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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA - UNIFAVIP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA

KHERLLA WALLERYA DE LIMA VALENÇA

ATIVIDADES PROPOSTAS PARA DISCIPLINA DE ESTUDO DIRIGIDO

Caruaru/PE
2023
KHERLLA WALLERYA DE LIMA VALENÇA

ATIVIDADES PROPOSTAS PARA DISCIPLINA DE ESTUDO DIRIGIDO

Atividade acadêmica apresentada à


Coordenação do Curso de Psicologia da
Universidade do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
/ WYDEN, como requisito parcial para
obtenção aprovação em Disciplica de estudo
dirigido de Técnicas Psicoterápicas
Comportamentais
Professor(a) Orientador (a): JULIANA
SANTOS

Caruaru/PE
2023

Introdução a terapia cognitiva comportamental

A TCC é uma abordagem terapêutica que busca identificar os padrões de pensamento e


comportamento que provém deles, afim de auxiliar o paciente a entender seus
pensamentos disfuncionais e substituí-los por outros mais adequados. Além disso, a TCC
busca também desenvolver a capacidade de enfrentar de modo mais fácil seus obstáculos
ou situações desafiadoras. A TCC baseia-se na premissa de que nossos pensamentos são
interligados com nossa forma de sentir e se comportar. Ela promove o desenvolvimento da
habilidade de transformar pensamentos automáticos negativos e distorcidos e desafiá-los,
transformando-os em pensamentos equilibrados e realistas. Além disso, a tcc foca também
na teoria comportamental, que diz que o comportamento é aprendido e pode ser
modificado. O terapeuta busca ajudar o paciente a identificar os comportamentos
inadequados e desenvolver estratégias para modificá-los positivamente.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é geralmente considerada uma das abordagens


terapêuticas mais eficazes e amplamente estudadas para o tratamento de uma variedade
de distúrbios psicológicos. Ela demonstrou ser eficaz no tratamento de condições como
ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse
pós-traumático, fobias, transtorno de pânico, distúrbios alimentares e diversos outros.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) foi desenvolvida com o decorrer do tempo por


muitos psicólogos. No entanto, está mais amplamente ligada a dois nomes.

Aaron Beck, que inicialmente era da psicanálise, porém após estudos, começou o
questionamento a cerca da abordagem psicanalítica tradicional e posteriormente
desenvolveu uma teoria que tinha como foco os pensamentos automáticos dos pacientes, o
que ele chamou de distorção cognitiva. Esses pensamentos eram negativos e irracionais,
que contribuíam para problemas emocionais. Ele desenvolveu a TCC para identificar esses
padrões e, assim poderem realizar as modificações nesses pensamentos.

Albert Ellis: Responsável por desenvolver a Terapia Racional Emotiva Comportamental em


1950, enfatizou a identificação e q mudança de frescas irracionais e pensamentos
disfuncionais que levam a emoções negativas. incorporou vários princípios da TREC na
TCC.

Ao longo dos anos, as abordagens de Beck e Ellis se combinaram e influenciaram o


desenvolvimento da TCC como a conhecemos hoje. A TCC se tornou uma abordagem
terapêutica amplamente aceita e eficaz para uma variedade de problemas psicológicos,
incorporando técnicas de reestruturação cognitiva e modificação de comportamento. Ela
continuou a evoluir com contribuições de outros terapeutas e pesquisadores na área,
resultando em várias técnicas e abordagens dentro do campo da TCC.
A intervenção cognitiva típica pode se referir a intervenções que são típicas ou
convencionais no meio psicológico cognitivo. Essa área foca no estudo de processos
mentais, como pensamento, memória, percepção e afins. As intervenções confeitavas
típicas devem incluir processos terapêuticos que visem modificar padrões de pensamentos,
como a TCC, por exemplo.

