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as diferentes sociedades

Sociedade é uma associação entre indivíduos que compartilham valores culturais e éticos e
que estão sob um mesmo regime político e econômico, em um mesmo território e sob as
mesmas regras de convivência. A sociedade não é um amontoado de indivíduos, mas um
sistema organizado deles e ordenado em uma estrutura social, com um arcabouço normativo
e com instituições formais e informais (Estado, família, Igreja, escola etc.) — que ensinam esse
repertório de prescrições, fomentam a unidade cultural, punem a transgressão das regras,
socializam os indivíduos, definem uma gama de papéis que eles podem desempenhar e
mantêm a coesão social, econômica e política.

O que é sociedade?
A etimologia da palavra sociedade remete ao latim, societas, que significa associação
“amistosa com outros”. Sociedade é uma palavra polissêmica, isto é, pode ter
variados significados conforme o enfoque, a corrente teórica e mesmo a disciplina. O
agrupamento humano sob regras e costumes comuns existe desde os primórdios da
humanidade.

Como aponta o renomado antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, “a sociedade é


uma condição universal da vida humana”|1|. Trata-se de uma necessidade biológica
e simbólica. Biológica porque somos predispostos geneticamente à vida em sociedade e
ao desenvolvimento de habilidades indispensáveis à nossa sobrevivência e que
envolvem simultaneamente o físico e o intelecto, como a linguagem e a técnica em
qualquer tipo de trabalho.

É uma necessidade simbólica porque, além de suprir nossas necessidades físicas,


precisamos dar sentido a elas, e isso requer o desenvolvimento de um arcabouço moral e
cognitivo que defina parâmetros de como fazer e por que fazer algo, o que passa pela
definição de regras, rituais e significados compartilhados com nossos semelhantes.
Assim, o comportamento humano não é fundado em instintos, mas em normas que
orientam suas ações e a organização social do seu grupo, as quais são acumuladas
historicamente e também podem ser modificadas no presente.

Essas normas são aglutinadas em instituições que parametrizam e ordenam as relações


humanas. As instituições modificam-se no tempo e no espaço, mas a existência de
regras na socialização humana é invariável, é, em última instância, o que nos
caracteriza como humanidade, animais sociais, cuja satisfação biológica passa
inevitavelmente pelo desenvolvimento de capacidades sociais, isto é, que requerem
trocas cognitivas e morais na interação com os iguais.

Uma sociedade é um agrupamento humano, em determinado recorte espacial e


temporal, regido por normas comuns, culturais e/ou escritas, e unido pela consciência de
pertencimento. Sua organização abrange todas as dimensões da vida humana: um
sistema econômico que viabilize a produção e distribuição de riqueza entre seus
membros; um sistema político e jurídico que medeie as relações, solucione conflitos,
proteja a integridade da vida, concilie as diferentes demandas e interesses, determine e
delegue as punições a quem infringir as regras; um sistema educacional que abarque
família, escola, instituições religiosas e culturais, que oriente o processo de socialização,
inculcando o conteúdo ético e cultural característico desse povo e preparando as
gerações mais novas para seu ingresso no sistema econômico.

Como afirma Durkheim, as sociedades não são meramente a soma de indivíduos, mas
um sistema formado pela associação entre indivíduos. Dessa forma, há uma
organização, com instituições formais e informais, uma estrutura social que pode ser
hierárquica ou não, e papéis sociais designados aos seus componentes. Esse arranjo
permite a previsibilidade necessária para uma harmônica convivência entre as
pessoas, permite também o planejamento e persecução de interesses individuais ou
comunitários. Estudar como essa organização social é formada, operada e modificada é
tarefa elementar da sociologia enquanto disciplina.

Sociedade e indivíduo
Os autores clássicos têm diferentes abordagens sobre o tema. Durkheim enfatiza que a
sociedade é anterior ao indivíduo e impõe-se sobre ele, suas regras (fatos sociais) são
exteriores, coercitivas e gerais e exercem controle sobre os indivíduos. A participação
do indivíduo na sociedade está ligada à função que ele desempenha nela.

Marx enfatiza a divisão de classes, sendo que a classe que domina sobre as demais
produz e dissemina a ideologia que permite que as classes exploradas por meio do
trabalho aceitem e validem a exploração que sofrem. A infraestrutura social
corresponde à base material da sociedade, a sua formação mediante o mundo do
trabalho. A superestrutura, por sua vez, corresponde à base normativa dessa sociedade,
ao seu conteúdo moral, jurídico e simbólico que regula as relações materiais. Marx
ressalta a capacidade de agência do indivíduo, isto é, seu poder de modificar a sociedade
em que vive.

Weber volta sua atenção para a ação social, que seria a ação que leva em consideração
o comportamento dos outros e é dotada de significado, seja ele de motivação racional,
afetiva ou tradicional. Para Weber, compreender essas ações possibilita apreender os
valores e as regras compartilhados por todos.

Tipos de sociedade para a sociologia


A sociologia enquanto ciência social surgiu no século XIX, quando grandes mudanças
complexificavam as sociedades pré-capitalistas, transformando-as nas sociedades
modernas. Portanto, a sociologia desenvolveu-se na confrontação de dois tipos de
sociedade: a sociedade feudal, que era suplantada, e a sociedade burguesa, que emergia.

A classificação de tipos de sociedade pode variar assim como o próprio conceito de


sociedade. Por isso, vamos ater-nos a essa divisão rudimentar, sociedade tradicional e
sociedade moderna, ainda que haja muitas outras classificações possíveis. É importante
ressaltar que a classificação por tipos tem finalidade analítica, portanto, não traduz uma
linha evolutiva entre sociedades melhores e piores.

A sociedade feudal tinha uma organização da produção econômica baseada na


atividade agrícola. Grosso modo, os três grupos sociais que a constituíam eram os
sacerdotes, os guerreiros e os trabalhadores, estes sustentavam os dois primeiros, posto
que o ócio era valorizado e cultivado nos estratos que gozavam de status social.

As terras eram divididas em feudos, concedidos aos nobres pelos reis, onde moravam os
senhores, suas famílias e servos domésticos, bem como os camponeses, arrendatários
que trabalhavam na terra, em parte, para si e, em parte, para os senhores. Cada grupo
tinha seus “direitos e deveres”, suas funções, e o dono ou administrador da terra tinha
total poder sobre quem estivesse em seus limites, numa organização patriarcal de
liderança, replicada também nas colônias europeias em todo o mundo, como as
sesmarias no Brasil.

Essa sociedade com hierarquia rígida e baixíssima mobilidade social também se


caracterizava por relações afetivas e tradicionais, portanto, tinha traços comunitários,
embora fosse calcada na exploração e marcada por imensa desigualdade.

A sociedade burguesa, que se desenvolveu após drásticas mudanças culturais e


políticas, como o iluminismo, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial,
desmantelou o traço comunitário que marcava a sociedade feudal, substituindo-o por
uma racionalização das relações. Um exemplo: na sociedade feudal, o casamento era
uma obrigação moral, na sociedade moderna, é um contrato com direitos e deveres.

