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A importância da família no desenvolvimento educacional das crianças

É sabido que, quando bem estruturada, a família é a base da sociedade. Para tanto é
imprescindível a presença dos pais para a criação de mecanismos necessários para a educação
dos seus filhos, contribuindo na formação ética e moral deles, por meio de tomadas de
decisões e de limites pré-estabelecidos por eles.

Em primeiro lugar, cabe aos pais o principal papel na educação dos filhos. Isso significa que,
aquele ditado popular “educação vem de casa”, torna-se válido, pois o primeiro contato das
crianças com os saberes, advém do interior de sua residência. Nesse sentido, a família deve,
principalmente, educá-los, por meio de exemplos, apoio emocional, levando a teatros,
cinemas e livrarias, para assim terem contatos com outras culturas e despertar o intelecto
deles que somados auxiliará em bons resultados no desenvolvimento escolar.

Vale lembrar que a escola também possui papel importante na educação dos jovens, porém
ele é secundário. Isso quer dizer que as regras básicas têm que ser ensinadas pela família, e a
escola deve reforçá-las. No entanto, muitas vezes essa ligação, família versus escola, não
seguem um padrão, pois muitos pais dão liberdade demais aos seus filhos, prejudicando o
papel coadjuvante da escola. Paralelamente a isso, a escola encontrará dificuldades em impor
as suas regras básicas, como seguir os horários corretamente e, além disso, não conseguirá
impor limites às brincadeiras entre eles, podendo ocasionar quadros graves de bullying. É
necessário portanto que, com o apoio do Ministério da Educação e ajuda governamental, as
ONG’s em conjunto com as escolas, podem contribuir com o fornecimento de orientadores
educacionais às famílias que necessitam desse apoio. Além disso, postos de ajuda em locais de
difícil acesso, que promova uma melhor interação dos jovens com outras culturas, por meio de
bibliotecas, mini cinemas e teatros, auxiliará famílias com poucos recursos financeiros e assim
garantirá a extensão deste auxílio para toda a sociedade por meio da educação.

Na contemporaneidade, marcada pelo advento da globalização, consolidou-se o


desenvolvimento educacional por meio de novas tecnologias. Atrelado a isso, sabe-se que a
família é a base da sociedade, e se destaca como protagonista no desenvolvimento do caráter
e da educação de todos os indivíduos.     

 Em primeira análise, é válido destacar que é função da família incentivar o desenvolvimento
cultural, o aprendizado e os bons comportamentos das crianças e jovens. Contudo, há fatores
que sustentam a diminuição da atuação dos familiares na vida dos filhos. A ampla dedicação à
profissão com jornadas de trabalho exaustivas e extensas contribui na formação de pais
ausentes, visto que há falta tempo para participar de todas as atividades, reuniões e
apresentações escolares. Tal situação, seguida de fatores interpessoais e variáveis familiares
contribuem significativamente com o sucesso – ou falta dele - educacional das crianças.     

O maior desafio para que esse relacionamento seja bem construído está na falta de
conhecimento e direcionamento de como os pais das crianças em idade escolar devem
interferir na educação formal delas. Existe uma certa oposição em relação ao tipo de
relacionamento que os pais devem ter com as instituições educacionais nas quais os filhos
estão inseridos. Alguns acreditam que devem se envolver ao máximo na vida escolar dos filhos,
enquanto outros acreditam que o ambiente escolar deve ser um ambiente exclusivo das
crianças, e que os únicos responsáveis pela educação formal delas são seus professores.      
Entretanto, tanto os pais que se envolvem demais quanto os pais que não se envolvem na
vida escolar dos pequenos, podem prejudicar a vida escolar e o estado psicológico deles. Pais
que se envolvem demais, podem gerar uma incapacidade dos filhos de desenvolverem uma
independência deles e até mesmo causar problemas como a ansiedade, que pode ser uma
consequência da cobrança excessiva dos pais. Em contrapartida pais que não se envolvem
podem levar os filhos a um desinteresse pela educação formal, o que pode atrapalhar o
desenvolvimento profissional deles no futuro, além de criar um distanciamento no
relacionamento entre pais e filhos.    

   Portanto, é necessário que os pais sejam instruídos para que saibam a maneira correta de
lidar com a vida educacional dos filhos. Isso pode ser feito pelo Ministério da Educação em
conjunto com psicólogos especializados em educação, diretores e professores de escola
criando um conteúdo que informe os pais o que eles devem fazer para estimular de forma
correta a educação dos filhos, que pode ser distribuido na internet.  É importante destacar,
ainda, que alguns pais não veem a educação como ponte para um futuro melhor, mas sim o
trabalho. Prova disso são os dados fornecidos pela Unicef, em que o Brasil aparece com uma
das maiores taxas de atraso e de evasão escolar no mundo. Essas crianças e jovens que
abandonam a escola têm perfis semelhantes: são socialmente vulneráveis, têm baixa renda,
muitas trabalham e têm famílias com pouca escolarização.     

Torna-se evidente, portanto, a importância da presença atuante dos familiares no


desenvolvimento escolar dos jovens. Sendo assim, faz-se necessário que ONG’s, juntamente
com o apoio do Estatuto da Criança e do Adolescente, forneça orientadores educacionais às
famílias que necessitam de aconselhamento visando a maior participação dos pais na vida
escolar dos filhos de acordo com sua disponibilidade de horário. Além disso, pais e professores
devem apoiar o protagonismo do aluno identificando as expectativas e necessidades de
desenvolvimento e articular oportunidades educativas capazes de atendê-las. Ademais, as
escolas podem intensificar, com equilíbrio, o uso de dispositivos tecnológicos a fim de
proporcionar novos caminhos para o ensino e aprendizagem.

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