Para ser um terapeuta cognitivo comportamental eficiente, exige tempo, treinamento, prática
e estudo. Além disso, o terapeuta deve ser estar qualificado em habilidades terapêuticas,
como: escuta, empatia, preocupação, respeito e autenticidade, bem como compreensão
adequada, reflexão e capacidade de resumir. No primeiro estágio, você adquire as
competências básicas para a análise de casos a partir da avaliação inicial e dos dados
reunidos nas sessões. Desenvolve a habilidade de estabelecer uma relação terapêutica
sólida, aprende a organizar a estrutura das sessões e a utilizar sua compreensão do cliente
e bom senso para planejar o tratamento, levando em conta os valores, aspirações e metas
dos seus clientes. Auxilia os clientes na criação de soluções para os desafios que enfrentam
e a abordar seus pensamentos disfuncionais de maneira diferente. Adquire conhecimentos
em técnicas cognitivas e comportamentais fundamentais, bem como a capacidade de
ensinar aos seus clientes como aplicá-las. No segundo estágio, o terapeuta se aprimora na
combinação de sua análise de casos com as técnicas terapêuticas. Sua compreensão da
terapia melhora, ele identifica melhor os principais objetivos do tratamento e aperfeiçoa sua
análise dos clientes, usando isso para guiar suas decisões sobre como intervir. Ele expande
sua gama de abordagens terapêuticas, melhora na escolha e aplicação das técnicas certas
e trabalha para fortalecer o relacionamento terapêutico.

No Estágio 3, o terapeuta aprimora sua capacidade de incorporar novas informações na


compreensão do cliente, ajustando suas suposições quando necessário. Ele também
adapta a abordagem terapêutica, principalmente em situações complexas, e se torna mais
competente na gestão da relação com o cliente.

Após isso, o foco está em estudar e se atualizar sempre sobre a TCC, fazendo leitura de
artigos e matérias que auxiliem a sempre estar atualizado sobre as inovações da técnica.

Além das informações relevantes e pertinentes que podemos encontrar no livro, temos
também a visão de uma terapeuta que iniciou como todos nós, cheia de inseguranças e
incertezas, porém que manteve a calma, ética e foi bastante perspicaz com os estudos, afim
de garantir o melhor atendimento possível para seus pacientes, visando sempre a melhora
deles.

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Fichamento do capítulo III

O texto destaca a importância do contato contínuo com o cliente para aprimorar o


entendimento cognitivo, comportamental e fatores de manutenção. É crucial adaptar essa
formulação à situação específica do cliente, sempre coletando dados, resumindo e
verificando hipóteses. O terapeuta deve confirmar, rejeitar ou modificar hipóteses à medida
que novas informações são apresentadas, questionando se elas se encaixam em padrões
conhecidos ou são algo novo, para revisar e checar em futuras sessões.
O texto enfatiza a necessidade de interação contínua com o cliente para compreender e
adaptar as abordagens terapêuticas. Isso envolve a coleta, resumo e verificação de
hipóteses, permitindo que o terapeuta ajuste suas análises à medida que novas
informações são fornecidas, questionando se elas se encaixam em padrões conhecidos ou
representam algo inédito para ser revisado em sessões futuras.

Para desempenhar um papel eficaz como terapeuta, é crucial desenvolver empatia e


compreensão das experiências, pensamentos e emoções dos clientes. Entender o mundo
sob a perspectiva deles, considerando sua história, valores, forças e fragilidades é
fundamental. Além disso, ao formular essa compreensão, destaca-se a importância de
reconhecer e construir a partir das qualidades e habilidades dos clientes, ajudando a
fortalecer o funcionamento e o bem-estar emocional. Compreender a origem e a
manutenção dos obstáculos que impedem a realização de objetivos também é essencial.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) opera com o pressuposto do modelo cognitivo,


sugerindo que as emoções, comportamentos e a resposta fisiológica das pessoas são
moldados pela forma como interpretam eventos, sejam eles externos (como um fracasso
em um exame) ou internos (como sintomas físicos de ansiedade).

Às vezes, quando você lê algo, pode ter pensamentos diferentes em dois níveis. Um nível
foca nas informações do texto, enquanto outro é rápido e automático, como julgar ou se
preocupar. Esses pensamentos automáticos surgem sem pensar e podem afetar suas
emoções ou ações sem perceber. Mesmo que pareçam certos, você pode aprendê-los ao
notar mudanças em como se sente, age ou em seu corpo. Perguntar a si mesmo o que
estava pensando pode ajudar a entendê-los melhor.

Desde a infância, as pessoas constroem ideias fundamentais sobre si mesmas, outros e o


mundo, chamadas de crenças nucleares. Elas são vistas como verdades absolutas e
podem ser predominantemente positivas, mas também contêm crenças negativas que se
ativam diante de situações estressantes. Indivíduos com boa adaptação tendem a ter
crenças realistas e positivas, enquanto aqueles com transtornos podem ter desenvolvido
crenças mais rígidas e desfavoráveis sobre si mesmos, o mundo e o futuro. Essas crenças
influenciam como veem a eficácia pessoal, as relações interpessoais, a segurança no
mundo e as expectativas para o futuro.

