criada pela pedagoga italiana Maria Montessori (1870-1952), a linha montessoriana valoriza a
educação pelos sentidos e pelo movimento para estimular a concentração e as percepções
sensório-motoras da criança.

O método parte da idéia de que a criança é dotada de infinitas potencialidades. Individualidade,


atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo
como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino.

Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas
materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo,
desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter a capacidade de
amar.

As escolas montessorianas incentivam seus alunos a desenvolver um senso de responsabilidade


pelo próprio aprendizado e adquirir autoconfiança. As instituições levam em conta a personalidade
de cada criança, enfatizando experiências e manuseios de materiais para obter a concentração
individual e o aprendizado. Os alunos são expostos a trabalhos, jogos e atividades lúdicas, que os
aproximem da ciência, da arte e da música.

A divisão das turmas segue um modelo diferente do convencional: as crianças de idades diferentes
são agrupadas numa mesma turma. Nessas classes, alunos de 5 e 6 anos estudam na mesma sala
e seguem um programa único. Posteriormente eles passam para as turmas de 7 e 8, em seguida
para as de 9 e 10, e, finalmente alcançam o último estágio, que agrega jovens de 11,12,13 e 14
anos. Até os 10 anos, os alunos têm aulas com um único professor polivalente, enquanto nas salas
de 11 a 14, esse professor ganha a companhia de docentes específicos para cada disciplina.

Os professores dessa linha de ensino são guias que removem obstáculos da aprendizagem,
localizando e trabalhando as dificuldades de cada aluno. Sugerem e orientam as atividades,
deixando que o próprio aluno se corrija, adquirindo assim maior autoconfiança.

A avaliação é realizada para todas as tarefas, portanto, não existem provas formais.

Linha Waldorf
A Pedagogia Waldorf se baseia na Antroposofia (gr.: antropos = ser humano; sofia = sabedoria),
ciência elaborada por Rudolf Steiner, que estuda o ser humano em seus três aspectos: o físico, a
alma e o espírito, de acordo com as características de cada um e da sua faixa etária, buscando-se
uma perfeita integração do corpo, da alma e do espírito, ou seja, entre o pensar, o sentir e o
querer.

Foi criada em 1919 na Alemanha e está presente no mundo inteiro. O ensino teórico é sempre
acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corporais, artísticas e artesanais,
de acordo com a idade dos estudantes. O foco principal da Pedagogia Waldorf é o de desenvolver
seres humanos capazes de, por eles próprios, dar sentido e direção às suas vidas.

Tanto o aprimoramento cognitivo como o amadurecimento emocional e a capacidade volitiva


recebem igual atenção no dia a dia da escola. Nessa concepção predomina o exercício e
desenvolvimento de habilidades e não de mero acúmulo de informações, cultivando a ciência, a
arte e os valores morais e espirituais necessárias ao ser humano.

O currículo, que se orienta pela lei básica da biografia humana, os setênios – ciclos de sete anos-
(0-7/ 7-14/ 14-21) oferece ricas vivências, alternando as matérias do conhecimento com aquelas
que se direcionam ao sentir e agir. Não há repetência, justamente para que as etapas de
aprendizagem possam estar em sintonia com o ritmo biológico próprio de cada idade.

No primeiro ciclo (0-7), a ênfase é no desenvolvimento psicomotor, essa fase é dedicada


principalmente às atividades lúdicas, ela não inclui o processo de alfabetização. O segundo ciclo
(7-14), que corresponde ao ensino fundamental, compreende a alfabetização e a educação dos
sentimentos, para que os alunos adquiram maturidade emocional. Nesta fase, não existe
professores específicos para cada disciplina, mas sim um tutor responsável por todas as matérias,
que acompanha a mesma turma durante os sete anos. O tutor é uma referência de
comportamento e disciplina para que o aluno possa se espelhar.

Já no terceiro ciclo, equivalente ao ensino médio (14-21), o estudante está pronto para exercitar o
pensamento e fazer uma análise crítica do mundo. As disciplinas são dividas por épocas, em vez
de ter aulas de diversas disciplinas ao longo do dia ou da semana, o estudante passa quatro
semanas vendo uma única matéria. Nessa fase entram os professores especialistas, mas as
classes continuam com um tutor.

A avaliação dos alunos é baseada nas atividades diárias, que resultam em boletins descritivos. O
progresso dos alunos é exposto detalhadamente em boletins manuscritos, nos quais são
mencionadas as habilidades sociais e virtudes como perseverança, interesse, automotivação e
força de vontade. Como conseqüência, o jovem aluno tem grandes chances de se tornar um
adulto saudável e equilibrado capaz de agir com segurança no mundo.

Linha Tradicional
A linha tradicional de ensino teve a sua origem no século XVIII, a partir do Iluminismo. O objetivo
principal era universalizar o acesso do indivíduo ao conhecimento. Possui um modelo firmado e
certa resistência em aceitar inovações, e por isso foi considerada ultrapassada nas décadas de 60
e 70.

As escolas que adotam a linha tradicional acreditam que a formação de um aluno crítico e criativo
depende justamente da bagagem de informação adquirida e do domínio dos conhecimentos
consolidados.

Não há lugar para o aluno atuar, agir ou reagir de forma individual. Não existem atividades
práticas que permitem aos alunos inquirir, criar e construir. Geralmente, as aulas são expositivas,
com muita teoria e exercícios sistematizados para a memorização.

O professor é o guia do processo educativo e exerce uma espécie de “poder”. Tem como função
transmitir conhecimento e informações, mantendo certa distância dos alunos, que são “elementos
passivos”, em sala de aula.

As avaliações são periódicas, por meio de provas, e medem a quantidade de informação que o
aluno conseguiu absorver.

São escolas que preparam seus alunos para o vestibular desde o início do currículo escolar e
enfatizam que não há como formar um aluno questionador sem uma base sólida, rígida e
normativa de informação. 

Proponho uma reflexão sobre os sentidos da realização de projetos na


Educação Infantil e os desdobramentos dessa escolha metodológica na
ação educativa.

São vários os aspectos que devem ser considerados quando o


professor escolhe esta modalidade organizativa para desenvolver sua
ação com as crianças. O primeiro e, sem dúvida, o mais importante é o
sentido que pode ser atribuído às aprendizagens. Muitas vezes
ouvimos os profissionais envolvidos no trabalho com crianças
pequenas contarem que desenvolvem projetos para trabalhar diversos
temas visando alcançar diferentes objetivos.
Há projetos que têm como foco o desenvolvimento de
comportamentos leitores ou visam à aproximação com determinados
conceitos científicos ou fatos históricos, enquanto outros são voltados
para os conhecimentos em arte. Enfim, são inúmeras as possibilidades
de pesquisas feitas com as crianças que podem ser organizadas por
meio desta forma de trabalho.

Os projetos podem reunir uma série de condições favoráveis para que


a escola assuma sua maior responsabilidade: promover a construção
de novos conhecimentos com sentido e profundidade. Mas, para que
isso ocorra, quais são os pontos a que o professor deve prestar
atenção?

