Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Como fazer um projeto? Tema do Projeto – a questão apresentada pelo educador, pode não ser
um problema para o aluno, por isso podemos permitir que os alunos definam os temas, que
formulem problemas e coloquem o pensamento em funcionamento pela necessidade de entendê-lo
melhor e alcançar soluções.
• Trabalho em grupo – é enriquecedor, pois cada um poderá contribuir de maneira criativa para
realização de um trabalho coletivo (uma rede), de acordo com seu interesse, trocando idéias,
discussões, ou melhor um processo de construção de cooperação.
2. Como fazer um projeto? Tema do Projeto definido por: alunos professores comunidade.
Explorar uma questão; Definir os problemas; Soluções.
3. Como fazer um projeto? trabalhar em grupos enriquece o trabalho; Contribuição criativa; Troca
de idéias e discussões.
4. Projeto: Nome/Título
• Justificativa (por que?)
• Objetivos (necessidades a alcançar)
• Atividades (o que fazer?)
• Estratégias (como fazer?)
• Acompanhamento (direcionamento)
• Avaliação (estímulo).
DICAS:
- Estar sempre interagindo com os alunos;
- Dinamizar ao máximo as atividades;
- Avaliar cada tarefa, sem deixar que as atividades se acumulem muito;
- Incentivar a participação dos professores e dos alunos em todas as fases do projeto;
- Ler sempre sobre o assunto;
- Explicar detalhadamente cada atividade;
- Se colocar sempre a disposição para eventuais dúvidas;
- Acompanhar sistematicamente o desenvolvimento do projeto.
Evocar Excluir/incluir
Refletir/citar
Qualificar Inventar
Linha Construtivista
Inspirado nas idéias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade,
já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua
interação com a realidade e com os colegas.
Uma aluna de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e
concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o
contato com letras e textos.
O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a
experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio,
entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e
construindo as características do mundo.
Noções como proporção, quantidade, causalidade, volume e outras, surgem da própria interação
da criança com o meio em que vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a
realidade de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua
conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de objetos e de pessoas
onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o que irá acontecer.
O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota
da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações
padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do
aluno.
As disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada
rígida.
Existem várias escolas utilizando este método. Mais do que uma linha pedagógica, o
construtivismo é uma teoria psicológica que busca explicar como se modificam as estratégias de
conhecimento do individuo no decorrer de sua vida.
Linha Montessoriana
Criada pela pedagoga italiana Maria Montessori (1870-1952), a linha montessoriana valoriza a
educação pelos sentidos e pelo movimento para estimular a concentração e as percepções
sensório-motoras da criança.
Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas
materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo,
desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter a capacidade de
amar.
A divisão das turmas segue um modelo diferente do convencional: as crianças de idades diferentes
são agrupadas numa mesma turma. Nessas classes, alunos de 5 e 6 anos estudam na mesma sala
e seguem um programa único. Posteriormente eles passam para as turmas de 7 e 8, em seguida
para as de 9 e 10, e, finalmente alcançam o último estágio, que agrega jovens de 11,12,13 e 14
anos. Até os 10 anos, os alunos têm aulas com um único professor polivalente, enquanto nas salas
de 11 a 14, esse professor ganha a companhia de docentes específicos para cada disciplina.
Os professores dessa linha de ensino são guias que removem obstáculos da aprendizagem,
localizando e trabalhando as dificuldades de cada aluno. Sugerem e orientam as atividades,
deixando que o próprio aluno se corrija, adquirindo assim maior autoconfiança.
A avaliação é realizada para todas as tarefas, portanto, não existem provas formais.
Linha Waldorf
A Pedagogia Waldorf se baseia na Antroposofia (gr.: antropos = ser humano; sofia = sabedoria),
ciência elaborada por Rudolf Steiner, que estuda o ser humano em seus três aspectos: o físico, a
alma e o espírito, de acordo com as características de cada um e da sua faixa etária, buscando-se
uma perfeita integração do corpo, da alma e do espírito, ou seja, entre o pensar, o sentir e o
querer.
Foi criada em 1919 na Alemanha e está presente no mundo inteiro. O ensino teórico é sempre
acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corporais, artísticas e artesanais,
de acordo com a idade dos estudantes. O foco principal da Pedagogia Waldorf é o de desenvolver
seres humanos capazes de, por eles próprios, dar sentido e direção às suas vidas.
