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Caruaru/PE
2023
KHERLLA WALLERYA DE LIMA VALENÇA
Caruaru/PE
2023
Aaron Beck, que inicialmente era da psicanálise, porém após estudos, começou o
questionamento a cerca da abordagem psicanalítica tradicional e posteriormente
desenvolveu uma teoria que tinha como foco os pensamentos automáticos dos pacientes, o
que ele chamou de distorção cognitiva. Esses pensamentos eram negativos e irracionais,
que contribuíam para problemas emocionais. Ele desenvolveu a TCC para identificar esses
padrões e, assim poderem realizar as modificações nesses pensamentos.
Para ser um terapeuta cognitivo comportamental eficiente, exige tempo, treinamento, prática
e estudo. Além disso, o terapeuta deve ser estar qualificado em habilidades terapêuticas,
como: escuta, empatia, preocupação, respeito e autenticidade, bem como compreensão
adequada, reflexão e capacidade de resumir. No primeiro estágio, você adquire as
competências básicas para a análise de casos a partir da avaliação inicial e dos dados
reunidos nas sessões. Desenvolve a habilidade de estabelecer uma relação terapêutica
sólida, aprende a organizar a estrutura das sessões e a utilizar sua compreensão do cliente
e bom senso para planejar o tratamento, levando em conta os valores, aspirações e metas
dos seus clientes. Auxilia os clientes na criação de soluções para os desafios que enfrentam
e a abordar seus pensamentos disfuncionais de maneira diferente. Adquire conhecimentos
em técnicas cognitivas e comportamentais fundamentais, bem como a capacidade de
ensinar aos seus clientes como aplicá-las. No segundo estágio, o terapeuta se aprimora na
combinação de sua análise de casos com as técnicas terapêuticas. Sua compreensão da
terapia melhora, ele identifica melhor os principais objetivos do tratamento e aperfeiçoa sua
análise dos clientes, usando isso para guiar suas decisões sobre como intervir. Ele expande
sua gama de abordagens terapêuticas, melhora na escolha e aplicação das técnicas certas
e trabalha para fortalecer o relacionamento terapêutico.
Após isso, o foco está em estudar e se atualizar sempre sobre a TCC, fazendo leitura de
artigos e matérias que auxiliem a sempre estar atualizado sobre as inovações da técnica.
Além das informações relevantes e pertinentes que podemos encontrar no livro, temos
também a visão de uma terapeuta que iniciou como todos nós, cheia de inseguranças e
incertezas, porém que manteve a calma, ética e foi bastante perspicaz com os estudos, afim
de garantir o melhor atendimento possível para seus pacientes, visando sempre a melhora
deles.
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Às vezes, quando você lê algo, pode ter pensamentos diferentes em dois níveis. Um nível
foca nas informações do texto, enquanto outro é rápido e automático, como julgar ou se
preocupar. Esses pensamentos automáticos surgem sem pensar e podem afetar suas
emoções ou ações sem perceber. Mesmo que pareçam certos, você pode aprendê-los ao
notar mudanças em como se sente, age ou em seu corpo. Perguntar a si mesmo o que
estava pensando pode ajudar a entendê-los melhor.
As pessoas podem ter ideias negativas temporárias quando enfrentam problemas ou agem
de forma contrária aos seus valores, mas geralmente voltam a acreditar em suas visões
realistas. Em casos de transtornos graves, o tratamento é crucial para restaurar suas visões
positivas. No entanto, pessoas com transtornos de personalidade podem ter tido crenças
adaptativas mais fracas na juventude, precisando de auxílio para desenvolvê-las. Alguns,
especialmente durante episódios maníacos, podem ter visões excessivamente otimistas,
precisando de orientação para serem mais realistas.
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Capitulo IX
Ao planejar uma sessão de terapia, é bom lembrar que as pessoas melhoram aos poucos,
dia a dia. Antes e durante a sessão, é útil fazer algumas perguntas a si mesmo para criar
um plano e guiar a terapia. Terapeutas experientes geralmente pensam sobre essas
questões naturalmente, mas para quem está começando, pode ser um pouco assustador.
