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Todas as instituições devem ter função e estrutura. Função é a meta ou propósito do grupo, cujo
objetivo seria regular as necessidades. A Estrutura é composta de pessoal (elementos
humanos); equipamentos (aparelhagem material ou imaterial); organização (disposição do
pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia-autoridade e
subordinação); comportamento (normas que regulam a conduta dos indivíduos).
Veja-se como exemplo a empresa industrial. Possui função, produz bens e serviços para gerar
lucros; e estrutura, que se subdivide em pessoal (direção, funcionários administrativos e
operários), equipamento ((1) imóveis, máquinas e equipamentos materiais, e (2) marca e
reputação (imateriais)), organização (democrática ou autocrática, centralizada ou
descentralizada) e comportamentos, normas para a constituição e funcionamento, direitos e
deveres regulados pelas leis vigentes e pelos estatutos.
Após a Revolução Industrial, a Família perde grande parte das suas funções económicas, que se
transferem para uma variedade de outras organizações, como as Empresas e Estado. Só a partir
de então este adquire capacidade para intervir na atividade económica.
É inútil julgarmos que educamos os nossos filhos como pretendemos. É que somos obrigados a
seguir as regras que imperam no meio social em que vivemos. É a opinião quem nos impõe
essas regras, e a opinião é uma força moral cujo poder constrangedor não é inferior ao das
coisas físicas. (...) A Escola é o sistema educativo de um país numa época. Cada povo tem o
seu, como tem o seu sistema moral, religioso, económico, etc. (Durkheim, 2001: 32).
1. Justifique a perda de importância da Igreja enquanto instituição, na atualidade, referindo:
a) A globalização;
b) A escolarização; e
c) A urbanização.
Qual é a função do namoro? A resposta parece variar em função das gerações inquiridas. Para as
avós qualquer contacto era interdito até à noite do casamento. Hoje os parceiros conhecem-se
antes. Não será esta a finalidade/função do namoro?
Nas gerações mais velhas, sobretudo para as avós (...) os namoros são descritos como amizades
onde a aproximação entre os protagonistas repousa sobre um compromisso pouco rígido, e onde
não parece haver lugar para grandes experimentações ou contactos físicos; (...) enquanto nas
gerações mais velhas prevalece uma moral sexual mais conservadora, institucionalizadora e
defensora do puritanismo sexual, os jovens transportam uma nova ética, mais
experimentalista e fragmentada, “onde há lugar para ligações fugazes e românticas;
experiências pré-matrimoniais e coabitacionais; iniciações sexuais precoces e relações
heterogâmicas; sendo, finalmente, observável uma relativa tolerância a diversas formas de
sexualidade socialmente ou ideologicamente consideradas mais ‘periféricas’”.
Fonte: http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/438.pdf
BOURDIEU, P. O novo capital. In: BOURDIEU, P. Razões práticas: sobre a teoria da ação.
Campinas: Papirus, 1996, p. 35-48.
BOURDIEU, P. Reprodução social e reprodução cultural. In: BOURDIEU, P. A economia das
trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 295-336.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Grijalbo, 1977.
SINTESE:
As sociedades, para subsistirem têm de produzir, de forma continuada, bens materiais e pessoas
necessárias para acionar essa produção. Esta constante renovação do processo de produção
designa-se reprodução.
A reprodução social permite que as características das estruturas sociais se mantenham durante
longos períodos de tempo.
A reprodução biológica dos seres humanos está a cargo das famílias. São elas que produzem e
reproduzem os seres humanos tendo como objetivo a manutenção das condições sociais de
produção e da ordem social.
As instituições desempenham um papel importante no processo de reprodução social, pois são
elas que ensinam valores, normas e saberes práticos. Assim, o processo de reprodução social
deve-se em grande parte á estabilidade das práticas sociais.
Características
Um dos fatores mais importantes para a mudança social é o ritmo, que varia conforme, entre
outros, de acordo com o meio onde se insere. Assim, a mudança social acontece mais
rapidamente nos meios urbanos.
Pelo fato de abranger vários grupos, afetando significativamente várias pessoas, coletividade é
outra característica que a marca.
As mudanças não são passageiras. Ao passo que acontecem, deixam marcas que têm um
carácter de durabilidade. Assim, tem destaque a sua permanência.