Um aspecto muito importante é a escolha do tema. A quem cabe essa


decisão: ao professor ou à criança? Reflexões feitas por professores
em encontros de formação têm nos mostrado que a ideia de que um
projeto só é significativo quando surge com base no que as crianças
propõem é inconsistente. Algumas vezes, inclusive, sem que tenha
consciência disso, o professor afirma que baseia a sua prática em uma
abordagem democrática, mas, ao analisarmos com cuidado o
planejamento e suas escolhas, vemos que as decisões consideraram
mais o ponto de vista do adulto do que o da criança.
2. Foco do professor deve ser a ampliação dos saberes
As crianças são ávidas por conhecimento e o adulto pode potencializar
esse interesse por tantos assuntos oferecendo boas perguntas e bons
cenários de pesquisa. Isso não significa que o professor deve conduzir
as ações considerando exclusivamente seu ponto de vista. Ao
contrário, um projeto visa dar sentido às aprendizagens e isso ocorre
desde o início, com a escuta do que pensam e narram as crianças e a
relação que ele estabelece entre essa escuta e os propósitos de
aprendizagens escolhidos para a atividade.

O papel do professor na condução de um projeto é de mediador, um


provocador de novos sentidos e curiosidades. A intervenção acontece
quando as crianças pedem e também quando ele mesmo vê essa
necessidade e considera que há tempo adequado para acrescentar
novas perguntas ou informações.

A atuação do professor, embora não tenha caráter direcionador, em


nenhum momento deve ser de abandono. É preciso oferecer apoio
constante para ampliar os saberes que circulam no grupo. A cada
momento, o professor toma uma atitude que considera a curiosidade
das crianças, as intenções da pesquisa, a possibilidade de intercâmbio
de opiniões, a negociação conjunta durante os momentos de
socialização (que, aliás, é uma intervenção permanente no projeto) e a
oportunidade de sistematizar os conhecimentos construídos pelo grupo
para serem retomados e discutidos ao longo do processo.

Outro aspecto que merece atenção é o desenvolvimento do percurso


de trabalho. Quando o professor decide envolver um grande número
de áreas em um mesmo projeto, não há dúvida de que ele possui a boa
intenção de ampliar os conhecimentos das crianças. Contudo, é
importante considerar que o excesso de conteúdos pode comprometer
o aproveitamento de todo o potencial de conexões entre os assuntos e
a construção de alguns conceitos. Para que a aprendizagem ocorra, é
preciso envolver as crianças com regularidade em contextos de
pesquisa em torno de um mesmo assunto e permitir que haja
possibilidade de errar, socializar pensamentos, perguntar e estabelecer
relações entre um conhecimento e outro.

Quando o planejamento e o desenvolvimento de um projeto transitam


por muitos temas, as crianças podem não aprofundar seu
conhecimento. E o conteúdo que, inicialmente, deveria estar no foco
da intenção educativa termina por ser abordado somente de maneira
superficial
3. Projeto bem planejado é o que dá mais oportunidade de aprender
Estabelecer um foco durante o planejamento do projeto é essencial
para que as crianças possam experimentar de fato o papel de
pesquisadoras e serem protagonistas de sua aprendizagem. Quando
são fornecidos tempo e condições para a continuidade do pensamento
em torno de um assunto, as crianças têm mais oportunidades de
elaborar novas conexões e isso, com certeza, pode envolver outras
áreas do conhecimento. Mas é importante não perder a dimensão das
expectativas de aprendizagens e pensar em intervenções que possam
tanto relacionar como aprofundar os conceitos das diferentes áreas que
serão trabalhadas.

Por exemplo, se o professor tem intenção de trabalhar as


características dos animais marinhos em Ciências, é interessante que
selecione boas referências de textos informativos para apresentar às
crianças. Mas isso não é suficiente para afirmar que está tratando de
procedimentos característicos das Ciências.
Muitas vezes, o trabalho fica mais voltado para a leitura do que para a
investigação científica propriamente dita. Claro que isso não é um
problema, se a escolha do projeto for apenas trabalhar com textos de
caráter informativo e muitas produções interessantes podem surgir
disso.

Porém, se o professor deseja trabalhar tanto com leitura e escrita como


com os conteúdos de Ciências, é preciso estar atento a algumas
questões. Nesse caso, o projeto deve desenvolver atividades
relacionadas à leitura e à escrita como: leitura feita pelo professor,
procedimentos para o estudo de um texto, seleção de elementos que
dialogam com a curiosidade das crianças, registro pelo professor de
textos orais elaborados pelo grupo etc.

E, para abordar os conteúdos de Ciências, esse mesmo projeto deve


incluir observação de fatos e fenômenos, formulação de hipóteses,
demonstrações e experimentos, reflexão sobre as leituras em
diferentes fontes, registros, além das discussões e conclusões feitas de
forma coletiva e individuais. Ou seja, também devem estar presentes
atividades que fomentem a curiosidade e a construção de novos
questionamentos relacionados às Ciências.
4. Curiosidade orienta o desenvolvimento do projeto e a ação do professor
Outro ponto a ser discutido é o tratamento destinado à curiosidade das
crianças. Segundo o dicionário Houaiss, a palavra curiosidade está
relacionada com o "desejo intenso de ver, conhecer, experimentar
alguma coisa nova, original, pouco conhecida ou da qual nada se
conhece"; "vontade de aprender, saber, pesquisar", ou ainda, "desejo
irrequieto".

É inegável que as crianças possuem desejo constante de novos


conhecimentos e isso pode ser explorado cuidadosamente em um
projeto. Cabe ao professor selecionar o que é essencial para
determinado processo de pesquisa e cuidar para que as perguntas
elaboradas sejam de fato ferramentas para a reflexão.

Trabalhar a curiosidade significa promover a interação da criança com


ambientes desafiadores que guiem seu pensamento para o que está em
foco na investigação. É preciso ter em mente que os contextos
planejados podem tanto alargar as experiências como restringi-las. Por
isso, colocar as crianças como protagonistas de suas aprendizagens
significa interagir com as suas narrativas e expressões, interpretá-las e
sempre relacioná-las com a intencionalidade do projeto.

Essa não é uma tarefa simples. Exige reflexões constantes por parte do
professor durante o planejamento e a ação. Por exemplo, se a intenção
é gerar contextos significativos de leitura que favoreçam a imersão das
crianças nas narrativas de qualidade, o professor pode planejar seu
projeto levando em consideração a seguinte questão: o ambiente
criado para a leitura (o acervo, o acesso aos livros na biblioteca, a
organização do espaço da sala etc.) é convidativo?

Outras perguntas podem ser feitas: ao realizar a leitura do livro


Chapeuzinho Vermelho em voz alta, por exemplo, o que as crianças
poderão aprender com essa situação? Que intervenções podem ser
antecipadas com base nas intenções de aprendizagem do projeto? A
sequência de planejamento do projeto garante espaços para que as
crianças recuperem e compartilhem suas observações sobre os textos
apreciados? Com base nos conhecimentos que apresentam e, de
acordo com o que foi colocado como intenção de aprendizagem, o que
é preciso contemplar nos próximos planejamentos? Como esse projeto
pode contribuir para que a leitura seja uma ação permanente na rotina
do grupo?

