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ATIVIDADES COMPLEMENTARES

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Prof: Marcelo Godoy Disciplina: Sociologia Turma: 3º EM


Conteúdo:
Capítulo 1 – Cidadania________________________________________________________________
Divisão Social do Trabalho
Entende-se por Divisão Social do Trabalho as atribuições (individuais ou coletivas) produtivas nas estruturas
socioeconômicas, onde cada sujeito possui uma função na estrutura social, da qual emana seu status perante a
sociedade.

Uma característica essencial da divisão social do trabalho é a sua capacidade de aumentar a produtividade,
uma vez que a especialização aumenta a eficiência produtiva e permite a comercialização de produtos com
maior qualidade e menor preço.
Contudo, como os produtores efetivam-se em atividades específicas, a divisão social do trabalho passou a
distinguir o trabalho mental (intelectual) do material (físico), o que levou ao surgimento de uma elite social, a
qual, por sua vez, se encastela na ideologia da competência técnico-científica para legitimar aquela divisão
social do trabalho.
Por conseguinte, devemos ter em mente que a “divisão do trabalho” diz respeito ao modo como os seres
humanos se organizam para distribuir as tarefas cotidianas. Desta divisão, derivam outras, como a divisão
sexual do trabalho, a divisão capitalista do trabalho, a divisão internacional do trabalho e, para o que nos
interessa aqui, a divisão social do trabalho.
Ora, numa fase inicial das sociedades humanas, a divisão do trabalho era definida por critérios sexuais e de
faixa etária. Contudo, o incremento da agricultura levou divisões sociais no trabalho ainda mais significativas,
aprofundando aqueles critérios sexuais e também diferenciando o trabalhador agrícola daquele dedicado
exclusivamente à criação de animais; aqui esta a gênese da propriedade privada.
Como as atividades agrícolas e pastoris impedem que estes trabalhadores se dediquem a produção dos
instrumentos necessários a sua sobrevivência, surgem os artesãos, os quais trocam seus produtos
manufaturados por gêneros alimentícios. Destas trocas surge outra divisão social do trabalho, a saber, a
atividade mercantil.
Vale citar aqui que o desenvolvimento do comércio aprofundou a distinção entre os trabalhadores rurais e
urbanos, onde se destacavam os setores comerciais, administrativos e artesanais.
Por fim, sob a égide do Capitalismo, a especialização produtiva ganha uma complexidade cada vez maior, até
atingir os parâmetros da divisão internacional de trabalho, onde o trabalhador é um especialista e uma pequena
parte do processo produtivo.

Émile Durkheim (1858-1917) e a Divisão Social Do Trabalho


Para Durkheim, os princípios da divisão do trabalho são mais morais do que econômicos, uma vez que são os
fatores que unem os indivíduos numa sociedade, pois geram um sentimento de solidariedade entre aqueles que
realizam as mesmas funções.
Outro fator importante é que este pensador analisava a sociedade como uma metáfora do corpo humano,
donde a divisão social do trabalho seria responsável por manter a harmonia deste sistema de órgãos que
compõe o organismo. Além disso, Émile afirmou que quanto maior e mais complexa for uma sociedade,
maior será a divisão social do trabalho presente na mesma, pois é o crescimento populacional o responsável
pela divisão do trabalho.
Karl Marx (1818-1883) e a Divisão Social do Trabalho
Para Karl Marx, a divisão do trabalho em especialidades produtivas gera uma hierarquia social na qual as
classes dominantes (burguesia) subjugam as classes dominadas, ao estabelecer as instituições legitimadoras e
ao deter os meios de produção. Essa dominação é tensa e gera um conflito chamado de "luta de classes".
Ademais, para ele, a especialização das atividades produtivas nas sociedades complexas gerou uma divisão do
trabalho social como uma forma vital de sobrevivência e, ao superar as suas necessidades básicas, a
humanidade cria outras.
Max Weber (1864 -1920) e a Divisão Social do Trabalho
Max Weber defendia que a sociedade, mesmo sendo composta de partes, pode ser afetada pelas ações
individuais. Além disso, percebeu uma nítida diferença entre a divisão social do trabalho entre Católicos e
Protestantes, donde esses eram austeros e valorizavam o trabalho, além de possuírem uma doutrina religiosa
mais alinhada ao Capitalismo, o que culminou na tendência ao empreendedorismo, típica nas sociedades
protestantes.
Outro fator primordial em Weber é sua visão da Burocracia enquanto modo racional da divisão do trabalho.
Nela, os cargos ocupados por um burocrata com funções e atribuições específicas, são subordinadas a outro
cargo mais elevado, donde se dá a distinção social no trabalho. Além disso, a burocracia notoriamente auxilia
a classe dominante ao estabelecer a divisão do trabalho entre dominantes e dominados.

Bons Estudos!!

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