Tipos
As mudanças sociais são inúmeras e constantes. Os meios de transporte evoluíram, as relações
entre professor e aluno, a moda. Dentre as mudanças sociais, citamos:
Direitos Femininos: Em 1933 as mulheres conquistaram a permissão para votar, bem como foi
a partir da Revolução Industrial que começaram a trabalhar fora, conquistando o seu espaço
numa sociedade que era patriarcal.
Modelos de Família: No Brasil, o divórcio foi instituído em 1977. Essa foi uma das causas
para que a família nuclear desse lugar à monoparental. Atualmente, há mais liberdade na
relações entre pais e filhos, bem como as famílias tem menos filhos.
Trabalho: Hoje em dias, passa-se mais tempo no trabalho, mas em contrapartida é possível
trabalhar em casa.
Cultural: A incorporação de costumes de outras culturas promove a mudança de hábitos e
costumes. A tecnologia também é um intermediário para a origem das diversas modificações
ocorridas nessa área.
Causas e Consequências
Atualmente a tecnologia é apontada como o principal causa da mudança. Traduz-se na forma
como as pessoas conseguem se comunicar rapidamente com o outro lado do mundo, bem como
nos benefícios que trouxe em avanços médicos e outros tantos mais.
TEXTO 4 - Globalização
O desenvolvimento das TIC nunca foi um ponto forte de algumas sociedades, mas desde que a
Internet passou a ser comercializada - desde 1990(*) - mudou as rotinas diárias das famílias.
Estamos habituados a pensar excessivamente no conteúdo das mensagens, mas como nos
recorda Marshall McLuan, “o meio é a mensagem”, o meio é uma provocação, uma forma de
pedir atenção, não é qualquer coisa neutral, desenha o mapa, sobretudo quando o meio é
novidade. Eis alguns dos seus tweets:
- Não interessa o que você diz ao telefone; o facto é que você está lá.
- À velocidade da luz não existe uma sequência; tudo acontece de uma só vez.
Num pos (texto) com 1000 palavras, pretende-se que tenha em consideração os seguintes
objetivos:
- Aculturação. A língua inglesa como fator homogeneizador das culturas nacionais / As TIC
como novas possibilidades de expressão de culturas minoritárias.
NOTA
(*) A Internet começou a ser comercializada em 1990 pelo PUUG. O ISP de maior dimensão
viria a ser a Telepac que começou a fornecer o serviço Internet entre 1992 e 1995, mas só partir
de 1999/2000 se popularizará.
Na sociedade de consumo as opções de aquisição dos bens já não determinadas pela satisfação
de necessidades básicas, mas principalmente pelo seu significado simbólico.
Bourdieu, perspetiva a noção de “capital” “sob a forma de um recurso que representa riqueza,
uma “energia social”, e um poder”. Dentro destes capitais, existe o capital simbólico que é a
associação última, por exemplo, de outros capitais: o económico, o cultural, o social. O
simbolismo é tudo o que sacraliza, são as aparências tornadas legítimas aos olhos dos
outros. O simbolismo tem o dom de marcar a diferença; é o reconhecimento de uns em relação
aos outros.
Por outro lado, associado a esta carga simbólica, estão, inevitavelmente, presentes, os estilos de
vida. Por sua vez, estes não podem ser entendidos sem serem inseridos num compromisso
entre as aspirações dos indivíduos e dos constrangimentos da sociedade e do meio
envolvente. Os estilos de vida dependem dos valores, que nada mais são, em termos sucintos,
que o “mapa” mais abrangente de uma sociedade ou de uma cultura. Os valores modificam-se
de acordo com os fluxos culturais (são as tendências dinâmicas que modificam sobre um longo
período da hierarquia dos valores, os modos de pensamento e de expressão, os hábitos de
comportamentos numa cultura, de forma diferenciada segundo os tipos de pessoas).
http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR462df6d1ecd2b_1.PDF
Os novos estilos de vida refletiram-se no campo alimentar pela importância crescente do fast-
food, que introduziu certamente novos hábitos de consumo e de lazer na sociedade
contemporânea.
A McDonald’s, com os seus famosos “Arcos Dourados”, é mais que uma cadeia de restaurantes
e que uma experiência gastronómica. Estando associada a uma série de significados e práticas
sociais, conduz-nos, a um mundo de fantasia e divertimento, expresso nos sorrisos dos
funcionários, na figura de Ronald McDonald, nas próprias cores típicas da companhia
(vermelho e amarelo), no ambiente que encontramos nos restaurantes e em diversas atividades
destinadas ao seu público-alvo, as crianças e as famílias, tais como as festas de anos e as
próprias promoções relacionadas com o Happy Meal.