Perguntas como essas podem ajudar o professor a conhecer mais as


crianças com as quais trabalha e também a refletir sobre os objetivos e
encaminhamentos pensados para o projeto.
5. Planejar sem abrir mão da flexibilidade
Outros aspectos que merecem destaque estão relacionados ao
planejamento das etapas do projeto didático e a socialização de seus
propósitos com o grupo. Cada situação planejada precisa apresentar
bons problemas e relacionar os conhecimentos prévios das crianças
com os novos, segundo o que o professor considera pertinente.

Há uma relação estreita entre o conjunto de intenções levantadas pelo


professor e que foi compartilhado com as crianças como sendo as
metas do projeto. Se o professor tem como objetivo principal ampliar
o conhecimento sobre contos de fadas e combinou com elas a escolha
dos textos para leitura e apresentação à comunidade escolar, é
importante planejar situações que garantam a apropriação de
determinadas noções antes de chegar a esse propósito final.

Portanto, o professor deve garantir a continuidade e diversidade de


leitura dos contos, selecionar com as crianças os preferidos, ler
daqueles que serão recontados, registrar e revisar os textos ditados,
enfim, envolver as crianças de fato na resolução do problema que foi
compartilhado durante o projeto.

O desafio (que, sem dúvida, requer empenho) é criar condições para


que expandam as suas experiências e não para que fiquem dando
voltas em torno do que já sabem.

Vale salientar que o planejamento, além de dialogar o tempo todo com


as intenções de aprendizagem, demanda flexibilidade nas
intervenções, pois não é possível prever tudo o que as crianças podem
falar, pensar e relacionar após serem estimuladas por perguntas, pelos
contextos de pesquisa, pelo acesso às informações de variadas fontes
e, sobretudo, pela socialização dos conhecimentos com o grupo.

Ao trabalhar com projetos, o professor torna-se também um


pesquisador do pensamento das crianças, dos conhecimentos pertences
à cultura e da sua própria prática. Depois de um intenso movimento de
investigação com e sobre as crianças é impossível não aprender
também sobre si mesmo.

Projeto Pedagógico Conhecendo o Polvo

Projeto: Conhecendo o Polvo
Coordenadora Pedagógica: Juliana Correa de Abreu 
Indicado para: 1º Período e 2º Período

Imagens do projeto Conhecendo o Polvo



1) Tema: Conhcendo o Polvo

2) Objeto Detonador: Este projeto tem como objetivo, apresentar para a criança um pouco mais
sobre o polvo.

3) Justificativa pedagógica: Proporcionar a exploração do universo do fundo do mar.

4) Perfil do Grupo: crianças de três a cinco anos.

5) Objetivos pedagógicos:

Conceituais:
Trabalhar cores
Desenvolver percepção visual
Ampliar vocabulário
Desenvolver coordenação motora
Identificar diferentes espécies de animais e suas formas
Identificar e reconhecer as letras do alfabeto

Procedimentais:
Identificar o polvo
Aprender e conhecer o polvo
Ampliar vocabulário e alfabeto.

Atitudinais:
Admirar e apreciar o polvo
Apreciar os animais
Reconhecer o polvo

6) Janelas:
Cores
Alfabeto
Natureza
Memorização
Linguagem escrita e oral

7) Etapas pedagógicas:
- Conversar sobre o polvo, suas espécies e suas características
- Trabalhar, escrever e identificar as letras do alfabeto no complete o quadro com as letras que
estão faltando
- Trabalho com a coordenação motora na montagem de quebra-cabeça
- Trabalhar formas e a coordenação motora no arrastar as animais até a sombra certa
- Utilizar o jogo da memória para trabalhar a memorização
- Trabalhar a percepção visual do jogo dos cinco erros
- Trabalhar quantidade, noções de espaço, alfabeto e números até o 5
- Utilizar a percepção visual para achar a palavra polvo nas caça-palavras
- Trabalhar cores no colorir o fundo do mar

8) Duração:

Aproximadamente de uma a duas aulas, de acordo com o nível de aprendizado da turma.

Como Preparar Sequências Didáticas Na Educação Infantil


Rotina pedagógicaatividades educacao infantil, dia a dia educação, educacao infantil, eduqa.me, na
escola, planejamento escolar, rotina pedagógica, sequências didáticas

Escolas diferentes seguem currículos diferentes: enquanto algumas enfatizam o ensino de idiomas e
conhecimentos cognitivos, outras optam por desenvolver competências sociais; umas empregam
atividades lúdicas, outras prezam pelo contato com a natureza e criam consciência ecológica ou apostam
na tecnologia. Qualquer que seja o método aplicado, há espaço para sequências didáticas no
planejamento.

Sequências didáticas são um conjunto de aulas pensadas para ensinar um conteúdo de forma acumulativa.
Ao longo dos dias (ou mesmo semanas, para projetos mais extensos), as crianças vão construindo o
conhecimento, sempre passando de desafios mais simples para mais complexos.

Como escolher o tema da minha


sequência didática?
Introduzir o tema através de imagens, vídeos ou brinquedos ajuda o professor a identificar os
conhecimentos prévios das crianças (foto: A Star Kids)

Qualquer assunto pode dar origem a uma sequência didática. Para começar, é bom se perguntar o que
você pretende que as crianças aprendam sobre determinado tema. Qual o propósito desse conteúdo? É
fazer com que a turma aprenda a ler? Que se familiarize com a cultura e tradições da região? Que entenda
a importância da alimentação saudável? Que desenvolva certos movimentos?

Deixe dois pontos bem claros – qual o conteúdo e qual o objetivo da sequência. O conteúdo é aquilo que
será ensinado, o objetivo, o que você espera que a classe aprenda.

O próximo passo é observar o que as crianças já sabem sobre esse tema, qual o repertório que trazem de
outras vivências. Essa sondagem pode ser realizada de várias maneiras (como simplesmente perguntar a
elas sobre o assunto), mas a mais esclarecedora é, com certeza, colocá-las em contato com o tema na
prática. Se a sequência didática for abordar insetos, por exemplo, livros, revistas, bichinhos de plástico ou
quebra-cabeças podem ser distribuídos, enquanto o professor caminha pela sala e repara em como as
crianças interagem com eles ou sobre o que conversam entre si.
A partir desses questionamentos, o professor será capaz de traçar uma sequência de atividades. As
atividades são como ferramentas escolhidas cuidadosamente para proporcionar experiências significativas
à turma, nas quais ela vai adquirir as habilidades e aprendizados necessários – ou seja, a escolha está
longe de ser aleatória!

Cada atividade, cada experimento, jogo ou brincadeira deve acrescentar algo ao desenvolvimento das
crianças, para que elas consigam evoluir. É como criar um passo a passo – de quais conhecimentos elas
precisam para passar de uma atividade para a seguinte?

Trabalhe a interdisciplinaridade
Um tema inicial pode levar a vários caminhos, de acordo com os interesses das crianças. Trabalhar com
interdisciplinaridade gera aprendizados mais amplos (foto: Fair Bank Museum)

Sequências didáticas são uma oportunidade para se trabalhar um mesmo conteúdo sob diversos olhares.
Ainda usando o exemplo do tema “insetos”, imagine que a turma está abordando um tema de Natureza e
Sociedade, mas também irá desenvolver novo vocabulário, quando aprender nomes de animais, suas
partes, o que comem, etc.; motricidade, ao desenhá-los, procurar por insetos no pátio, construir um inseto
com massa de modelar ou argila, criar um formigueiro em um aquário; matemática, identificando o
número de pernas, asas, antenas; e assim por diante.

