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As contribuições de Karl Marx, Max Weber e Émile

Durkheim para a compreensão do fenômeno educativo


INTRODUÇÃO
 Emergência da Sociologia em um contexto marcado por
grandes transformações;
 Vários são os autores que teceram explicações
sociológicas para compreender esses processos sociais.
Entre os pioneiros e hoje considerados clássicos,
podemos mencionar Émile Durkheim, Karl Marx,
Marx Weber.
 Desde os seus primórdios, a sociologia já tomou a
educação como objeto de análise.
INTRODUÇÃO
 Recife: diversidade de grupos e equipamentos
institucionais
 SEDA – Secretaria Executiva de Direitos Animais

 CVA – Centro de Vigilância Ambiental

 DEPOMA – Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente

 Hospital Veterinário;

 Parcão;
OBJETIVOS
 Identificar as contribuições dos referidos autores para o
fenômeno educativo;
 Demonstrar como tais contribuições estão entrelaçadas
com suas respectivas teorias sociológicas;
 Apontar como as reflexões desses autores reverberaram
no campo disciplinar da Sociologia da Educação.
O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE DURKHEIM

 Grande contribuição para a consolidação da sociologia


enquanto ciência.
 Vive numa época marcada por guerras e profundas
mudanças, algo que se reflete na sua sociologia.
 Influência do Positivismo: busca por regularidades;
concepção mecânica/orgânica de sociedade
 Sociologia: ciência “das instituições, da sua gênese e do
seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo
comportamento instituído pela coletividade”.
 Para tornar-se ciência, a sociologia deve delimitar seu
objeto: fatos sociais.
 Toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre
o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral
na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma
existência própria, independente das manifestações
individuais que possa ter.
 Geral: abrange toda a sociedade

 Externo: existe independente dos indivíduos

 Coercitivo: se impõe ao indivíduo

devem observados como se fossem físicos; como algo objetivo;


posição de neutralidade, afastando-se das pre-noções.
Impressões e preconceitos devem ser deixados de lado no estudo
científico dos fenômenos sociais.
 deve-se buscar suas causas; verificar as variações do
fenômeno em diferentes períodos e circunstâncias; estabelecer
comparações e identificar a função que o fato social exerce no
conjunto da sociedade.
DURKHEIM E A EDUCAÇÃO

 os conflitos e transformações que fizeram emergir a sociedade


industrial no final do século XVIII, colocaram no centro da
preocupação de autores como Comte e Durkheim, uma
preocupação com a desordem moral e a integração social.
Justamente por isso, a educação ocupou um lugar importante
em sua perspectiva sociológica.
 A instituição educacional caberia o papel de garantir a
comunhão moral e a coesão da sociedade, por meio do
aprendizado das normas e valores que fundamentam a
sociedade.
 Talvez por isso mesmo, que entre os clássicos, Durkheim foi
aquele que mais desenvolveu. Principais trabalhos: Educação e
Sociologia; A educação Moral; A evolução pedagógica na
França (1905)
 Definição de Educação: Definição de educação: a
educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre
as gerações que não se encontram ainda preparadas para
a vida social; tem por objetivo suscitar e desenvolver na
criança certo número de estados físicos, intelectuais e
morais, reclamados pela sociedade política, no seu
conjunto, e pelo meio especial a que a criança,
particularmente, se destine. Resulta da definição acima
que a educação consiste em uma socialização metódica
da jovem geração” (Educação e sociologia, p. 51)
(Durkheim, 1955, p.32)
 A educação se impõe aos indivíduos, ensina-lhes
maneiras de pensar, de sentir e agir; é um tipo de
socialização metódica; socialização que existe desde o
inicio da vida no ambiente familiar, no entanto, é na
escola que ocorre de modo sistemático; tornando-se o
lugar central de continuidade social, transmissão de
valores, normas e saberes.
 Educação enquanto processo de aquisição de normas
sociais e comportamentos fundamentais para a
integração social e o equilíbrio moral da sociedade.
 Pedagogia: seria a teorização da prática educativa;
processos reflexivos que envolvem a educação
A SOCIOLOGIA DE KARL MARX (1818-1883)

 investigar o desenvolvimento histórico das formas de


produção e reprodução da sociedade.
 É em torno da produção que se organiza a sociedade;