Devemos, no entanto, questionar quer o modo como estes símbolos mundialmente reconhecidos
se tornaram parte integrante da cadeia quer os próprios símbolos. Todos aqueles critérios, a
partir dos quais nos habituámos a pensar na McDonald´s, são construções culturais, como nos
lembra John Law (apud Star: 1996), devendo ser analisados sob este ponto de vista.
Sendo a McDonald’s um símbolo da globalização, da “americanização” e da
“McDonaldização”, suscita o debate que opõe os que defendem que a globalização e os objetos
culturais globais destroem o particular e único, contribuindo para o seu desaparecimento, aos
que, por outro lado, acreditam no carácter mutuamente constitutivo do local e do global.
Entendendo-se a globalização como a intensificação de trocas sociais, políticas, económicas e
culturais a nível mundial, devemos, a nosso ver, compreender este conceito e os fenómenos a
ele associados, particularmente no campo da alimentação, como estando numa tensão entre a
tendência para a homogeneização e a impulsão do aumento da diversidade e
heterogeneidade, permitindo o acréscimo do poder de escolha e o contacto com outras
realidades.
É verdade que a McDonald’s está espalhada um pouco por todo o mundo, sendo responsável
pela introdução de um tipo de alimentação homogénea e padronizada em várias partes do
planeta. No entanto, o impacto da sua implantação depende do país em causa. Não podemos
generalizar as consequências da introdução da McDonald’s, pois estaríamos a correr o risco de
considerar o próprio mundo e os consumidores como estandardizados.
O facto de pertencermos a uma dada cultura dá-nos acesso a determinados significados que
utilizamos quotidianamente para atribuir sentido ao mundo em que vivemos. Assim, o contexto
cultural tem consequências no modo como o local absorve as formas culturais globais, as
transforma e adapta à sua realidade, originando fenómenos globais híbridos
recontextualizados.
No campo alimentar, devemos ter em conta que aquilo que comemos depende da sociedade em
que vivemos e está sujeito a alterações ao longo do tempo, que estão associadas à criação de
novas necessidades. Como nos lembra Margaret Visser (1998:117-130), quando uma sociedade
aceita um novo alimento, fá-lo porque este pode preencher um determinado papel, mesmo que
este esteja relacionado com fenómenos de moda. A McDonald’s deve ser compreendida como
uma cadeia que produz um tipo de alimentação estandardizada que é introduzida nas diversas
sociedades locais que, por sua vez, e até certo ponto, a transformam, combinando-a com as suas
práticas alimentares locais, em associações únicas que contribuem para a diversificação
alimentar.
A Cadeia, enquanto fenómeno cultural, deve ser apreendida do ponto de vista da
produção, do marketing, do consumo e do uso, uma vez que devemos ter em atenção a
criatividade da companhia e dos consumidores, o que nos remete para a noção de consumo
de McCracken (1988), o processo pelo qual os bens de consumo e os serviços são criados,
comprados e usados.
Compreender o processo de produção é mais do que tomar conhecimento do modo como são
confecionados os hambúrgueres e as batatas, uma vez que isso, por si só, não nos permite saber
como é construído o significado social conotado com a McDonald´s. A apreensão do modo
como os significados e práticas que associamos à McDonald’s se tornaram emblemáticos
implica a análise dos processos de difusão utilizados pela cadeia para transmitir mundialmente a
sua mensagem, da sua história e cultura, o que está diretamente associado à identidade da
mesma e ao perfil dos funcionários e dos franqueados que encontramos na McDonald´s.
http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR4628d6b350935_1.pdf
Estas formas de investimento corporal são usadas para preservar a vida, aumentando os seus
prazeres, que passam por consumir, gastar e saciar o desejo: o corpo na cultura de consumo é
então um veículo de prazer. (...)
Ao longo dos tempos surge nas sociedades ocidentais uma noção de feminilidade que se
entrecruza com a de consumismo e com a imitação de figuras de prestígio. Traçando uma
evolução temporal, estas figuras de referência foram, aristocratas, seguidamente herdeiras de
grandes fortunas, estrelas de cinema e depois modelos, estrelas pop e de televisão. Estas
referências influenciaram pois o denominado ‘look’, ou seja, o conjunto iconográfico feminino.
