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INTENSIVÃO

Preparação para o Parto e


Nascimento com Respeito

Pós Parto e Cuidados no 1º mês

+Amamentação

Abril 2015

Rua Itamarati 151 Pacaembu S.Paulo Tel: 3672-7006


www.partosemmedo.com.br
OFICINAS DE PREPARAÇÃO PARTO SEM MEDO

O Programa curso Parto sem Medo tem como compromisso a formação e


ensinamento aos novos pais com o objetivo de fazê-los conscientes e atuantes no
maravilhoso evento do nascimento de um filho.

A primeira parte visa informar ao casal todas as etapas do processo que irão
passar; das últimas semanas de gestação até o parto. A segunda parte aborda os
aspectos do nascimento até o final do primeiro mês de vida do bebê. Depois
preparamos também um capitulo completo e ilustrado sobre AMAMENTAÇÃO.

A diretriz geral do Programa Parto sem Medo está em consonância com as


campanhas do Ministério da Saúde em prol do parto natural, uma vez que se busca
diminuir para 15% (conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) o
índice de cesarianas, incluindo hospitais públicos e particulares.

Atuamos, sobretudo, na conscientização para uma gravidez ativa e o


nascimento sem traumas, assunto que envolve a todos nós e que desperta
profundo resgate pessoal e auto conhecimento. Orientamos através da Medicina
baseada em Evidências.

Baseados em nossa experiência de muitos anos atendendo gestantes e


famílias e embasados nos resultados das mais recentes pesquisas, acreditamos que
o futuro de um país está na saúde física, mental e espiritual dos seus cidadãos, e a
base da saúde em todos os aspectos está fundada nos períodos da gestação, parto
e pós parto.

Nossa mais sublime missão é contribuir para que vocês, casal consciente,
tenham uma feliz experiência de parto e nascimento do seu filho!

Dr. Alberto Jorge de Sousa Guimarães

CRM 66026

“A normalidade não se determina pelo comportamento dos outros.

Nem da maioria.”
GRAVIDEZ

"Nossa saúde é em grande parte formada na vida intra-uterina,


enquanto o período que envolve o nascimento é muito importante
no desenvolvimento de nossa capacidade de AMAR"
Michel Odent

O processo de gravidez altera fortemente os fatores biológicos, psicológicos e


emocionais da mulher.

É importante a participação do companheiro em todas as fases da gestação,


fazendo com que o casal esteja “afinado” com as informações e possam colocá-las
em prática. É fundamental que o homem e a mulher assumam a responsabilidade
da gestação e do nascimento de seu bebê, influindo de forma definitiva nesta nova
vida que está por vir.

Durante a gravidez a mulher estará se preparando tanto emocionalmente quanto


fisicamente para enfrentar os desafios do parto e da maternidade.
Desde o início descobrirá que suas emoções tendem a afloram com mais facilidade.
Pode sofrer mudanças rápidas de humor, rir e chorar mais que o habitual, ficar
nervosa e expressar sua irritação mais abertamente.
Ter as emoções à flor da pele pode ser assustador, mas isso significa também que
elas estão mais acessíveis e que a mulher tem a oportunidade de mudança e
transformação se estiver disposta a exprimi-las.

A preparação holística e consciente para o parto envolve quatro aspectos: físico,


mental, emocional e espiritual.

No que tange ao aspecto físico, as providências desde a notícia da gravidez são:


 Consultas pré-natais periódicas;
 Exames básicos solicitados pelo obstetra;
 Alimentação balanceada;
 Atividade física direcionada (caminhada, yoga, ginástica...);
 Fisioterapia perineal
 Exercícios de respiração.

O mental inclui o conhecimento teórico, a informação necessária sobre gestação,


parto e aleitamento; leitura de livros, pesquisas em sites confiáveis, vídeos,
palestras, oficinas, etc.

Em relação à preparação emocional, informação, relaxamento e meditação são o


tripé de sustentação para a saúde da mãe e do bebê.
Pesquisas recentes comprovam que a postura mental e emocional da mãe, nos
quatro primeiros trimestres determina a qualidade da vida emocional de seu filho e
descendentes por toda vida.

O aspecto espiritual refere-se aos mistérios da vida, a fé, a confiança e a entrega


para enfrentar o desconhecido. Absolutamente pessoal, é um caminho íntimo de
cada um. Durante a gravidez é importante cultivar o lado espiritual, pedindo
proteção a este novo Ser que está crescendo em seu ventre e a Mãe Terra que irá
acolhê-lo.
E NASCE UMA MÃE....

"No momento em que uma criança nasce, a mãe também


nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe,
nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo."

(Rajneesh)

“Nascer é um ato natural e ecológico”. Por estar em seu habitat natural, vivendo
intuitivamente, a maioria das espécies mamíferas nasce sem maiores problemas.
Como seres urbanos e humanos, colocamo-nos distantes desta natureza de bicho a
que pertencemos. É preciso resgatar este contato.

O parto é um evento íntimo e familiar, um verdadeiro ritual de passagem e de


crescimento para o ser humano, de ambos os sexos.

O ideal é que todas as mulheres tivessem oportunidade de viver a gestação e o


parto como parte de sua vida afetiva e sexual, dispondo dos recursos médicos
quando necessário e, ao mesmo tempo, podendo estar em contato com a natureza
verdadeira do ato de dar a luz.

A gestação, o parto e o aleitamento são momentos em que a natureza mamífera


instintiva da mulher aflora naturalmente.
O parto é um caminho de transformação, de amor, de vencer os medos e de dar a
luz a uma nova era.

FINAL DA GRAVIDEZ
Uma vez com 40 semanas, com possibilidade de variação de mais ou menos 2
semanas, o bebe é considerado de "termo", e pode ser desencadeado o trabalho de
parto, sendo desejável que este processo ocorra de maneira espontânea.
O nascimento pré termo é definido pela (OMS) como qualquer nascimento,
independente de peso corporal, que ocorra antes de 37 semanas de gestação.
Lembrando que 75 a 85 % das mortes neonatais, excetuando as malformações
congênitas letais, estão relacionadas ao parto pré-termo.

Um forte sentimento de proteção em relação ao bebê vai se desenvolver durante a


gestação. Com a aproximação do parto, o instinto maternal se manifestará de
maneira mais intensa. Fisicamente a mulher sentirá explosões de energia, seguidas
de uma necessidade de diminuir o ritmo e descansar.
É natural que as faculdades mentais, como o intelecto e a memória fiquem mais
lentas durante a gravidez, enquanto os instintos e intuições tornam-se mais fortes.

Isto acontece principalmente no final da gravidez, enquanto o momento do parto é


esperado e antecipa toda excitação e alegria da chegada do bebê.
INCÔMODOS do FINAL – COMO ALIVIAR

Embora a má postura seja frequentemente a maior responsável pelas dores e


sofrimentos durante a gravidez, você pode ter outros incômodos e aí vão algumas
dicas para superá-los:

CANSAÇO
Mais comum no início e final da gravidez;
Repousar sempre que possível;
Pedir ajuda no trabalho, compromissos domésticos e cuidados com outros filhos.

NÁUSEAS E VÔMITOS
Acomete aproximadamente 75% das gestantes;
Causa desconhecida, grande maioria auto-limitada;
Dieta fracionada;
Carboidrato pela manhã;
Vitamina B6 – reduz a intensidade.

DOR NAS COSTAS


Postura e hormônios;
Exercícios, alongamento;
Manter peso adequado;
Evitar esforço excessivo;
Descansar mais em posição neutra.

AZIA
Afeta 2/3 das mulheres em algum momento da gestação;
Causa muito desconforto e angústia;
Ingestão de alimentos, postura;
Evitar alimentos gordurosos ou condimentados;
Evitar inclinar ou deitar logo após a refeição.

CONSTIPAÇÃO
Sintoma comum que se agrava no 3° trimestre;
Reflexo dos hábitos alimentares, consumo de líquidos e exercícios físicos;
Aumentar consumo de fibras;
Laxantes – último recurso.

HEMORROIDAS
Importante – prevenção e tratamento da constipação;
Repouso;
Elevação das pernas ;
Pode aumentar no pós-parto (esforço);
Maioria regride espontaneamente em +/- 10 dias;
Ingestão de chá de hortelã; Banho de assento com chá de ervas
Pomadas anestésicas.

CÃIMBRAS
Acomete 50% das gestantes;
Aumento no 3° trimestre;
Causa desconhecida;
Não há tratamento farmacêutico baseado em evidências científicas;
Exercícios de circulação para prevenção;
Massagem e alongamento durante a crise.
VARIZES E EDEMA
Edema fisiológico (pernas) x doença hipertensiva;
Varizes nas pernas e vulva;
Dor, sensação de peso, dormência e formigamento;
Repouso com elevação de membros;
Meia elástica;
Evitar ficar de pé por tempo prolongado;
Exercícios - caminhada, natação, hidroginástica; Drenagem Linfática.
SENSIBILIDADE DAS MAMAS
Mais desconforto no início e final da gestação;
Usar sutiã com boa sustentação;
Compressas frias.

CEFALÉIA
Alterações hormonais; tensão emocional ou doença hipertensiva;
Discutir as dificuldades para aliviar temores e conflitos.

TONTURAS E VERTIGENS
Instabilidade vasomotora – hipotensão postural;
Tendência hipoglicemiante no início da gestação;
Evitar sedentarismo;
Dieta fracionada (6 refeições diárias).

SÍNDROME DOLOROSA
Dor abdominal;
Pressão do útero nas estruturas pélvicas e parede abdominal;
Tensão dos ligamentos uterinos;
Relaxamento das articulações da bacia;
Contrações uterinas (Braxton-Hicks);
Gases, distensão e cólicas abdominais;
Uso de cinta elástica;alongamento
Calor local, massagens;
Dieta para constipação;
Caminhadas.

LOMBALGIA
Maior mobilidade das articulações da pelve;
Fadiga;
Lordose exagerada;
Aumento excessivo de peso;
Corrigir a postura – fisioterapia, alongamento, yoga;
Evitar sapatos de salto alto;
Massagem e calor local.

PRESSÃO SOCIAL / CULTURAL


São muitos os fatores que levaram a nossa sociedade a entender o ciclo gravídico
puerperal de uma forma estereotipada. Durante a gravidez a mulher pode sofrer
pressões, ficar vulnerável a palpites e opiniões , mas é no final de gravidez e no
parto que as influencias tornam-se mais danosas. As pessoas podem plantar a
dúvida e insegurança com comentários e histórias terríveis ; que se torna um
motivo de muito stress para a mãe e o pai, podendo resultar até em manifestações
físicas.
Recomendamos:
 Usar o botton “ Conte-me apenas histórias felizes, meu bebê está ouvindo”.
Isso pode inibir algum comentário nocivo, sem você precisar se manifestar.

 Informar uma data provável de parto bem mais a frente do que foi
identificado durante o pré-natal

 Estabelecer com a família e amigos regras de convivência, sendo bem claro


quanto ao seu direito de escolha
 Evitar criar um clima de evento social , combine com as pessoas mais
próximas uma “cadeia” de informações , para não precisar repetir a todos.

 Faça um e-mail padrão/ sms ou post-comunicado com foto

 Organize uma cerimonia para apresentar o bebê (Welcome Baby, Chá de


Bençãos) , explicando que primeiro o mais importante é respeitar o período
de adaptação e inicio da amamentação.

 Cartaz na porta do quarto da maternidade (pedindo que as visitas sejam


breves)

A ESPERA MÁGICA

Chegando o final da gestação, é hora de se desligar do entorno, ir formando “ o


ninho”, viver as semanas mágicas de espera do seu bebê... torne estes dias uma
delicia !