Busque não dividir as aulas por disciplina, fragmentando o conteúdo (não anuncie, por exemplo, “agora,
vamos aprender matemática”). Apenas relacione os aprendizados como partes de um todo. Isso leva as
crianças a perceberem o assunto mais amplamente, através de múltiplas linguagens.

Outra vantagem é valorizar os potenciais de cada aluno, já que a sequência permite que eles sejam
expostos a diferentes formas de trabalho em que podem se sobressair.

Na Educação Infantil, algumas etapas devem estar presentes na sequência didática:

 Explorar as habilidades socioemocionais: são atividades que permitem que as crianças identifiquem
sentimentos, emoções e organizações sociais. O foco é o autoconhecimento e a socialização e
interação com os colegas.
 Explorar os sentidos: nessas atividades, o foco é a descoberta da visão, audição, tato, olfato e paladar.
 Explorar linguagens: aqui, entram as atividades em que a turma trabalha a linguagem oral e escrita, a
música, o desenho e outras mídias (como vídeos, jogos online, etc.).
 Explorar conceitos matemáticos: ocorre quando são apresentadas noções de maior e menor, perto ou
longe, formas geométricas, números, somas ou subtrações.
 Explorar conteúdos específicos: finalmente, há espaço para o aprendizado de temas específicos como
natureza, literatura ou arte, entre outros.
Durante a sequência, garanta que haja um equilíbrio entre atividades individuais, em duplas e coletivas.
Cada uma delas vai gerar interações e aprendizado distintos. Enquanto um exercício individual foca nos
conhecimentos adquiridos por cada criança e exige mais concentração, duplas são excelentes para que
cada um exponha pontos de vista e, juntas, elas discutam hipóteses. Já grandes grupos proporcionam
trabalho em equipe, respeito às regras e troca de aprendizados.

Quanto tempo reservar para uma


sequência didática?
Caso as crianças apresentem outros interesses, procure explorá-los. Se tiverem dificuldade, permita que
tenham tempo de se desenvolver. Ou seja: prepare-se para mudar ao longo do projeto! (foto:
Understood.Org)
Essa resposta depende não do número de atividades, mas da complexidade do que você espera que as
crianças aprendam. Enquanto algumas brincadeiras e dinâmicas podem ser concluídas em poucos
minutos, outras levarão aulas inteiras para serem completas. Alternar atividades longas com outras, mais
breves, é uma boa forma de garantir o interesse.

Além disso, leve em consideração como cada criança aprende e o tempo que costumam levar para
finalizar cada tipo de exercício. Pense ainda em como serão feitas as avaliações e o acompanhamento do
aprendizado durante a sequência didática: em quais circunstâncias os alunos mostrarão o que sabem? Eles
vão montar um portfólio, fazer uma prova, apresentar algo para os colegas, participar de uma gincana?

Por fim, reserve sempre algumas aulas livres ao fim da sequência, para o caso de atrasos ou mudanças de
percurso. Afinal, é comum que algumas das hipóteses do professor não se confirmem em sala de aula e as
crianças apresentem mais interesse em um assunto que não estava previsto ou mais dificuldade em uma
etapa que você julgou que seria fácil. Sinta-se livre para ir adaptando o projeto ao longo do caminho,
adotando estratégias diferentes para que a turma atinja os resultados desejados. Se uma atividade não está
funcionando, substitua-a por outra! Se uma curiosidade veio à tona, explore-a. Porém, mantenha sempre
em mente aqueles objetivos traçados no início da sequência didática.

Um dos grandes desafios dos professores é como fazer um


planejamento capaz de levar a turma a um ano de muita
aprendizagem. No livro Ler e Escrever na Escola, o Real, o Possível e
o Necessário (128 págs., Ed. Penso, tel. 0800-703- 3444, 46 reais),
Delia Lerner diz que "o tempo é um fator de peso na instituição
escolar: sempre é escasso em relação à quantidade de conteúdos
fixados no programa, nunca é suficiente para comunicar às crianças
tudo o que desejaríamos ensinar-lhes em cada ano escolar". E a
constatação não poderia ser mais realista. 

Escolher quais conteúdos abordar e de que maneira são questões


fundamentais para o sucesso do trabalho que será realizado ao longo
do ano. A tarefa é complexa, mas há algumas orientações essenciais
que ajudam nesse processo. "Um bom planejamento é aquele que
dialoga com o projeto político-pedagógico (PPP) da escola e está
atrelado a uma proposta curricular em que há desafios, de forma que
exista uma progressão dos alunos de um estado de menor para um de
maior conhecimento", orienta Beatriz Gouveia, coordenadora de
projetos do Instituto Avisa Lá. "Tendo claras as diretrizes anuais, o
docente pode desdobrá-las em propostas trimestrais (ou bimestrais) e
semanais, organizadas para dar conta do que foi previsto",
complementa Ana Lúcia Guedes Pinto, professora da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp). 
Faz-se necessário criar situações didáticas variadas, em que seja
possível retomar os conteúdos abordados em diversas oportunidades.
Isso pressupõe um planejamento que contenha diferentes modalidades
organizativas: projetos didáticos, atividades permanentes e sequências
didáticas. 

Confira, a seguir, as respostas a dez perguntas imprescindíveis para


planejar e implementar boas sequências didáticas.

1 Como definir o tema da sequência didática? 

As sequências sempre são parte de um planejamento didático maior,


em que você coloca o que espera dos estudantes ao longo do ano. A
escolha dos temas de cada proposta não pode ser aleatória. Se, por
exemplo, seu objetivo for desenvolver bons leitores, precisa pensar
qual desafo em relação à leitura quer apresentar à classe. Com base
nele, procure os melhores gêneros textuais para trabalhar. "É preciso
organizar as ações de modo que exista uma continuidade de desafos e
uma diversidade de atividades", explica Beatriz. Converse com o
coordenador pedagógico e com os outros docentes, apresente suas
ideias e ouça o que têm a dizer. Essa troca ajudará a preparar um
planejamento eficiente. 

2 O que levar em conta na sondagem inicial? 

A sondagem é fundamental a todo o trabalho por ser o momento em


que são levantados os conhecimentos da turma. Muitas vezes, os
professores acham que perguntar "o que vocês sabem sobre..." é
suficiente para ter respostas, mas não é bem assim. Essa etapa inicial
já configura uma situação de aprendizagem e precisa ser bem
planejada. Em vez da simples pergunta, o melhor é colocar o aluno em
contato com a prática. No caso de uma sequência sobre dinossauros,
por exemplo, distribua livros, revistas e imagens sobre o tema aos
alunos, proponha uma atividade e passe pelos grupos para observar
como se saem. Não se preocupe se precisar de mais de uma aula para
realizar a primeira sondagem. 

3 Como estabelecer conteúdos e objetivos? 

Conteúdo é o que você vai ensinar e objetivo o que espera que as


crianças aprendam. Se, por exemplo, sua proposta for trabalhar com a
leitura de contos de aventura, precisa parar e pensar o que
especificamente quer que a turma saiba após terminar a sequência.
"Pode ser comportamento leitor do gênero, característica da
linguagem", exemplifica Beatriz. De nada adianta defnir um conteúdo
e enxertar uma série de objetivos desconexos ou criar uma sequência
com muitos conteúdos. Como escreve Myriam Nemirovsky no livro O
Ensino da Linguagem Escrita (159 págs., Ed. Artmed, 0800-703-
3444, edição esgotada), "abranger uma ampla escala de conteúdos e
crer que cada um deles gera aprendizagem significa partir da
suposição de que é possível conseguir aprendizagem realizando
atividades breves e esporádicas. Porém, isso está longe de ser assim". 

