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 Quais são as causas do baby blues?

As causas podem estar ligadas ao próprio parto, como:


oscilação hormonal e mudanças hormonais; mudança de humor da mãe; um parto mais difícil;
alguma intercorrência (que pode afetar a mulher); dificuldade em amamentar.

 Qual a diferença entre blues pós-parto e depressão pós-parto?


A diferença é a questão da inconstância, intensidade e da duração dos sintomas, que são um
dos primeiros marcadores do baby blues — que aparece logo após o nascimento do bebê e
dura em torno de duas a três semanas. A oscilação é maior: momentos de tristeza, às vezes
momentos mais intensos de ansiedade. Em algumas ocasiões, a mãe tende a melhorar quando
dorme ou quando se alimenta bem.

Já na depressão pós-parto, os sintomas persistem por mais tempo e são mais intensos. O
acompanhamento do médico pode observar a evolução de uma depressão, ou se realmente já
apresenta a depressão pós-parto. Alguns casos podem atrapalhar a funcionalidade da mulher,
nos cuidados com o bebê e nas relações dela com outras pessoas. Geralmente, são sintomas
que não sofrem tantas oscilações e são constantes (como sintomas de tristeza), e também
podem evoluir para um quadro de ideação suicida.

 Psicologia Perinatal é orientar e acolher tanto a mulher quanto o casal antes, durante e após a
gestação, cuidando de forma integral e humana. A psicologia perinatal, é um espaço que não se
limita só as mulheres com depressão pós-parto. Pelo contrário, também trabalha o vínculo entre
mãe e bebê, e o papel do pai nesse processo. Podemos dividir este processo em etapas e sua
atuação tem diversas aplicabilidades, que podemos citar como as principais: a preparação para
a gestação, como o planejamento, a infertilidade, abortos, fertilização assistida, preparação para
o parto, o parto em si, e momento que ultrapassam o nascimento como a entrega do recém-
nascido, óbito do bebê, dificuldades na amamentação, baby blues e depressão pós-parto.

 O objetivo central da psicologia hospitalar é compreender todo o contexto dos pacientes


hospitalizados, a fim de contribuir para uma melhora na assistência integral a esse sujeito. O
psicólogo trabalha para ajudar o paciente a passar pela experiência de adoecimento, que
costuma ser angustiante e dolorosa. Neste sentido, não se limita apenas aos sintomas
emocionais, mas engloba qualquer tipo de manifestação da doença, ou seja, causas
psicológicas, físicas e psicossomáticas.
 O humor pode ser modulado:
1. Eutimia: é o humor considerado normal, de acordo com o que se espera. O paciente nessa
situação tem o humor eutímico.
2. Hipotimia: é o humor modulado para baixo, triste ou deprimido. O paciente encontra-se
hipotímico.
3. Hipertimia: é o humor modulado para cima, patologicamente alegre, efusivo e eufórico. O
paciente mostra-se hipertímico.
4. Labilidade emocional ou instabilidade emocional: é uma condição que acontece quando uma
pessoa apresenta mudanças muito rápidas do humor ou tem emoções desproporcionais a
determinada situação ou ambiente, apresentando choro ou riso incontrolável.
5. Embotamento afetivo: é a dificuldade de expressar emoções e sentimentos. Esse bloqueio
costuma acometer indivíduos que apresentam transtornos psiquiátricos como a
esquizofrenia, mas também é bastante comum em pessoas que sofrem com o
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).

 Orientação
A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é elemento básico da
atividade mental. Pequenos rebaixamentos no nível da consciência são suficientes para
comprometer a orientação de um paciente quanto ao tempo e ao espaço. A capacidade de
orientar-se é classificada em:

1) Orientação Autopsíquica: Orientação do indivíduo em relação a si mesmo.


Revela se o sujeito sabe quem é: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil,
etc.

2) Orientação Alopsíquica: Capacidade de orientar-se em relação ao mundo. Subdivide-se


em: a) Orientação espacial: O lugar onde o paciente se encontra: nome da instituição,
andar do prédio, bairro, cidade, estado e país. Pode-se perguntar a distância do local da
entrevista até a residência do paciente (em quilômetros ou horas).

b) Orientação temporal :Pode-se aferir “do mais fácil para o mais difícil”: em que ano
estamos? qual o mês? que dia da semana? que dia do mês? Também pode-se avaliar a
noção que o paciente tem da duração dos eventos: a quanto tempo a senhora está
internada? quando se alimentou pela última vez?
 Luto: A perda gestacional ou neonatal é um dos lutos mais complexos e de menor validação
social. A perda gestacional ou a perda neonatal se dá quando a gravidez é interrompida de
forma espontânea quando o feto tem menos de 20 semanas ou um peso menor que 500
gramas. Como lidar com o luto neonatal? Permita-se sentir. Não reprimir a dor da perda é a
melhor forma de elaboração do luto saudável. Esconder os sentimentos, fingir que não é um
momento difícil ou retomar às atividades cotidianas antes da hora podem contribuir para o
surgimento de um luto atrasado ou complicado. Na perda gestacional e neonatal existe a
ruptura do vínculo com o filho real e com o filho idealizado, a interrupção de sonhos e fantasias,
a frustração das expectativas depositadas na criança por vir.
 Geralmente, a alta hospitalar ocorre após 48 horas, tanto para parto normal quanto
cesariana, de acordo com a avaliação médica. A atividade sexual é recomendada após 40 dias
depois do parto, respeitando o conforto e desejo da puérpera.
 O tempo de resguardo mínimo, recomendado pela maioria dos médicos, é de aproximadamente
40 dias. Esse é o tempo que o útero necessita para cicatrizar corretamente as lesões
provocadas pelo descolamento da placenta, reduzindo o risco de infecção.
 Puerpério: é o período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições normais
(pré-gestação). Assim, ele se inicia com a saída da placenta e termina com a primeira ovulação,
que será seguida de menstruação.

PRINCIPAIS PERGUNTAS PARA O ATENDIMENTO:

NOME / IDADE / NATURALIDADE / SE É O PRIMEIRO FILHO / COMO A MÃE ESTÁ SE


SENTIDO / SE JÁ TEVE ALGUM ABORTO / EXPLICAR AS DIFERENÇAS ENTRE BABY
BLUES E DEPRESSÃO PÓS-PARTO

PASSO A PASSO DO PRONTUÁRIO:

Paciente atendida nesta data (00/00/0000) às 00:00 horas, mostrou-se (calma, lúcida, orientada,
feliz, chorosa ou agitada) representando humor (eutímico, hipotímico, hipertímico), seu
pensamento está (acelerado, vago ou neutro), a paciente demostra (entusiasmo com a gravidez,
medo ou desinteresse), mostrou-se lúcida (ou confusa) visto que a orientação autopsíquica e
alopsíquica estão preservadas (ou não estão preservadas). Por fim, a paciente foi
questionada se esse é o seu primeiro filho, e orientada a respeito do baby blues.

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