É hora de fazer os últimos preparativos, eliminar a pressa, fazer coisas que a


tempos você queria e não fez, ligar para uma amiga, tomar um chá longamente,
comer no seu restaurante predileto, ver um filme suave e romântico... enfim, coisas
que dão prazer e alegria.

Prepare sua dispensa para o período pós parto com os produtos que gosta de
consumir, para não ter que ficar com a necessidade de sair de casa para compras.

Separe a sua louça, a que mais gosta, para ter prazer a tomar um lanche, uma
refeição com uma bandeja, etc...Faça relaxamento e meditação, pratique yoga e
respire muito !

Providencie também uma lista de telefones de fornecedores que podem te atender


em casa (feira, padaria, farmácia, etc). Isso ajuda muito a cuidadora que irá lhe
acompanhar.

Recomendamos também fazer caminhadas serenas, conversar com quem vc gosta,


comer a comida preferida, namorar muito e se isentar de pressa e de
preocupações.
ALIMENTAÇÃO NA GRAVIDEZ

Opção para uma vida cheia de saúde

Durante a gestação, todos os nutrientes que seu bebê necessita são oferecidos a
ele através da placenta para sua corrente sanguínea.

Enquanto sua própria circulação e desenvolvimento não se separarem, você


continuará a respirar, comer e eliminar as impurezas por ele durante toda a
gestação, até ele se separar da placenta, depois do parto.

Uma dieta nutritiva e balanceada é vital nesse período, tanto para a sua saúde
quanto para o crescimento do bebê. Ingerindo os alimentos adequados você dará a
seu bebê um bom começo de vida, e ao mesmo tempo terá energia suficiente
durante toda a gravidez, o parto e o período pós-parto.
Para saber mais consulte o site www.nutriterapia.com.br/cursos

PREPARAÇÃO PARA UMA EXPERIÊNCIA POSITIVA DE PARTO

“Considerar as mulheres como inadequadas e incapazes de dar à


luz é um problema para toda a sociedade. Assegurar que a
experiência feminina do parto seja gratificante e empoderadora
não é simplesmente um simpático detalhe. É absolutamente
essencial, porque torna a mulher mais forte e desta forma cria uma
sociedade mais forte.

Daniela Buono
Jornalista

O PARTO NO BRASIL E NO MUNDO

Mesmo hoje em dia, as práticas relativas ao parto variam muito nos diferentes
países. O modelo americano é o que mais se assemelha ao brasileiro. No entanto, a
taxa de cesárea nos EUA não passa dos 25% e, mesmo assim, é considerada alta.
É muito raro, por exemplo, que um parto normal seja realizado numa sala de
cirurgia, como é de praxe no Brasil.

Já existe um nível de consciência e questionamento por parte das mulheres


americanas que faz com que práticas como movimentar-se e usar o chuveiro ou a
banheira para aliviar as dores durante o trabalho de parto sejam amplamente
difundidas e aceitas.

Países como Holanda e Inglaterra, com índices de mortalidade materna e infantil


baixíssimos, ainda baseiam toda a assistência ao parto na figura da obstetriz ou
parteira. Nestes países os médicos obstetras são considerados especialistas que
tratam apenas de eventuais complicações e das gestações de risco. As obstetrizes
cuidam do pré-natal e fazem o parto normal da grande maioria das mulheres.
Acreditamos que humanizar o nascimento é adequá-lo a cada mãe, a cada pai, ou
seja, à família envolvida em cada nascimento. A técnica não pode tornar-se mais
importante do que as pessoas envolvidas!

O parto hoje tornou-se assunto exclusivamente médico, especialmente no Brasil


onde as taxas de cesárea estão entre as mais altas no mundo, chegando a mais de
80% em alguns hospitais! Por isto falamos em resgatar o parto como um processo
fisiológico normal da mulher. É neste sentido que o parto é nosso, devendo tornar-
se evento médico somente quando a intervenção é realmente necessária.

As evidências científicas mostram que o fator determinante para uma boa


experiência de parto é o quanto a mulher sentiu-se protagonista do evento, ou
seja, qual o nível de controle que ela percebeu ter sobre o processo; o grau em que
sua opinião foi ouvida; o nível de informação que lhe foi dada durante os
procedimentos e se seu consentimento (para os procedimentos) foi percebido como
sendo dado. Podemos resumir dizendo que a mulher tem necessidade de ser
tratada como sujeito ativo e participante de todo o processo e não como mero
objeto.

Como fazer para tornar-se protagonista de seu parto, do nascimento de seu filho,
momento mobilizador de tantas emoções e carregado de tanto significado?
Necessitamos tanto de informação quanto de apoio, daí a importância de se fazer
uma boa preparação para o parto! Mas para quê nos preparar se o processo todo é
tão normal? Justamente porque vivemos numa sociedade e numa cultura onde o
parto não é mais visto como um processo normal - nós duvidamos da nossa
capacidade de dar à luz!

Temos que conhecer as opções de parto, nos familiarizar com os procedimentos


mais comuns, para poder decidir o que é que queremos para nós

Para viver o ciclo gravidez, parto e maternidade de forma positiva e tranquila é


importante que a mulher procure mudar sua rotina de forma a poder encontrar
tempo para preparar corpo, mente e emocional.

Durante os nove meses da gravidez, o corpo muda continuamente. As secreções


hormonais relaxam e suavizam os ligamentos que unem as juntas a fim de que o
esqueleto se torne mais flexível e capaz de se expandir em preparação para o
parto.

Há um grande aumento dos fluidos corporais e o coração tem que trabalhar mais
para que o grande volume de sangue seja bombeado através do corpo e um
suprimento adequado chegue a placenta, assim como aos seus próprios órgãos
vitais. A carga sobre os rins também é maior, pois ele tem que filtrar e excretar os
resíduos para os dois, o bebê e a mãe. Além disso, a digestão fica mais lenta
devido ao abrandamento hormonal dos músculos do trato digestivo.

O aumento da elasticidade faz com que o corpo responda mais prontamente a yoga
e aos exercícios do que em qualquer outra época, oferecendo-lhe uma oportunidade
de aumentar sua flexibilidade. Fazer exercícios regularmente vai ajudar a mulher
prevenir o estresse, liberar a tensão crônica e proteger a coluna para que o corpo
possa se adaptar facilmente as mudanças durante a gravidez. A medida que
desenvolver, aos poucos, maior elasticidade e liberdade de movimentos, ficará cada
vez mais a vontade em posições e movimentos que são naturais no trabalho de
parto, tornando-se mais confiante em sua habilidade de lidar com as contrações
dolorosas. Quando chegar a hora de dar a luz ela saberá instintivamente como usar
o corpo, deixando-o fluir durante as contrações do útero enquanto se solta.

A FISIOLOGIA DO PARTO

“Se você disser que pode, você está certa.


Se disser que não pode, você também está certa!”
Henry Ford

Não devemos confundir o termo fisiológico com normal. Uma atitude ou um


comportamento podem ser considerados normais em um dado país, mas não em
outro. O fisiológico é um ponto de referência do qual tentamos não nos afastar
muito. Os fisiologistas exploram as funções normais do corpo, o que é universal, o
que atravessa as culturas.

Após milênios de interferências culturais rotineiras no processo de parto, é mais


necessário do que nunca voltar as suas raízes, e buscar aquilo que é fisiológico no
nascimento humano.

Para parir, uma mulher precisa liberar um coquetel de hormônios (ocitocina,


endorfinas, prolactinas, catecolaminas, etc). Todos estes hormônios tem suas
funções controladas pelo cérebro. Podemos dizer que, quando uma mulher está em
trabalho de parto, a parte mais ativa de seu corpo é seu cérebro primitivo –
aquelas estruturas muito antigas (o hipotálamo, a glândula pituitária etc.), que
compartilhamos com todos os outros mamíferos.

OS TIPOS DE PARTO
Parto Normal: típico parto hospitalar, por via baixa (vaginal), com anestesia,
episiotomia (corte na vagina) e geralmente em posição ginecológica.

Parto Natural: por via baixa, sem intervenções e na posição que a mulher
escolher.

Parto de cócoras: posição extremamente favorável ao nascimento, se utiliza da


gravidade, por isso torna-se mais rápido, além disso, é mais saudável para a mãe e
bebê por não haver compressão de importantes vasos sanguíneos que acontece
quando a mulher está deitada de costas e a possibilidade de precisar de episiotomia
é menor.

Parto na água: a água quente é um excelente coadjuvante no combate à tensão e


a dor. Este parto é mais rápido e menos dolorido para a mãe, além de mais
tranquilo para o bebê. Ele sai de um meio líquido e quente para outro meio líquido
e quente.

Parto humanizado: o atendimento centrado na mulher, ou seja, nas suas


escolhas de como quer parir.

Parto Leboyer: O parto é feito com os seguintes requisitos: pouca luz para não
incomodar o bebê, silêncio principalmente depois de nascer, banho perto da mãe
após o nascimento que poderia ser dado pelo pai e colocação do bebê no colo da
mãe.

Parto Fórceps: hoje em dia não se usa mais fórceps alto, apenas o fórceps de
alívio. O obstetra utiliza um instrumento cirúrgico semelhante a uma colher, que é
colocado no canal genital da mulher, ajustando-se nos lados da cabeça do bebê
para retirá-lo do canal de parto em casos de emergência ou sofrimento fetal. É
utilizado quando o parto já está no final poupando desgastes da mãe e do bebê.

Cesariana: por via abdominal onde são cortadas 7 camadas do abdômen até
chegar ao útero por uma incisão de 10 cm, de onde o bebê é retirado com as mãos
ou fórceps.

“A cesariana provoca sempre um trauma no organismo da mulher, maior que o


causado por um parto normal. O abdômen foi cortado, a musculatura foi afastada
de seu lugar e a cavidade abdominal invadida. Tudo isso provoca acúmulo de
gases, dores, menor movimentação intestinal e uma recuperação pós-parto mais
lenta.
Outro risco da cesariana é interromper uma gravidez que ainda não chegou ao fim.
O que é criticado pelo Conselho de Medicina, não é cesariana em si, mais a sua
prática desnecessária.

NOSSA PROPOSTA
A proposta do PARTO SEM MEDO é garantir a satisfação do casal empenhado na
realização do seu parto e nascimento de seu filho com a máxima segurança e o
mínimo de intervenção.

INDICAÇÕES DE CESÁREA
Antes do parto:
 Placenta prévia – a placenta encontra-se tampando o colo do útero.
 Bebê em posição transversa – deitado
 Herpes genital com lesão ativa

Durante o parto:
 Eclâmpsia – pressão alta acompanhado de perda de proteína na urina e
convulsões.
 Prolapso de cordão – o cordão sai antes da cabeça do bebê.
 Descolamento prematuro de placenta
 Desproporção céfalo-pélvica – quando a bacia da mãe é desproporcional a
cabeça do bebê.
 Sofrimento Fetal Agudo – Batimentos cardíacos normais (110 a 160 por
minuto).
 Parada de proporção – o trabalho de parto para de evoluir.
 Indicações relativas:
 Gemelaridade
 Pélvico (sentado) / Duas ou mais cesáreas anteriores
MITOS: INDICAÇÕES FALSAS
Ana Cristina Duarte
Obstetriz pela USP Leste
www.partodoprincipio.com.br

MITO EXPLICAÇÃO FATO

Falta de Muitas mulheres hoje em dia Tecnicamente não existe falta de dilatação em
Dilatação dizem que não conseguiram ter mulheres normais. Ela só não acontece quando não
um parto porque tiveram falta de se espera o tempo suficiente.
dilatação. A dilatação do colo do útero é um processo passivo
que só acontece com as contrações uterinas.

