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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU TERESINA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO NA CLÍNICA
1ª avaliação
Dayana Ciríaco da Cruz 19374487
Danyelle Nogueira Rios 19373749
ALUNO Maxwell Lopes Gomes MATRÍCULA 19374584

DISCIPLINA  FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO  DATA DA PROVA  

PROFESSOR MAYARA CARNEIRO  TIPO DE PROVA TEÓRICA


CÓDIGO DA
TURMA 5º TURMA   NOTA  

ATENÇÃO:
- A avaliação somente poderá ser entregue depois de decorridos 50min de seu início.
- Utiliz - Caneta esferográfica azul ou preta. Provas entregues escritas a lápis NÃO serão corrigidas.
- Será atribuída nota zero ao aluno que devolver sua prova em branco, independentemente de ter assinado a Ata de Prova.
- Ao aluno flagrado utilizando meios ilícitos ou não autorizados pelo professor para responder a avaliação será atribuída
nota. zero e, mediante representação do professor, responderá a Procedimento Administrativo Disciplinar, com base no Código
de Ética.

Observações importantes:

1. Material teórico de base:

LIVRO: Técnicas em Gestalt – Joyce e Sills


Cap.04 – O relacionamento terapêutico
Cap.05 – Avaliação e Diagnóstico
Cap.10 – Estilos de contato: moderações ao contato e polaridades
Cap.13 – Processo incorporado

2. Soma de pontuação:

Atividades com entregas já encerradas: “Atendimento Glória” (Perls e Rogers)(2,0


pontos) + essa atividade avaliativa (8,0 pontos)

Com base nas leituras indicadas e discussões realizadas ao longo do semestre


responda de forma individual, dupla ou trio as questões em seguida:

01. “A doença não é mais que um constructo que guarda relação com o sofrimento, com
o mal, mas não lhe corresponde integralmente. O conhecimento clínico pretende balizar
a aplicação apropriada do conhecimento e da tecnologia, o que implica que seja
formulado nesses termos(EVANS; STODDART, 1990).” Com base nessa afirmação e
no que foi discutido em sala de aula, discorra sobre o processo saúde – doença e sua
relação com a psicologia humanista.(2,0 pontos)

O processo Saúde-Doença faz referência a todas as variáveis que envolvem a


saúde e a doença de um indivíduo ou população considerando ambas interligadas e
consequências dos mesmos fatores (alimentação, moradia, relações sociais) que
permitem a sobrevivência do homem. Ademais, olhar o indivíduo através de uma visão
holística, ou seja, vê-lo com um tudo, não somente como “corpo doente ou são”, mas
biopsicossocial. Sendo esse um dos aspectos da Psicologia Humanista. Além de ser a
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via pela qual o sujeito encontra a si mesmo, valorizando seus pensamentos, corpo,
emoções e espiritualidade. Nesse sentido, o Psicólogo promove o desenvolvimento
pessoal, como uma ferramenta para que a pessoa, através de recursos próprios, possa vir
a compreender-se e desenvolver-se.

02. “A Teoria da Gestalt propõe uma forma específica de relacionamento terapêutico


chamada de relação dialógica” (JOYCE; SILLS, 2016). Com base nas indicações de
leituras e no que foi discutido em sala de aula, discorra sobre a relação dialógica.(2,0
pontos)

A relação dialógica acontece quando o terapeuta e o cliente estão num


relacionamento autêntico, em que antes a relação “eu-isso” se constrói se tornando uma
estrutura essencial para a atitude “eu-você” entre ambos. Assim, esse vínculo
terapêutico abre espaço para que ambos sejam modificados, incluindo
fundamentalmente 4 elementos: presença, confirmação, inclusão e disposição para uma
comunicação aberta.
A presença, está relacionada a disponibilidade total do psicólogo de maneira
autêntica e honesta, permitindo que o cliente o veja da forma que ele é. Por exemplo: o
terapeuta mostrando sua reação em relação ao que paciente expor como “Fico
perturbado ao ouvir como abusaram de você”. Já a confirmação, refere-se a total
recepção ao outro, porém nem sempre concordando, mas busca aceitar sua visão de
mundo diferencial, onde os psicólogos podem, por exemplo, discordar das opiniões
fortes tais como racismo, violência.
Com relação a Inclusão, esta permite ao terapeuta incluir a intersubjetividade
total do cliente ao “aqui-agora” em sua compreensão. Exemplificando, o psicólogo
pensa no seu cliente e se questiona “quais as suas próprias reações, sentimentos e
pensamentos enquanto escuta o cliente?”. Por fim, tem-se a disposição para a
comunicação aberta, onde cliente e terapeuta precisam está dispostos a comunicar-se de
maneira autentica, o cliente precisa ter confiança para expressar suas experiências ao
terapeuta, este por sua vez precisa está aberto para receber as demandas demonstrando
suas reações, tornando o encontro autêntico.
Se o cliente solicitar que o psicólogo relate alguma experiência dele, é preciso
que ela saiba o que, quando, como e quando revelar. Uma boa relação dialógica entre o
psicólogo e o cliente se faz de primordial importância, uma vez que a mesma permite
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que o diálogo seja fluido e que seja sincero, permitindo que o cliente, comprometa-se
com a verdade e a disposição dentro do processo, sendo o contrário também verdade,
assim, se há uma relação dialógica fragilizada, o processo terapêutico pode tender a não
se tornar efetivo até que a mesma seja de fato restaurada.