4 De que modo atrelar atividades e objetivos? 

Definido o que você vai ensinar e o que quer que a turma aprenda, é
hora de pensar nas estratégias que vai usar para chegar aos resultados.
Vale detalhar esse "como fazer" nas atividades da sequência, que nada
mais são que orientações didáticas. O melhor, nesse momento, é
analisar cada um dos conteúdos que se propôs a trabalhar, relembrar
seus objetivos e ir desdobrando-os em ações concretas. "Para que a
classe conheça as características de determinado gênero, por exemplo,
posso pensar em itens como: leituras temáticas, análises de textos de
referência, análise de alguns trechos específicos e verificação do que
ficou claro para a turma", sugere Beatriz. Cada atividade tem de ser
planejada com intencionalidade, tendo os objetivos e conteúdos muito
claros e sabendo exatamente aonde quer chegar. 

5 Que critérios usar para encadear as etapas? 

Quando você pensa nas ações de uma sequência didática, já tem na


cabeça uma primeira ideia de ordem lógica para colocá-las. Para que
essa organização dê resultado, lembre-se de pensar em quais
conhecimentos a classe precisa para passar de uma atividade para a
seguinte (considerando sempre que os alunos têm necessidades de
aprendizagem diversas). Como escreve Myriam, "a sequência didática
será constituída por um amplo conjunto de situações com
continuidade e relações recíprocas". Quanto mais você sabe sobre a
prática, as condições didáticas necessárias à aprendizagem e como se
ensina cada conteúdo, mais fácil é para fazer esse planejamento. Se
ainda não tiver muita experiência, não se preocupe. Pode fazer uma
primeira proposta e ir vendo quais ações têm de ser antecipadas ou
postergadas.

6 Como estimar o tempo que dura a sequência? 

A resposta a essa pergunta não está relacionada à quantidade de


tarefas que você vai propor, mas à complexidade dos conteúdos e
objetivos que tem em mente. Para saber a duração de uma sequência,
leve em conta o que determinou que os alunos aprendam e quanto isso
vai demorar. Cada ação pode exigir mais ou menos tempo de sala de
aula. "Repertoriar uma criança em um gênero, por exemplo, demanda
mais horas do que uma sequência de fluência leitora", diz Beatriz. É
importante, também, pensar em como essa sequência se encaixa na
grade horária da escola e como se relaciona com as demais ações que
estão sendo realizadas com as crianças. Se, por exemplo, você tem
duas aulas por semana, as propostas vão demorar mais do que se
tivesse três. "Organize o tempo de modo que seja factível realizar
todas as atividades previstas", orienta Ana Lúcia. 

7 Qual a melhor forma de organizar a turma? 

"No curso de cada sequência se incluem atividades coletivas, grupais e


individuais", escreve Delia. Cada uma funciona melhor para uma
intenção específica. "Você propõe uma atividade no coletivo quando
quer estabelecer modelos de comportamentos e procedimentos",
explica Beatriz. Ao participar de um grupo e trocar com os colegas, a
criança tem aprendizados que são úteis quando ela for trabalhar
sozinha. Já uma atividade em dupla é interessante quando quiser que o
aluno tenha uma interação mais focada, apresentando suas hipóteses e
confrontando-as com o outro. As propostas individuais, por sua vez,
permitem à criança pôr em xeque os conhecimentos que construiu.
Essas organizações são critérios didáticos que precisam ser pensados
com base nos objetivos da cada etapa e nas características da classe. 

8 Como flexibilizar as atividades? 

É bem provável que você tenha, na turma, crianças com necessidades


educacionais especiais (NEE). E elas não podem ficar de fora do
planejamento. Procure antecipar quais ajustes podem ser necessários
para que elas participem das propostas. As adaptações não devem ser
vistas como um plano paralelo, em que o aluno é segregado ou
excluído. A lógica tem que ser o contrário: diferenciar os meios para
igualar os direitos, principalmente o direito à participação e ao
convívio. O ideal é que a escola conte com um profissional de
Atendimento Educacional Especializado (AEE), que ajude você nessa
tarefa, orientando-o sobre como atuar em classe e complementando a
prática na sala de recursos. A inclusão não é obrigação apenas dos
professores, mas de toda a escola. Para mais orientações sobre o
tema, acesse aqui. 

9 Posso mudar os planos no meio do caminho? 

Pode, sim. As sequências são planejadas com base em uma hipótese


de trabalho. Quando chega a turma de verdade, é natural que alguns
ajustes sejam necessários. Quem sabe precise retomar certos
conteúdos que não ficaram claros no ano anterior ou mudar a
estratégia de uma etapa que não combina com o perfil da classe. Tome
cuidado, no entanto, para não perder de vista os objetivos iniciais.
Como explica Ana Lúcia, "o planejamento dá condições para o
professor chegar preparado em sala de aula e, se for o caso, abrir mão
de uma atividade, postergar, antecipar". Só assim consegue-se
alcançar resultados concretos. "Toda proposta didática implica riscos;
um deles é que a adote com rigidez, com certa ortodoxia. A
flexibilidade é uma característica fundamental, que deve existir
sempre no trabalho didático", defende Myriam em seu livro. 

10 Como avaliar o que a turma aprendeu? 

A avaliação pode ser feita de diferentes formas. A pergunta principal


que você tem de responder, ao final de uma sequência, é se os alunos
avançaram de um estado de menor para um de maior conhecimento
sobre o que foi ensinado. Para isso, vale registrar os progressos de
cada estudante, observando como ele se sai nas atividades, desde a
sondagem inicial - que já é uma situação de aprendizagem - até a etapa
final. Ao analisar esses registros, fica fácil entender quais foram os
avanços dos alunos. Aliado a isso, pense em atividades avaliativas
propriamente ditas, como provas e trabalhos. Essas propostas
precisam estar diretamente ligadas ao que você ensinou na sala de
aula. Retome os objetivos propostos e prepare uma consigna na qual
fiquem claros os saberes que estão sendo pedidos aos estudantes.

Sequência didática comentada 

A sequência didática abaixo, elaborada com base em uma proposta da


Secretaria de Educação da cidade de Buenos Aires, apresenta algumas
características interessantes, que podem ajudar você na hora de
planejar a sua. Veja os comentários de Priscila Monteiro, consultora
pedagógica de NOVA ESCOLA, sobre cada etapa. 

Multiplicação por alguns números particulares 

Conteúdo 
Cálculo mental de multiplicações e divisões apoiando-se nas
propriedades das operações e do sistema de numeração. 

Objetivos

 Usar cálculos que já conhecem para aprender o que ainda não


conhecem.
 Recorrer à multiplicação por potências da base e múltiplos delas
com somente um algarismo diferente de zero para resolver
outras multiplicações.
 Usar a propriedade distributiva da multiplicação em relação à
adição e à subtração.