Bacia Uma mulher com bacia estreita Existem situações não muito comuns em que um
Estreita não teria espaço para a passagem bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou
do bebê. então está numa posição que não permite seu
encaixe.
Não mais que 5% dos partos estariam sujeitos a
essa condição. Além disso, tecnicamente é
impossível saber se o bebê não vai passar
enquanto o trabalho de parto não acontecer, a
dilatação chegar ao máximo e o bebê não se
encaixar.

Parto Seco Um parto depois que a bolsa A verdade é que depois que a bolsa rompe o líquido
rompeu seria uma tortura de tão amniótico continua a ser produzido, e a cabeça do
doloroso. bebê faz um efeito de "fechar" a saída, de modo
que o líquido continua se acumulando no útero.
Além disso, o colo do útero produz muco
continuamente que serve como um lubrificante
natural para o parto.

Parto Um bebê estaria correndo riscos Na verdade o parto nunca é rápido demais ou
Demorado porque o parto foi/está sendo demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem
demorado. bem, com boas condições vitais, o que é verificado
durante o trabalho de parto. Um parto pode
demorar 1 hora como pode demorar 3 dias, o mais
importante é um bom atendimento por parte da
equipe de saúde. O que dá à equipe as pistas sobre
o bebê são os batimentos cardíacos. Enquanto eles
estiverem num padrão tranqüilizador, então o parto
está no tempo certo para aquela mulher.

Bebê passou O bebê teria como uma Os bebês costumam nascer com idades
da hora "data de validade" após a qual ele gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois
ficaria doente. das 42 semanas, se forem feitos todos os exames
que comprovem o bem estar fetal, não há motivos
para preocupação.
O importante é o bom pré-natal.
Caso os exames apontem para uma diminuição da
vitalidade, a indução do parto pode ser uma ótima
alternativa.
Cordão A explicação é de que o bebê iria O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina
Enrolado se enforcar no cordão umbilical. elástica, que dá a ele a capacidade de se adaptar a
diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê
através do cordão direto para a corrente
sanguínea.
Assim, o bebê não pode sufocar.
Não A idéia aqui é de que a mulher em A verdade é que toda mulher entra em trabalho de
entrou/não teve questão tem uma falha que a parto, mais cedo ou mais tarde. Ela só não vai
trabalho de impede de entrar em trabalho de entrar em trabalho de parto se a operarem antes
parto parto. disso.

Não tem A explicação é que o médico fez Tecnicamente uma mulher pode chegar a 42
dilatação no exame de toque com 38/39 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem
final da semanas diz que a mulher não vai contrações fortes, sem perder o tampão e de uma
ter parto porque não tem dilatação hora para outra entrar em trabalho de parto e
gravidez
nenhuma no final da gravidez. dilatar tudo o que é necessário. É impossível
predizer como vai ser o parto por exames de toque
durante a gravidez.

Placenta A placenta ficaria tão envelhecida O exame de ultra-som não consegue avaliar
envelhecida que não funcionaria mais e exatamente a qualidade da placenta. A qualidade
colocaria em risco a vida do bebê. da placenta isoladamente não tem qualquer
significado.
Ela só tem significado em conjunto com outros
diagnósticos, como a ausência de crescimento do
bebê, por exemplo. A maioria das mulheres tem
um "envelhecimento" normal e saudável de sua
placenta no final da gravidez. Só será considerado
anormal uma placenta com envelhecimento
precoce, por exemplo, com 30 semanas de
gravidez.

Outros mitos:
 Presença de mecônio (Quando o bebê apresenta sofrimento, como uma oxigenação
inadequada através da placenta, o feto excreta mecônio no líquido amniótico O
problema não é a presença de mecônio e sim sua aspiração que é muito mais difícil
de acontecer quando o bebê passa pelo apertado canal vaginal);
 Pressão alta;
 Feto macrossômico ; Primigesta idosa ou adolescente ;HPV.

IDENTIFICANDO AS CONTRAÇÕES

As contrações efetivas de trabalho de parto tem duração de 1 minuto


aproximadamente.

Observe a periodicidade das contrações, o intervalo entre elas e o tempo de


duração Uma boa idéia é baixar um aplicativo no celular para ajudar a contar as
contrações em sua duração e periodicidade e então informar a doula ou a obstetriz
sobre o quadro atual.

ENTRANDO EM TRABALHO DE PARTO

O corpo dá alguns sinais de que está entrando em trabalho de parto. Eles podem
acontecer em tempos próximos ou muito diferentes e alguns podem nem ocorrer.

 Perda do tampão mucoso – é uma massa de muco que parece uma clara de
ovo espessa com filetes de sangue que fica perto do orifício do colo do útero
e serve para proteger de infecções o ambiente uterino. Pode sair até 15 dias
antes do parto.

 Rompimento da bolsa – Se o líquido estiver claro, não há problema, mas se


estiver verde (mecônio) pode ser sinal de sofrimento fetal, nesse caso ligue
para seu médico e encaminhe-se a maternidade. Geralmente as contrações
começam em até 24 horas do rompimento da bolsa.

 Começo das contrações – contrações ritmadas presentes há mais de uma


hora, em intervalos regulares de no mínimo 3 contrações a cada 10 minutos.
As contrações que entram e saem de ritmo são conhecidas como pródromos,
que é um treinamento do trabalho de parto.

OS PERÍODOS E FASES DO TRABALHO DE PARTO

1º PERÍODO – DILATAÇÃO UTERINA – É quando acontece o maior volume de


contrações e o colo do útero afina e dilata totalmente até 10 cm. Ele se divide em 3
fases:

 Fase latente
 Fase ativa
 Fase transição

FASE ATIVA (DE 6 A 8 CM):

O que a mulher pode estar sentindo:


• Contrações mais próximas e que duram mais (aproximadamente 1 min;);
• Necessidade de apoio.
• Concentração nas contrações.
• Menos interesse em beber / comer.
Comportamento:
• Precisa relaxar e se concentrar.
FASE DE TRANSIÇÃO (DE 8 A 10 CM):
Fase mais difícil, porém mais curta (dura geralmente 30 minutos a 2 horas).

O que a mulher pode estar sentindo:


• Contrações mais longas e mais intensas. (durfam em torno de 90 a 120 min.)
 Ondas de calor.
• Tremores.
• Pressão no assoalho pélvico conforme a descida do bebê.
• Desinibição.
• Perda de apetite.
• Geralmente é quando a bolsa estoura.
Comportamento:
• Fase mais dramática, porém a fase mais curta.
• Pânico / medo.
• Querem desistir.

A equipe Parto sem Medo oferece atendimento ao parto humanizado nas


melhores maternidades de S.Paulo, com um olhar holístico e diferenciado.

2º PERÍODO – EXPULSIVO
Quando a dilatação chegou aos 10 cm começa o período expulsivo que termina com
o nascimento do bebê. Pode durar poucos minutos ou várias horas.
A mulher poderá sentir o puxo involuntário (vontade incontrolável de fazer força),
principalmente se não tiver tomado anestesia.
O que a mulher pode estar sentindo:
• Contrações mais suportáveis do que as do período de transição.
• Necessidade de fazer força.
• Mais energia.
Comportamento:
• Renovação repentina.

Posições para o período expulsivo


Verticais: favorecem a saída do bebê e aumentam o espaço de passagem.
Horizontais: Requer mais força e há uma diminuição do espaço da passagem do
bebê.

3º PERÍODO – DEQUITAÇÃO – Começa quando o bebê já está com o bebê nos


braços e termina com a expulsão da placenta. Geralmente dura menos de 1 hora,
mas pode acontecer de durar mais.

A placenta se desgruda da parede uterina e será expelida através do canal de


parto.
Não há necessidade de força ou concentração, geralmente a mulher não sente nada
mais que uma leve cólica.
O ideal é que ela saia espontaneamente, mas alguns médicos podem optar por
intervir quimicamente (aplicação de ocitocina) ou manualmente (tração do cordão
umbilical) o que pode trazer desconforto.
Uma forma de auxiliar a dequitação é amamentar o bebê.
DICAS PARA REDUZIR O TEMPO E ACELERAR O TRABALHO DE PARTO

Sexo com penetração e orgasmo para os dois: o sêmen tem prostaglandinas


(hormônios associados ao trabalho de parto) e o orgasmo feminino além de
estimular a produção de ocitocina (outro hormônio encontrado no trabalho de
parto) estimula as contrações uterinas. Entretanto, após o rompimento da bolsa
das águas não é aconselhável que se pratique este método, pois aumenta os riscos
de infecção.

Caminhar: sobretudo no início das contrações para que o trabalho de parto se


instale de vez, mantendo-se na vertical e agachando-se quando chegarem as
contrações.

Estimulação dos mamilos ou com o parceiro no banho ou no quarto sozinhos


(também de maneira prazerosa).

Comida apimentada, picante e condimentada, comida indiana e tailandesa, por


exemplo, por causa da combinação dos temperos que são também plantas
medicinais, mas as nossas comidas também são boas.

Banho quente ou morno, a água, por ser de efeito relaxante, pode estimular o
trabalho de parto. Pode ser banho de banheira, no chuveiro, ou até de bacia com
uma tigela. O que importa é o contato com a água. Michel Odent defende o uso da
água no trabalho de parto como uma forma de aliviar e ajudar a mulher a
encontrar a natureza em si mesma. A água morna também ajuda a circulação
sanguínea e no relaxamento dos músculos, conseqüentemente, ajuda na dilatação.

Acupuntura, bastante útil durante a gestação para aliviar os desconfortos normais


da gravidez, durante o parto alivia a dor e facilita a dilatação, estimulando assim o
trabalho de parto e parto. Recomenda-se acupunturista especializado e
humanizado. Dispomos de agenda com profissionais especializados para
atendimento no espaço Pacaembu ou em domicilio

Homeopatia - há vários remédios homeopáticos que ajudam durante o trabalho de


parto e parto. É aconselhável a gestante ter acompanhamento homeopático desde
o início da gestação e ser orientada por um profissional competente sobre quais
remédios utilizar durante o trabalho de parto e parto, pois a homeopatia, como as
demais medicinas naturais, está estritamente vinculada à personalidade do
paciente e ao seu momento específico de vida.

Florais - como a homeopatia, é uma fonte de cuidados com a saúde valiosa.


Necessita de orientações competentes de um profissional que analisará os casos
individuais e as necessidades da gestante.

Plantas medicinais - algumas estimulam o parto de maneira mais holística que os


remédios alopáticos porque a combinação dos elementos químicos nas plantas atua
em conjunto, não de maneira isolada. Há vários chás como o de mentrasto,
gengibre, cravo e canela. Recomenda-se a orientação de um especialista.
ANALGESIA

A analgesia obstétrica foi iniciada por Simpsom em 1847, usando clorofórmio,


visando controle da dor da parturição.
A analgesia quando instituída busca diminuir a reação de estresse em resposta à
dor e a ansiedade materna e suas consequências fetais. O momento adequado da
analgesia é aquele em que a parturiente julgar necessário, de preferência após
utilizar todas as manobras e estratégias para a redução natural da dor, como
massagens, posição vertical, banho morno etc. A técnica analgésica deve ser
adaptada ao momento em que a analgesia for requerida, mantendo conforto e
segurança para o binômio materno-fetal.

A técnica combinada raqui-peridural, apresenta vantagens claras quando utilizadas


no final do primeiro ou no segundo período do parto, quando o alívio da dor pode
ser rápida, com mínimo comprometimento da função motora, prensa abdominal e
dinâmica uterina.