Mesmo assim, é importante revisar essas perguntas regularmente para tomar decisões
melhores durante as sessões, embora pensar sobre elas durante a sessão possa afetar o
tratamento.
4- De acordo com a leitura crítica da 5ª sessão de Abe K. é possível observar uma certa
proximidade com a terapeuta, nela, a autora deixa claro qual o plano de ação que irá seguir.
Inicialmente, temos a verificação de humor do paciente e como a medicação está agindo,
essa breve verificação mostra que há a preocupação com o paciente no decorrer da
semana que antecede à sessão, monitorar o progresso com o tratamento, reforçar o modelo
cognitivo que seus pensamentos influenciam diretamente seu humor e verificar
eventualmente se há ideações suicidas ou algo semelhante. De acordo com a fala do
paciente, é possível também buscar informações do quão intensas são suas crises de
pânico, se há explosões de raiva ou uso inadequado de substâncias. Durante a sessão
descrita por Judith, seu paciente Abe diz que se sente melhor durante a semana, o que não
exclui seus momentos depressivos mas que eles estão escassos e que ele vem se sentindo
melhor. Posteriormente, é importante coletar informações a respeito do uso dos
medicamentos, se o paciente sente-se melhor, como estão os efeitos colaterais e como
levar isso de forma clara ao médico responsável. Então, inicia-se a definição da pauta
inicial, que é definir com o paciente o que ele espera da sessão que se seguirá, quais suas
demandas e, durante ela, se há alguma que seja mais pertinente discutir naquele momento.
Paralelo a isso, é importante questionar o paciente se ele tem em mente algum problema
importante a tratar na próxima sessão ou alguma situação negativa que ocorreu e pode
reincidir na semana seguinte. Posteriormente, temos o passo que é voltado a fazer a
atualização do plano de ação anterior para o atual, dando ênfase a perguntas que abordem
questões positivas, já que naturalmente o paciente depressivo trará questões negativas
para iniciar e é bom começar com as positivas. Isso abre uma brecha para elogiar e
incentivar o paciente a respeito do engajamento e vontade que ele teve em se envolver em
atividades que busquem sua melhora, tirar conclusões úteis a respeito das atividades
realizadas, evocar emoções positivas, discutir se o paciente acha pertinente se envolver
nessas atividades na semana seguinte e fortalecer a relação terapêutica.
Na sequência, temos a priorização de pauta, que é focar nas pautas mais importantes para
o paciente na sessão e discutir itens menos importantes nas sessões que prosseguirão,
abrindo espaço pra que o paciente diga se quer definir o mesmo tempo para as pautas ou
se quer focar mais em uma.
Nas sessões, você vai resumir as coisas de diferentes maneiras. Quando o cliente falar
muito sobre um problema, você vai resumir usando um modelo para ter certeza de entender
o que é mais importante para ele. Vai resumir de forma mais simples, usando as palavras
do cliente para manter ele focado. Após cada parte da sessão, você fará um resumo para
garantir que o cliente entenda o que foi feito até o momento e o que está por vir. Isso vai
ajudar a manter as coisas claras para ele. No resumo final, o objetivo é destacar as coisas
mais importantes da sessão de maneira positiva para o cliente. Você também verifica se há
problemas com o Plano de Ação sendo seguido. No início, provavelmente será você quem
fará esse resumo. Posteriormente verificamos o plano de ação, para ter certeza de que ele
entendeu, listar os itens que ele trouxe e que foram trabalhados nas sessões anteriores e
acrescentar mais alguns, sempre observando se há alta probabilidade dele cumprir e não
sobrecarregá-lo. Finalmente, temos a parte do Feedback, onde o paciente diz o que achou
da sessão, se era o que ele esperava, se algo o incomodou ou se alguma informação foi
erroneamente interpretada pelo terapeuta, podendo também ser utilizado para expressar se
espera alguma mudança ou algo diferença na próxima sessão.