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ATIVIDADES COMPLEMENTARES

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Prof: Marcelo Godoy Disciplina: Sociologia Turma: 2º EM


Conteúdo:
Capítulo 1 – Um pouco de história_______________________________________________________
A FAMÍLIA NA ATUALIDADE Palavras-chave: Família, Educação, Responsabilidade

A HISTÓRIA DAS FAMÍLIAS

Podemos dizer que na sociedade a formação familiar era ligada aos laços sanguíneos e a habitação em comum
cujos membros se limitavam ao pai, mãe e filhos, sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha contato
com a vida social e o mercado de trabalho, já a mãe tinha como obrigações os cuidados domésticos e com os
filhos, desta forma a esposa e filhos deviam obediência irrestrita oa seu provedor, esse modelo de formação
familiar era conhecido como patriarcal e nessa época o casamento era ligado aos negócios e tido como união
eterna.

Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros contornos, diversas necessidades levaram
a mulher a se introduzir no mercado de trabalho, o que fêz com que se tornasse peça importante no
provimento financeiro da família, não sendo raros os casos em que é a única provedora. Tal fato, por sua vez,
vem promovendo o afastamento precoce dos filhos do convívio familiar e assim fazendo com que dividam o
compromisso de educar com a escola, com tudo isso a figura do pai passou a ser ou mais presente na educação
dos filhos ou em alguns casos a formação familiar não conta mais com essa figura, pois já existem muitos
casos de mães solteiras, viúvas ou separadas que comandam a família, o que não é diferente com os pais que
muitas vezes também estão a frente de suas famílias sem a ajuda de uma companheira. Outros aspectos
culturais e de comportamentos ligados à família também mudaram, como por exemplo: os casamentos
passaram a ser realizados não mais como um negócio, mais sim por interesses individuais, ou seja, do casal, a
relação entre pais e filhos se tornou mais íntima, trazendo uma educação mais liberal e a fígura paterna passou
a não ser mais vista apenas como o provedor do sustento fazendo com que fosse cobrado dele mais
participação na educação dos filhos e nos assuntos domésticos em geral.

Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem várias tipos de
formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais
seguindo padrões antigos, nos dias atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres,
chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação
familiar do início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de
antigamente.
Mesmo com toda essa diversidade podemos citar algumas características que as famílias atuais vem
apresentando em comum como, a diminuição do número de membros, de casamentos religiosos, aumento na
participação feminina no mercado de trabalho, participação de vários membros da família em sua econômia, o
chefe da família tende a ser mais velho, quanto mais rica mais chefes responsáveis pela família, quanto mais
pobre mais os filhos contribuem na renda familiar.

Desta forma podemos afirmar que apesar de todas os mudanças que aconteceram ao longo de todos esses anos
na intituição família o fato de ela não se basear mais no casamento típico e religioso é a mais marcante delas,
pois hoje em dia até o Código Civil já fez mudanças em relação a união dos casais, entre outras mudanças.

A FAMÍLIA E A ESCOLA
Como vimos a organização da família vem se transformando com o passar dos tempos, porém, em todos os
tempos e seja qual for sua formação a família deve desempenhar funções educativas, transmitir valores
culturais, fornecer modelos de formação para o indivíduo viver socialmente e estabelecer suas relações. A
família é o primeiro grupo de mediação do indivíduo com o mundo social e é responsável pela sua
sobrevivência física e mental, no seio familiar também deve se concretizar o exercício dos direitos da crianças
e do adolescente, como cuidados essenciais para possibilitar seu crescimento e desenvolvimento, antes de seu
nascimento o indivíduo já ocupa um lugar na família, desta forma a função da família é tão importante que, na
sua ausência deve-se oferecer à criança e ao adolescente uma “família substituta” ou instituição que se
responsabilize pela transmissão desses valores e condição para inserção na vida social. Os pais são para os
filhos os primeiros modelos de como os adultos se comportam, de como ser homem ou ser mulher, a criança
incorporará a cultura que a família reproduzir em seu interior.

Mas nos dias de hoje devido a vários motivos, como por exemplo a inserção da mulher no mercado de
trabalho a família passou a dividir a função de introduzir o indivíduo na sociedade com instituições
educacionais como: creches, pré-escolas e escolas e isso acontece em todas as classes sociais. A escola acabou
se tornando uma das instituições sociais de maior importância em mediar esta relação entre indivíduo e
sociedade caracterizando a transmissão cultural, de valores morais, de comportamento e socialização, é uma
instituição que trabalha a serviço da sociedade acupando grande parte da vida de seus alunos e cada vez mais
substituindo as famílias em ensinamentos como: orientação sexual, profissional, valores e ideais, ou seja a
vida como um todo. Em todo esse processo é muito importante que família e escola sejam parceiras,
comprometendo-se com a educação das crianças e adolescentes mantendo-se sempre em ligação, buscando
compreender o processo de educação como algo a ser partilhado. De acordo com Silva: “A escola não deveria
viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola. Uma depende da outra na tentativa de alcançar
o maior objetivo, qual seja, o melhor futuro para o filho e educando e, automaticamente, para toda a
sociedade.”