“Entrar no universo feminino mais recôndito, possibilitar o


resgate da memória interna do processo de parir, verificar
algumas distorções com a oportunidade de reverter crenças
desfavoráveis para esse evento, observar o nascer e renascer de
dois seres... essa missão é sagrada ! “ Dr. Alberto Jorge Guimarães

PARTO HUMANIZADO

Acreditamos que humanizar o nascimento é adequá-lo a cada mãe, a cada pai, ou


seja, à família envolvida em cada nascimento. A técnica não pode tornar-se mais
importante do que as pessoas envolvidas!

As evidências científicas mostram que o fator determinante para uma boa


experiência de parto é o quanto a mulher sentiu-se protagonista do evento, ou
seja, qual o nível de controle que ela percebeu ter sobre o processo; o grau em que
sua opinião foi ouvida; o nível de informação que lhe foi dada durante os
procedimentos e se seu consentimento (para os procedimentos) foi percebido como
sendo dado. Podemos resumir dizendo que a mulher tem necessidade de ser
tratada como sujeito ativo e participante de todo o processo e não como mero
objeto.

EXERCICIOS E POSTURAS
Exercicios para favorecer a circulação:

 Alternar metatarso e calcanhar – em pé

 Subir os calcanhares e depois abaixar

 Movimentar as pontas dos pés para cima e para baixo (sentada ou deitada)
 Fazer círculos com os pés para os dois lados

Posturas de conforto (Trabalho de Parto):

 Ajoelhada e apoiada a frente

 Quatro apoios

 Rebolation

 Apoio sob os joelhos

PREPARAÇÃO DO PERINEO
Baseado nos excelentes resultados, inclusive com alto percentual de períneo integro
ou com pequena laceração o Programa Parto sem Medo recomenda a fisioterapia
perineal com massagem no períneo e o treino com o aparelho EPI-NO a partir da
34ª semana.

Em uma única consulta , a especialista (parteira ou fisioterapeuta) ensina a


massagem perineal e elabora um treino diário para fazer com o Epi-No (o aparelho
pode ser alugado em nossa sede).

AS NECESSIDADES BÁSICAS DA PARTURIENTE

Algumas condições externas que devem ser respeitadas para o bom


procedimento de um parto ativo.

Um parto normal acontece sozinho, guiado pelo próprio corpo. Rompimento da


bolsa, dilatações, contrações são ações involuntárias do corpo, que acontecem
devido a informações enviadas pelo cérebro. E como o cérebro envia informações
ao corpo? Através dos hormônios.

O trabalho, portanto, pode ser compreendido fisiologicamente como uma cadeia


sutil de hormônios, que vão acionando um ao outro e conduzindo ao
parto/nascimento. Quem comanda todo esse processo é a estrutura primitiva do
cérebro, chamada de “sistema límbico” e composta pelo hipotálamo e hipófise. São
as estruturas que temos em comum com os cérebros de todos os outros
mamíferos. Durante o trabalho de parto, como em qualquer outra experiência
sexual, as inibições que podem acontecer no processo provêm da outra parte do
cérebro, a mais moderna, denominada córtex ou neo-córtex. Muito desenvolvida
nos seres humanos, essa parte do cérebro correspondente a atividade intelectual e
racional.

O obstetra Michel Odent identificou fatores que estimulam a atividade do neo-


córtex, e que devem ser evitadas para permitir que o cérebro primitivo funcione
sem impedimentos e assim favorecer o trabalho de parto. Essas são necessidades
básicas muito simples, mas fundamental que sejam respeitadas. São elas:

LUZ: luzes fortes estimulam o neo-córtex, e isso é já bem claro aos técnicos que
realizam eletro encefalogramas. Um parto que ocorre na penumbra, portanto,
tende a ser facilitado.
LINGUAGEM: A linguagem racional é um processo intelectual comandado pelo
neo-córtex. Portanto, perguntar à mulher durante o trabalho de parto qual é o seu
número de telefone ou a que horas fez xixi, por exemplo, obriga que ela raciocine,
acionando o neo-córtex e conseqüentemente atrapalhando a ação do cérebro
primitivo e o trabalho de parto. Melhor não recorrer à linguagem verbal a uma
mulher em trabalho de parto.

PRIVACIDADE: todos sabemos que quando nos sentimos observados temos a


tendência de corrigir nossa postura, e isso representa acionar o neo-córtex. Quanto
maior privacidade, melhor para que o trabalho de parto proceda bem. Odent
inclusive chama atenção para a posição onde a parteira/ doula/ médico se encontra
no momento do parto (na frente ou atrás da mulher), e para as fotografias e
filmagens nesse momento.

NECESSIDADE DE SENTIR-SE AO SEGURO: A adrenalina aciona um estado de


alerta que inibe a liberação dos hormônios necessários ao parto. Todas as situações
em que a mulher se sente em risco liberam adrenalina vão dificultar o parto. A
presença de pessoas com quem a mulher se sinta segura, portanto, é fundamental
para facilitar o trabalho.

FOME E ADRENALINA: O medo faz aumentar o nível de adrenalina, mas a fome


também. Depois de comer todos ficamos mais calmos.

A TEMPERATURA também influencia na taxa de adrenalina: um ambiente frio


tende a aumentar a taxa de adrenalina. A mulher em trabalho pode comer se sentir
necessidade, e os que estão acompanhando o parto devem cuidar para que o
ambiente esteja bem aquecido.

Um parto ativo será beneficiado se essas necessidades básicas da parturiente


forem respeitadas. É importante lembrar que o cérebro reconhece apenas os
hormônios produzidos pelo próprio corpo. Hormônios sintéticos não produzem os
mesmos efeitos, e podem atrapalhar a delicada seqüência entre eles.

O parto constitui um verdadeiro ritual de passagem.


Para a psicologia neste processo são “plasmadas” certas qualidades
no âmago de uma pessoa; novos atributos ficam como que impressos
no seu inconsciente.
O nascimento é a primeira grande transição, imprime
profundamente no inconsciente do recém nascido noções que ficam
arraigadas para o resto da vida. Sabemos hoje, por exemplo, que
uma grande conseqüência do advento do parto hospitalar com
anestesia foi o surgimento de uma população de drogados.
Drogas existem desde mais remota antiguidade, e as sintetizadas
desde o século dezenove, mas a partir da década de sessenta houve
um considerável aumento de viciados em drogas, justamente na
primeira geração da história da humanidade a nascer sob
sedação. Informes de diversos países mapeiam correlações entre o
surgimento do parto hospitalar altamente tecnológico e suas sérias
conseqüências, como o aparecimento de autismo, bulimia,
anorexia, tendência a cometer delitos e dificuldade de
socialização. A sociedade está pagando um alto preço por não
respeitar a natureza mamífera das parturientes.

Dra. Eleanor Luzes “Ciência do Inicio da Vida”

PLANO DE PARTO
O nascimento de um bebê deve envolver muito mais que meras questões estéticas,
como a roupa que o bebê usará primeiro ou a camisola da mãe. Este planejamento
deve primeiro envolver as questões ligadas ao bem estar materno e fetal, um parto
humano, com respeito à privacidade da parturiente, a presença de um ente querido
e uma recepção fraterna no acolhimento do seio materno ao bebê que nasce.

Embora óbvio frequentemente centenas de mulheres são surpreendidas no


momento do parto pela presença de observadores curiosos desconhecidos sem
qualquer envolvimento com o nascimento. Ou até mesmo uma via de parto
indesejada pela mãe. Quando não, encontram na maternidade que haviam
escolhido um ambiente frio e desumano, sem atenção e carinho tão essencial a
uma mulher parturiente que vivência, muito provavelmente a experiência mais
importante da sua vida.

Para que o parto seja este momento mágico que ser quer recordar alegremente a
Organização Mundial da Saúde recomenda que haja um planejamento do parto,
com um PLANO DE PARTO onde a mulher ou o casal grávido expressem seus
sentimentos e expectativas com relação ao nascimento de seu filho, sendo uma
oportunidade de pensar e planejar aquele que será provavelmente o momento mais
importante da vida.

Este plano de parto deve ser escrito e assinado e ao redigi-lo você terá a
oportunidade de refletir sobre como deseja ser assistência durante todo trabalho de
parto, os cuidados adotados com o bebê após o nascimento, os procedimentos
realizados pela equipe obstétrica sem ter a pretensão de ser um roteiro exato,
temos que ter plena consciência de que eventualidades podem ocorrer, e que em
muitas situações a equipe precisa agir rapidamente a fim de preservar a
integridade física da mãe e do bebê.

Mas que a mãe seja sempre que possível informada e consultada, e possa tomar
conhecimento de todos os procedimentos adotados e as razões clínicas para a
prática da equipe, favorecendo assim esta relação tão importe que é a da paciente
e seu médico.

Um modelo completo de Plano de Parto deve ser apresentado ao obstetra e


pediatra, que o casal escolheu para acompanhar o nascimento, de preferência no
início do pré-natal, deixando a equipe afinada com os desejos da nova mãe.

MODELO GERAL DE PLANO DE PARTO

Exemplo de plano de parto de um casal que optou por um parto hospitalar*:

"Estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos. Abaixo listamos
nossas preferências em relação ao parto e nascimento do nosso filho, caso tudo
transcorra bem. Sempre que os planos não puderem ser seguidos, gostaríamos de
ser previamente avisados e consultados a respeito das alternativas.

Trabalho de parto:
 Presença de meu marido e doula.
 Sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) e enema (lavagem
intestinal).
 Sem perfusão contínua de soro e ou ocitocina.
 Liberdade para beber água e sucos enquanto seja tolerado.
 Liberdade para caminhar e escolher a posição que quero ficar.
 Liberdade para o uso ilimitado da banheira e/ou chuveiro.
 Monitoramento fetal: apenas se for essencial, e não contínuo.
 Analgesia: peço que não sejam oferecidos anestésicos ou analgésicos.
 Eu pedirei quando achar necessário.
 sem rompimento artificial de bolsa

Parto:
 Prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada (costas apoiadas).
 Prefiro fazer força só durante as contrações, quando eu sentir vontade, em
vez de ser guiada. Gostaria de um ambiente especialmente calmo nesta
hora.
 Não vou tolerar que minha barriga seja empurrada para baixo.
 Episiotomia: só se for realmente necessário. Não gostaria que fosse uma
intervenção de rotina.
 Gostaria que as luzes fossem apagadas (penumbra) e o ar condicionado
desligado na hora do nascimento. Gostaria que meu bebê nascesse em
ambiente calmo e silencioso.
 Gostaria de ter meu bebe colocado imediatamente no meu colo após o parto
com liberdade para amamentar.
 Gostaria que o pai cortasse o cordão após o mesmo ter parado de pulsar.

Após o parto:
 Aguardar a expulsão espontânea da placenta, sem manobras, tração
ou massagens. Se possível ter auxílio da amamentação.
 Ter o bebê comigo o tempo todo enquanto eu estiver na sala de parto,
mesmo para exames e avaliação.
 Liberação para o apartamento o quanto antes com o bebê junto comigo.
Quero estar ao seu lado nas primeiras horas de vida.
 Alta hospitalar o quanto antes.

Cuidados com o bebê:


 Administração de nitrato de prata ou antibióticos oftálmicos apenas se
necessário e somente após o contato comigo nas primeiras horas de vida.
 Administração de vitamina K oral (nos comprometemos em dar continuidade
nas doses).
 Quero fazer a amamentação sob livre demanda.
 Em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos ou qualquer outra coisa
ao bebê.
 Alojamento conjunto o tempo todo. Pedirei para levar o bebê caso esteja
muito cansada ou necessite de ajuda.
 Gostaria de dar o banho no meu bebê e fazer as trocas (ou eu ou meu
marido).
Caso a cesárea seja necessária:
 Exijo o início do trabalho de parto antes de se resolver pela cesárea.
 Quero a presença da doula e de marido na sala de parto.
 Anestesia: peridural, sem sedação em momento algum.
 Na hora do nascimento gostaria que o campo fosse abaixado para que eu
possa vê-lo nascer.
 Gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar condicionado
desligado.
 Após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê sobre meu peito e que
minhas mãos estejam livres para segura-lo.
 Gostaria de permanecer com o bebe no contato pele a pele enquanto estiver
na sala de cirurgia sendo costurada.
 Também gostaria de amamentar o bebê e ter alojamento conjunto o quanto
antes.

