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Karl Marx

TRABALHO, CLASSE E DESIGUALDADES


Marx demonstrou que, no capitalismo,
o trabalho foi transformado em fonte de
exploração e empobrecimento existencial.
O capitalismo ao consolidar a divisão
social do trabalho e a separação entre
proprietários e produtores, criou um
sistema de hierarquização e exploração
que se iniciou na esfera produtiva e se
alastrou para outras dimensões da vida
em sociedade.
A divisão do trabalho e o
estabelecimento de uma lógica de
dominação e exploração de uma
classe sobre outra inviabiliza a
existência de uma sociedade justa.
E as desigualdades entre os
indivíduos são um imperativo para a
constituição da estrutura social.
Marx e Engels revolucionaram o
entendimento da política ao defender a
ideia de que as classes dominantes,
que detêm o poder material e
econômico, estendem esse poder para
a organização política da sociedade.
O Estado, que deveria ser uma
instituição capaz de garantir e defender
os interesses comuns a todos os
indivíduos, estaria refém das classes
dominantes, e sua atuação estaria
voltada para garantir a exploração das
camadas sociais dominadas.
Para Marx o sistema capitalista é
incapaz de eliminar a miséria e os
mecanismos de exploração social.
Émile Durkheim
A divisão social do trabalho
Durkheim percebeu que a
compreensão das sociedades capitalistas
não poderia ignorar as novas realidades
impostas pela divisão social do trabalho.
O trabalho é um elemento fundamental
na organização da vida em sociedade é a
partir dele que se estabelece a
solidariedade, entendida como laços que
os indivíduos estabelecem entre si e com
o próprio grupo ao qual pertencem.
Durkheim afirmou que esses laços,
responsáveis por manter a coesão
de um grupo, tendem a variar de
acordo com a estrutura de cada
sociedade.
Em sociedades pré-capitalistas,
como as tribos, os indivíduos estão
ligados uns aos outros por um conjunto
de crenças e sentimentos que são
comuns a todos os membros dos
grupos. Os sujeitos são uma
representação de seu próprio grupo
social. Esse vínculo é chamado de
solidariedade mecânica.
Nas sociedades capitalistas o alto grau
de diferenciação e especialização entre
as funções acentuou a divisão social do
trabalho, os laços que unem os
indivíduos se transformam, o autor
denominou de solidariedade orgânica.
A sociedade se assemelha a um
organismo vivo, que depende dos órgãos
e das múltiplas funções desempenhadas
por cada um desses elementos.
Tais funções, em conjunto, garantem
o bom funcionamento de todo o corpo.
Para Durkheim elas compunham um
mecanismo para a manutenção e o
bom andamento da vida social
garantindo a coesão entre os
indivíduos e a sociedade.
As tensões e os problemas
decorrentes das relações impostas
pelo sistema capitalista eram
entendidos como uma forma de
enfraquecimento dos laços sociais e de
desequilíbrio da sociedade. Durkheim
chamou isso de anomia que é um
estado em que a sociedade é incapaz
de manter a coesão social e de regular
o comportamento dos indivíduos.
Max Weber
Trabalho e ética na sociedade capitalista
Max Weber compreendeu que
esse sistema não decorria apenas
das mudanças produtivas e materiais
daquele período se caracterizava
como um desdobramento de
diversas transformações culturais
que viabilizaram percepções sobre o
trabalho e a acumulação de
riquezas.
Weber percebeu que o capitalismo teve
maior êxito onde grupos protestantes,
como luteranos e calvinistas, estavam
mais consolidados.
A Igreja Católica condenou a ambição e
o lucro, e enxergava o trabalho como uma
forma de punição e castigo isso era
incompatível com os anseios do
capitalismo que tinha o lucro e a
exploração da mão de obra como seus
principais mecanismos de funcionamento.
Os protestantes romperam com a Igreja
Católica e passaram a ressignificar o
trabalho e a considerá-lo como meio de
glorificar a Deus. O desempenho no
trabalho passou a ser visto como indício
da graça divina.
De acordo com Weber, essa
concepção de trabalho e riqueza impunha
sobre trabalhadores e empresários uma
vida regrada pela disciplina e pelo
controle.

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