 Forças produtivas – capacidade de uma coletividade


transformar a natureza em recursos para a vida material.
Isto ocorre a partir do trabalho.
 Relações Sociais de Produção – expressa o modo como
as pessoas se organizam para produzir
 Na sociedade capitalista, os trabalhadores são separados
dos seus meios de produção.
 Essa separação tem um efeito alienador: o trabalhador
relaciona-se com seu produto como algo alheio;
 Organização da sociedade a partir do lugar que um dado
sujeito ocupa no modo de produção: proprietários /
possuidores; não proprietários; capitalistas e
trabalhadores
 A propriedade privada dos meios de produção, cria uma
sociedade desigual, onde os trabalhadores geram riqueza
para os donos do capital .O modo de produção capitalista
é marcado pela exploração.
 - Marx também aponta que a classe que detém o poder
material numa sociedade, é também aquela que detém o
poder político e espiritual dominante;
 Uma vez que as classes dominantes sustentam-se na
exploração do trabalho daqueles que não são, a relação
entre elas não pode ser outra senão conflitiva.
 A luta de classes é o motor da história. A história das
sociedades, é a história da luta de classes.
 Consciência de classe – ter consciência do lugar que
ocupa no sistema produtivo, é a consciência de classe. É
justamente ela que conduz a formação de associações de
trabalhadores.
 O proletariado é o sujeito coletivo que possui o papel de
agente transformador dessa realidade.
MARX E A EDUCAÇÃO
 Rejeita qualquer proposição que diz que a educação é
capaz de promover, por si só, a transformação necessária
a sociedade
 O educador também é educado; antes de ser formador,
ele mesmo é formado pelo sistema ao qual está inserido;
 Por outro lado, ele também reconhece que a educação é
um campo de batalha. Do mesmo modo que pode servir
para reprodução das desigualdades, também pode
fortalecer críticas, o inconformismo, desenvolver a
capacidade de questionamento.
 Por meio das instituições educacionais, é possível formar
tanto súditos quanto cidadãos.
A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER (1864-
1920)
 A Sociologia weberiana baseia-se na concepção de “ação
social” e
no postulado de que a sociologia é uma “ciência
compreensiva”.
 Cabe a Sociologia, compreender especificidade dos
fenômenos sociais.
 Compreender como? Captando seus sentidos e significados
contidos na ação.
 Ação Social – toda ato humano dotado de significado.

 Como operar? Construção ideal típica – recurso heurístico,


analítico, que permite traçar uma aproximação entre o
fenômeno social estudado e o tipo construído teoricamente.
 Construção mental, abstração, exagero de perfeição.
 Comparar o mundo empírico com o tipo ideal e
descrever o quanto a realidade se aproximou ou não
desse tipo ideal.
 Certo pessimismo acerca das consequências negativas e
inevitáveis do processo de racionalização; A humanidade
partiu de um universo habitado pelo sagrado, pelo
mágico, excepcional e chegou a um mundo
racionalizado, material, manipulado pela técnica e pela
ciência.
 Racionalização e Burocracia
 Se pudéssemos sintetizar em breves palavras o que
Weber identifica como sendo a maior marca das
sociedades ocidentais, é que estas tendem
inevitavelmente à racionalização em todas as esferas da
vida social.
 Ex: A organização burocrática é hierárquica, e o
recrutamento para seus quadros dá-se através de
concursos ou de outros critérios objetivos.
WEBER E A EDUCAÇÃO
 Dos clássicos Weber é certamente o autor menos
conhecido pela sociologia da educação.
 Os letrados chineses (sociologia da religião).

 Weber constrói uma tipologia dos tipos de educação:

 Educação carismática: orientada para despertar


capacidades consideradas como Dom.
 Educação formativa: aquela que prepara o aluno para
exercer um certo tipo de conduta; um tipo particular; a
posse de um sistema particular de hábitos
 Educação especializada: orientada para o exercício de
papeis específicos; pragmática, possui fins profissionais
ou utilitários: profissionais liberais, políticos;
 Ao falar sobre a educação chinesa, Weber também faz
paralelos com a educação no ocidente.
 A educação Chinesa era uma educação literária
altamente exclusiva e livresca
 “os exames da China comprovavam se a mente do
candidato estava embebida de literatura e se ele possuía
ou não os modos de pensar adequados a um homem
culto e resultantes do conhecimento da literatura (...). Era
uma educação literária altamente exclusiva e livresca”
 “os chineses não comprovavam habilitações especiais,
como os nossos modernos e racionais exames
burocráticos para juristas, médicos, técnicos”.
 Os desdobramentos do processo de racionalização que
marca as sociedades ocidentais, reverbera nas
instituições educacionais, que passam a ter uma
formação cada vez mais voltada para atender as
demandas profissionais dos quadros burocráticos das
instituições modernas.
 Processo de burocratização dependente da qualificação,
treinamento e da seleção especializada.

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