Agradeço muito a equipe envolvida e a ajuda para tornar esse momento especial e
tão importante para nós em um momento também feliz e tranqüilo como deve ser.

Muito obrigada,

Local e data,

Assinatura dos pais

Assinatura do médico obstetra assinatura do pediatra

SUGESTÃO DE PLANO DE PARTO SEGMENTADO


ADMISSÃO

Caro Médico Obstetra e/ou Enfermeira Obstétrica,

Fiz o meu pré-natal com a equipe de minha escolha (médico obstetra, obstetriz e
doula) .

Planejo meu trabalho de parto e parto com o mínimo de intervenções possíveis.

Por favor, não tenham pressa, desligue o ar condicionado.


Por favor, não falem comigo durante as contrações.
Por favor, na presença de meu obstetra ou da obstetriz , permita que os mesmos
realizem as condutas e procedimentos, tais como CTG e toque vaginal.

Grata

Nome da gestante

PRÉ-PARTO/DELIVERY

Olá, meu nome é _____________________ , fiz o meu pré-natal com o Dr. Alberto
Jorge Guimarães e a obstetriz Juliana Freitas , estou acompanhada da minha doula
____________. Quero que meu trabalho de parto e parto transcorra da forma mais
natural possível e com o mínimo de intervenções.

Por favor, só entre na sala em caso de extrema necessidade


Por favor, Deixe as luzes e o ar condicionado desligados.
Por favor, fale comigo somente nos intervalos das contrações
Por favor, efetue procedimentos somente no intervalo das contrações
Por favor, respeite as decisões da minha equipe.

Grata

Nome da gestante

PEDIATRA PLANTONISTA

Olá Dr.(a) Pediatra,


Fizemos o pré-natal com todos os exames e com muita alegria chegamos hoje
nesta maternidade para dar a luz ao nosso bebê .
A gestação aconteceu de forma muito saudável e sem agravantes.

Peço que sejam respeitadas nossas escolhas quanto a recepção do nosso bebê ao
mundo, estamos dispostos a assinar o termo de responsabilidade protocolar, caso
seja necessário.

Por favor, estando tudo bem permita que o obstetra coloque o bebê no colo da mãe
imediatamente após o nascimento
Por favor, proceda ao exame de Apgar com o bebê no colo da mãe
Por favor, não retire imediatamente o vernix que envolve a pele do nosso bebê
Por favor, somente realize os procedimentos realmente necessários , sem pingar
crede nos olhos e administrando a vitamina K após a 1ª. hora de vida
Por favor, permita que o bebê fique o máximo de tempo com a mãe em contato
pele a pele
Por favor, estimule a amamentação na primeira hora de vida do bebê

Gratos

Nome do casal

"As crianças, mesmo os bebês acabados de nascer, não são


somente uns corpinhos: as pessoas que se ocupam delas devem
pensar na sua alma, no seu espírito. Se o fizerem, depressa
sentirão que atraem para si próprias as bênçãos dos anjos da
guarda das crianças, pois junto de cada uma está um anjo que se
ocupa dela, que quer para ela a luz, o amor, a alegria. Entre as
ordens angélicas, há uma particularmente encarregada dos
cuidados às crianças: a dos Elohim da séfira Netsah, e
as crianças, que sentem isso, encontram junto delas um abrigo.
Mas, frequentemente, o anjo da guarda encontra grandes
dificuldades na sua tarefa: muitas crianças estão expostas às
influências nocivas de adultos inconscientes e até maldosos!
O anjo da guarda vela pela criança, procura protegê-la, mas
está muito limitado no plano físico. Por isso, fica muito feliz
quando vê, junto dessa criança, pelo menos uma pessoa que pensa
na sua alma, que lhe mostra o caminho do bem e da luz, que a
rodeia de influências harmoniosas. Ele fica reconhecido a essa
pessoa que a ajuda na sua tarefa e recompensa-a dando-lhe a sua
luz e a sua alegria." Omraam Mikhael Aivanhov

IMPORTÄNCIA DO PAI

Conforme os ensinamentos e pesquisas da Ciência do Início da Vida, criada pela


Dra. Eleanor Luzes, “Uma boa saúde depende da imaginação da mãe, de sua vida
interior, seu olhar sobre a vida e sua alimentação”...

Acreditamos que para que isso possa se dar em escala de excelência, não menos
que esta, pois se trata de VIDA, faz-se necessária uma rede de apoio, que começa
pela pessoa mais próxima e parte atuante do processo: o PAI.

Em cada fase deste processo da formação da vida, são plasmados certos atributos,
que podem sem modificados e/ou neutralizados em uma nova fase, havendo
consciência desta necessidade:

Antes da concepção

Concepção

Gestação (em cada trimestre)

Parto

Amamentação

Três primeiros anos de vida

O pai instintivamente se mobiliza, da sua maneira, a partilhar momentos únicos de


intimidade e comunicação entre pai-bebê-mãe.

A comunicação materno-fetal se dá em três níveis:

 Molecular (pelos hormônios)


 Sensorial (pelos sentidos)
 Intuitiva ou Telepática
 Relaxamento e meditação

Se a mãe está em estado de relaxamento, ou em meditação (atividade cerebral em


Alpha), seu feto está mais aceleradamente em estado de multiplicação celular.

As pesquisas comprovam que crianças que foram gestadas por pais preocupados
em fornecer um enriquecimento do meio desde a concepção, têm avaliação e
condições superiores em todos os aspectos.
Enriquecimento do meio = Comunicação PAI – FETO – MÃE + nutrição rica + maior
assiduidade em relaxamento e estados Alpha.

Enriquecimento do meio durante a gestação =


- Anatomicamente cérebro maior
- Mais circuitos cerebrais (Passados a próxima geração)

+ respeito à auto-regulação do bebê =

- Melhora do desenvolvimento neuropsíquico


- Maior solidariedade
- Maior desenvolvimento psicomotor
- Desenvolvimento da linguagem e social superior

Exercícios + Relaxamento + Meditação + Conscientização=

CULTIVO DA VITALIDADE

Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos."


(Friedrich Nietzsche)

PREPARAÇÃO DO CASAL PARA O PRIMEIRO


ENCONTRO

Após todas as providências prévias e eminentes terem sido tomadas, o casal deve
se dedicar apenas à preparação para o momento mais esperado: o encontro com
seu filho.

Meses de espera, muitos sonhos e programações, expectativa natural para os


futuros pais...

A PRIMEIRA HORA DE VIDA


A maior preparação é ter o foco na melhor primeira impressão. O primeiro
momento, o aconchego primordial que vai determinar o imprinting da relação de
vocês.
Portanto, recomendamos que o casal esteja muito unido, envolto em um clima de
afetuosidade e calma.

Que o objetivo maior seja uma recepção amorosa do seu filho ao mundo. O ideal
para garantir uma energia propícia seria: pouca luminosidade, voz baixa, evitar
conversas paralelas na sala de parto. Logo após o nascimento é importante o
contato pele a pele com a mãe. Para garantir este direito, comunique
antecipadamente este desejo à equipe médica.
Ao ter o bebê pela primeira vez em seus braços, mantenha-o agasalhado, mas
toque-o, conversem com ele bem baixinho, com palavras amorosas e elevadas,
com elogios e agradecimentos.

Mantenham esta energia de amor enquanto são efetuados os procedimentos


neonatais.

PREPARANDO A FAMILIA E A CASA PARA A CHEGADA DO BEBÊ

Quando o bebê chegar em casa, a logística necessária para sua acomodação e


cuidados já deve ter sido providenciada, assim como os ajudantes cuidadores que
irão prestar apoio à mãe nos primeiros dias pelo menos.

Check list de enxoval:

LAVANDERIA

• 1 balde e 1 bacia exclusiva para a roupa do bebê


• 1 cesto para a roupa do bebê

QUARTO E ACESSÓRIOS
 moisés
 carrinho
 sling
 berço
 luz indireta ou regulador de luminosidade
 cadeira para amamentação
 trocador acolchoado e impermeável
 porta-fralda
 cabide infantil
 banheira
 babá eletrônica *
 bebê conforto
 bolsa de passeio com trocador
 aquecedor de ambiente para o inverno
 termômetro para banheira *

IDA À MATERNIDADE

Arrume a mala para a ida à maternidade com antecedência, para ficar tranqüila na
espera da hora certa deste evento, que só a NATUREZA vai determinar.

Tenha sempre à mão

• Guia de internação dada por seu médico

• Exames/Cartão da Gestante

• Talão de cheque e cartão de crédito

• Carteirinha e comprovante de pagamento de seguro-saúde


Mala da mamãe

 1 robe se é de seu costume.


 3 camisolas ou pijamas abertos na frente
 1 par de chinelo / 1 chinelo de borracha
 3 sutiãs de amamentação
 1 caixa de protetor absorvente para o peito
 3 a 6 calcinhas mais altas e confortáveis
 1 cinta ou calcinha-cinta
 2 pares de meia
 Nécessaire com: pasta e escova de dente, sabonete, xampu, escova ou pente
de cabelo, condicionador, desodorante sem perfume!
 2 pacotes de absorvente para fluxo intenso (geralmente a maternidade
fornece)

NASCEU O BEBÊ : PORQUE EVITAR A SEPARAÇÃO MÃE-BEBÊ

“Cresce em todo o planeta um movimento de revalorização do


nascimento, resgatando valores fundamentais, capazes de
provocar profundas mudanças na direção de um mundo
menos violento, mais amoroso, digno, respeitável e justo.”

Ricardo Jones

Inúmeras práticas estabelecidas em nossos hospitais em relação à atenção ao parto


são desaconselhadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por serem
prejudiciais à saúde da mãe e/ou da criança, além de irem contra o direito de pais e
filhos permanecerem juntos após o nascimento. Considerando que tudo que ocorre
no parto afeta, em maior ou menor medida, o bebê que vai nascer, é preciso
divulgar a inutilidade da separação e os benefícios da permanência conjunta.

Um bebê recém-nascido, prematuro ou não, nasce com uma imperiosa necessidade


de encontrar-se com sua mãe, já que ela é o entorno mais seguro para ele.

A OMS, baseando-se em numerosos estudos existentes a respeito, recomenda NÃO


separar o recém-nascido de sua mãe uma vez que a separação leva a prejuízos
para a saúde física, emocional e mental do bebê e não aponta nenhum benefício,
além de também poder prejudicar a saúde da mãe.

Efeitos prejudiciais da separação:

* Risco de baixa de temperatura e outros riscos associados


* Aumento de stress
* Maior probabilidade de fracasso no aleitamento materno
* Dificuldade para estabelecer o vínculo afetivo
* Aumento do risco de que mãe padeça da síndrome do stress pós- traumático
* Contato com bactérias afora as da mãe
* Infecções por iatrogenia

Com a separação da mãe e do bebê não apenas deixam de se perceber os


benefícios originários do contato, da amamentação precoce e do corte tardio do
cordão umbilical.

Os bebês também são expostos a novos riscos e danos. É difícil aceitar que mesmo
com estas informações se continue a separá-los apenas por motivos de organização
do hospital

Não separar significa:

Não cortar o cordão umbilical até que ele deixe de pulsar. A placenta
continua enviando sangue, rico em oxigênio, para o bebê, além de outros
nutrientes, facilitando o início da respiração pulmonar.