As pessoas podem ter ideias negativas temporárias quando enfrentam problemas ou agem
de forma contrária aos seus valores, mas geralmente voltam a acreditar em suas visões
realistas. Em casos de transtornos graves, o tratamento é crucial para restaurar suas visões
positivas. No entanto, pessoas com transtornos de personalidade podem ter tido crenças
adaptativas mais fracas na juventude, precisando de auxílio para desenvolvê-las. Alguns,
especialmente durante episódios maníacos, podem ter visões excessivamente otimistas,
precisando de orientação para serem mais realistas.

As crenças nucleares e intermediárias se originam da forma como as pessoas interpretam o


mundo de acordo com seu estágio de desenvolvimento. Essas crenças, influenciadas por
suas interações com o ambiente e pessoas, são variadas em sua precisão e funcionalidade.
Para terapeutas de TCC, é vital saber que crenças disfuncionais podem ser desaprendidas
e substituídas por novas crenças mais realistas durante o tratamento. A maneira mais eficaz
de ajudar os clientes a se sentirem melhor e agir de forma mais adaptativa é fortalecer suas
crenças positivas e corrigir as imprecisas. Isso pode permitir que interpretem situações
atuais e futuras de modo mais construtivo. Geralmente, é possível trabalhar diretamente
com as crenças positivas desde o início do tratamento. No entanto, é comum abordar
indiretamente as crenças negativas mais profundas no início, para então focar mais
diretamente nelas depois. Identificar essas crenças negativas pode desencadear
sentimentos negativos nos clientes, o que pode gerar insegurança.

———

Capitulo IX

Para garantir um tratamento terapêutico eficaz, é necessário adaptar as abordagens


terapêuticas de acordo com as necessidades e características individuais de cada cliente.
Este processo envolve a formulação de estratégias personalizadas para cada sessão,
levando em consideração o estágio do tratamento, a relação estabelecida entre o terapeuta
e o cliente, bem como o nível de motivação do mesmo. O principal objetivo é aprimorar o
bem-estar emocional do cliente, incentivando-o a enxergar-se de maneira mais positiva e
empoderada, capacitando-o para enfrentar desafios e alcançar uma vida mais satisfatória.

No âmbito do tratamento terapêutico, estabelecer uma conexão eficaz com o cliente,


fornecer uma visão clara do plano de tratamento e monitorar o progresso são elementos
essenciais. O intuito é educar o cliente sobre o processo terapêutico e como ele pode ser
benéfico. Além disso, busca-se reduzir o sofrimento do cliente e fortalecer as perspectivas
positivas por meio de várias abordagens terapêuticas. A meta é auxiliar o cliente a mudar
sua autopercepção, a visão sobre outras pessoas e o mundo, principalmente após
momentos difíceis. Ao final do processo terapêutico, a ênfase recai na preparação do cliente
para o encerramento do tratamento, mantendo os avanços obtidos, promovendo seu
bem-estar e prevenindo recaídas. Nessa etapa, o cliente está mais ativamente envolvido,
liderando discussões, identificando soluções, lidando com pensamentos negativos e
planejando ações futuras.

Personalizar o tratamento terapêutico de acordo com as características, preferências e


particularidades de cada cliente é crucial para garantir o sucesso do processo. Após a
criação de um plano geral, é fundamental adaptá-lo, avaliar os resultados e ajustar o
tratamento para auxiliar o cliente a alcançar seus objetivos terapêuticos. Essa abordagem
implica uma compreensão aprofundada dos desafios enfrentados pelo cliente, o que permite
a criação de um plano de tratamento específico e adaptado, acompanhando de perto o
progresso e adaptando as estratégias conforme necessário.

Ao planejar uma sessão de terapia, é bom lembrar que as pessoas melhoram aos poucos,
dia a dia. Antes e durante a sessão, é útil fazer algumas perguntas a si mesmo para criar
um plano e guiar a terapia. Terapeutas experientes geralmente pensam sobre essas
questões naturalmente, mas para quem está começando, pode ser um pouco assustador.
Mesmo assim, é importante revisar essas perguntas regularmente para tomar decisões
melhores durante as sessões, embora pensar sobre elas durante a sessão possa afetar o
tratamento.