O desenvolvimento da ciência e de técnicas associadas à industrialização e a


secularização e burocratização do Estado, e sua transformação num ente impessoal e
racional-legal, trouxeram mudanças nos valores e nas relações sociais, antes pautadas
pela tradição, agora o são pela razão e interesse. A burguesia ascendeu como principal
classe social e política, e o proletariado, que também se organizou politicamente,
passou a pleitear mudanças nas relações de trabalho e conquistar direitos, o que seria
impensável numa sociedade feudal.

Por outro lado, o camponês tinha o controle do processo produtivo e reconhecia-se no


resultado final do seu trabalho, já o trabalhador industrial não tinha o controle sobre o
processo e nem sobre o resultado final, muitas vezes sequer reconhecendo-se nele, já
que a produção em série desmembrava e automatizava as etapas de confecção de um
produto. A sociedade burguesa, ao contrário de sua antecessora, é urbana, industrial.

Essa tipificação permite comparar, identificar mudanças sociais e mesmo antever


modificações futuras nos arranjos sociais. Quanto mais complexa a sociedade
moderna torna-se, mais também se ramifica e fragmenta o estudo da sociologia em
correntes teóricas e fenômenos a serem observados.

Se aplicada à sociologia durkheimiana, a sociedade feudal poderia ser caracterizada


como exemplo de solidariedade mecânica, isto é, uma sociedade tradicional, com
consciência coletiva que suplanta as consciências individuais, trabalho coletivo, e
direito repressivo que usa a punição como exemplo. A sociedade industrial poderia ser
classificada como exemplo de solidariedade orgânica, ou seja, de sociedade complexa,
com trabalhos fragmentados e individualizados, porém interdependentes, individualista,
com a personalidade predominando sobre a consciência coletiva, e praticante do direito
restitutivo, isto é, que pune, mas ressocializa o infrator.
Entre as inúmeras formas pelas quais sociedades podem ser classificadas, estão: por sua
estrutura econômica (sociedades agrárias, sociedades industriais), por sua estrutura
social (sociedade de castas, sociedade patriarcal). Outra possível forma de classificar
uma sociedade é por sua organização com base em um comando central político,
jurídico e militar — Estado —, que, somado ao povo e ao território, forma os países. O
Estado como espinha dorsal de uma sociedade pode ser secular, como os Estados
modernos dos países ocidentais, ou teocrático, como o Vaticano, regido pela Igreja
Católica, e o Irã, país islâmico dirigido por aiatolás. Há também sociedades apátridas,
isto é, sociedades sem Estado, como os ciganos.

Sociedade humana e cultura


A coesão de uma sociedade é construída sobre a sua cultura. A interação cultural gera a
consciência de pertencimento, isto é, identidade cultural. Essa identidade forma-se
pela partilha de crenças, saberes e costumes comuns.

Essa semelhança pode ser atribuída a vários fatores: étnicos, religiosos, profissionais,
territoriais, políticos, ancestrais etc. A semelhança aproxima e a identificação gera
coesão de grupos, que podem ser maiores ou menores. Entre as formas de identidade
cultural mais conhecidas, está a identidade nacional, os símbolos, as narrativas, as
práticas e os conhecimentos que nos unem enquanto brasileiros, por exemplo, mesmo
num território tão imenso e com inúmeras diferenças regionais.

CASTRO, Eduardo Viveiros. O conceito de sociedade em antropologia: um sobrevôo.

MORIN, Edgar. O método 5: a humanidade da humanidade. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2005. p. 51-
52.

"A sociedade é uma agremiação de pessoas que se juntam com vistas a preservar a
sobrevivência da coletividade. Não é possível falar que uma sociedade é completamente
homogênea e que todas as sociedades são homogêneas entre si, mas há uma norma geral
nelas que as coloca em graus parecidos de funcionamento. Há também uma diferença
sociológica entre a comunidade e a sociedade, sendo que esta é mais complexa e comporta-se
de maneira diferente daquela."

"Conceito de sociedade

A palavra sociedade advém do termo em latim societas, que significa associação com outros.
Os seres humanos juntam-se, desde os primórdios, em grupos para facilitar a sobrevivência.
Podemos dizer, de maneira geral, que há uma espécie de rede de relacionamentos entre as
pessoas que configura a sociedade como um todo. No entanto, existem especificações que
tornam a sociedade um conceito complexo e de maior profundidade. Nesse sentido, não
podemos reduzi-la a um simples conjunto de pessoas em um determinado local.
Podemos dizer que um ponto que restringe o conceito de sociedade é o objetivo comum. Uma
sociedade é uma espécie de pacto social que coloca os seres humanos em um tipo de contrato
para que alguns benefícios sejam adquiridos. Para que o pacto funcione, é extremamente
necessário que deveres sejam cumpridos pelos cidadãos que convivem na sociedade em
questão."

"Uma sociedade comunga de uma cultura em comum e de hábitos e costumes comuns. É


importante essa unidade dentro da sociedade para que haja maior coesão solidária entre as
pessoas e estas cumpram efetivamente os seus papéis, conferindo à sociedade o papel de
organizadora e protetora da vida humana.

As sociedades são compostas por grupos de pessoas com maior organização, geralmente esses
grupos encerram em si as comunidades; e há nelas uma organização social feita por
instituições, como o governo, a família, a escola e, quando há a quebra da ordem social, a
polícia."

CAPITALISMO E SOCIALISMO

"O capitalismo e o socialismo são sistemas político-econômicos distintos e que são


considerados antagônicos. O capitalismo é um sistema que se baseia no lucro, na defesa da
propriedade privada, na livre iniciativa, no livre-comércio e no individualismo. A riqueza nesse
sistema é considerada mérito da pessoa.

O socialismo, por sua vez, é contra a existência da propriedade privada e defende os interesses
da coletividade. No socialismo, os meios de produção são controlados pelos trabalhadores e
pelo Estado a fim de reduzir as desigualdades sociais, ofertando trabalho para todos e
distribuindo igualmente a riqueza produzida."

"Diferenças entre o capitalismo e o socialismo

Diferenças entre o capitalismo e o socialismo

Capitalismo e socialismo são dois modelos políticos, econômicos e sociais existentes e que são
considerados antagônicos. As propostas desses sistemas são distintas, e existe rivalidade
ideológica entre os defensores de capitalismo e socialismo. As diferenças entre capitalismo e
socialismo levaram à Guerra Fria, a disputa político-ideológica entre EUA e URSS, nações que
simbolizavam o capitalismo e o socialismo, respectivamente."
As principais diferenças entre capitalismo e socialismo giram em torno do papel da
propriedade, do governo e da economia.

Enquanto o capitalismo defende um Estado menor, o socialismo se baseia na exploração


comum dos bens, que devem ser controlados pelo governo e o lucro distribuído entre os
membros da sociedade.

