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Como trabalhar a Linguagem Corporal em sala de aula

Você sabia que a Linguagem corporal é uma estratégia que pode ser utilizada para aperfeiçoar a qualidade no
processo ensino-aprendizagem?
Não se pode negar que a linguagem da fala é essencial para o ensino infantil. Entretanto, na escola, ao estar
rodeada de colegas e professores, a criança acaba desenvolvendo o poder de cultivar para si novos referenciais de
comunicação. Neste processo, melhor e maior fica o vocábulo e, consequentemente, as possibilidades de comunicação
através da linguagem corporal.
As posições ao se sentar, ao falar em público e até durante as brincadeiras podem revelar muito sobre cada um
dos alunos e dar dicas preciosas para resolver questões de aprendizado e socialização.
Assim, entre tantas utilidades, a linguagem corporal é sem dúvida um dos meios de comunicação que pode e deve ser
envolvido no processo de ensino-aprendizagem das crianças. Por isso, é fundamental que se mostre diversos meios para
elas se expressarem na classe que não apenas pela linguagem da fala.
A seguir, você vai compreender melhor a respeito desses meios e como desenvolvê-los em sala de aula entre os
alunos com o intuito de enriquecer o aprendizado e desenvolver novas competências de comunicação entre as crianças.
Caso tenha dúvidas, escreva abaixo, nos comentários. Boa leitura!

Linguagem corporal na sala de aula


Não é segredo que as crianças pequenas amam se movimentar. Elas vivem e demonstram seus estados afetivos
com o corpo inteiro: se estão alegres, naturalmente pulam, correm e brincam ruidosamente. Se estão tímidas ou tristes,
encolhem-se; sua expressão corporal é reveladora do que sentem.
Não é à toa que a linguagem corporal exerce um papel essencial no processo ensino-aprendizado. Toda criança
busca experiências em seu próprio corpo ao formar conceitos e organizar o esquema corporal. Ela organiza aos poucos o
seu mundo a partir do seu próprio corpo.
Carmo Junior (1995, p. 19) diz que, “quando negarmos à criança se expressar através de movimentos,
quebramos uma corrente que começa em suas primeiras experiências vividas, e forçamos um aprendizado progressivo e
latente”.
Deste modo, o trabalho de desenvolvimento com relação a linguagem corporal e com o esquema corporal com
as crianças precisa prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico,
dando a elas oportunidade para que, por meio de jogos educativos e atividades lúdicas, conscientizem-se sobre o seu
corpo.
Outro ponto para levar em conta é que o desenvolvimento da linguagem corporal, por meio de recreação, deve
ser realizado considerando seus níveis de maturação biológica. No caso do trabalho com a criança na Educação Infantil,
a base consiste na estimulação perceptiva e desenvolvimento do esquema corporal.
A abordagem da psicomotricidade, por exemplo, permitirá a compreensão da forma como a criança toma
consciência do seu corpo e das suas possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no
espaço.
Uma vez dirigida corretamente, essas atividades irão proporcionar a aprendizagem das crianças em várias
atividades esportivas. Estas atividades ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio afetivo.

Atividades para estimular a expressão corporal nas escolas


O movimento é uma forma de linguagem que comunica estados, sensações e ideias. Em resumo: o corpo fala. Para
estimular o movimento de seu próprio corpo, levando em consideração a ideia, a cultura corporal e os interesses da
criança, é preciso organizar situações e atividades que estimulem suas funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio
motoras.
Desta maneira, as crianças exploram o ambiente, passam por experiências concretas e indispensáveis ao seu
desenvolvimento intelectual. Além disso, se tornam capazes de tomar consciência de si mesmas e do mundo que as
cerca. No caso das crianças de zero a três anos, essas atividades giram em torno de:
• Explorar diferentes posturas corporais, como: Sentar-se em diferentes inclinações. Deitar-se em diferentes posições.

Ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc.
• Ampliar progressivamente a destreza para deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de realizar

diversas atividades. Arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc.


• Aperfeiçoar os gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc. Isto pode ser

feito por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas.
Já entre as crianças de quatro a seis anos, recomenda-se situações que envolvam:
• Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se,

dançar. O objetivo é ampliar gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento.


• Utilizar recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e

brincadeiras dos quais participa.


• Valorizar suas conquistas corporais.

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• Manipular materiais, objetos e brinquedos diversos para aperfeiçoamento de suas habilidades manuais.

A seguir, você confere sugestões de atividades que permitem que as crianças possam conhecer e valorizar as
possibilidades expressivas do próprio corpo na Educação Infantil.
• Circuito com pneus: esse desafio impõe obstáculos, exige força e concentração das crianças para vencer os circuitos.

Uma graça e supersimples de fazer. Basta conseguir alguns pneus, pintá-los com cores vibrantes e alegres e fazer a
festa!
• Túnel de tule: Os bebês gostam e precisam de desafios, e no túnel de tecido transparente eles conseguem ver quem

está na sala e sentem-se mais confiantes.


• Túnel ou passa passa de papelão: arranje algumas caixas de papelão e forme um túnel ou passa passa, esta é uma

alternativa a materiais caros e rendem movimentos inesperados dos pequenos.


• Espelho, espelho meu: muita gente reclama por não ter um espelho grande na sala para trabalhar construção da

identidade. Mas quem disse que só espelho grande funciona? Com criatividade, os espelhos menores também
ajudam na descoberta do próprio corpo.
• Exploração de texturas: móbiles de materiais diferentes estimulam a curiosidade dos pequenos. Experimente

trabalhar com barracas de lençol, cabanas de TNT ou improvisar um mosquiteiro na sala com vários objetos colados
nele como figuras de vários materiais e brinquedinhos.
• Vencendo obstáculos: objetos de formas variadas servem para os pequenos testarem o equilíbrio e interagir com os

amiguinhos da turma. Experimente usar pneus coloridos, minhocas de colchões, garrafas pet pintadas ou com
enchimento de papéis coloridos.
• Cantinho da Leitura: prateleiras na altura das crianças, de preferência com cantos arredondados, facilitam o acesso

aos livros. Invente prateleiras usando caixotes de feira, isopor de eletrodomésticos e outros.

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