Logo, a identidade da mulher surge associada à exposição dos seus atributos (Craik, 1994). (...)
As adolescentes são das mais permeáveis ao culto dos vários modelos, seja através da tentativa
de obtenção dos símbolos adotados pelos seus ídolos, como as roupas ou os enfeites corporais,
seja através da imitação dos seus maneirismos, positivamente valorizados nas sociedades de
consumo. (...)
Na esteira de Giddens (1997), pode-se afirmar que a relação entre o corpo e a auto-identidade é
cada vez mais dinâmica. O culto do corpo e da aparência encobrem assim a preocupação com o
controlo ativo e com a construção do corpo através das várias opções de estilos de vida que a
modernidade reflexiva possibilita (Giddens, 1997).
Dá-se então uma espécie de fusão entre a preocupação interna com a saúde e a preocupação
externa com a aparência, o movimento e o controlo do corpo. Por isso, hoje ter-se um corpo
musculado, tonificado, firme, simboliza uma atitude social correta, uma vez que
corresponde a uma preocupação com a maneira como se ‘parece’ aos outros. Para mais,
esta pertença envolve controlo, força de vontade e energia, a tradução de uma imagem de auto-
suficiência e sucesso que é o ideal das sociedades (pós-) modernas – e que resulta da influência
das várias figuras de referência. O recurso crescente à cirurgia estética para reconstruir os
corpos acentua esta tendência.
Aliás, a cirurgia estética pode ser vista como algo que, paradoxalmente, permite às
mulheres sentirem-se sujeitos corporalizados e não ‘corpos objetivados’, vivenciando o
corpo de uma forma plena, na medida em que agem sobre eles e os transformam,
transformando-se também a elas próprias (Williams e Bendelow, 1998).
1. Define estilos de vida.
Os cientistas da NASA desenvolveram um novo modelo climático que indica que [na América
do Norte] as tempestades serão mais violentas e severas, e os tornados podem tornar-se mais
comuns enquanto o clima da Terra aquece.
http://www.nasa.gov/centers/goddard/news/topstory/2007/moist_convection.html
A NASA já produz vídeos a explicar como as atividades humanas contribuem para a catástrofe
ambiental.
A ocorrência de secas deve enquadrar-se em anomalias da circulação geral da atmosfera, a que
correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional. A situação geográfica do
território de Portugal Continental é favorável à ocorrência de episódios de seca, quase sempre
associados a situações meteorológicas de bloqueio em que anticiclone subtropical do Atlântico
Norte se mantém numa posição que impede que as perturbações da frente polar atinjam a
Península Ibérica.
http://www.meteo.pt/pt/oclima/observatoriosecas/
Nos últimos 10 anos a situação de seca mais grave que ocorreu foi no período de novembro
2004 a fevereiro de 2006. Na tabela 3 apresentam-se as percentagens de território afetado pela
situação de seca meteorológica entre dezembro e 31 de março para 2011/12 e
2004/05, verificando-se em 2012 uma situação mais gravosa do que em 2005, em termos de
seca meteorológica.
http://www.meteo.pt/bin/docs/tecnicos/Seca31MAR.pdf
Segundo Luhmann (1993) a noção de risco depende mais do modo como é observado e não
tanto das suas pressupostas características objetivas. O risco tornou-se numa variante que
distingue entre aquilo que é desejado e indesejado. Para o autor o risco e o perigo estão ambos
associados à ideia de potencial perda futura, no entanto a sua posição defende a distinção de
ambos os conceitos. Segundo Luhmann (1993) podemos falar em perigo se as consequências ou
prejuízos de um determinado acontecimento ocorrerem de forma independente da nossa
vontade, ou seja, se a origem do evento provier de fontes externas. Pelo contrário, podemos
falar em risco quando determinados acontecimentos tiverem origem em decisões próprias. O
autor recorre aos seguintes exemplos: Quem fuma aceita o risco de morrer de cancro, embora
para quem inala o fumo dos outros o cancro deve ser visto como um perigo. Alguém que
assume o risco de morrer num acidente de viação, por decidir conduzir a alta velocidade,
transforma esta situação num perigo para os outros automobilistas ou para os peões. Assim, a
mesma ação pode ser um risco para uns e um perigo para outros.