Entenda melhor essa e outras diferenças entre os dois sistemas:

Capitalismo Socialismo
O socialismo é uma teoria ou
sistema de organização social
O capitalismo é uma teoria ou sistema baseado na exploração dos
de organização social baseado no bens em comum, onde a
mercado livre, na propriedade privada propriedade é atribuída aos
e suas operações têm fins lucrativos. trabalhadores e em última
Definição No sistema, a propriedade pertence aos instância, ao Estado.
indivíduos ou a empresas.
No socialismo, o estado
Esse sistema defende a liberdade de controla a economia, sendo
escolha do consumidor. responsável por planejar a
exploração e a distribuição dos
bens produzidos.
No socialismo, a propriedade
Há duas correntes principais no
privada deixaria de existir. As
capitalismo. Uma elas defende que o
indústrias em larga escala
Estado deve intervir diretamente na
devem ser bens coletivos e,
economia sendo um investidor a mais.
portanto, o retorno desses
Por outro lado, existem aqueles que
organismos deve beneficiar
defendem que a intervenção do
toda a sociedade.
governo na economia deve ser mínima
por acreditar que o mercado livre
Busca a transformação da
Ideais produz um melhor resultado
sociedade por meio da
econômico para a sociedade.
distribuição equilibrada de
propriedades e riquezas,
De todas as formas, ambas correntes
diminuindo assim a distância
enfatizam o lucro individual e não os
entre ricos e pobres.
trabalhadores, o que beneficiará a
sociedade como um todo. Este é um
Além disso, todos os
dos principais pontos criticados entre
indivíduos devem ter acesso a
os céticos deste sistema econômico.
artigos básicos de consumo.
Principais Adam Smith, Friedrich Hayek, Karl Karl Marx, Vladimir Lenin,
defensores Polanyi, Richard Cantillon, Émile Friedrich Engels, Charles
teóricos Durkheim, Alfred Marshall, etc. Fourier, Robert Owen, etc.
Sistema O capitalismo pode coexistir com uma Também pode coexistir com
político variedade de sistemas políticos, diferentes sistemas políticos,
incluindo ditadura, democracia porém a maioria dos socialistas
representativa, república ou monarquia defende a democracia
parlamentarista, etc. participativa, que garante a
possibilidade de interferência
Capitalismo Socialismo
direta dos cidadãos em
processos de decisão do
Estado.
As classes existem de acordo com sua
As distinções de classe são
relação com o capital. Os capitalistas
diminuídas. Assim, o status
Estrutura possuem os meios de produção,
deriva mais das distinções
social recebendo os lucros provenientes
políticas do que das distinções
deste, já a classe trabalhadora depende
de classe.
dos salários.
Defende que a religião seja um
assunto privado. Neste sentido,
cada indivíduo seria livre para
professar qualquer religião,
Religião Defende a liberdade de religião.
mas esta não teria nenhuma
subvenção do Estado e seria
totalmente eliminada do
regime.
Com a proteção do Estado, toda
propriedade é transformada em capital,
A propriedade é pública (ou
que pode ser utilizado de diversas
coletiva), incluindo os meios
Propriedade formas. Os direitos de propriedade
de produção, que pertencem ao
privada funcionam dentro de um sistema de
Estado, mas são controlados
propriedade formal, em que todas as
pelos trabalhadores.
propriedades e operações devem ser
registradas.
Todos os indivíduos tomam as
próprias decisões e devem viver com
as consequências de suas ações. Isso
não quer dizer que não sejam
bombardeados com mensagens de O indivíduo tem sua liberdade
Livre escolha consumo que pode cercear sua condicionada pela ideologia do
liberdade de escolha. Estado.

A liberdade de escolha permitiria que


os consumidores impulsionassem a
economia.
É o mercado que determina as
O socialismo depende de um
decisões de investimento, produção e
planejamento dirigido por um
Coordenação distribuição.
Estado para determinar a
Econômica
produção e como serão feitos
Em menor medida, o Estado também
investimentos.
pode decidir para onde vai o capital.
Exemplos Grande parte da economia mundial Países socialistas são aqueles
moderna opera de acordo com os cujas constituições declararam
princípios do capitalismo, porém, os extinta a propriedade privada.
Estados Unidos da América são Exemplos incluem a China
amplamente considerados o principal (ainda que nos últimos anos
exemplo. venha sofrendo mudanças
Capitalismo Socialismo
consideráveis), Coreia do
Norte, Cuba, etc.
Os meios de produção são de Os meios de produção são de
propriedade privada, sendo operados e propriedade social, sendo o
negociados para gerar lucro aos lucro distribuído entre a
Estrutura de proprietários. sociedade (nos casos de
propriedade propriedade pública), ou para
As empresas podem ser de propriedade todos os funcionários-membros
de indivíduos, cooperativas de da empresa (nos modelos de
trabalhadores ou acionistas. propriedade cooperativa).
 Socialismo
 Liberalismo clássico;
democrático;
 Liberalismo social;
 Socialismo libertário;
Movimentos  Libertarianismo;
 Comunismo;
políticos  Neoliberalismo;
 Anarquismo social;
 Social-democracia moderna.
 Sindicalismo.

Em 1516, Thomas More


escreveu sobre uma sociedade
As ideias de comércio, compra e
baseada na propriedade comum
venda, existem desde o início da
dos bens, em seu livro
civilização.
chamado "Utopia".
Primeiros
Já o capitalismo de livre mercado
remanescentes Posteriormente, na criação das
(laissez-faire) foi trazido ao mundo
bases das teorias socialistas
durante o século 18 por John Locke e
vieram Conde de Saint-Simon,
Adam Smith, como uma alternativa ao
Charles Fourier, Louis Blanc e
mercantilismo.
Robert Owen, considerados
"socialistas utópicos".
"O que é o capitalismo?

O capitalismo é um sistema que se estabeleceu a partir do declínio do feudalismo, se


consolidando por meio da Revolução Industrial. Todo o processo de transição do fim do
feudalismo até a consolidação do capitalismo se estendeu dos séculos XIV ao XVIII. Durante
esse período de transição, uma série de práticas do capitalismo se manifestaram por meio do
mercantilismo.

Trata-se de um sistema econômico baseado na busca pelo lucro. Assim, nesse sistema se
valoriza consideravelmente a iniciativa individual de empreender buscando esse objetivo. A
propriedade privada e a acumulação de capital são duas características desse sistema. Quando
surgiu, o capitalismo tinha como prática a não intervenção do Estado na economia, pois
entendia-se que o mercado deveria se autorregular e que essa postura era benéfica para a
economia.
Assim, características básicas do capitalismo são:

Defesa da propriedade privada: é a garantia de que os indivíduos possam prosperar por


meio da posse de suas propriedades. Essa característica é benéfica aos detentores dos meios
de produção, que usam suas posses para lucrar sobre a exploração do trabalho alheio.

Busca pelo lucro: é o que move a economia em um sistema capitalista. Os detentores dos
meios de produção exploram a mão de obra dos trabalhadores, que produzem as mercadorias
que são revendidas e transformadas em lucro.

Exploração do trabalho: no capitalismo, valoriza-se o trabalhado assalariado, ou seja, os


trabalhadores recebem um salário pelo trabalho que realizam, mas esse pagamento nunca é
correspondente à riqueza produzida pelos trabalhadores. Estes, por sua vez, vendem sua força
de trabalho porque é o único meio pelo qual podem sobreviver."

"O que é o socialismo?

O socialismo, por sua vez, surgiu no contexto da Revolução Industrial e se colocou como um
sistema que criticava o capitalismo e a exploração intensiva dos trabalhadores. O socialismo se
popularizou na vertente conhecida como socialismo científico, elaborado por Karl Marx e
Friedrich Engels.