Que o bebê seja posto imediatamente em contato pele a pele com sua mãe
e permaneça assim durante horas, sem interrupção. O colo da mãe
proporciona todo o calor que o bebê necessita, além de numerosos benefícios.

Facilitar o início do aleitamento materno. Deve-se proporcionar à mãe a


intimidade necessária para que o bebê mame nas primeiras horas de vida por si
mesmo.

É importante observar que estas três indicações são determinantes para garantir a
saúde do recém-nascido a curto e longo prazo. Não separar significa também
respeitar a intimidade do momento, não interromper o fluxo de hormônios que se
produz, não romper a dança amorosa da criatura que acaba de nascer e sua mãe,
permitir o começo de uma relação mágica. Tudo isto se converte em um
nascimento mais seguro.

Entretanto, são muitos os hospitais onde é rotina a separação de todos os recém-


nascidos de suas mães. Sem dúvida, o melhor quando um bebê nasce é colocá-lo
sobre o colo de sua mãe, observá-lo e identificá-lo, sem os separar. O resto pode
esperar. Existem muito poucas situações que impeçam um bebê de estar em
contato direto com sua mãe depois do nascimento e, em casos extremos, o bebê
tem direito de estar com seus pais, incluindo quando são levados a outro hospital.
A presença próxima de seus pais beneficia enormemente a evolução física e
emocional das crianças. É importante que os pais reclamem os direitos de seus
filhos para que os hospitais e profissionais atualizem suas práticas. Com isso,
conseguiremos um tratamento mais seguro e uma melhor assistência todos.
A ESTADIA NA MATERNIDADE

Nos dias em que estiver na maternidade, procure descansar e usufruir da sua


logística sem perder o foco do bebê. Mantenha o alojamento conjunto e fique junto
com o bebê em tempo integral, se possível no colo.
Atualmente tornaram-se um evento social as visitas na maternidade. Isso pode ser
um transtorno para a mãe, que deve descansar e se ambientar com os aspectos da
amamentação.

RECOMENDAÇÕES NESTE PERIODO:

 Ficar com o bebê em alojamento conjunto e o máximo possível no colo.

 Diminuir o número de visitas através de torpedo

 Pré convidar para uma recepção Welcome Baby posteriormente

PÓS-PARTO IMEDIATO

O primeiro contato é o mais importante, pois determina a impressão, o


“imprinting” que será gravado na memória celular do ser, em relação ao mundo.
E esta primeira impressão vai comandar as reações que podem se manifestar até
40 anos depois.

Nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres, que sejam
capazes de, por si mesmos, encontrar propósitos e direção para suas vidas."

Rudolf Steiner (idealizador da pedagogia Waldorf)

PÓS-PARTO
PUERPÉRIO

O período logo após o parto chama-se Puerpério, também conhecido como pós-
parto ou resguardo. Dura em torno de 6 a 8 semanas e só termina com o retorno
das menstruações. Neste período o útero vai retornar em tamanho e peso e o gasto
de energia da mulher é muito intenso por causa da amamentação.

Em nenhuma outra fase da vida modificações físicas tão grandes acontecem em tão
curto espaço de tempo.
A CHEGADA DO BEBÊ EM CASA
Seu bebê e você acabaram de passar por uma experiência bastante exigente.
Mesmo com toda a emoção, felicidade, esta experiência trouxe cansaço, desgaste
físico e emocional.

O bebê precisa saber desde cedo que é amado, e por este amor queremos que ele
se sinta protegido e seguro.

Tenha PACIÊNCIA e PEÇA AJUDA toda vez que precisar!!!

Suas emoções, suas atitudes influenciam em você e no SEU BEBÊ!

Mesmo sem o cordão umbilical, o sentimento materno é a presença deste cordão de


forma invisível que tem duas vias. Tudo passa por ele e é SENTIDO!
A chegada em casa é a hora de testar o seu esquema prévio. Procure ficar o maior
tempo junto com seu bebê,

Recomendamos:

• Controlar as visitas, pois muitas pessoas podem causar fadiga, gases, o bebê
pode ficar agitado, mamando mal.

• Normal você ficar sensível logo após o parto, por isto é muito importante a
presença e a participação do pai, a companhia dele e de pessoas que você se sente
a vontade.

• Beba bastante líquido para manter-se hidratada e auxiliar a descida do leite.


Alimente-se com intervalos mínimos de 3 horas

• Aceite ajuda, não se estresse se não der conta de tudo sozinha. Não se preocupe
se no primeiro mês você passar o dia de camisola, é um momento de adaptação
para todos. Aqueles que te amam sabem disto!

• Durma sempre que o bebê dormir. Pequenas sonecas diurnas irão ajudar a
recuperar parte do sono da noite, quando você estará amamentando.

• Durante o primeiro mês, deixe o bebê dormindo ao seu lado, em um carrinho ou


moisés, para facilitar as mamadas noturnas.

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,

Qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Chico Xavier
ORIENTANDO CUIDADORES E ACEITANDO AJUDA

“Saber amar, é saber deixar alguém te amar....”

H.Vianna

O tipo de ajuda que as pessoas oferecem é de grande importância.

O pós-parto é um período em que a mulher fica bastante vulnerável, com


sentimentos de insegurança, ansiedade e muitas dúvidas .

Precisa sentir a ligação e a sintonia que tem com o filho para que pequenas
decisões sobre o que, como e quando fazer certas coisas, possam ser tomadas com
base em seu próprio bom senso, intuição e sensibilidade.

No entanto é comum a mulher que acabou de ter um bebê se ver cercada de


muitas pessoas “bem intencionadas” – amigos, tias, mãe, sogra, babás
especializadas em recém-nascidos – que sempre tem um palpite certo para dar ou
uma maneira melhor para ensinar. Isso deixa a mãe confusa e atrapalhada, com
dificuldade para saber selecionar o que pode aproveitar ou o que deve descartar. A
grande diversidade de palpites e opiniões bloqueia a intuição e a sensibilidade da
mãe.

RITUAL DE CHEGADA

Ao chegar em casa não se preocupe em guardar coisas, malas, fazer algo para
comer ....

Lembre-se que o lugar que o bebê mais conhece é a sua CAMA ; então deite-se ( o
casal) colocando o bebê no meio entre vocês.

Comuniquem-se com ele, dizendo que já chegaram em casa, que agora vai
começar a nova vida.....

Neste momento é que o bebê vai aportar no seu “planeta”


NUTRIÇÃO

“Nutrir a criança?
Sim.
Mas não só com o leite.
É preciso pegá-la no colo.
É preciso acariciá-la, embalá-la.
E massageá-la.

É necessário conversar com a sua pele,


Falar com suas costas
Que têm sede e fome,
Como sua barriga.

Nos países que preservaram


O profundo sentido das coisas,
As mulheres ainda se recordam disso tudo.
Aprenderam com suas mães
E ensinaram às filhas
Essa arte profunda, simples e muito antiga
Que ajuda a criança a aceitar o mundo
E a sorrir para a vida.”“. Frédérick Leboyer

ALIMENTAÇÃO NA LACTAÇÃO

Conceitos importantes:

Há muitas recomendações a fazer à (futura) mamãe quando o assunto é cuidado


com o bebê, mas, talvez, a amamentação seja a mais especial de todas, já que
esse é um momento de nutrição física e emocional.

Amamentar é uma prática fisiológica e que, teoricamente, não precisa ser ensinada,
mas em alguns casos, são necessários ajustes e até correções da prática que se
inicia. O importante é sempre ter em mente que esse leite é o alimento mais
indicado e completo para o bebê e só deve ser substituído em casos especiais.

O leite materno é o alimento perfeito para o recém nascido desde o seu nascimento
até o sexto mês de vida, sem necessidade de complementação. É ele quem garante
a oferta de nutrientes e agentes responsáveis pelo fortalecimento do sistema
imunológico do bebê em concentrações ideais e está adaptado à imaturidade do
seu sistema digestivo.
O aleitamento materno é ideal para a criança no seu primeiro ano de vida. Ele deve
ser exclusivo (sem adição de água ou chás) até os primeiros seis meses de vida. No
segundo semestre, o leite materno continua sendo importante, mas devem ser
introduzidos progressivamente novos alimentos.

A alimentação ao seio fortalece o vínculo entre mãe e bebê, fornece todos os


nutrientes em quantidades ideais ao bebê e garante a oferta de anticorpos naturais
para a proteção contra doenças e infecções.

O aleitamento materno deve ser estimulado para todos os bebês, sempre


respeitando a vontade, a disponibilidade e as condições maternas.

A mama é uma perfeita fábrica de produção de leite, com absoluto controle entre a
demanda e a oferta, capaz de armazenar e secretar a quantidade de leite
necessária para cada fase do aleitamento.

A secreção do leite obedece a um conjunto de fatores e reflexos que dependem da


tríade mãe- bebê-ambiente. Logo após o parto acontece uma mudança
extraordinária no padrão hormonal da mulher, diminuindo rapidamente os níveis de
estrógeno e progesterona, acompanhando de uma elevação súbita nos níveis de
prolactina e, posteriormente, a ocitocina.

O recém nascido deve receber leite materno, preferencialmente, até 3 horas após o
parto para que o colostro seja aproveitado e garanta a transferência de
imunoglobulinas presentes em grande quantidade nesse “primeiro leite”.

A composição do leite materno também varia de acordo com a evolução da


amamentação.

Nos primeiros cinco dias após o parto acontece a produção do colostro, um leite de
coloração amarelada, mais parecida com um soro, porém riquíssimo em proteínas e
anticorpos que conferem imunização natural ao bebê. A partir do sexto ou sétimo
dia o leite toma outra forma e composição sendo denominado leite de transição. A
partir do décimo quinto dia esse leite pode ser considerado maduro, visto que a
quantidade de proteínas, gorduras e açúcares apresentam-se em quantidades
ideais para o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Não existe leite fraco e a boa alimentação materna é o único fator que assegura
uma produção adequada e suficiente de leite. Contrariando a crença de que a mãe
que amamenta deve receber uma sobrecarga de alimentos, ela não deve exceder
em quantidades, mas sim assegurar que suas demandas aumentadas, tanto em
proteínas quanto em energia e em micronutrientes, sejam supridas por meio de
uma alimentação completa, variada e equilibrada, não havendo a necessidade de
receber suplementação ou alimentos considerados lactogogos outrora.

Basta relaxar, preparar-se para o momento e aproveitar ao máximo esse período


de amor intenso e insubstituível!!!!
Alimentação da mãe que amamenta

A sensação de fome nem sempre é a melhor reguladora de calorias ou nutrientes. A


fome pode ser um fator importante para garantir que a mãe não se esqueça de
ingerir alimentos num momento onde sobra tão pouco tempo para os cuidados
maternos, mas também, pode levar a momentos de compulsão alimentar gerada
pela inatividade e ansiedade, comumente relatada no pós parto imediato.

Não se deve realizar nenhum tipo de restrição calórica ou alimentar durante o


período do aleitamento, ou pelo menos até o sexto mês, pois uma perda de peso
severa ( > 10% do peso corporal total) acompanhada de ingestão insuficiente de
nutrientes, pode levar a diminuição da produção e secreção de leite, deficiências
nutricionais maternas e, até mesmo, desnutrição puerperal.

A mãe que amamenta deverá receber orientação de elevar entre 300 a 500 calorias
o aporte calórico ao seu gasto energético basal. Isso significa que além das calorias
recomendadas para uma mulher saudável, em idade fértil, que realiza ou não
atividade física, esse total de até 500 kcal deve ser acrescido a sua rotina até o
final do período de aleitamento exclusivo. A partir da alimentação complementar a
mulher poderá retornar ao seu padrão alimentar semelhante ao da gestação sem o
adicional calórico, a fim de retornar ao seu estado nutricional pré gestacional.