O currículo, que se orienta pela lei básica da biografia humana, os setênios – ciclos de sete anos-
(0-7/ 7-14/ 14-21) oferece ricas vivências, alternando as matérias do conhecimento com aquelas
que se direcionam ao sentir e agir. Não há repetência, justamente para que as etapas de
aprendizagem possam estar em sintonia com o ritmo biológico próprio de cada idade.
Já no terceiro ciclo, equivalente ao ensino médio (14-21), o estudante está pronto para exercitar o
pensamento e fazer uma análise crítica do mundo. As disciplinas são dividas por épocas, em vez
de ter aulas de diversas disciplinas ao longo do dia ou da semana, o estudante passa quatro
semanas vendo uma única matéria. Nessa fase entram os professores especialistas, mas as
classes continuam com um tutor.
A avaliação dos alunos é baseada nas atividades diárias, que resultam em boletins descritivos. O
progresso dos alunos é exposto detalhadamente em boletins manuscritos, nos quais são
mencionadas as habilidades sociais e virtudes como perseverança, interesse, automotivação e
força de vontade. Como conseqüência, o jovem aluno tem grandes chances de se tornar um
adulto saudável e equilibrado capaz de agir com segurança no mundo.
Linha Tradicional
A linha tradicional de ensino teve a sua origem no século XVIII, a partir do Iluminismo. O objetivo
principal era universalizar o acesso do indivíduo ao conhecimento. Possui um modelo firmado e
certa resistência em aceitar inovações, e por isso foi considerada ultrapassada nas décadas de 60
e 70.
As escolas que adotam a linha tradicional acreditam que a formação de um aluno crítico e criativo
depende justamente da bagagem de informação adquirida e do domínio dos conhecimentos
consolidados.
Não há lugar para o aluno atuar, agir ou reagir de forma individual. Não existem atividades
práticas que permitem aos alunos inquirir, criar e construir. Geralmente, as aulas são expositivas,
com muita teoria e exercícios sistematizados para a memorização.
O professor é o guia do processo educativo e exerce uma espécie de “poder”. Tem como função
transmitir conhecimento e informações, mantendo certa distância dos alunos, que são “elementos
passivos”, em sala de aula.
As avaliações são periódicas, por meio de provas, e medem a quantidade de informação que o
aluno conseguiu absorver.
São escolas que preparam seus alunos para o vestibular desde o início do currículo escolar e
enfatizam que não há como formar um aluno questionador sem uma base sólida, rígida e
normativa de informação.
Essa não é uma tarefa simples. Exige reflexões constantes por parte do
professor durante o planejamento e a ação. Por exemplo, se a intenção
é gerar contextos significativos de leitura que favoreçam a imersão das
crianças nas narrativas de qualidade, o professor pode planejar seu
projeto levando em consideração a seguinte questão: o ambiente
criado para a leitura (o acervo, o acesso aos livros na biblioteca, a
organização do espaço da sala etc.) é convidativo?
Projeto: Conhecendo o Polvo
Coordenadora Pedagógica: Juliana Correa de Abreu
Indicado para: 1º Período e 2º Período
1) Tema: Conhcendo o Polvo
2) Objeto Detonador: Este projeto tem como objetivo, apresentar para a criança um pouco mais
sobre o polvo.
5) Objetivos pedagógicos:
Conceituais:
Trabalhar cores
Desenvolver percepção visual
Ampliar vocabulário
Desenvolver coordenação motora
Identificar diferentes espécies de animais e suas formas
Identificar e reconhecer as letras do alfabeto
Procedimentais:
Identificar o polvo
Aprender e conhecer o polvo
Ampliar vocabulário e alfabeto.
Atitudinais:
Admirar e apreciar o polvo
Apreciar os animais
Reconhecer o polvo
6) Janelas:
Cores
Alfabeto
Natureza
Memorização
Linguagem escrita e oral
7) Etapas pedagógicas:
- Conversar sobre o polvo, suas espécies e suas características
- Trabalhar, escrever e identificar as letras do alfabeto no complete o quadro com as letras que
estão faltando
- Trabalho com a coordenação motora na montagem de quebra-cabeça
- Trabalhar formas e a coordenação motora no arrastar as animais até a sombra certa
- Utilizar o jogo da memória para trabalhar a memorização
- Trabalhar a percepção visual do jogo dos cinco erros
- Trabalhar quantidade, noções de espaço, alfabeto e números até o 5
- Utilizar a percepção visual para achar a palavra polvo nas caça-palavras
- Trabalhar cores no colorir o fundo do mar
8) Duração:
Escolas diferentes seguem currículos diferentes: enquanto algumas enfatizam o ensino de idiomas e
conhecimentos cognitivos, outras optam por desenvolver competências sociais; umas empregam
atividades lúdicas, outras prezam pelo contato com a natureza e criam consciência ecológica ou apostam
na tecnologia. Qualquer que seja o método aplicado, há espaço para sequências didáticas no
planejamento.