Esse sistema tem como proposta a construção de uma nova sociedade por meio da derrubada
do capitalismo. O foco dessa sociedade seria a igualdade, e o objetivo seria dar trabalho a
todos e garantir que a riqueza produzida seria igualmente distribuída de acordo com as
necessidades de cada indivíduo. A construção dessa sociedade se iniciaria a partir da tomada
de consciência dos trabalhadores.

Os socialistas acreditavam que os trabalhadores (chamados de proletários) deveriam se


rebelar e tomar os meios de produção e o Estado. A partir daí, inúmeras mudanças seriam
conduzidas pelo Estado, também sob controle dos trabalhadores. Essas mudanças teriam
como objetivo combater as desigualdades do capitalismo.

Uma vez extintas as contradições do capitalismo, essa fase do socialismo seria encerrada, e o
comunismo estaria instaurado. No comunismo, o trabalho seria distribuído a todos e a riqueza
seria compartilhada. Não haveria classes sociais, tampouco propriedade privada após a
instauração do comunismo."

"Fontes
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

HOBSBAWM, Eric. A Era do Capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

REDAÇÃO. Brasil é o 7º país mais desigual do mundo, melhor apenas do que africanos. UOL.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2019/12/09/brasil-e-
o-7-mais-desigual-do-mundo-melhor-apenas-do-que-africanos.htm.

PRONI, Marcelo Weishaupt. História do capitalismo: uma visão panorâmica. Disponível em:
http://www.cesit.net.br/cesit/images/stories/25CadernosdoCESIT.pdf.

PCB. A formação histórica do capitalismo. Disponível em:


http://www.pcb.org.br/portal/docs/historia1.pdf.

REDAÇÃO. Desigualdade social no Brasil aumenta pelo 17° trimestre seguido, diz FGV.
Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/desigualdade-social-no-pais-aumenta-pelo-
17-trimestre-seguido-diz-fgv/.

ZACARIAS, Rachel. O processo de acumulação capitalista, crise estrutural do capital e a


destruição ambiental: uma visão crítica. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area2/area2-artigo11.pdf.

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Arnold Heertje, Jan Middendorp (Ed.), Edward Elgar Publishing, 2006, p. 41
  Essays: On Entrepreneurs, Innovations, Business Cycles, and the Evolution of
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economics collection, in the introduction by editor Richard Vernon Clemence, p. xviii-
xix
  Capitalism and Democracy in the 21st Century: Proceedings of the International
Joseph A. Schumpeter Society Conference, Vienna 1998 "Capitalism and Socialism in
the 21st Century", (Ed.s) Dennis C. Mueller and Uwe Cantner, Springer, 2000,p. 2
  Economics Broadly Considered: Essays in Honour of Warren J. Samuels, Jeff E.
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p. 125
  Richard Swedberg, Introdução a Capitalism, Socialism and Democracy, 2003,
Taylor & Francis e-Library
  Rogge, Can Capitalism Survive?, Part I | Library of Economics and Liberty
  Green, Elliott (12 de Maio de 2016). London School of Economics, ed. «What are
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Imact Blog
  Joseph A.Schumpeter, History of Economic Thought, Londres, Allen & Unwin,
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  John Kenneth Galbraith, Near or far Right Review of Capitalism, Socialism and
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  Joseph A. Schumpeter, Capitalism, Socialism and Democracy, Nova Iorque,
Harper & Brothers, 1950, p. xiii
  Gottfried Haberler, Schumpeter’s "Capitalism, Socialism and Democracy" after
Forty Years, p. 72, em Arnold Heertje (ed.), Schumpeter’s Vision: "Capitalism,
Socialism and Democracy" after Forty Years, Nova Iorque, Praeger, 1981
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  Joseph Alois Schumpeter, The Concise Encyclopedia of Economics, Library of
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  Why Do Intellectuals Oppose Capitalism? by Robert Nozick
  Where Schumpeter was Nearly Right - The Swedish Model and Capitalism,
Socialism and Democracy, Magnus Henrekson, Ulf Jakobsson, S-WoPEc -
Scandinavian Working Papers in Economics, Working Paper Series, 3 de Abril de 2000
 Joseph Alois Schumpeter, The Concise Encyclopedia of Economics
"