Para garantir o sucesso do aleitamento materno é de extrema importância que a


mãe esteja consciente da influência que a alimentação exerce nesse período e,
sempre que necessário, recorrer à ajuda especializada, com o intuito de satisfazer
as suas necessidades orgânicas e assegurar a qualidade nutricional do seu leite.

Nutricionista Débora Rosa


Nutriterapia

RECEITINHA ESPECIAL:

SOPA INTEGRAL FORTIFICANTE DO XUÊ (Energia Do Sangue)

INGREDIENTES – Prefira tudo orgânico

Peito de frango

Cenoura

Alho Porró

Cebolinha COM A RAIZ

Salsão
Cebola

Orégano

Arroz integral

Escolha ingredientes que contenham raízes e não as descarte no cozimento, apenas


após cozido.

Proceda o preparo como de uma canja, sem ignorar ou substituir nenhum dos
ingredientes.

Esta sopa tem a propriedade de fortificar a energia do XUÊ (pulmão), cujo gasto é
muito elevado durante a gestação e o aleitamento e o desequilíbrio desta energia é
muito comum devido ao aumento de volume de sangue no organismo.

Recomendamos fazer várias panelas da sopa, tomar uma porção por dia no final da
gestação, congelar as outras partes em porções para consumir no pós parto em
três refeições complementares diárias.

EXTERO-GESTAÇÃO

Os bebês humanos estão entre os mais indefesos de todos os mamíferos. Por causa
do maior tamanho do cérebro e do fato de que o tecido nervoso necessita de mais
calorias para se manter que qualquer outro, grande parte do alimento ingerido é
gasto em prover nutrição e calor para as células nervosas. Mais significante é o fato
de que nossos bebês necessitam nascer mais cedo do que deveriam, com seus
cérebros ainda não totalmente desenvolvidos. Se o bebê humano nascesse já com
o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça não passaria pela pelve estreita
da mãe no momento do parto. Ao contrário de outros mamíferos, como girafas e
cavalos, o recém-nascido humano é incapaz de andar por um longo período após o
nascimento, porque lhe falta o aparato neurológico maduro para tanto. O custo
primal de ter um cérebro grande é que nossos filhotes nascem extremamente
dependentes e em necessidade constante de cuidado.

O crescimento do nosso cérebro após o nascimento é mais rápido do que o de


qualquer outro mamífero e segue neste ritmo por 12 meses.

A seleção natural demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo
período e que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mútua traduz-se em
um estado emocional chamado “apego”.
Em algumas culturas, como na tribo !Kung, bebês raramente choram por longos
períodos e não há sequer uma palavra que signifique “cólica”. As mães carregam os
bebês junto ao corpo, com um aparato semelhante a um “sling”, mesmo quando
saem para a colheita. A relação mãe-bebê é considerada sacrossanta, eles
permanecem juntos o tempo todo. O bebê tem livre acesso ao seio materno e vê o
mundo do mesmo ponto de observação que sua mãe.

Nossa cultura ocidental não permite um estilo de vida idêntico ao de tribos


primitivas, mas podemos tirar lições valiosas sobre como ajudar nossos bebês na
adaptação à vida extra-uterina.

Nos primeiros 3 meses de vida, o bebê humano é tão imaturo que seria benéfico a
ele voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil.

É preciso compreender o que o bebê tinha à sua disposição antes do nascimento,


para saber como reproduzir as condições intrauterinas. O bebê no útero fica
apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo
balançado para frente e para trás a maior parte do tempo. Ele também estava
ouvindo constantemente um barulho "shhhh shhhh", mais alto que o de um
aspirador de pó (o coração e os intestinos da mãe).

A reprodução das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurológica


profunda "o reflexo calmante". Quando aplicados corretamente, os sons e
sensações do útero têm um efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no
meio de uma crise de choro.

Texto organizado por Flavia O. Mandic

OS 5 “Cs” do CUIDADO
CUIDADO =

CALMA CONFIANÇA
CONTATO COLO CARINHO
Vale lembrar que os bebês antes dos 5, 6 meses não possuem capacidade
neurológica para fazer manha, portanto não se deve ter medo de pegar no
colo, amamentar em livre demanda, embalá-los; é tudo que querem e
precisam!

Desejamos que os vínculos entre vocês sejam fortes e que a


experiência de cuidar seja prazerosa e plena de alegria.

ENCARTE ESPECIAL

AMAMENTAÇÃO
A amamentação é a forma ideal de dar continuidade a íntima relação estabelecida
entre mãe e bebê durante a gestação. É também a forma ideal de alimentação, pois
o leite materno contém todas as necessidades liquidas e nutritivas que o bebê
precisa durante os seis primeiros meses de vida.

O leite produzido pela fêmea de cada espécie mamífera contém os nutrientes


necessários ao bom desenvolvimento de cada filhote. Assim, a quantidade de
gordura presente, por exemplo, no leite da vaca muito superior do que a presente
no leite humano, porque isso varia em função do tempo necessário para que o
filhote ganhe autonomia. Quanto menor o tempo da autonomia, maior o índice de
gordura do leite, por isso conclui-se que o leite humano é muito mais adequado
para amamentar os bebês do que o leite de vaca, ainda que diluído.
A quantidade de leite produzida pela mulher não tem relação alguma com o
tamanho de seu seio. As mulheres, normalmente, produzem leite na quantidade
necessária para alimentar seu filho. A dificuldade é que, nos seres humanos, a
produção de leite é influenciada pelas condições emocionais da mulher.

Por isso, é fundamental que ela receba apoio de seu companheiro, familiares e
amigos após o parto, mas sem que fiquem dando muitos conselhos sobre como
amamentar. É importante que essas pessoas apenas manifestem carinho,
contribuam na arrumação da casa, de vez em quando cozinhem, mas sem interferir
na relação mãe e filho.

A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

 Nutrientes perfeitos - quantidade ideal de nutrientes e liquido.

 Fácil digestão e vem na temperatura certa.

 Protege o contra as infecções - possui anticorpos que funcionam como


vacina.

 Econômico - não custa nada.

 Ajuda o vínculo afetivo - troca de afeto

 Ajuda o desenvolvimento do bebê, tanto físico como emocional.


 Previne doenças respiratórias pois o bebê utiliza o nariz para respirar
durante a mamada.

 Ajuda a adiar uma nova gravidez.

 Protege a saúde da mãe:


 reduzindo o sangramento pós parto,

 prevenindo a anemia,

 reduzindo o risco de câncer de ovário e de mama.

Recomendações atuais da OMS e Ministério da Saúde

Iniciar a amamentação dentro da primeira meia hora após o parto.

Amamentar exclusivamente até os 6 meses de idade.

Dar alimentos complementares a partir dos 6 meses de idade.

Continuar amamentando até os 2 anos ou mais.

DINÂMICA DA AMAMENTAÇÃO

Durante a gravidez, os hormônios, principalmente o estrógeno e a progesterona,


preparam as mamas para a amamentação, bloqueando a produção de leite, que só
ocorre após o parto.

Prolactina : responsável pela produção de leite.


Ocitocina: responsável pela saída do leite da mama e, também pelas contrações
uterinas que possibilitam ao útero o seu retorno ao tamanho normal. Durante a
mamada é comum a mulher sentir cólicas uterinas.

Quando o bebê suga, estimula as terminações nervosas do mamilo e da aréola,


fazendo com que o cérebro libere prolactina e ocitocina, produzindo, assim, o leite.

Por isso é a sucção do recém nascido que desencadeia e mantém a produção de


leite, portanto quanto mais o bebê suga, mais leite é produzido.

O QUE FACILITA O REFLEXO DA PROLACTINA


Aumentar o número de mamadas
Amamentar à noite

O QUE BLOQUEIA O REFLEXO DA PROLACTINA


Diminuir o número de mamadas
Deixar leite dentro da mama (inibidor)
Nos primeiros dias após o parto, as mamas parecem flácidas, secretando pequena
quantidade de colostro, que é a primeira fase do leite.

Do 2° dia em diante após o parto, ocorre a apojadura, a descida do leite, quando


então as mamas tornam-se volumosas, aumentam de tamanho, ficam ligeiramente
mais quentes, podem ficar doloridas e surge uma quantidade maior de leite. A
escala total de leite acontece após 72 horas.

Os sentimentos, os pensamentos e as sensações da mãe estimulam ou inibem os


hormônios reguladores da produção de leite

Alguns estímulos como: olho no olho, cheiro, choro do bebê quando estiver próximo
ao horário de mamada, motivação, autoconfiança e tranqüilidade ajudam no reflexo
de ejeção do leite.

Alguns fatores que inibem a produção de leite são: dor, estresse, ansiedade, medo,
vergonha, fadiga, preocupação, falta de autoconfiança, etc.

O QUE FACILITA O REFLEXO DA OCITOCINA


PENSAR NO BEBÊ COM AFETO
TOCAR O BEBÊ
VER O BEBÊ
CONFIANÇA

O QUE BLOQUEIA O REFLEXO DA OCITOCINA

ANSIEDADE
DOR
ESTRESSE
DÚVIDAS
LEITE MATERNO

COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO

 Proteínas
 Lipídeos
 Vitaminas
 Minerais
 Ferro
 Cálcio
 Água
 Propriedades anti-infecciosas
 Fatores de crescimento

COLOSTRO

De cor amarelada, é produzido a partir do 2° trimestre de gravidez até


aproximadamente 7 dias após o parto.

Rico em anticorpos - protege contra infecções e alergias.

Muitos leucócitos - protege contra infecções.

Laxante - expulsa o mecônio, ajuda a prevenir a icterícia.

Fatores de crescimento - acelera a maturação intestinal, previne alergia e


intolerância.

Rico em vitamina A - reduz a gravidade de algumas infecções, como sarampo e


diarréia; previne doenças oculares causadas por deficiência de vitamina A.

Fonte: OMS /CDR/93.6

OS DEZ MANDAMENTOS DA AMAMENTAÇÃO


1) Acredite que não existe leite fraco.

2) Saiba que quanto mais o bebê mama, mais leite você produz.

3) Coloque o bebê na posição correta para mamar.

4) Cuide adequadamente das mamas.

5) Retire o leite quando for necessário.

6) Nunca use bicos, chupetas, chuquinhas ou mamadeiras.

7) Tome liquido, alimente-se e descanse sempre que possível.

8) Só tome medicamento com ordem médica.


9) Continue a amamentação, se possível, até os dois anos de idade.

1O)Conheça os direitos da mãe trabalhadora. Fonte: OMS

CUIDADOS COM AS MAMAS

Não utilize, mesmo durante a gravidez, nenhum creme, pomada ou óleos na região
da aréola, pois amaciam o tecido. Além disso pode ocorrer obstrução dos
Tubérculos de Montgomery, responsáveis pela hidratação natural da aréola e
mamilos .

 Evitar também o uso de sabonetes, pelo menos no últimos 3 meses da


gestação, somente água é o suficiente para a higiene

 Qualquer tratamento abrasivo ou agressivo, como passar bucha, toalha


áspera ou manipulação excessiva, são prejudiciais aos mamilos

 Banho de sol durante a gestação e depois que o bebê nascer para ajudar a
fortalecer a pele do mamilo ou ajudar a cicatrizar caso tenha alguma
rachadura. Prefira o sol até 10 h da manhã.

 Não é necessário limpar o mamilo a cada mamada, apenas banho diário e


sutiã limpo são suficientes .

PEGA CORRETA
O posicionamento correto é de fundamental importância para o sucesso da
amamentação.

Existem várias posições corretas para amamentar. Se estiver na dúvida, retire o


bebê e posicione novamente.