Sequências didáticas são um conjunto de aulas pensadas para ensinar um conteúdo de forma acumulativa.
Ao longo dos dias (ou mesmo semanas, para projetos mais extensos), as crianças vão construindo o
conhecimento, sempre passando de desafios mais simples para mais complexos.
Qualquer assunto pode dar origem a uma sequência didática. Para começar, é bom se perguntar o que
você pretende que as crianças aprendam sobre determinado tema. Qual o propósito desse conteúdo? É
fazer com que a turma aprenda a ler? Que se familiarize com a cultura e tradições da região? Que entenda
a importância da alimentação saudável? Que desenvolva certos movimentos?
Deixe dois pontos bem claros – qual o conteúdo e qual o objetivo da sequência. O conteúdo é aquilo que
será ensinado, o objetivo, o que você espera que a classe aprenda.
O próximo passo é observar o que as crianças já sabem sobre esse tema, qual o repertório que trazem de
outras vivências. Essa sondagem pode ser realizada de várias maneiras (como simplesmente perguntar a
elas sobre o assunto), mas a mais esclarecedora é, com certeza, colocá-las em contato com o tema na
prática. Se a sequência didática for abordar insetos, por exemplo, livros, revistas, bichinhos de plástico ou
quebra-cabeças podem ser distribuídos, enquanto o professor caminha pela sala e repara em como as
crianças interagem com eles ou sobre o que conversam entre si.
A partir desses questionamentos, o professor será capaz de traçar uma sequência de atividades. As
atividades são como ferramentas escolhidas cuidadosamente para proporcionar experiências significativas
à turma, nas quais ela vai adquirir as habilidades e aprendizados necessários – ou seja, a escolha está
longe de ser aleatória!
Cada atividade, cada experimento, jogo ou brincadeira deve acrescentar algo ao desenvolvimento das
crianças, para que elas consigam evoluir. É como criar um passo a passo – de quais conhecimentos elas
precisam para passar de uma atividade para a seguinte?
Trabalhe a interdisciplinaridade
Um tema inicial pode levar a vários caminhos, de acordo com os interesses das crianças. Trabalhar com
interdisciplinaridade gera aprendizados mais amplos (foto: Fair Bank Museum)
Sequências didáticas são uma oportunidade para se trabalhar um mesmo conteúdo sob diversos olhares.
Ainda usando o exemplo do tema “insetos”, imagine que a turma está abordando um tema de Natureza e
Sociedade, mas também irá desenvolver novo vocabulário, quando aprender nomes de animais, suas
partes, o que comem, etc.; motricidade, ao desenhá-los, procurar por insetos no pátio, construir um inseto
com massa de modelar ou argila, criar um formigueiro em um aquário; matemática, identificando o
número de pernas, asas, antenas; e assim por diante.
Busque não dividir as aulas por disciplina, fragmentando o conteúdo (não anuncie, por exemplo, “agora,
vamos aprender matemática”). Apenas relacione os aprendizados como partes de um todo. Isso leva as
crianças a perceberem o assunto mais amplamente, através de múltiplas linguagens.
Outra vantagem é valorizar os potenciais de cada aluno, já que a sequência permite que eles sejam
expostos a diferentes formas de trabalho em que podem se sobressair.
Explorar as habilidades socioemocionais: são atividades que permitem que as crianças identifiquem
sentimentos, emoções e organizações sociais. O foco é o autoconhecimento e a socialização e
interação com os colegas.
Explorar os sentidos: nessas atividades, o foco é a descoberta da visão, audição, tato, olfato e paladar.
Explorar linguagens: aqui, entram as atividades em que a turma trabalha a linguagem oral e escrita, a
música, o desenho e outras mídias (como vídeos, jogos online, etc.).
Explorar conceitos matemáticos: ocorre quando são apresentadas noções de maior e menor, perto ou
longe, formas geométricas, números, somas ou subtrações.
Explorar conteúdos específicos: finalmente, há espaço para o aprendizado de temas específicos como
natureza, literatura ou arte, entre outros.
Durante a sequência, garanta que haja um equilíbrio entre atividades individuais, em duplas e coletivas.
Cada uma delas vai gerar interações e aprendizado distintos. Enquanto um exercício individual foca nos
conhecimentos adquiridos por cada criança e exige mais concentração, duplas são excelentes para que
cada um exponha pontos de vista e, juntas, elas discutam hipóteses. Já grandes grupos proporcionam
trabalho em equipe, respeito às regras e troca de aprendizados.