4- De acordo com a leitura crítica da 5ª sessão de Abe K. é possível observar uma certa
proximidade com a terapeuta, nela, a autora deixa claro qual o plano de ação que irá seguir.
Inicialmente, temos a verificação de humor do paciente e como a medicação está agindo,
essa breve verificação mostra que há a preocupação com o paciente no decorrer da
semana que antecede à sessão, monitorar o progresso com o tratamento, reforçar o modelo
cognitivo que seus pensamentos influenciam diretamente seu humor e verificar
eventualmente se há ideações suicidas ou algo semelhante. De acordo com a fala do
paciente, é possível também buscar informações do quão intensas são suas crises de
pânico, se há explosões de raiva ou uso inadequado de substâncias. Durante a sessão
descrita por Judith, seu paciente Abe diz que se sente melhor durante a semana, o que não
exclui seus momentos depressivos mas que eles estão escassos e que ele vem se sentindo
melhor. Posteriormente, é importante coletar informações a respeito do uso dos
medicamentos, se o paciente sente-se melhor, como estão os efeitos colaterais e como
levar isso de forma clara ao médico responsável. Então, inicia-se a definição da pauta
inicial, que é definir com o paciente o que ele espera da sessão que se seguirá, quais suas
demandas e, durante ela, se há alguma que seja mais pertinente discutir naquele momento.
Paralelo a isso, é importante questionar o paciente se ele tem em mente algum problema
importante a tratar na próxima sessão ou alguma situação negativa que ocorreu e pode
reincidir na semana seguinte. Posteriormente, temos o passo que é voltado a fazer a
atualização do plano de ação anterior para o atual, dando ênfase a perguntas que abordem
questões positivas, já que naturalmente o paciente depressivo trará questões negativas
para iniciar e é bom começar com as positivas. Isso abre uma brecha para elogiar e
incentivar o paciente a respeito do engajamento e vontade que ele teve em se envolver em
atividades que busquem sua melhora, tirar conclusões úteis a respeito das atividades
realizadas, evocar emoções positivas, discutir se o paciente acha pertinente se envolver
nessas atividades na semana seguinte e fortalecer a relação terapêutica.

Na sequência, temos a priorização de pauta, que é focar nas pautas mais importantes para
o paciente na sessão e discutir itens menos importantes nas sessões que prosseguirão,
abrindo espaço pra que o paciente diga se quer definir o mesmo tempo para as pautas ou
se quer focar mais em uma.

Na parte intermediária da sessão, é importante trabalhar a pauta que é mais importante


para o cliente. Nela, deverá ser exposto ao paciente a intervenção, uma justificativa, obterá
a concordância do paciente, implementará a intervenção e assim por em prova sua eficácia.
O terapeuta irá resumir o que conversaram em cada parte da sessão para se lembrar.
Quando falarem sobre os problemas, também vão falar sobre o que esperam alcançar com
a terapia.

Nas sessões, você vai resumir as coisas de diferentes maneiras. Quando o cliente falar
muito sobre um problema, você vai resumir usando um modelo para ter certeza de entender
o que é mais importante para ele. Vai resumir de forma mais simples, usando as palavras
do cliente para manter ele focado. Após cada parte da sessão, você fará um resumo para
garantir que o cliente entenda o que foi feito até o momento e o que está por vir. Isso vai
ajudar a manter as coisas claras para ele. No resumo final, o objetivo é destacar as coisas
mais importantes da sessão de maneira positiva para o cliente. Você também verifica se há
problemas com o Plano de Ação sendo seguido. No início, provavelmente será você quem
fará esse resumo. Posteriormente verificamos o plano de ação, para ter certeza de que ele
entendeu, listar os itens que ele trouxe e que foram trabalhados nas sessões anteriores e
acrescentar mais alguns, sempre observando se há alta probabilidade dele cumprir e não
sobrecarregá-lo. Finalmente, temos a parte do Feedback, onde o paciente diz o que achou
da sessão, se era o que ele esperava, se algo o incomodou ou se alguma informação foi
erroneamente interpretada pelo terapeuta, podendo também ser utilizado para expressar se
espera alguma mudança ou algo diferença na próxima sessão.

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