fascismo e nazismo
O período do entreguerras (1919-1939) foi a época do descrédito e
da crise da sociedade liberal. Essa sociedade, agora desacreditada,
havia sido forjada no século XIX, com a afirmação do capitalismo
como sistema econômico "perfeito". Na segunda metade deste
século, o mundo absorvia os progressos da segunda fase da
Revolução Industrial cujo auge se situa entre 1870 e 1914. O
imperialismo e colonialismo europeu deram aos principais países
desse continente a hegemonia do mundo e, por isso, uma ótica de
encarar o futuro de forma entusiástica e otimista.
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), pólos de poder
acabaram (Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, etc.). Na América,
os Estados Unidos, com sua economia intacta, se tornaram os
"banqueiros do mundo". Na Ásia, após a Revolução Meiji (1868), o
Japão se industrializara se tornou imperialista e aproveitou o conflito
mundial para estender seu poderio na região.
Na descrença dessa sociedade pós-guerra, os valores liberais
(liberdade individual), política, religiosa, econômica, etc. começaram
a ser colocados sob suspeita por causa da impotência dos governos
para fazer frente a crise econômica capitalistas que empobrecia
cada vez mais exatamente o setor social que mais defendia os
valores liberais: a classe média.
Concomitantemente, as várias crises provocaram o
recrudescimento dos conflitos sociais e, o mundo assiste
imediatamente após a guerra, uma série de movimentos de
esquerda e um fortalecimento dos sindicatos. O movimento operário
já havia se cindido entre socialistas ou social-democratas (marxistas
que haviam abandonado a tema de luta armada e aderiram à
prática político-partidária do liberalismo) e comunistas (formados
por frações que se destacaram do movimento operário seguindo os
métodos bolchevistas vitoriosos na Rússia (1917). Esse dois grupos
eram antagônicos.
Toda a euforia e otimismo foi substituído por um pessimismo que
beirava o descontrole após a guerra. Esse pessimismo era sentido
entre os intelectuais de classe média, e se manifestou
principalmente no antiplarlamentarismo, no irracionalismo, no
nacionalismo agressivo e na proposta de soluções violentas e
ditatoriais para solucionar os problemas oriundos da crise.
Os países mais afetados pela política social-democrata foram a
Alemanha (derrotada), a Itália (mesmo vitoriosa, insatisfeita com os
resultados da guerra) onde, a crise se manifestou de forma mais
violenta. Nesses países o liberalismo não conseguira se enraizar.
Ambos possuíam problemas nacionais latentes, por isso, a
formação de grupos de extrema-direita, compostos por ex-militares,
profissionais liberais, estudantes, desempregados, ex-combatentes,
etc., elementos que pertenciam a uma classe média que se
desqualificava socialmente e eram mais sensíveis aos temas
antiliberais, nacionalistas, racistas, etc.
Na Itália, Mussolini e na Alemanha, Hitler formavam organizações
paramilitares que utilizavam a violência para dissolver comícios e
manifestações operárias e socialistas, com a conivência das
autoridades, que viam no apoio discreto ao fascismo um meio de
esmagar o "perigo vermelho", representado por organizações de
extrema-esquerda, mesmo as moderadas como os socialistas.
De início, esses grupos que eram mais ou menos marginalizados se
valiam de tentativas golpistas para a tomada do poder como foi o
caso do "putsh" de Munique, dado pelo Partido Nazista na
Alemanha.
À medida que a crise se aprofundava e o Estado não a debelava
assim como se mostrava incapaz de sufocar as agitações operárias,
essas organizações fascistas e nazistas viam aumentar seus
quadros de filiação partidária. Os detentores do capita passaram a
financiar essas organizações de direita, vendo na ascensão delas
um meio de esmagar as reivindicações da esquerda e a
possibilidade de se posta em prática uma política imperialista no
sentido de abertura de novos mercados. Por essa atitude dos
capitalistas entende-se porque tanto Mussolini quanto Hitler
chegaram ao poder por vias legais.
O Nazismo na Alemanha
Regime político de caráter autoritário que se desenvolve na
Alemanha durante as sucessivas crises da República de Weimar
(1919-1933).
O Nazismo baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada
por Adolf Hitler (1889-1945), que orienta o programa do Partido
Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP).
A essência da ideologia nazista encontra-se no livro de Hitler, Minha
Luta (Mein Kampf). Nacionalista, defende o racismo e a
superioridade da raça ariana; nega as instituições da democracia
liberal e a revolução socialista; apoia o campesinato e o
totalitarismo; e luta pelo expansionismo alemão.
Causas
Ao final da 1ª Guerra Mundial, além de perder territórios para
França, Polônia, Dinamarca e Bélgica, os alemães são obrigados
pelo Tratado de Versalhes a pagar pesadas indenizações aos
países vencedores. Essa penalidade faz crescer a dívida externa e
compromete os investimentos internos, gerando falências, inflação
e desemprego em massa.
As tentativas frustradas de revolução socialista (1919, 1921 e 1923)
e as sucessivas quedas de gabinetes de orientação social-
democrata criam condições favoráveis ao surgimento e à expansão
do nazismo no país.
Surgimento
Utilizando-se de espetáculos de massa (comícios e desfiles) e dos
meios de comunicação (jornais, revistas, rádio e cinema), o partido
nazista consegue mobilizar a população por meio do apelo à ordem
e ao revanchismo.
Em 1933, Hitler chega ao poder pela via eleitoral, sendo nomeado
primeiro-ministro com o apoio de nacionalistas, católicos e setores
independentes. Com a morte do presidente Hindenburg (1934),
Hitler torna-se chefe de governo (chanceler) e chefe de Estado
(presidente). Interpreta o papel de fuhrer, o guia do povo alemão,
criando o 3º Reich (Terceiro Império).
Ações do regime nazista
Com poderes excepcionais, Hitler suprime todos os partidos
políticos, exceto o nazista; dissolve os sindicatos; cassa o direito de
greve; fecha os jornais de oposição e estabelece a censura à
imprensa ; e, apoiando-se em organizações
paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial)
e Gestapo (polícia política), implanta o terror com a perseguição
aos judeus, dos sindicatos e dos políticos comunistas, socialistas e
de outros partidos.
O intervencionismo e a planificação econômica adotados por Hitler
eliminam, no entanto, o desemprego e provocam o rápido
desenvolvimento industrial, estimulando a indústria bélica e a
edificação de obras públicas, além de impedir a retirada do capital
estrangeiro do país. Esse crescimento deve-se em grande parte ao
apoio dos grandes grupos alemães, como Krupp, Siemens e Bayer,
a Adolf Hitler.
Desrespeitando o Tratado de Versalhes, Hitler reinstitui o serviço
militar obrigatório (1935), remilitariza o país e envia tanques e
aviões para amparar as forças conservadoras do general Franco
na Espanha, em 1936.
Nesse mesmo ano, cria o Serviço para a Solução do Problema
Judeu, sob a supervisão das SS, que se dedica ao extermínio
sistemático dos judeus por meio da deportação
para guetos ou campos de concentração. Anexa a Áustria
(operação chamada, em alemão, de Anschluss) e a região dos
Sudetos, na Tchecoslováquia (1938). Ao invadir a Polônia, em
1939, dá início à 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
O Fascismo na Itália
Regime político de caráter autoritário que surge na Europa
no período entreguerras (1919-1939). Originalmente é empregado
para denominar o regime político implantado pelo italiano Benito
Mussolini, no período de 1919 a 1943.
Suas principais características são o totalitarismo, que subordina
os interesses do indivíduo ao Estado; o nacionalismo, que tem a
nação como forma suprema de desenvolvimento; e
o corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas
são os mediadores das relações entre o capital e o trabalho.
O fascio (plural, fasci) era um instrumento da autoridade real nos
primórdios da história de Roma. Os litores abriam caminho para a
passagem do rei apresentando um feixe de varas de avelã
amarradas e com um machado à frente, daí o nome fascio – feixe.
A ideia básica era de que a “união faz a força”, pois uma vara de
avelã separada das outra quebrava com facilidade, mas, no
conjunto, era muito poderosa. Mussolini se inspirou nesse princípio
para organizar o regime fascista.
Causas
Entender a ascensão do fascismo na Itália exige conhecimento da
situação do país após o fim da Primeira Guerra Mundial. Embora
estivesse ao lado dos vitoriosos, as dificuldades que o país
enfrentava eram enormes.
Em primeiro lugar, a guerra foi desgastante e as compensações
econômicas prometidas não vieram.
Em segundo lugar, o sistema político estava enfraquecido, pois não
havia um partido que conseguisse a maioria no Parlamento, e as
discussões sobre medidas a serem tomadas se arrastavam,
gerando descrédito à organização parlamentar.
Por fim, os comunistas italianos comparavam a situação italiana à
russa às vésperas da Revolução Bolchevique e imaginavam que
poderiam chegar ao poder promovendo greves pelo país
Surgimento
O fascismo nasce oficialmente em 1919, quando Mussolini funda,
em Milão, o movimento intitulado Fascio de Combatimento, cujos
integrantes, os camisas negras (camicie nere), opõem-se à classe
liberal.
Em 1922, as milícias fascistas desfilam na Marcha sobre Roma, e
Mussolini é convocado pelo rei para chefiar o governo em uma Itália
que atravessa profunda crise econômica, agravada por greves e
manifestações de trabalhadores urbanos e rurais.
Ações do regime fascista
Em 1929 há um endurecimento do regime, que significa
cerceamento à liberdade civil e política, derrota dos movimentos de
esquerda, limitações ao direito dos empresários de administrar sua
força de trabalho e unipartidarismo.
A política adotada, entretanto, é eficiente na modernização da
economia industrial italiana e na diminuição do desemprego.

https://www.fundacao1demaio.org.br/diferencas-entre-fascismo-e-
nazismo/

https://www.significados.com.br/nazismo-e-fascismo/

Referências
1.