http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/323.pdf
Não procurar ativamente informação é grave, porque a inação é muitas vezes mais arriscada e
há alguns riscos que nós temos que enfrentar, quer queiramos, quer não. Perigo e risco estão
estreitamente relacionados, mas não são a mesma coisa. A diferença não depende de um
indivíduo pesar ou não conscientemente as alternativas, ao considerar ou adotar uma
determinada linha de ação. O que o risco pressupõe é precisamente o perigo (não
necessariamente a consciência do perigo). Uma pessoa que arrisca alguma coisa desafia o
perigo, sendo este entendido como uma ameaça para os resultados desejados. Qualquer pessoa
que assuma um “risco calculado” está consciente da(s) ameaça(s). (Giddens, 1992, p. 24).
2. Justifica de entre as reações adaptativas referidas, qual a que te parece congruente com a luta
preservação da Humanidade na Terra.
Recursos
http://www.calculadoracarbono-cgd.com/
Sites alternativos para cálculo da pegada ecológica
TEXTO 7 - Globalização e identidade cultural
Sintetizamos sob o título acima dois temas que o teu manual aborda separadamente: (1) Género
e Identidades Sociais e (2) Migrações, identidades e culturais e etnicidade. Começamos por
distinguir sexo de género recorrendo a uma referência a Simone de Beauvoir:
Ela- Porque é que os homens são tão piegas quando estão doentes?
O tema da infidelidade conjugal não foi ainda, no nosso país, objeto de qualquer estudo de
carácter científico. (...) Os resultados desta investigação confirmam, de uma maneira geral, a
hipótese da dominância simbólica do género masculino já fundamentada em outros trabalhos.
Infidelidade Conjugal: Classe Social e Género
Já referimos noutros momentos que as raparigas conseguem mais frequentemente obter sucesso
escolar.
Pesquise até que ponto os ganhos médios mensais dos trabalhadores femininos persistem
abaixo masculinos.
As mulheres portuguesas estão melhor que o país(!), pois Portugal têm uma melhor posição
segundo este índice (19 em 2011) que pelo IDH (41 em 2011). Mesmo assim prevalece a
associação das mulheres a certos sectores de atividade como o ensino e a saúde. Em
determinadas situações da médica, e nos níveis mais baixos de ensino da professora,
estes sectores parecem pertencer “naturalmente” à esfera feminina, porque os
profissionais continuam a “cuidar” de alguém.
O processo de descolonização, que causou a primeira grande vaga de imigração das antigas
colónias para a metrópole, começou em Portugal mais de uma década depois das outras nações
europeias com passado imperial. Como a independência das colónias portuguesas em África não
pode ser separada da queda do regime autoritário de Salazar/Caetano, o primeiro número
significativo de imigrantes chegou no ponto de viragem da história do Portugal moderno,
quando a sociedade começou a viver uma mudança fundamental no campo político, social e
demográfico. Além disso, em 1974, a maioria dos Estados de acolhimento europeus tinham já
deixado de aceitar mais imigração laboral devido ao declínio das suas economias.
(…) Quando duas ou mais culturas diferentes, entrando em contacto contínuo, originam
mudanças importantes em uma delas ou em ambas, fenómeno conhecido por aculturação.
O etnocentrismo explicará por que razão inicialmente terão acreditado que os muçulmanos um
dia deixariam de o ser, abdicando da sua etnicidade, isto é, trocando os elementos constitutivos
da sua cultura pelos da cultura local, como quem troca de casaco. Naturalmente que
esta assimilação completa da cultura portuguesa falhou:
Os primeiros conceitos respetivos apostaram na assimilação — um segundo cálculo errado,
como sabemos hoje. As sociedades dominantes partiram do pressuposto de que as diferenças
culturais desapareceriam gradualmente de geração para geração. Uma vez que as abordagens
académicas europeias na década de 1970 (em certos casos até à década de 1980) haviam sido
muito influenciadas pelas ideias laicas, o fator islâmico importado não estimulava muito
interesse. Muitos académicos calculavam que os muçulmanos iriam viver a sua fé num nicho
fora da vista pública (Nielsen, 1992) ou perdê-la (Kettani, 1996).
1. Refere algumas representações das identidades sociais que nos permitem distinguir os
géneros.
2. Relaciona o desenvolvimento económico e a globalização com os fenómenos
migratórios.
3. Refere problemas de integração dos migrantes (culturais e sociais)