Além disso, leve em consideração como cada criança aprende e o tempo que costumam levar para
finalizar cada tipo de exercício. Pense ainda em como serão feitas as avaliações e o acompanhamento do
aprendizado durante a sequência didática: em quais circunstâncias os alunos mostrarão o que sabem? Eles
vão montar um portfólio, fazer uma prova, apresentar algo para os colegas, participar de uma gincana?
Por fim, reserve sempre algumas aulas livres ao fim da sequência, para o caso de atrasos ou mudanças de
percurso. Afinal, é comum que algumas das hipóteses do professor não se confirmem em sala de aula e as
crianças apresentem mais interesse em um assunto que não estava previsto ou mais dificuldade em uma
etapa que você julgou que seria fácil. Sinta-se livre para ir adaptando o projeto ao longo do caminho,
adotando estratégias diferentes para que a turma atinja os resultados desejados. Se uma atividade não está
funcionando, substitua-a por outra! Se uma curiosidade veio à tona, explore-a. Porém, mantenha sempre
em mente aqueles objetivos traçados no início da sequência didática.
Definido o que você vai ensinar e o que quer que a turma aprenda, é
hora de pensar nas estratégias que vai usar para chegar aos resultados.
Vale detalhar esse "como fazer" nas atividades da sequência, que nada
mais são que orientações didáticas. O melhor, nesse momento, é
analisar cada um dos conteúdos que se propôs a trabalhar, relembrar
seus objetivos e ir desdobrando-os em ações concretas. "Para que a
classe conheça as características de determinado gênero, por exemplo,
posso pensar em itens como: leituras temáticas, análises de textos de
referência, análise de alguns trechos específicos e verificação do que
ficou claro para a turma", sugere Beatriz. Cada atividade tem de ser
planejada com intencionalidade, tendo os objetivos e conteúdos muito
claros e sabendo exatamente aonde quer chegar.
Conteúdo
Cálculo mental de multiplicações e divisões apoiando-se nas
propriedades das operações e do sistema de numeração.
Objetivos
Tempo estimado
Seis aulas.
Duração: Embora a sequência tenha quatro etapas, foram estipuladas
seis aulas. Essa escolha foi feita sabendo que a construção dos
conhecimentos pedidos em cada atividade pode levar mais de uma
aula.
Desenvolvimento
1ª etapa
3 x 19 = 3 x 20 - 3 x 1 = 60 - 3 = 57
a) 5 x 19 =
b) 7 x 19 =
c) 30 x 19 =
Um erro muito frequente em problemas como esses é o aluno fazer a
multiplicação por 20 e subtrair 1 do resultado. Esse equívoco pode ser
uma fonte de discussão e de maior compreensão do conteúdo. Se ele
não aparecer, traga essa opção de resposta à turma e analise-a. É
fundamental instalar no grupo a necessidade de controlar o resultado.
Por exemplo: para 3 x 19, como é possível estar seguro de que se fez
19 vezes 3? Tem de sobrar 1 x 3 e não 1.
a) 5 x 29 =
b) 7 x 49 =
c) 6 x 38 =
d) 3 x 78 =
6 x 38 = 6 x 40 - 6 x 2
a) 7 x 39 =
b) 9 x 22 =
c) 6 x 22 =
d) 5 x 59 =
e) 4 x 53 =
4 x 53 = 4 x 50 + 4 x 3 = 200 + 12 = 212
Do que:
4 x 53 = 4 x 60 - 4 x 7 = 240 - 28 = 212
Avaliação
O que é?
O planejamento por sequência didática consiste em sistematizar o trabalho docente na intenção de ajudar a
criança a desenvolver competências e habilidades que deem significado para a efetivação do seu processo de
aprendizagem. Numa visão de crescimento pedagógico, a orientação para emprego do termo “sequência
didática” nos planejamentos de aulas dos professores torna-se um ganho, porque tem a premissa de garantir
uma efetiva participação dos alunos durante as aulas ministradas pelos professores da Educação Infantil e com
isto eles não perdem conteúdo – sim, conteúdo mesmo. Educação infantil também é lugar de conteúdo pois o
papel da escola, seja ele em qual fase ou idade for, é sempre gerenciar a aprendizagem das crianças.