 Recruited by MI5: the name's Mussolini. Benito Mussolini


  Mein Kampf (My Struggle), Traduzido do alemão para o inglês por James
Murphy e Abbots Langley (Fredonia Classics, 2003), p. 21
  Germà Bel (13 de novembro de 2004). «Against the mainstream: Nazi
privatization in 1930s Germany» (PDF). Universidade de Barcelona (em inglês). IREA.
Consultado em 30 de março de 2014
  Germà Bel. «THE FIRST PRIVATIZATION: SELLING SOEs AND
PRIVATIZING PUBLIC MONOPOLIES IN FASCIST ITALY (1922-1925)» (PDF).
Universitat de Barcelona (GiM-IREA) & Barcelona Graduate School of Economics (em
inglês). CAMBRIDGE ECONOMIC JOURNAL. Consultado em 30 de março de 2014
  GERMÀ BEL (13 de novembro de 2004). «FROM PUBLIC TO PRIVATE:
PRIVATIZATION IN 1920'S FASCIST ITALY» (PDF). ROBERT SCHUMAN CENTRE
FOR ADVANCED STUDIES (em inglês). European University Institute. Consultado em
30 de março de 2014
  Umberto Eco Makes a List of the 14 Common Features of Fascism
  Emilio Gentile, estudioso do fascismo, define-o como um sincretismo ideológico.

1: - Freeden, Tower Sargent, Marc Stears, Michael, Lyman, Marc (2013). The Oxford
Handbook of Political Ideologies. [S.l.]: Oxford University Press, pág. 475 (em inglês)
ISBN 9780199585977
2: - Bar-On, Tamir (2007). Where Have All the Fascists Gone?. [S.l.]: Ashgate
Publishing, pág. 99 (em inglês) ISBN 9780754671541
Adicionado em 8 de julho de 2019.
  Fascist America, in 10 easy steps
  Facism Anyone?

10.  MALUF, Sahif (1999). NETO, Miguel Alfredo Malufe, ed. Teoria Geral do
Estado 25 ed. São Paulo: Saraiva. p. 147

Bibliografia
 THE RISE AND FALL OF THE THIRD REICHWilliam L. Shirer
 PAXTON, Robert O. A ANATOMIA DO FASCISMO. São Paulo: Paz e Terra,
2007, 420 p. 1 Tradução de Patrícia Zimbes e Paula Zimbes.

SOCIEDADE FRANCESA E AMERICANA

Em 1787, a “Constituição dos Estados Unidos da América” e suas Emendas limitavam o poder
estatal na medida em que estabeleciam a separação dos poderes e consagrava diversos
Direitos Humanos fundamentais, tais como: a liberdade religiosa; a inviolabilidade de domicílio;
o devido processo legal; o julgamento pelo Tribunal do Júri; a ampla defesa; bem como a
proibição da aplicação de penas cruéis ou aberrantes.

“A Constituição dos EUA aprovada na Convenção de Filadélfia, em 17.09.1787. não continha


inicialmente uma declaração dos direitos fundamentais do homem. Sua entrada em vigor,
contudo, dependia da ratificação de pelo menos nove dos treze Estados independentes, ex-
colônias inglesas na América, com que. então, tais Estados soberanos se uniriam num Estado
Federal. passando a simples Estados-membros deste. Alguns, entretanto, somente
concordaram em aderir a este pacto se se introduzisse na Constituição uma Carta de Direitos,
em que se garantissem os direitos fundamentais do homem. Isso foi feito, segundo enunciados
elaborados por Thomas Jefferson e James Madison, dando origem às dez primeiras Emendas
à Constituição de Filadélfia, aprovadas em 1791, às quais se acrescentaram outras até 1795,
que constituem o BilI of Rights do povo americano.”

(José Afonso da Silva — Curso de Direito Constitucional Positivo)


O BilI of Rights americano, ou Carta de Direitos, redigida pelo Congresso Americano em 1789,
se constituiu em um resumo dos direitos fundamentais e privilégios garantidos ao povo contra
violações praticadas pelo próprio Estado, normas posteriormente incorporadas ô Constituição
através das dez primeiras Emendas, sendo ratificada pelo 3 Estados em 15 de dezembro de
1791.

Entretanto, alguns autores entendem que a precedência desses diplomas legais americanos de
forma alguma reduziu a importância da carta francesa.

“A declaração de independência americana fora lançada num tom de justificação e


assemelhava-se à comunicação dum comerciante que faz saber aos seus fregueses que se
tornou independente. Revelava em todos os termos um caráter másculo. como cumpria a
puritanos que exerciam severo controle pessoal e honravam suas mulheres sem resquícios de
erotismo. A declaração francesa dos direitos civis é produto de estado de alma diverso, O
entusiasmo gera-se de energias que desconhecem o controle humano. Os homens que
realizaram o 4 de agosto foram arrebatados pelo delírio criador.”

(Otto Flake - A Revolução Francesa)

“Os autores costumam ressaltar a influência que a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, adotada pela Assembléia Constituinte francesa em 27.08.1789, sofreu da Revolução
Americana, especialmente da Declaração de Virgínia, já que ela precedeu a Carta dos Direitos
contida nas dez primeiras emendas à Constituição norte-americana, que foi apresentada em
setembro de 1789. Na verdade, não foi assim, pois os revolucionários franceses já vinham
preparando o advento do Estado Liberal ao longo de todo o século XVIII. As fontes filosóficas e
ideológicas das declarações de direitos americanas como da francesa são européias, como
bem assinalou Mirkine Guetzévitch. admitindo que os franceses de 1789 somente tomaram de
empréstimo a técnica das declarações americanas, mas estas não eram, por seu turno, senão
o reflexo do pensamento político europeu e internacional do século XVIII - desta corrente da
filosofia humanitária cujo objetivo era a liberação do homem esmagado pelas regras caducas
do absolutismo e do regime feudal. E porque esta corrente era geral, comum a todas as
Nações, aos pensadores de todos os países, a discussão sobre as origens intelectuais das
Declarações de Direitos americanas e francesas não têm, a bem da verdade, objeto. Não se
trata de demonstrar que as primeiras Declarações provêm’ de Locke ou de Rousseau. Elas
provêm de Rousseau, e de Locke, e de Montesquieu, de todos os teóricos e de todos os
filósofos. As Declarações são obra do pensamento político, moral e social de todo o século
XVIII’.”

“O que diferenciou a Declaração de 1789 das proclamadas na América do Norte foi sua
vocação universalizante. Sua visão universal dos direitos do homem constituiu uma de suas
características marcantes, que já assinalamos com o significado de seu mundialismo.”

(José Afonso da Silva — Curso de Direito Constitucional Positivo)

“A chamada Revolução Americana foi essencialmente, no mesmo espírito da Glorious


Revolution inglesa, uma restauração das antigas franquias e dos tradicionais direitos de
cidadania, diante dos abusos e usurpações do poder monárquico. Na Revolução Francesa,
bem ao contrário, todo o ímpeto do movimento político tendeu ao futuro e representou uma
tentativa de mudança radical das condições de vida em sociedade. O que se quis foi apagar
completamente o passado e recomeçar a História do marco zero — reinicio muito bem
simbolizado pela mudança de calendário.

Ademais, enquanto os norte-americanos mostraram-se mais interessados em firmar sua


independência em relação à coroa britânica do que em estimular igual movimento em outras
colônias européias, os franceses consideraram-se investidos de uma missão universal de
libertação dos povos.”

(Fábio Konder Comparato — A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos)


A Revolução Francesa teve origem no Iluminismo, teoria filosófica que, entre outros propósitos,
invocava a razão para debilitar a autoridade da igreja e os fundamentos da monarquia.