Tema, conteúdo e objetivos: Note que os objetivos estão diretamente


ligados ao conteúdo. Há uma preocupação em delimitá-los e detalhá-
los bem, deixando claros os procedimentos que quer que a turma
aprenda.
Anos 
4º e 5º. 

Tempo estimado 
Seis aulas.
Duração: Embora a sequência tenha quatro etapas, foram estipuladas
seis aulas. Essa escolha foi feita sabendo que a construção dos
conhecimentos pedidos em cada atividade pode levar mais de uma
aula.
Desenvolvimento 

1ª etapa

Nessa etapa inicial, apresente aos alunos o problema abaixo e peça


que resolvam individualmente: 

Multiplicar 3 x 20 é fácil. Como se pode utilizar essa conta para


calcular 3 x 19? Explique como pensou. 

Reserve um tempo para que os alunos pensem e busquem


procedimentos para resolver 3 x 19. Em seguida, analise
coletivamente em que sentido a multiplicação por 20 é um recurso
para multiplicar por 19. Explicite que 19 vezes um número é
equivalente a 20 vezes esse número menos uma vez esse mesmo
número. Quer dizer: 

3 x 19 = 3 x 20 - 3 x 1 = 60 - 3 = 57

Sondagem: essa primeira atividade serve como uma sondagem


inicial. Ela é interessante porque põe os estudantes em contato com
uma situação real em que precisam colocar em jogo seus saberes. Ao
deixar claro na pergunta que a turma deve se basear em 3 x 20 para
calcular 3 x 19, consegue-se garantir que o procedimento proposto
seja utilizado.
Organização da turma: ao optar pelo trabalho individual, a intenção
é fazer com que cada um acesse os conhecimentos que possui e
busque solucionar a questão sozinho. A proposta seguinte, que
envolve todos, visa à socialização dos procedimentos para que, no
debate, os alunos cheguem a conclusões comuns.
2ª etapa

Proponha cálculos similares para que os estudantes possam utilizar a


estratégia analisada. Peça que calculem mentalmente estas
multiplicações: 

a) 5 x 19 = 
b) 7 x 19 = 
c) 30 x 19 = 
Um erro muito frequente em problemas como esses é o aluno fazer a
multiplicação por 20 e subtrair 1 do resultado. Esse equívoco pode ser
uma fonte de discussão e de maior compreensão do conteúdo. Se ele
não aparecer, traga essa opção de resposta à turma e analise-a. É
fundamental instalar no grupo a necessidade de controlar o resultado.
Por exemplo: para 3 x 19, como é possível estar seguro de que se fez
19 vezes 3? Tem de sobrar 1 x 3 e não 1.

Encadeamento das etapas: preste atenção em como os desafios são


colocados ao longo da sequência. Na primeira etapa, é proposto que os
estudantes encontrem soluções para multiplicar 19 x 3 usando 20 x 3.
Na segunda, são apresentadas outras multiplicações com 19 para que
avancem um pouco mais e entendam que a regra não vale só para o 3
x 19, mas também para 5 x 19, 7 x 19 etc. Pensar as atividades de
modo que a classe dê, a cada nova etapa, um passo pequeno além é
fundamental.
Adaptação: se, nessa atividade, o educador notar que a turma está
com dificuldades de perceber a regularidade e generalizar o
procedimento adotado, pode propor novas multiplicações e retomar o
que foi discutido na primeira etapa. Fazer essa análise ao longo da
sequência e, se preciso, retomar conteúdos é imprescindível para que
todos aprendam.
3ª etapa

Proponha que calculem individualmente estas multiplicações e


expliquem como pensaram: 

a) 5 x 29 = 
b) 7 x 49 = 
c) 6 x 38 = 
d) 3 x 78 = 

O objetivo dessa proposta é a turma estender o recurso identificado no


problema anterior a outras multiplicações. Para multiplicar por 38, por
exemplo, é pertinente pensar com base na multiplicação por 40: 

6 x 38 = 6 x 40 - 6 x 2 

Analise explicitamente essa equivalência, assegurando-se de que os


alunos compreendam que em ambos os casos estão calculando "38
vezes 6". Retome o erro analisado no problema anterior, explicitando,
por exemplo, por que multiplicar por 38 não é equivalente a
multiplicar por 40 e subtrair 2 do resultado.

Encadeamento das etapas: a progressão do desafio continua aqui.


Com a atividade proposta, a classe pode avançar mais um pouco e
estender o conhecimento para outras multiplicações por números
próximos aos redondos: 29, 49, 38, 78 etc.
4ª etapa

Agora, peça que os estudantes, em duplas, calculem mentalmente


estas multiplicações e expliquem como pensaram: 

a) 7 x 39 = 
b) 9 x 22 = 
c) 6 x 22 = 
d) 5 x 59 = 
e) 4 x 53 = 

Organize a análise desse problema de maneira similar à proposta para


a 1ª etapa. Proponha o primeiro cálculo e leve os alunos a explorar
estratégias. Analise-as coletivamente para estabelecer algumas
conclusões. Por exemplo, a seguinte: 

7 x 39 pode ser pensado como 7 x 40 - 7 

Nessa proposta, a criança se apoia na multiplicação por um número


redondo e - com esse recurso estabelecido - realiza os outros cálculos.
Como nos problemas anteriores, os alunos devem poder comprovar
que, nesse procedimento, se assegura ter feito 39 vezes 7. 

Para os casos b, c, e e, a classe pode recorrer, por exemplo, à


relação: 4 x 50 + 4 x 3, já que nessas situações é mais fácil somar do
que subtrair. 

É mais fácil resolver: 

4 x 53 = 4 x 50 + 4 x 3 = 200 + 12 = 212 

Do que: 
4 x 53 = 4 x 60 - 4 x 7 = 240 - 28 = 212

Encadeamento das etapas: para finalizar, a classe dá um passo além


para entender que é possível utilizar tanto a adição quanto a subtração,
dependendo do arredondamento.
Organização da turma: opta-se agora pelo trabalho em duplas. A
decisão se justifica porque os alunos já consolidaram individualmente
os conhecimentos sobre a multiplicação por números próximos aos
redondos e agora podem discutir e negociar hipóteses com os colegas.

Avaliação 

Proponha outras multiplicações que possam ser resolvidas com o que


sabem agora sobre cálculos com números "redondos".

Avaliação: o propósito dessa atividade é que os alunos reutilizem e


generalizem os procedimentos identificados nos problemas anteriores:
as multiplicações com números "redondos" servem de apoio para
multiplicações com outros números particulares. Assim, a
multiplicação por 20 permite conhecer produtos por 19, 21, 18, 22, 17;
a multiplicação por 30, produtos por 31, 29 etc.

Trata-se de concluir com os alunos que, por exemplo, multiplicar por


19 equivale a "o número dado multiplicado por 20, menos uma vez
esse número". Assim, na primeira etapa, 5 x 19 = 5 x 20 - 5 = 95.
Procedimentos como esses se baseiam na propriedade distributiva da
multiplicação em relação à adição e à subtração. Retomá-los quando
se está ensinando explicitamente as propriedades da multiplicação será
uma oportunidade de fazê-las funcionar perante um problema de
cálculo e reconhecer aí seu valor como ferramenta para facilitar os
cálculos ou para provar a validade de um procedimento.

