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FACULDADE UNINASSAU

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO


DISCIPLINA FILOSOFIA GERAL E DO DIREITO

ALUNO Illanna Larissa Pereira Alves MATRÍCULA 01340435

DISCIPLINA Psicologia Cognitiva Comportamental DATA DA PROVA

PROFESSOR Juliana Setton TIPO DE PROVA Atividade Avaliativa


CÓDIGO DA
TURMA Psicologia TURMA NOTA

Introdução
Os termos terapia cognitiva (TC) e o termo genérico terapia cognitivo-comportamental (TCC) são
usados com freqüência como sinônimos para descrever psicoterapias baseadas no modelo
cognitivo.

A pesquisa e a prática clínica mostraram que a TC é efetiva na redução de sintomas e taxas de


recorrência, com ou sem medicação, em uma ampla variedade de transtornos psiquiátricos. Aron
Beck, o fundador da terapia cognitiva aplicou sistematicamente o conjunto de princípios teóricos e
terapêuticos da TC a uma série de transtornos, começando por depressão, suicídio, transtornos de
ansiedade e fobias, síndrome do pânico, transtornos da personalidade e abuso de substâncias.
Problemas interpessoais e raiva, hostilidade e violência também foram estudados.

Fundamento histórico e filosófico das TCC

Uma diversidade de abordagens da TCC emergiu ao longo das décadas subseqüentes, atingindo
vários graus de aplicação e sucesso.As TCCs podem ser classificadas em três divisões principais:
1) terapias de habilidades de enfrentamento, que enfatizam o desenvolvimento de um repertório de
habilidades que objetivam fornecer ao paciente instrumentos para lidar com uma série de situações
problemáticas;
2) terapia de solução de problemas, que enfatiza o desenvolvimento de estratégias gerais para
lidar com uma ampla variedade de dificuldades pessoais;
3) terapias de reestruturação, que enfatizam a pressuposição de que problemas emocionais são
uma conseqüência de pensamentos mal adaptativos.

1. Semelhanças e diferenças entre as TCCs

Mesmo que terapias identificadas como cognitivo-comportamentais compartilhem uma série de


características teóricas e práticas, e apesar de suas diversas sobreposições de procedimentos, “é
tão apropriado afirmar que há de fato uma só abordagem cognitivo-comportamental quanto o é
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afirmar que há uma só terapia psicanalítica”. Entretanto, ao passo que TCCs em geral envolvem
toda uma variedade de abordagens, a TC conforme desenvolvida por Beck, com seu conjunto
próprio de princípios e metodologias e técnicas muito específicas, é razoavelmente uniforme.

Terapia cognitiva
1. Fundamentos teóricos
A teoria cognitiva, com seu foco nos processos intrapsíquicos, e não no comportamento
observável, é mais um legado da teoria psicanalítica, embora os procedimentos terapêuticos sejam
mais semelhantes à terapia comportamental.
Além disso, a estrutura teórica da TC foi construída sobre contribuições de outras escolas, como a
abordagem fenomenológicahumanista à psicologia.
A abordagem científica adotada pela terapia comportamental contribuiu com diversos
procedimentos e estratégias terapêuticos, como a estrutura da sessão, a maior atividade do
terapeuta, o estabelecimento de objetivos do tratamento para toda a terapia e de uma pauta para
cada sessão, a formulação e teste de hipóteses, a obtenção de feedback, o uso de técnicas de
solução de problemas e treinamento de habilidades sociais, a prescrição de tarefas de casa e
experimentos entre as sessões, e a medição de variáveis mediacionais e desfechos

2. Princípios da TC

Mais uma vez, de acordo com a abordagem de processamento de informações, o princípio


fundamental da TC é que a maneira como os indivíduos percebem e processam a realidade
influenciará a maneira como eles se sentem e se comportam. Desta forma, o objetivo terapêutico
da TC, desde seus primórdios, tem sido reestruturar e corrigir esses pensamentos distorcidos e
colaborativamente desenvolver soluções pragmáticas para produzir mudança e melhorar
transtornos emocionais.

Nas raízes dessas interpretações automáticas distorcidas estão pensamentos disfuncionais mais
profundos, chamados de esquemas e também denominados crenças nucleares, que são
“estruturas cognitivas internas relativamente duradouras de armazenamento de características
genéricas ou prototípicas de estímulos, idéias ou experiências que são utilizadas para organizar
novas informações de maneira significativa, determinando como os fenômenos são percebidos e
conceitualizados”

Os esquemas são adquiridos precocemente no desenvolvimento, agindo como “filtros” pelos quais
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as informações e experiências atuais são processadas. Essas crenças são moldadas por
experiências pessoais e derivam da identificação com outras pessoas significativas e da percepção
das atitudes das outras pessoas em relação ao indivíduo.

3. Procedimentos e técnicas

e psicoeducativa, com experiências específicas de aprendizagem desenhadas com o intuito de


ensinar os pacientes a: 1) monitorar e identificar pensamentos automáticos; 2) reconhecer as
relações entre cognição, afeto e comportamento; 3) testar a validade de pensamentos automáticos
e crenças nucleares; 4) corrigir conceitualizações tendenciosas, substituindo pensamentos
distorcidos por cognições mais realistas; e 5) identificar e alterar crenças, pressupostos ou
esquemas subjacentes a padrões disfuncionais de pensamento.

4. Conceitualização de caso
Desde o início do tratamento, o terapeuta desenvolve (idealmente de forma colaborativa, como
sempre) uma conceitualização cognitiva do paciente. A conceitualização de caso é um trabalho
permanente no decorrer de um tratamento; à medida que novos dados clínicos importantes são
trazidos para a terapia, a conceitualização cognitiva será alterada e atualizada conforme
necessário enquanto o tratamento evolui. Para preparar um plano de tratamento, uma
conceitualização de caso individual é extremamente necessária, uma vez que guia as intervenções
terapêuticas.

5. Técnicas cognitivas e comportamentais


Uma série de técnicas diferentes pode ser usada, dependendo do perfil cognitivo do transtorno,
fase da terapia e conceitualização cognitiva específica de um determinado caso. Técnicas
comportamentais poderiam ser mais usadas em casos de depressão grave nos quais há uma
necessidade de promover a ativação comportamental do paciente.

Entre as técnicas comportamentais estão, por exemplo, agendamento de atividades, avaliações de


prazer e habilidade, prescrições comportamentais de tarefas graduais, experimentos de teste da
realidade, role-plays, treinamento de habilidades sociais e técnicas de solução de problemas.
Primeiro apresentaremos uma pequena amostra de técnicas cognitivas.

Referências
Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva Cognitive therapy:
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foundations, conceptual models, applications and research. Paulo Knapp,1 Aaron T Beck2,3
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