03. “Muitos dos conceitos da Gestalt como as zonas de awareness, as modificações ao


contato, o estilo de cuidado e a maneira de avaliar o cliente” (JOYCE; SILLS, 2016).
Com base nas indicações de leituras e no que foi discutido em sala de aula, discorra
sobre o processo de psicodiagnóstico e avaliação em psicoterapia humanista.(2,0
pontos).

Diagnóstico tem a ver com a identificação da doença trabalhando numa atitude


“eu-isso”, objetificando a relação. É uma descrição ou padronização de como o cliente
está no momento, de acordo com a identificação de pelo menos uma Gestalt fixa.
Enquanto, a Avaliação é um processo de todas as maneiras pelas quais o cliente faz
sentido do seu mundo e entra em contato com ele, englobando relações “eu-isso” e “eu-
você”. Todavia, o processo de Psicodiagnóstico engloba ambos, o diagnóstico e
avaliação, bem como, trabalha o ser humano de maneira holística (biológico,
psicológico, social, saúde).
A avaliação e/ou diagnóstico são importantes e inevitáveis no processo
terapêutico, a começar pela própria construção de uma relação terapêutica consistente. É
fundamental para tomadas de decisões sobre o tipo de aconselhamento e técnicas a
serem utilizadas e até mesmo sobre as próprias capacidades do terapeuta em atender o
cliente em questão. Além disso, serve como forma de comunicação com outros
profissionais, quando necessário e para o próprio cliente se for relevante para seu
tratamento.
Trabalhando numa posição de incorporação dentro do processo terapêutico, o
campo relacional incluem tarefas iniciais como: Incorporação, para que o cliente entre
em contato com o próprio corpo; Harmonização, afim de proporcionar um espaço para o
cliente organizar o contato anterior (consciência corporal); Ressonância, que se refere a
consciência das próprias reações e; congruência de si, frisando a articulação em
compreender como a experiência foi notada na incorporação, harmonização, pelo
terapeuta no processo de sessão.
É relevante ressaltar que tanto a avaliação, quanto diagnóstico são abertos a
mudanças e devem ser feitos ao longo do processo, até o final do tratamento.
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04. Os profissionais começaram a perceber que havia certos padrões recorrentes de


interrupção energética na maneira como seus clientes reagiam ou estabeleciam contato.
A esses padrões eles deram os nomes de reflexão, confluência, dessensibilização,
introjetos, projeção, egotismo e deflexão. Conhecidos coletivamente como
interrupções ao contato(JOYCE; SILLS, 2016). Com base no que foi discutido em
sala de aula, explique e discorra sobre dois dos bloqueios de contato mencionados
acima.(2,0 pontos)

Confluência: o cliente está totalmente ligado ao outro, sem conseguir distinguir


um limite interpessoal, além de ter reações, sentimentos e comportamentos similares aos
outros. Ele parece ter dificuldade em saber o que é dele e o que é do outro, como se
quisesse evitar a diferenciação ou conflito, o que acaba resultando em ansiedade.
Pessoas com essas características tem a necessidade de estar sempre em
relacionamento afetivos ou em grupos. No processo de terapia o cliente por exemplo,
concorda com tudo que o psicólogo fala e espera que ele o entenda sem ele ter que se
explicar. Entretanto é importante que a terapia o ajude na busca do “Eu”, na aceitação
de suas próprias singularidades.
Uma estratégia de cura é buscar diferenças e semelhanças na relação terapêutica
como “Parece que você concordou com... (ou sentiu a mesma coisa que...)”

Projeção: O cliente nega a si próprio, projetando no mundo suas emoções,


pensamentos, fracassos e desejos considerados incompatíveis com a própria
personalidade, responsabilizando o outro sem perceber. Isso pode até levar o cliente a
desenvolver traços paranóicos, visto que está sempre achando que as pessoas ou mundo
estão contra ele.
Exemplo: No caso Glória, a cliente alegava que a filha ficaria decepcionada ou
com raiva de seus relacionamentos, quando na verdade ela tinha esses sentimentos em
relação a si mesma. Todavia, o terapeuta deve guiar esse indivíduo a integrar essas
partes alienadas e reassumir as responsabilidades sobre suas ações e sentimentos.

Boa Prova!

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