Consultoria Priscila Monteiro, consultora pedagógica da NOVA


ESCOLA

Fonte Proposta adaptada do Plan Plurianual para el Mejoramiento de


la Enseñanza - Cálculo Mental con Números Naturales - Docente -
Governo da Cidade de Buenos Aires, Secretaria de Educação, Direção
Geral de Planejamento. Coordenação autoral: Patricia Sadovsky.
Elaboração do material: María Emilia Quaranta e Héctor Ponce.
“Sequência didática para Educação Infantil é uma ferramenta que deve e que precisa entrar de
uma vez nas rotinas de creches e centros de Educação Infantil, senão, corremos o risco de deixar
na infância das crianças, marcas de uma escola que não leva a descobertas, a dúvidas, a sonhos.”

O que é?

Trata-se de sequência didática,


uma forma organizada
sequencialmente para
desenvolver saberes vários no
universo infantil. A sequência
didática tem a intenção de
estruturar um trabalho mais
organizado e mais pertinente a
esta criança de hoje - que tem
contato com inúmeras fontes,
mas que não tem um  trabalho
estruturado, no sentido de dar
organicidade a tudo que ela vê,
consome, sente e faz o dia
inteiro.

A sequência didática é uma


forma de organizar o
planejamento semanal da rotina
das crianças, assim como
também de organizar o
desenvolvimento delas a partir
de conhecimentos que se
ampliam empiricamente, pouco
a pouco e vão se tornando
grandes fontes de percepções
múltiplas.

O planejamento por sequência didática consiste em sistematizar o trabalho docente na intenção de ajudar a
criança  a desenvolver competências e habilidades que deem significado para a efetivação do seu processo de
aprendizagem. Numa visão de crescimento pedagógico, a orientação para emprego do termo “sequência
didática” nos planejamentos de aulas dos professores torna-se um ganho, porque tem a premissa de garantir
uma efetiva participação dos alunos durante as aulas ministradas pelos professores da Educação Infantil e com
isto eles não perdem conteúdo – sim, conteúdo mesmo. Educação infantil também é lugar de conteúdo pois o
papel da escola, seja ele em qual fase ou idade for, é sempre gerenciar a aprendizagem das crianças.

Sua importância:

A situação didática é formada por atividades que podem ser definidas como sendo os “meios” usados pelo
professor a fim de que o aluno vivencie as experiências necessárias ao desenvolvimento de competências e
habilidades fazendo com que a aprendizagem seja significativa. Valoriza a investigação, a integração, a
cooperação e incentiva a ação do aluno. É o estímulo à cooperação entre o grupo (alunos e professor) e busca o
desenvolvimento de habilidades como características básicas do processo de aprendizagem. A sequência didática
deve ser planejada pelo professor, de forma a tratar cada conteúdo de maneira específica e singular,
oportunizando ao aluno o desenvolvimento da autonomia para que empregue seus próprios mecanismos na
construção e reconstrução do seu conhecimento e arquitetar formas para a resolução e formulação criativa de
problemas. Criar uma sequência didática é programar situações e circunstâncias em que o estudante realmente
construa seu conhecimento. A finalidade, portanto, é possibilitar ao aluno a construção de seu conhecimento por
meio da articulação de diversas teorias didáticas, como a noção de objetivo-obstáculo a ser desvelada.

Apesar de a sequência didática ser pensada para que o aluno construa o saber, cabe ao professor planejar os
dispositivos didáticos que propiciem a evolução intelectual dos alunos. Para que a sequência didática aconteça é
preciso que os conteúdos estejam organizados em um sistema que irei nomear passo a passo, nos capítulos
publicados nas próximas edições: serão eles os pontos primordiais de nossa ação agora na Educação Infantil.

Estruturando de maneira correta:

Toda vez que o planejamento para Educação Infantil tiver que ser estruturado sob o prisma da SEQUÊNCIA
DIDÁTICA, ele terá que seguir cinco passos, que não precisam ser rigorosamente na ordem aqui apresentada.
Ressalto a importância de que o primeiro passo seja sempre o passo em que o educador trabalhe
EMOÇÃO/RECEPÇÃO, pois é este o momento mais delicado da sala de aula da infância. Saber receber e acolher
uma criança é uma tarefa muito importante. A criança não tem experiência profunda em convivência nos
espaços coletivos hoje, sobretudo aqueles que vivem em pequenos apartamentos, espaços reduzidos, fechados,
privados, em função da violência, do convívio com outros seres.

Desta forma, o educador precisa ter uma forma delicada, segura e afetiva para receber e acolher diariamente as
crianças pois elas estão em socialização, em construção de autonomia, em descobertas destes ambientes
educativos. Assim, sugiro que a atividade que trabalha e que ouve as questões afetivas trazidas pelas crianças
seja sempre a primeira do dia - assim o educador poderá usar, inclusive, estas histórias e estes relatos ao longo
da manhã ou da tarde. Situações trazidas pelas crianças ao grupo, na hora da roda, da conversa ou da prática
diária da escuta, são ricas e possibilitam que elas entrem mais rapidamente em contato com os outros – razão
maior da socialização.

1º passo da sequência didática: Recepção/emoção

• Emoção
• Sensibilidade
• Interação social
• Simbolização

Para que aconteça então a sequência didática os demais passos podem ser encaixados nos horários diários da
escola sem nenhuma outra imposição. Temos apenas que lembrar que a sequência aqui apresentada só é
composta com atividades que englobem todos os passos abaixo listados. Vejamos:

2º passo: trabalho com a exploração dos Sentidos 

 Tato
 Visão
 Olfato
 Gustação
 Audição

3º passo: trabalho com uma ou mais Linguagens 

 Pictórica – desenho
 Musical – vocalização, oralidade, rota fonológica e voz
 Sinestésica – movimento/psicomotricidade
 Midiática – computador
 Gráfica – as letras e os números

4º passo: trabalho explorando uma ou mais Formas

 Aplainar
 Ampliar
 Reduzir
 Juntar
 Modificar
 Quadrado
 Triângulo
 Círculo
 Retângulo

5º passo: é quando o educador pode lincar conteúdos (Interdisciplinaridade)

 Natureza e sociedade
 Identidade e autonomia
 Movimento
 Música
 Artes visuais
 Literatura Infantil

Não é demais dizer que estes passos não possuem ordem definida, ou seja, o educador pode realizar uma
atividade interdisciplinar antes de realizar uma atividade com formas e assim sucessivamente. Também vale a
pena lembrar que no caso da Educação Infantil as atividades de registro nunca podem ser realizadas nos últimos
horários dos períodos letivos. Exemplo: fazer raciocínio lógico ou tentativas de escrita nos últimos 30 minutos do
período letivo não é o ideal, pois as crianças já estão esgotadas de uma manhã ou de uma tarde de trabalho e
isto as deixam com menos condições de vigília – atenção, o que só atrapalha sua concentração na execução
formal da atividade.

Outro ponto que requer atenção é o fato de que nos últimos horários várias crianças acabam saindo mais cedo
em função de os pais apanhá-las. Assim, nos últimos minutos do dia letivo é sempre melhor termos atividades
corporais, músicas, artes e até mesmo roda de conversa pois estas dinâmicas de aula não se deixam interferir
pelos problemas apresentados.