Sua importância:
A situação didática é formada por atividades que podem ser definidas como sendo os “meios” usados pelo
professor a fim de que o aluno vivencie as experiências necessárias ao desenvolvimento de competências e
habilidades fazendo com que a aprendizagem seja significativa. Valoriza a investigação, a integração, a
cooperação e incentiva a ação do aluno. É o estímulo à cooperação entre o grupo (alunos e professor) e busca o
desenvolvimento de habilidades como características básicas do processo de aprendizagem. A sequência didática
deve ser planejada pelo professor, de forma a tratar cada conteúdo de maneira específica e singular,
oportunizando ao aluno o desenvolvimento da autonomia para que empregue seus próprios mecanismos na
construção e reconstrução do seu conhecimento e arquitetar formas para a resolução e formulação criativa de
problemas. Criar uma sequência didática é programar situações e circunstâncias em que o estudante realmente
construa seu conhecimento. A finalidade, portanto, é possibilitar ao aluno a construção de seu conhecimento por
meio da articulação de diversas teorias didáticas, como a noção de objetivo-obstáculo a ser desvelada.
Apesar de a sequência didática ser pensada para que o aluno construa o saber, cabe ao professor planejar os
dispositivos didáticos que propiciem a evolução intelectual dos alunos. Para que a sequência didática aconteça é
preciso que os conteúdos estejam organizados em um sistema que irei nomear passo a passo, nos capítulos
publicados nas próximas edições: serão eles os pontos primordiais de nossa ação agora na Educação Infantil.
Toda vez que o planejamento para Educação Infantil tiver que ser estruturado sob o prisma da SEQUÊNCIA
DIDÁTICA, ele terá que seguir cinco passos, que não precisam ser rigorosamente na ordem aqui apresentada.
Ressalto a importância de que o primeiro passo seja sempre o passo em que o educador trabalhe
EMOÇÃO/RECEPÇÃO, pois é este o momento mais delicado da sala de aula da infância. Saber receber e acolher
uma criança é uma tarefa muito importante. A criança não tem experiência profunda em convivência nos
espaços coletivos hoje, sobretudo aqueles que vivem em pequenos apartamentos, espaços reduzidos, fechados,
privados, em função da violência, do convívio com outros seres.
Desta forma, o educador precisa ter uma forma delicada, segura e afetiva para receber e acolher diariamente as
crianças pois elas estão em socialização, em construção de autonomia, em descobertas destes ambientes
educativos. Assim, sugiro que a atividade que trabalha e que ouve as questões afetivas trazidas pelas crianças
seja sempre a primeira do dia - assim o educador poderá usar, inclusive, estas histórias e estes relatos ao longo
da manhã ou da tarde. Situações trazidas pelas crianças ao grupo, na hora da roda, da conversa ou da prática
diária da escuta, são ricas e possibilitam que elas entrem mais rapidamente em contato com os outros – razão
maior da socialização.
• Emoção
• Sensibilidade
• Interação social
• Simbolização
Para que aconteça então a sequência didática os demais passos podem ser encaixados nos horários diários da
escola sem nenhuma outra imposição. Temos apenas que lembrar que a sequência aqui apresentada só é
composta com atividades que englobem todos os passos abaixo listados. Vejamos:
Tato
Visão
Olfato
Gustação
Audição
Pictórica – desenho
Musical – vocalização, oralidade, rota fonológica e voz
Sinestésica – movimento/psicomotricidade
Midiática – computador
Gráfica – as letras e os números
Aplainar
Ampliar
Reduzir
Juntar
Modificar
Quadrado
Triângulo
Círculo
Retângulo
Natureza e sociedade
Identidade e autonomia
Movimento
Música
Artes visuais
Literatura Infantil
Não é demais dizer que estes passos não possuem ordem definida, ou seja, o educador pode realizar uma
atividade interdisciplinar antes de realizar uma atividade com formas e assim sucessivamente. Também vale a
pena lembrar que no caso da Educação Infantil as atividades de registro nunca podem ser realizadas nos últimos
horários dos períodos letivos. Exemplo: fazer raciocínio lógico ou tentativas de escrita nos últimos 30 minutos do
período letivo não é o ideal, pois as crianças já estão esgotadas de uma manhã ou de uma tarde de trabalho e
isto as deixam com menos condições de vigília – atenção, o que só atrapalha sua concentração na execução
formal da atividade.
Outro ponto que requer atenção é o fato de que nos últimos horários várias crianças acabam saindo mais cedo
em função de os pais apanhá-las. Assim, nos últimos minutos do dia letivo é sempre melhor termos atividades
corporais, músicas, artes e até mesmo roda de conversa pois estas dinâmicas de aula não se deixam interferir
pelos problemas apresentados.