Esse movimento social posto em prática pelas massas populares, proporcionou à humanidade
um legado fundamentado na obra de Jean-Jacques Rousseau (Genebra! Suíça 1712— 1778
Ermenonville/Franca), primordialmente no “Contrato Social”, através da qual pretende
“estabelecer os meios para atalhar as usurpações do governo”, partindo do principio que o
homem, naturalmente bom, vai sendo progressivamente corrompido pela sociedade, onde
viceja e prospera o cultivo à ociosidade. Esta, por sua vez, promoveria a decadência moral e
deterioraria os costumes.

Como critico implacável da organização social de então, Rousseau fazia a apologia da


supremacia do instinto e da natureza em oposição ao racionalismo progressista, exaltando a
emoção e o sentimento,

Para Rousseau, a desigualdade entre os homens teria surgido com a noção de propriedade, a
qual, por sua vez, teria gerado o Estado despótico através da sucessiva e descontrolada
acumulação de bens.

Em contraposição, afirmava, em linhas gerais, que o Estado ideal deveria ser resultante de um
pacto entre os indivíduos, que cederiam alguns de seus direitos até então consagrados, em
prol de se tornarem verdadeiros cidadãos.

O fundamento desse acordo, desse contrato social, seria a vontade geral, identificada com a
coletividade, em conseqüência, soberana.

“0 pensador francês Rousseau propõe o deslocamento da soberania, que estava depositada


nas mãos do monarca, para o direito do povo, mudando o conceito de vontade singular do
príncipe para o de vontade geral do povo. No sistema de contrato social imaginado por
Rousseau, não há lugar para a democracia indireta, para a representação e delegação de
poderes. A soberania é a vontade geral, e a vontade não se representa. Essa idéia pode ser
encontrada intacta na corrente jacobina da Revolução Francesa.”

(Liszt Vieira — Cidadania e Globalização)

O “Contrato Social” de fato transformou-se efetivamente na cartilha revolucionária e na bíblia


jurídico-política paro todos quantos buscavam afirmações e justificativas para os seus anseios
de justiça e de liberdade.

Paralelamente, a obra “Espírito das Leis” de Montesquieu - reivindicado pelos constituintes


franceses como seu mestre - também foi considerada um dos pontos de referência para a
elaboração da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”.

“Os princípios igualitários do homem já haviam sido concebidos pelos grandes pensadores da
humanidade e não constituíram criações ou expressões inéditas no século XVIII.

Montesquieu e Rousseau despertaram, mais que outros filósofos, o espirito universal para a
proposição e a realidade dessas idéias.”

Desde então, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão começou a exercer


penetrante influência nas legislações do mundo.

A maioria das constituições modernas, após 1918, adotou, ‘inlittera’, os postulados de maior
culminância na Declaração francesa.

Nenhuma outra expressão jurídica alcançou, até os nossos dias. uma aura de popularidade tão
enternecida, uma consagração tão acentuada e uma universalidade tão consciente.”
(Jayme de Altavila - Origem dos direitos dos povos)

Todavia, a continuidade da consciência universal em prol dos Direitos Humanos se projeta


efetivamente com Rousseau. Ninguém anteriormente havia se debruçado para proclamar e
exigir de modo tão eloqüente os direitos e as liberdades do ser humano.

Nesse ambiente libertário do final do século XVIII, se erigiu a famosa “Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão” votada definitivamente em 2 de outubro de 1789, ampliada pela
Convenção Nacional em 1793, oferecendo, nesta última versão, entre outras disposições, que:
“Todos os homens são iguais por natureza e perante a lei.” e ainda, que “O fim da sociedade é
a felicidade comum.”

“A Revolução Francesa de 1789 é um marco simbólico da inauguração da sociedade industrial


burguesa, do Estado moderno e do Direito moderno. Os ideais do iluminismo e da modernidade
são incorporados pelo Direito. A necessidade dos pensadores da época de romper com o
ancião regime — o absolutismo — os impeliu a construir um ordenamento novo. Era preciso
romper com o jusnaturalismo e implementar o positivismo jurídico. Nessa esteira, pode-se
entender o processo de codificação pelo qual passou o Direito.”

(Alexandre Luiz Ramos — Direitos Humanos, Neoliberalismo e Globalização in: Direitos Humanos como Educação para a
Justiça)

Além dos aspectos jurídicos e libertários tão propalados, a própria Revolução Francesa fizera
de si mesma uma imagem romântica e transcendental, ao menos com relação àquela primeira
fase de 1789, capaz de cativar a todos de seu tempo, e mesmo após.

“(...) o tempo de juvenil entusiasmo, de orgulho, de paixões generosas e sinceras, tempo do


qual, apesar de todos os erros. os homens iriam conservar eterna memória, e que, por muito
tempo ainda, perturbará o sono dos que querem subjugar ou corromper os homens.”

(Alexis de Tocqueville - O Antigo Regime e a Revolução)

Dentre as mais importantes normas estabelecidas pela “Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão” em prol dos Direitos Humanos, destacam-se a garantia da igualdade, da liberdade,
da propriedade, da segurança, da resistência à opressão, da liberdade de associação política,
bem como o respeito ao princípio da legalidade, da reserva legal e anterioridade em matéria
penal, da presunção de inocência, assim também a liberdade religiosa e a livre manifestação
do pensamento.

A partir daí, a burguesia passou a reivindicar uma participação cada vez mais efetiva no poder
de gestão do Estado, através de um processo que teve seu marco inicial com a “Queda da
Bastilha” e culminou com a execução dos monarcas, acompanhando grande parte da
aristocracia francesa que sucumbia ã guilhotina.

Em prol da introdução de novas concepções e definições no campo do Direito Penal com o


objetivo de humanizá-lo, Cesare Bonesana Beccaria (Milão 1738-1794), produziu a obra
denominada “Dos delitos e das penas” ( Dei deli/ti e de//e pene) , que passou a se constituir no
alicerce teórico do Direito Penal em todo o mundo, manifestando-se contra o processo secreto,
a tortura, a desigualdade dos castigos segundo as pessoas, a atrocidade dos suplícios, bem
como se constituía em feroz crítico da pena capital.

Porque, em verdade, teremos de reconhecer que Beccaria foi um revolucionário; um renovador


pacifista, que se impôs pela ordem de seus conceitos, pela convicção resultante de sua crítica,
pelo ineditismo de seu postulado.

Foi, pois, nesse caráter que ele depôs do trono o velho direito penal eivado de medievalismo,
constituindo-se imprevistamente ditador de um direito subjetivo e outorgando ao mundo, em
nome da humanidade, um novo sistema de justiça penal que não se apagará nunca na
bibliografia de juristas e na memória dos homens.
(Jayme de Altavila - Origem dos direitos dos povos)

Desde então, diversas constituições foram elaboradas a partir dos princípios alinhados na
Carta Francesa, tais como a “Constituição Espanhola” de 1812 (Constituição de Códis) e a
“Constituição Portuguesa” de 1822. Esta última, ergueu-se como um grande marco de
proclamação dos direitos individuais, consagrando a igualdade, a liberdade, a segurança, a
propriedade, a desapropriação somente mediante prévia e justa indenização, a inviolabilidade
de domicílio, a livre comunicação de pensamentos, a liberdade de imprensa, a
proporcionalidade entre o delito e a pena, o principio da reserva legal, a proibição da aplicação
de penas cruéis ou infamantes, o livre acesso aos cargos públicos, bem como a inviolabilidade
da comunicação e da correspondência.