PROPOSTA DE TRABALHO:  ATIREI O PAU NO GATO


VERSÃO ORIGINAL
ATIREI O PÁU NO GATO TÔ TÔ
MAS O GATO TÔ TÔ
NÃO MORREU REU REU
DONA CHICA CÁ
ADMIROU-SE SE
DO BERRO, DO BERRO QUE O GATO DEU
MIAU !!!!!!
2ª VERSÃO
NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO…
PORQUE ISSO, SO…SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ…
JESUS CRISTO, TO…TO
NOS ENSINA, NA…NA
A AMAR, A AMAR OS ANIMAIS
AMÉM!
3ª VERSÃO
NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO…
PORQUE ISSO, SO…SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ…
O GATINHO – NHO…NHO
É NOSSO AMIGO – GO-GO
NÃO DEVEMOS
NÃO DEVEMOS
MALTARATAR OS ANIMAIS
MIAU!
PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA MÚSICA: ATIREI O
PAU NO GATO
1. Colocar a letra na 1ª versão no quadro;
2. Colocar o CD para as crianças ouvirem e cantar com elas;
3. Questionar: sobre o que fala a cantiga? Se é correto o que está
sendo tocado na música? Se eles conhecem outras maneiras de
cantar essa mesma cantiga?
4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com
as crianças;
5. Colocar a letra na 2ª versão no quadro.
6. Colocar a letra na 3ª versão no quadro.;
7. Fazer também com as crianças a leitura coletiva da cantiga na 2ª e
3ª versões;
8. Discutir: De qual das três versões gostaram mais? O que mudou
em relação a 1ª forma como a música foi cantada? O que essa nova
versão nos ensina?
9. Pedir às crianças que brinquem em duplas cantando a musica nas
três formas;
10. Fazer desenhos ilustrando: a 1ª , 2ª e 3ª versão da cantiga atirei
o pau no gato;
11. Pedir que leiam sem cantar, ir apontando enquanto elas lêem;
12. Destacar as palavra: GATO e realizar atividades: (1º oralmente e
várias vezes, depois com atividade impressa) fazer com cada palavra
em uma aula a depender do nível da turma.
Ex.: GATO
Quais são as letras utilizadas para escrever a palavra?
Qual a 1ª letra?_________________
Qual a última letra?__________
Quantas sílabas?___________
Qual a 1ª sílaba?__________
Qual a última sílaba?_________
Qual a 2ª sílaba?________
Quantas letras? _________
Quantas sílabas?___________
De que outros modos podemos escrever essa mesma palavra?
____________________ , _____________________ e
____________
13. Pedir para que as individualmente escrevam a palavra na lousa
( mesmo olhando se for o caso).
14. Pedir para que montem a palavra na sua mesa com o alfabeto
móvel.
15. Estudar as famílias silábicas da palavra GATO no 4 tipos de
letras: GA/GO/GU/GÃO e TA/TE/ TI/ TO TU TÃO.
16. formar palavras usando o alfabeto móvel (com as silabas que
aparecem na palavra: GATO
17. Criar coletivamente frases com a palavra; realizar a leitura das
frases coletivamente com os alunos, explicando sobre a questão da
segmentação e pontuação e pedir para que os alunos escrevam as
frases no quadro.
18. Cantar novamente a letra da cantiga com as crianças
acompanhando apontando no cartaz;
19. Fatiar a letra da cantiga em tiras e pedir que os alunos montem a
letra no papel metro ou cartolina dado por você e depois leiam para
você (pode ser de grupo, dupla ou individual) a depender do nível da
turma;
20. Pedir para que os alunos ditem a letra da cantiga e a professora
escreve no quadro e faz com eles a leitura coletiva
21. Pedir para que os alunos copiem a letra da cantiga no caderno
(orientar sobre o uso do caderno da direita para a esquerda, na
linha, margens)
22. Fazer o ditado das palavras da cantiga;
23. Fazer palavra cruzada com e sem bando de dados para as
crianças;
24. Fazer a letra da cantiga com lacunas para que as crianças
reflitam sobre as palavras que faltam e completem;
25. Colocar o CD novamente e cantar acompanhando no cartaz
26. Fatiar a letra da cantiga em palavras e pedir que os alunos em
dupla montem a letra em um cartaz ilustrando e leiam para a turma.
27. Colocar o CD e pedir que as crianças cantem brincando umas
com as outras.
28. Recorte e colagem do animal (gato) cada aluno faz o seu.
PROPOSTA DE TRABALHO:  PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU
PIRULITO QUE BATE BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
A MENINA QUE EU GOSTAVA
NÃO GOSTAVA COMO EU
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Letra da cantiga: Pirulito que bate-bate
1. Colocar a letra no papel AP em letras garrafais;
2. Colocar o CD para a crianças ouvirem e cantar com elas;
3. Questionar: se gostaram? Sobre o que fala?
4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com
as
crianças;
5. Pedir às crianças que brinquem em duplas cantando a musica;
6. Pedir que leiam sem cantar, ir apontando enquanto elas lêem;
7. Destacar as palavras: PIRULITO, BATE, EU, ELA, DELA,
MENINA, COMO, SOU e realizar atividades: (1º oralmente e várias
vezes, depois com atividade impressa) fazer com cada palavra em
uma aula a depender do nível da turma.
Ex.: PIRULITO
Quais são as letras utilizadas para escrever a palavra?
Qual a 1ª letra?_________________
Qual a última letra?__________
Quantas sílabas?___________
Qual a 1ª sílaba?__________
Qual a última sílaba?_________
Qual a 2ª sílaba?________
Qual a 3ª sílaba?________
Quantas letras? _________
De que outros modos podemos escrever essa mesma palavra?
____________________ e _________________
8. Pedir para que as individualmente escrevam a palavra na lousa
( mesmo olhando se for o caso).
9. Pedir para que montem a palavra na sua mesa com o alfabeto
móvel.
10. Criar coletivamente frases com a palavra; realizar a leitura das
frases coletivamente com os alunos, explicando sobre a questão da
segmentação e pontuação e pedir para que os alunos escrevam as
frases no quadro.
11. Cantar novamente a letra da cantiga com as crianças
acompanhando apontando no cartaz.
12. Fatiar a letra da cantiga em tiras e pedir que os alunos montem a
letra no papel metro ou cartolina dado por você e depois leiam para
você (pode ser de grupo, dupla ou individual) a depender do nível da
turma.
13. Pedir para que os alunos ditem a letra da cantiga e a professora
escreve no quadro e faz com eles a leitura coletiva.
14. Pedir para que os alunos copiem a letra da cantiga no caderno
(orientar sobre o uso do caderno da direita para a esquerda, na
linha, margens)
15. Fazer o ditado das palavras da cantiga.
16. Fazer palavra cruzada com e sem bando de dados para as
crianças;
17. Fazer a letra da cantiga com lacunas para que as crianças reflitam
sobre as palavras que faltam e completem.
18. Colocar o CD novamente e cantar acompanhando no cartaz.
19. Fatiar a letra da cantiga em palavras e pedir que os alunos em
dupla montem a letra em um cartaz ilustrando e leiam para a turma.
20. Colocar o CD e pedir que as crianças cantem brincando umas
com as outras.
Por Shirley Reis

Você também pode gostar