A posição deve ser confortável para mamãe e bebê. Assim o bebê irá abocanhar
corretamente grande parte do tecido areolar e não só o mamilo assim sugará o leite
efetivamente e conseguirá respirar livremente.

• O queixo do bebê toca a mama; sua boca está bem aberta .


• Lábio inferior virado para fora.
• Pode-se ver mais aréola acima que abaixo da boca do bebê.
• Bochecha permanece redonda durante a mamada.
• Pode-se ouvir a deglutição do bebê (GLUT, GLUT)
Reflexo de busca e apreensão

• Quando algo toca os lábios ou a bochecha do bebê, ele abre a boca e vira a
cabeça em busca do que lhe tocou.

• Ele põe a língua para baixo e para fora.

• Quando alguma coisa toca o palato do bebê, ele começa a sugar e quando
sua boca se enche de leite, ele engole.

Dentro da boca o mamilo é estirado, formando uma "teta" onde 2/3 dela é
constituída pela aréola (com os seios lactíferos dentro) e 1/3 pelo mamilo.

A sucção do bebê é um movimento de ondulação da língua. Essa onda pressiona a


"teta" contra o palato expulsando o leite dos seios lactíferos para dentro da boca,
quando é deglutido.

LIVRE DEMANDA

Significa que o bebê só será alimentado no peito e sem horários fixos para mamar.
Não há necessidade de água, chá ou suco.
A criança que é amamentada no peito não necessita de chupeta, chuquinha e
mamadeira, pois interferem na sucção do bebê.
Após o 6°. mês de vida inicia-se a oferta de água, suco e outros líquidos no copo e
a papinha.
Deve-se dar continuidade a amamentação até o 2°. ano de vida.

POSIÇÕES PARA AMAMENTAR


Há várias posições para amamentar, o mais importante é que esta seja a mais
confortável para a mãe e o bebê e que mantenha boa técnica. A mãe deve variar
regularmente de posições para que o bebê comprima o queixo e a língua em
distintos locais da aréola e mamilo.

POSIÇÃO SENTADA (forma tradicional)

Na posição sentada, o bebê está de frente para a mãe,


de tal maneira que seu abdômen está colocado ao da
mãe (barriga com barriga). Quanto mais colado
estejam os corpos, mais fácil para o bebê mamar.
Lembre que é o bebê que é colocado ao seio, não o
seio levado ao bebê.
POSIÇÃO SENTADA INVERSA

A posição sentada inversa consegue-se colocando o


corpo do bebê debaixo da axila materna com o ventre
apoiado sobre as costelas da mãe (barriga-costela). O
corpo do bebê está apoiado pelo braço materno e a
cabeça suspensa pela mão. Ótima quando o seio está
machucado, para mudar o local de pega do bebê

POSIÇÃO DEITADA

Na posição deitada, a mãe e o bebê estão


frente à frente (barriga com barriga). A mãe
oferece o peito do lado que está deitada. Esta
posição e a sentada inversa são mais
apropriadas quando a mãe for submetida a uma
cesariana. Não se preocupe em dormir com o
bebê na mesma cama, não há perigo.

POSIÇÃO SENTADA CRUZADA (no outro seio)

Apoie o bebê em seu corpo, barriga com barriga. Se


precisar, coloque um travesseiro no seu colo, pra
facilitar. Segure o seio com a mão do mesmo lado,
segure o bebê com a outra mão e o braço. Segure o
bebê pelo ombro e costas, não pela cabecinha.

POSIÇÃO CAVALINHO

Colocar o bebê "de cavalinho" em uma das suas


coxas, deixando-o de frente para o seio. Apóie a
cabecinha do bebê por trás com uma das mãos de
maneira suave.
APÓS A MAMADA

 Não puxe, introduza o dedo mínimo no canto da boca do bebê.

• Depois que o bebê largar a mama, fazer com que arrote colocando-o numa
posição ereta por 2 a 3 minutos. Nem sempre ele arrota, se não arrotar, não
insista.

• Após a mamada coloque-o de barriga para cima com a cabeça voltada para direita
ou esquerda (automático) ou deitado de lado a 45° em relação ao colchão.

• Cada bebê cria seu ritmo de mamada, a maioria dos recém nascidos costuma
mamar de 15 a 20 minutos nos primeiros dias. Quem vai determinar a duração da
mamada é o próprio bebê. Se for menos que isso, pode não ter sido uma mamada
efetiva, acorde-o e reinicie.

• O intervalo entre as mamadas gira em torno de 2 a 3 horas nos primeiros dias.


Quem determina é o bebê.

POSIÇÃO DO BEBÊ PARA ARROTAR

Colocar o bebê sempre na posição vertical, apoiado no seu tórax.

• Com uma das mãos segurá-lo pelo bumbum, com a outra mão apoiar as
costinhas. Não balançar o bebê (figura 1).

 Outra opção é colocar o bebê apoiado sobre uma almofada, com o apoio de uma
de suas mãos, enquanto a outra dá leve batinhas em nas costas do bebê (figura
2).

1 2

• Arrotar alivia o bebê e previne a cólica.

• Alguns bebês não arrotam após as mamadas (pois não engolem ar).

• Deve-se colocar sempre o bebê deitado de barriga para cima (recomendação


atual) ou de lado, bem apoiado nas costas e na frente.
CONTORNANDO PROBLEMAS

INGURGITAMENTO MAMÁRIO (peitos muito cheios e doloridos).

O ingurgitamento mamário consiste em parte no aumento da quantidade de sangue


e fluídos nos tecidos que suportam a mama (congestão vascular) e de certa
quantidade de leite que fica retido na glândula mamária.
Quando isto ocorre, as duas mamas ficam inchadas (aumentam de volume, ficam
dolorosas, quentes, vermelhas, brilhantes e tensas por causa do edema (líquido)
nos tecidos. A mãe queixa-se de dor principalmente na axila e pode ter febre (a
chamada "febre de leite"). O leite pode parar de "descer".

Para evitar o ingurgitamento:

o Amamentar no sistema de livre demanda logo após o parto.

o Verificar se a criança mama em boa posição desde o primeiro dia.

Para tratar o ingurgitamento:

o Mantenha a criança sugando.

o Se a criança não sugar adequadamente retire o leite por expressão manual.


o Use um sutiã firme a fim de tornar o ingurgitamento menos doloroso

o Utilização de compressas geladas sobre o seio por 1 min., massageando-os


e retirando um pouco de leite logo após para aliviar a dor.

o Mantenha essas condutas até que o ingurgitamento desapareça

FISSURAS DO MAMILO (bico do peito rachado):

o As fissuras do mamilo são decorrentes da má posição da criança em relação


a mama; do número e duração inadequada das mamadas e principalmente
da técnica incorreta de sucção.

Para evitar a fissura:

o Preparar para o fortalecimento dos tecidos areolar e mamilar, tais como:


banho de sol nos seios, utilização de sutiã de algodão com orifício na região
mamilar.

Para tratar a fissura:

o Corrija a posição da mamada e continue amamentando.

o Lave os mamilos apenas uma vez ao dia, quando toma banho.


o Expor os mamilos ao ar e ao sol tanto quanto possível no intervalo das
mamadas, ou banho de luz com lâmpadas de 40 watts, colocada a um
palmo de distância da mama 10 minutos de cada lado, 3 x dia.

o Aplicar sempre leite materno nos mamilos após as mamadas, pois isto
facilita a cicatrização.

o Nos casos graves, dependendo da extensão da fissura suspenda a sucção


direta ao seio por um período de 24 a 48 h, ordenhar a mama e oferecer o
leite na colherinha ou copinho.

MASTITE (inflamação da mama):

O acúmulo de leite sem a ordenha de alívio pode facilitar o início da mastite,


que é facilmente diagnosticado; mamas quentes, febre, dor a palpação e
pode sair pus.

Para evitar a mastite:

o Amamente no sistema de livre demanda


o Se o bebê não esvaziar a mama, complete com auto-ordenha.

Para tratar a mastite:

o Aplique compressas úmidas e frias sobre a área afetada; antes de cada


mamada e se for necessário também nos intervalos, até sentir alívio (5 a
10min.);

o Amamente até esvaziar a mama doente;

o Massageie delicadamente as áreas doentes enquanto estiver amamentando;

o Usar sutiã que sustente bem a base da mama, mas que não a aperte;

o Se houver demora no início do tratamento, pode se formar um abcesso


mamário, e neste caso, suspender a amamentação na mama afetada e
encaminhar para a drenagem. Após a cicatrização, retomar a amamentação
nos dois seios.

DUCTO BLOQUEADO (mama empedrada ou ingurgitada):

o Essa situação é provocada pelo esvaziamento incompleto de um ou mais


canais, neste caso, o leite do alvéolo mamário não drena, pois o mesmo
encontra-se endurecido bloqueando o canal daquele alvéolo. Uma
"tumoração" dolorosa se forma na mama.

o A causa exata do ducto bloqueado não está clara, mas pode ser resultado de
roupa apertada, ou porque a posição da criança não permite a mesma sugar
eficientemente aquela parte da mama.

Conduta:

Para evitar o ducto bloqueado:

• Verificar posição e pega da amamentação;


• Deixar o bebê sugar até o completo esvaziamento da mama, caso isto não ocorra,
proceder a ordenha manual.

Para tratar:

• Verifique a posição de mamada;

• Procure fazer diferentes posições para amamentar de tal modo que o leite seja
retirado de todos os segmentos da mama;

• Mantenha a criança mamando freqüentemente do lado afetado;

• Massageie delicadamente a parte afetada em direção ao mamilo para ajudar


a esvaziar aquela parte da mama.

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Referências Bibliográficas

DUARTE A.C. – DINIZ S.G. – Parto Normal ou Cesariana?.

RATTNER, D. Sobre a hipótese de estabilização das taxas


de cesarianas do Estado de São Paulo, Brasil. Revista de
Saúde Pública v. 30, n. 1, São Paulo, fev,1996.

WAGNER, M. Choosing Ceasarean Section. The Lancet,


356: 1677 - 1680, 2000.

Tese “Ciência do Início da Vida” – Dra. Eleanor Madruga


Luzes

Da gravidez à amamentação – Vitória Pamplona e outros

Mammy To Be / Rede Parto do Principio / Senac / ONG


Amigas do Parto / REHUNA

A encantadora de bebês – Tracy Hoogg / O bebê mais


feliz do pedaço – Dr. Karpp

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32ªsemana de gestação
Marcar consulta com hora marcada pelo fone : 3672-7006 sede Pacaembu
Obstetriz
Juliana Freitas – 95992-6234 / 99511-6878
Simone Renata – Gabriele Carletto – Michele Santiago

Doulas
Thais M. Bárrall – 99904-3711 / 98368-1720
Mariana Amoroso – Amanda de Mesquita – Tatiana Rodello - Ana Maria Lambert -
Sandra Sisla – Ligia Branco – Lucia Desiderio – Adriana Natrieli – Daniela Andretto-
Nathalia Cunha – Raquel Oliva

Nutrição Materno-Infantil
Débora Rosa – 3876-7935 Nutriterapia

Psicologia
Joyce Mello- 3672-7006 atendimento às quartas-feiras com hora marcada

Slings
Jessica Forquetto – 99413-9594

Acupuntura Especializada Gestantes e Trabalho de Parto


Tatiana Rodello – Thais Melo - Thomaz Bosshart-

Drenagem Linfática Gestantes / Pós Parto


Camila e Katia Prado – Thais Melo

MASSAGEM Ayurvédica / Thay Massage


Ligia Branco – Adriana Natrieli

MASSAGEM com PINDA Curativa


Thais Barrall

CONSULTORIA EM AMAMENTAÇÃO
Cristiana Pradel

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