Um dos assuntos de maior polêmica entre família e escola é o estudo da sexualidade, “Quem deve passar estes
ensinamentos à criança e ao adolescente?” Na maioria das vezes os pais ainda se sentem constrangidos em
falar deste assunto com seus filhos e jogam a responsabilidade para a escola que nos dias de hoje já exerce um
grande papel neste sentido. A Família está envolvida neste processo desde a concepção e deve iniciar a
educação sexual desde o nascimento da criança, desta forma é de responsabilidade primária da família esta
orientação devendo depois ser articulado com a escola, já que tem a função de formadora, a escola deve saber
como prosseguir com as orientações de forma a desenvolver um indivíduo saudável. Mas nem sempre é assim,
em muitos casos os pais não conversam com as crianças em casa e a repreendem quando elas querem saber
algo que esteja relacionado a sexualidade, então só quando a criança passa a frequentar a escola que começa a
sua orientação. De certa forma este comportamento por parte da família acaba tornando a criança um adulto
sexualmente reprimido ou permissivo de mais, sendo que nenhum dos casos é cosiderado correto. A atual
educação sexual aborda dois pontos principais: informações biológicas (reprodução, gestação, menstruação,
órgãos sexuais...) e as normas, moral e juízos de valor, ou seja assuntos que tem de ser tratados em conjunto
família e escola e não podem ser ignorados por nenhuma das duas partes pois se trata de orientar corretamente
um indivíduo para que ele se comporte de maneira correta perante a sociedade e principalmente na fase da
adolescência que é o período onde esse indivíduo vai se afirmar perante a sociedade e consolidar todas as
orientações para ele passadas. Segundo Gonçalves:

Na verdade, somos todos responsáveis pela educação sexual. Os educadores, formais ou não, devem se
policiar sobre o trabalho que vem sendo feito, pois devemos todos nos preocupar com o desenvolvimento
saudável e a qualidade de vida de nossas crianças e adolescentes.
Mas neste jogo de empurra que se torna este assunto entre família e escola, surge uma grande “vilã” com cara
de boa moça neste processo de aprendizagem que é a MÍDIA. Ela invade nosso cotidiano e entra em nossas
casas chamando atenção de nossos filhos, no mundo em que vivemos hoje, onde a maioria dessas crianças e
adolescentes passam a maior parte do tempo em frente a TV ou ao computador navegando pela internet, estão
lá a qualquer horário e momento na grande maioria dos programas, apelo sexual, incitação à violência e
ridicularização das pessoas, principalmente em horário impróprio para exibição, ou na internet onde você
entra em um site de culinária por exemplo e lá esta uma foto de uma mulher se mostrando com uma roupa
imprópria ou até mesmo sem roupa. Em propagandas, desenhos, novelas, programas de humor, músicas entre
outos meios hoje em dia, existe incitação a violência, ao desrespeito e principalmente apelo sexual, então
podemos concluir que esta educação deve sim ser compartilhada entre a família e a escola pois, só os pais tem
como controlar o que seu filho assiste, escuta ou acessa pela internet e as escolas tem como controlar o que
acontece dentro de seus domínios. É claro que os meios de comunicação não trazem só coisas ruins, mas são a
grande maioria hoje, e muitos pais não tem mais tempo de controlar o que chega até seus filhos, por estarem
na correria do dia-a-dia, mas acima de tudo todos os pais devem tirar um tempo para conversar com seus
filhos e estreitar relações, isso pode ajudar e muito neste processo.

REFERÊNCIAS
SILVA. Daniela Regina da, Psicologia Geral e do Desenvolvimento, Indaial, Ed, ASSELVI, 2005
SILVA. Sonia das Graças Oliveira. A relação Família/Escola, Disponível em:
http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/a-relacao-familia%10escola-3012/artigo/ Acesso em:
26/06/2008
GONÇALVES. Carolina. Educação Sexual: responsabilidade de quem? Disponível em:
http://www.linavida.com.br/artigo06.html. Acesso em: 26/06/2008

Bons Estudos!!

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