Pode-se mencionar ainda a “Constituição Belga” de 1831, bem assim a “Constituição Alemã”
de Weimar, de 1919, e a “Constituição Mexicana” de 1917, esta última precursora na
sistematização do conjunto dos direitos sociais do homem, mantendo-se no contexto de um
regime capitalista, todos diplomas que identicamente proclamaram aqueles direitos
fundamentais que emergiram com as cartas americana e francesa.

No final do século XIX, o pensamento de Karl Marx (Trier 1818- 1883 Londres) acerca da
economia do mundo contemporâneo, bem como dos fenômenos da relação de trabalho e
capital, influenciou decisivamente na formulação dos direitos sociais que então se
configuravam e emergiam, proporcionando, o partir de então, uma visão diferenciada de uma
realidade liberal extremamente arraigada.

“A doutrina francesa indica o pensamento cristão e a concepção dos direitos naturais como as
principais fontes de inspiração das declarações de direitos.

Essas novas fontes de inspiração dos direitos fundamentais são: (1) o Manifesto Comunista e
as doutrinas marxistas, com sua crítica ao capitalismo burguês e ao sentido puramente formal
dos direitos do homem proclamados no século XVIII, postulando liberdade e igualdade
materiais num regime socialista; (2) a doutrina social da Igreja, a partir do Papa Leão XIII, que
teve especialmente o sentido de fundamentar uma ordem mais justa, mas ainda dentro do
regime capitalista, evoluindo, no entanto, mais recentemente, para uma Igreja dos pobres que
aceita os postulados sociais marxistas; (3) o intervencionismo estatal, que reconhece que o
Estado deve atuar no meio econômico e social, a fim de cumprir uma missão protetora das
classes menos favorecidas, mediante prestações positivas, o que é ainda manter-se no campo
capitalista com sua inerente ideologia de desigualdades, injustiças e até crueldades.”

Sociedade Germânia

A Sociedade Germânia é o mais antigo clube social e recreativo da cidade de Porto


Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.[2][3]

Foi fundada em 1º de junho de 1855 com o nome Gesellschaft Germania, por um grupo
de alemães da elite porto-alegrense.[2] Sua primeira sede foi um casarão na antiga rua
Conde d'Eu.[4] Em 13 de dezembro de 1886 inaugurou uma suntuosa sede própria na rua
Doutor Flores, que foi incendiada em 1917 durante manifestações populares anti-
alemãs. Em 1921, recebendo o valor do seguro que havia feito contra sinistros, a
sociedade adquiriu para sua nova sede um elegante palacete em estilo neoclássico na
praça Júlio de Castilhos, a Villa Palmeiro, e em 1925 o terreno da sede anterior foi
desapropriado pela Prefeitura para a abertura da avenida Otávio Rocha.[2][3] A Villa
Palmeiro era propriedade de Luiz Lara da Fontoura Palmeiro e foi vendida por sua
viúva à Sociedade Germânia.[5] Em 1926 foi inaugurado um novo salão de festas anexo,
com projeto de Theo Wiederspahn. Ali por muitos anos foram realizados grandes
eventos e recepções oficiais.[3]

A sociedade não apenas oferecia um espaço de sociabilidade, com áreas de convívio,


jogos, leitura, bailes e banquetes, também organizava eventos como quermesses,
apresentações de música, teatro e dança.[3][6] Além disso, assim como outras sociedades
alemãs fundadas no estado, a Germânia atuava como um foco de resistência contra a
aculturação e de preservação e fomento da identidade, da língua, da cultura, dos
costumes e das tradições germânicas.[7] A partir de 1880 a cada quatro anos, durante o
Carnaval, organizava um luxuoso baile de máscaras e um grande desfile pelas ruas da
capital. Ernst von Hesse-Wartegg deixou um testemunho sobre uma apresentação de
teatro no início do século XX: "Os atores, em geral amadores, desempenharam seus
papéis de maneira brilhante, a platéia era composta por jovens e encantadoras moças,
graciosas senhoras em elegantes trajes e senhores de aparência irrepreensível. Eu
poderia imaginar-me participando de um baile na corte de algum príncipe, e a dança que
se seguiu foi um verdadeiro baile de corte".[6] Também contribuiu para o fomento dos
esportes na cidade, especialmente o futebol.[8]

Nas comemorações de seus 75 anos em 1930 foi publicado um álbum ilustrado sobre
sua trajetória e realizou-se um grande baile que contou com a presença do governador
do estado, e no mesmo ano em seus salões o governo organizou um banquete para
comemorar a vitória da Revolução de 1930. Em 1934, em sua sede foram realizadas as
reuniões que resultaram na fundação do clube de regatas Veleiros do Sul.[4]

Durante a II Guerra Mundial, novamente sob pressões anti-germânicas, a sociedade foi


obrigada pelo DOPS a mudar seu nome, passando a se chamar Sociedade
Independência, seu edifício foi saqueado, e em 1942 foi confiscado pelo governo para
instalação do comando da V Zona Aérea, sendo devolvido à sociedade em 1953.[2][9]

Em 1971 num contexto mais favorável à expressão da germanidade, uma assembleia


geral resolveu retomar a denominação de Sociedade Germânia.[9] A terceira sede foi
demolida em 1981, apesar de ter sido anteriormente tombada, e em permuta pelo
imóvel, a sociedade recebeu dois andares, depósitos e garagens em um prédio a ser
construído no mesmo local, inaugurado em 1982, onde permanece em atividade e
dispõe de vários espaços para eventos diversos.[3][4] Em 1985, comemorando seus 130
anos, foi publicado um livro sobre sua história.[4] Há mais de 35 anos realiza um
tradicional bazar de Natal.[10]

Referências
1.

 Ribeiro, Antônio Paulo. «Porto Alegre de Ontem – Sociedade Germania». yumpu.com.


Consultado em 30 de outubro de 2022
  Franco, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia Histórico. EDUFRGS, 4ª ed., 2006, pp. 190-191

  Pessoa, Mariane Ataides Moreira. Preservação do patrimônio no bairro Moinhos de Vento


- Porto Alegre. Especialização. Universidade Federal de Santa Maria, 2005, p. 14
  Hoffmeister Filho, Carlos. Sociedade Germânia: 130 anos de história. Sociedade Germânia,
1985

  Bohusch, Renato. «Correio do Povo do dia 2 de julho de 1921». Correio do Povo.


Consultado em 30 de outubro de 2022

  Constantino, Núncia Santoro de. "Nas horas vagas: Porto Alegre dos imigrantes (1880-
1914)". In: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, 2011

  Rekovvsky, Carmen Janete. A geografia dos restaurantes alemães de Porto Alegre-RS.


Mestrado. Universidade Estadual Paulista, 2013, pp. 87-88

  Dalpiaz, Jamile Gamba. O Futebol no rádio de Porto Alegre : um resgate histórico (dos
anos 30 à atualidade). Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002, p. 39

  Rekovvsky, p. 111

 "Sociedade Germânia realiza mais uma edição do seu Tradicional Bazar de Natal". Jornal da
Capital, 20/11/2018

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